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Restaurações Provisórias em Prótese Fixa, Provas de Materiais

Considerações Gerais das Restaurações Provisórias ... do cimento residual ficar totalmente aderido à coroa provisória (100%), o que facilita.

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Jorginho86
Jorginho86 🇧🇷

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Patrícia Maria Cabral Rebelo
Restaurações Provisórias em Prótese Fixa
Universidade Fernando Pessoa
Porto, 2010
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Patrícia Maria Cabral Rebelo

Restaurações Provisórias em Prótese Fixa

Universidade Fernando Pessoa Porto, 2010

Dedicatórias

À melhor mãe do mundo, a quem devo TUDO. Sem ela jamais seria possível chegar até aqui.

Ao meu pai.

Ao Zé, por tudo o que o coração sente mas as palavras não conseguem alcançar.

Aos meus avós que sempre torceram por mim, e em particular à minha avozinha do coração, pela sua infinita ternura.

Aos que me são mais próximos e que de uma forma ou de outra foram pilares essenciais nesta minha ‘caminhada’.

A todos vocês, o obrigada mais sentido pelo tanto e incondicional que são em mim.

Agradecimentos

À minha orientadora, a Dra. Cláudia Silva, agradeço a disponibilidade, empenho e transmissão de conhecimentos fundamentais à realização deste trabalho.

À Dra. Cláudia Barbosa pela ajuda e paciência infinitas no decorrer de todo o trabalho clínico.

Aos meus amigos Fi, Di e Mi, por todos os sorrisos, lágrimas e segredos que partilhamos. Obrigada por terem contribuído para que estes anos de faculdade sejam sempre recordados com o maior carinho e saudade.

À Andreia, um agradecimento especial, por todo o carinho e disponibilidade sempre demonstrados. Obrigada por seres uma AMIGA tão verdadeira. Levo-te no coração.

À Sandrinha, por quem nutro o maior orgulho, não só pela pessoa e amiga que é, mas pelo exemplo de determinação e empenho que desde cedo representou para mim.

Aos restantes colegas que comigo partilharam esta ‘longa viagem’, e que por um ou outro motivo se tornaram especiais.

A todo o corpo docente da Universidade Fernando Pessoa, por toda a formação e pelo constante estímulo na aquisição de novos conhecimentos.

A todos os funcionários desta nossa Instituição, e em particular ao Sr. Vasconcelos, ao Sr. Pereira e ao Sr. Gomes que, pelas pessoas incansáveis que são, merecem o meu mais profundo respeito.

Índice de Tabelas

Tabela 1- Odontograma ------------------------------------------------------------------------- 22

Lista de Siglas

DVO - Dimensão Vertical de Oclusão

ATM - Articulação Temporomandibular

PEMA - Polietil-Metacrilato

PMMA - Polimetil-Metacrilato

ZOE - Cimento de Óxido de Zinco – Eugenol

Para os artigos seleccionados o critério de inclusão foi responder a qualquer um dos objectivos acima mencionados e entre estes obtiveram-se aqueles disponíveis nas bibliotecas da Universidade Fernando Pessoa - Faculdade de Ciências da Saúde e da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto.

Foram ainda utilizados 5 livros de referência relacionados com os temas em questão, como auxílio na execução desta revisão bibliográfica.

Conclusão: As restaurações provisórias não só orientam a confecção da prótese definitiva, como também oferecem um período experimental para avaliar correctamente a função, estética e fonética, a fim de garantir que a restauração final satisfaça as expectativas do profissional e paciente.

Não existem ainda no mercado, materiais nem agentes cimentantes provisórios ideais. Cada um apresenta vantagens e desvantagens, sendo que a sua escolha deve atender às características inerentes e individuais de cada caso clínico.

Abstract: With the increase in cosmetic dental procedures being performed clinically, provisional restorations have become more a diagnostic tool than simply a space maintainer. Properly fitted provisional restorations help to maintain the gingival health, protecting the pulpal tissue, and serving as a model for the final restoration.

Objectives: To understand the importance of provisional restorations from a mechanical, a biological and an esthetic perspective; to make professional aware of to the role of provisional restorations in the success of the final restoration; to list the different types of materials and temporary cements available and explain the advantages and disadvantages of each one.

Methods: To accomplish this work, a literature search was perfomed , making use of various scientific articles available in different bases such as Medline / Pubmed, Scielo and B-On as well as using the Google search engine.

For this research a chronological limit was imposed, and articles since 1990 till present date were used.

The key words used were "Provisional Restorations", "Provisional Materials" and "Provisional Cements":

 For the words “Provisional restorations”, 365 articles were found and selected only 14;  As for the words “Provisional Materials”, 470 articles were found and selected 14;  Finally, for the words “Provisional Cements”, 119 articles were found and selected 7;

For selected items the inclusion criterion was to respond to any of the above objectives and among these, those available in the libraries of Fernando Pessoa University – Ciências da Saúde Faculty and Medicina Dentária Faculty from Oporto University.

5 reference books related to the topics in question, are also used as an aid in this review.

Restaurações Provisórias em Prótese Fixa

PARTE I

Introdução:

A reabilitação protética de um paciente com perda de peças dentárias ou perda da integridade de um ou mais órgãos dentários é algo extremamente importante na harmonia dentária e facial (Pegoraro, 1998).

Para Mizrahi (2007), na medicina dentária moderna, onde os parâmetros estéticos são cada vez mais enfatizados, as restaurações provisórias tornam-se ainda mais importantes para ajudar a visualizar o resultado antes da conclusão final do trabalho protético. Para este autor, as restaurações provisórias constituem a única forma de avaliar com precisão o aspecto desejado das restaurações finais.

Também segundo Mezzomo (1994), o papel das restaurações provisórias durante o tratamento protético não se limita apenas a uma restauração temporária entre o preparo e a colocação da prótese definitiva. Elas promovem ao profissional a oportunidade de criar um modelo para a restauração final.

Para que as restaurações provisórias sejam capazes de responder às exigências funcionais e estéticas, necessitam de apresentar boa retenção e resistência, pelo que a técnica de cimentação, o tipo de cimento e o tipo de material utilizado assumem uma importância preponderante (Fernandes et al ., 2007).

O papel destas restaurações é tão significativo, que Rosenberg (1996) afirma mesmo que quase todos os requisitos e objectivos inerentes à prótese definitiva deveriam ser alcançados durante a fase de provisionalização.

No entanto, ainda hoje, para muitos profissionais, as restaurações provisórias representam apenas um elemento para preencher espaços edêntulos, ou para substituir a quantidade desgastada do dente preparado, enquanto se aguarda a confecção da prótese definitiva (Pegoraro, 1998; Kurtzman, 2006; Mizrahi, 2007 e Hammond et al ., 2009).

Restaurações Provisórias em Prótese Fixa

Desenvolvimento

Desde o preparo até a colocação da restauração definitiva, o dente deve estar protegido por uma restauração provisória, já que por menor que seja o trauma causado pelas manobras do preparo protético, surge sempre uma reacção inflamatória pulpar (Shillingburg et al ., 1998; Lieu et al ., 2001 e Guler et al ., 2005).

As restaurações provisórias funcionam como um guia para a restauração definitiva. (Lieu et al ., 2001). Elas são, frequentemente, a primeira impressão que o paciente recebe da prótese final, devendo, portanto, ser representativas do seu resultado estético (Malone et al ., 1994).

É comum o paciente mostrar-se apreensivo quanto ao resultado final de uma reabilitação protética. Tal acontece pelo risco de modificação da sua aparência, da sua fonética e pela dúvida quanto à possibilidade efectiva de melhoria da sua mastigação. Uma restauração temporária elaborada de forma cuidada e personalizada aumenta a confiança do paciente no profissional, levando a um relacionamento favorável entre ambos e facilitando deste modo as etapas inerentes à realização de qualquer reabilitação fixa protética (Mezzomo, 1994 e Rhoads et al ., 1998).

A fase de provisionalização constitui, assim, uma das etapas mais importantes e essenciais para que o sucesso da restauração definitiva seja alcançado (Pegoraro, 1998; Santosa, 2007; Balkenhol et al ., 2007; Altintas et al ., 2008; Hammond, 2009 e Strupp, 2010).

I. Considerações Gerais das Restaurações Provisórias

De acordo com o Glossário de Termos Prostodônticos (2005) restaurações provisórias ou temporárias, são aquelas desenhadas com o objectivo de permitir uma boa estética e promover estabilidade e/ou função durante um período limitado de tempo, devendo ser substituídas por uma prótese definitiva, aquando da conclusão do trabalho protético.

Restaurações Provisórias em Prótese Fixa

Contudo, é importante referir, que apesar destas restaurações deverem apresentar uma estética razoável, ela não deve ser perfeita para que a prótese fixa definitiva não seja uma decepção para o paciente (Gordon, 1996).

Ainda segundo Gordon (1996), e com base no que foi referido anteriormente, podemos afirmar que para uma optimização do atendimento ao paciente, devem ser sempre utilizadas restaurações provisórias aquando da elaboração de trabalhos fixos protéticos.

II. Função das Restaurações Provisórias

Durante o processo de reabilitação protética fixa, as restaurações provisórias desempenham as seguintes importantes funções :

 Protecção - da polpa dos dentes preparados, das irritações térmicas e químicas. A saúde periodontal é igualmente garantida por uma prótese temporária, desde que os contornos axiais estejam correctos e a restauração se adeqúe perfeitamente às margens do preparo. A zona cervical também é um factor importante devendo permitir bom acesso para uma correcta higienização (Dykema, 1986; Mezzomo, 1994; Burns et al ., 2003; Kurtzman et al ., 2006 e Givens et al ., 2008).

 Estabilidade posicional - as restaurações provisórias deverão manter o dente preparado nas mesmas posições mesio-distal, vestíbulo-lingual e ocluso-cervical até à colocação do trabalho definitivo. Para que isto aconteça, têm que ser estabelecidos contactos proximais e oclusais adequados, já que a falta de contacto ou a presença de contacto excessivo causam frequentemente movimentação dentária. O insucesso na manutenção dos contactos oclusais levará a uma restauração final que não se adequa na perfeição ao dente preparado ou que requer ajustes oclusais acentuados. A posição dos tecidos periodontais relativamente aos dentes preparados, é igualmente assegurada por uma restauração temporária apropriada. Caso contrário, pode ocorrer recessão gengival ou invasão do espaço protético pela gengiva (Dykema, 1986; Mezzomo, 1994; Burns et al ., 2003 e Givens et al ., 2008).

Restaurações Provisórias em Prótese Fixa

 Restabelecimento da função - as próteses provisórias são essenciais para que a função mastigatória seja restabelecida de forma correcta, enquanto a prótese final é confeccionada (Dykema, 1986; Mezzomo, 1994; Burns et al ., 2003 e Kurtzman, 2006).

 Estética - permitindo ao paciente sentir-se satisfeito e seguro, principalmente quando os dentes a reabilitar com recurso à prótese fixa são dentes anteriores e pré-molares, os quais são visíveis durante a fala e o sorriso (Dykema, 1986; Mezzomo, 1994; Burns et al ., 2003 e Kurtzman et al ., 2006).

 Informação útil no diagnóstico - dão informação quanto à melhor forma e disposição dos dentes na arcada na restauração final. A aceitação de uma nova posição mandibular, de uma nova DVO e de uma nova oclusão são igualmente avaliadas durante esta fase. As restaurações temporárias também fornecem informações importantes relativamente ao suporte labial e às implicações na fonética. Os dados relativos à higiene oral do paciente também podem ser observados durante este período, podendo a informação recolhida influenciar o desenho da prótese definitiva (Dykema, 1986; Mezzomo, 1994; Kurtzman et al., 2006 e Givens et al ., 2008).

III. Requisitos das Restaurações Provisórias:

Para que as restaurações provisórias sejam consideradas ideais, têm que atender a determinados requisitos, (Malone et al ., 1991; Shillingburg, 1995; Rhoads et al. , 1998 e Burns et al ., 2003), sendo eles:

 Boa adaptação ao dente preparado e adequada adaptação marginal;

 Resistência ao deslocamento durante a função;

 Devem ser resistentes e permanecer em boas condições durante o tempo requerido;