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Guias e Dicas
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Restauração de Pavimentos Asfálticos, Manuais, Projetos, Pesquisas de Engenharia de Rodovias

Manual de rodovias, pavimentos asfálticos.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 19/04/2020

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DNIT
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISA
COORDENAÇÃO-GERAL DE ESTUDOS E PESQUISA
INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS
MANUAL DE RESTAURAÇÃO DE
PAVIMENTOS ASFÁLTICOS
2006
Publicação IPR - 720
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DNIT

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISA COORDENAÇÃO-GERAL DE ESTUDOS E PESQUISA INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS

MANUAL DE RESTAURAÇÃO DE

PAVIMENTOS ASFÁLTICOS

Publicação IPR - 720

MANUAL DE RESTAURAÇÃO DE

PAVIMENTOS ASFÁLTICOS

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISA
COORDENAÇÃO GERAL DE ESTUDOS E PESQUISA
INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS

Publicação IPR 720

MANUAL DE RESTAURAÇÃO DE

PAVIMENTOS ASFÁLTICOS

2ª Edição

Rio de Janeiro 2006

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISA INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS Rodovia Presidente Dutra, Km 163 – Vigário Geral Cep.: 21240-000 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: (0XX21) 3371- Fax.: (0XX21) 3371- e-mail.: dnitiprnormas@ig.com.br

TÍTULO: MANUAL DE RESTAURAÇÃO DE PAVIMENTOS ASFÁLTICOS Primeira Edição: 1998 Revisão: DNIT / Engesur Contrato: DNIT / Engesur PG – 157/2001- Aprovado Pela Diretoria Colegiada do DNIT em 25 / 04 / 2006

O IPR se dispõe a considerar comentários, sugestões e críticas no tocante a este manual, desde que o leitor encaminhe o material de forma inequívoca e no intuito de aperfeiçoar ainda mais a forma e o conteúdo do manual.

Eng° Chequer Jabour Chequer Coordenador do Instituto de Pesquisas Rodoviárias

Endereço para correspondência: Instituto de Pesquisas Rodoviárias A/c Divisão de Capacitação Tecnológica Rodovia Presidente Dutra, km 163 Centro Rodoviário, Vigário Geral, Rio de Janeiro, 21240-000, RJ Tel (fax): (21) 3371- E-mail: ipr@dnit.gov.br

LISTA DE I LUSTRAÇÕES

SUMÁRIO

  • Figura 1 - Curva de Degradação do Pavimento.........................................................
  • Figura 2 - Fluxograma Geral da Manutenção Rodoviária
  • Figura 3 - Etapas do Processo de Restauração
    • (NCHRP - 10B) para fadiga de misturas betuminosas Figura 4 - Comparação entre as curvas de projeto da Shell e do Instituto do Asfalto
    • de umidade e conservação........................................................................ Figura 5 - Tipos de curvas de afundamento nas trilhas de roda considerando os efeitos
  • Figura 6 - Principais tipos de defeitos e suas relações
  • Figura 7 - Interações entre os defeitos em rodovias pavimentadas...........................
  • Figura 8 - Evolução da deterioração em rodovias pavimentadas
  • Figura 9 - Fendas: Trincas longitudinais
  • Figura 10 - Fendas: Trincas transversais.....................................................................
  • Figura 11 - Fendas: Diversos tipos de trincas interligadas...........................................
  • Figura 12 - Fendas: Trincamento tipo bloco.................................................................
  • Figura 13 - Afundamento por consolidação nas trilhas de roda
  • Figura 14 - Afundamento plástico nas trilhas de roda..................................................
  • Figura 15 - Ilustração do escorregamento
  • Figura 16 - Ilustração de panelas.................................................................................
  • Figura 17 - Ilustração de remendos.
  • Figura 18 - Esquema da bacia de deformação e da deformada
  • Figura 19 - Deformada e raio de curvatura
  • Figura 20 - Deformações no pavimento.......................................................................
  • Figura 21 - Posicionamento da viga Benkelman e da prova de carga
  • Figura 22 - Representação dos defletômetros de impacto
  • Figura 23 - Correlações Obtidas por várias Pesquisas (Tipo DFWD = aDVB + b)...........
  • Figura 24 - Transformação Teórica do Pavimento Real em Pavimento Equivalente
  • Figura 25 - Avaliação Estrutural dos Pavimentos Flexíveis por meio do Produto Rd
  • Figura 26 - Esquema do simulador de quarto-de-carro
  • Figura 27 - Esquema do sensor de deslocamentos verticais.......................................
  • Figura 28 - Diagrama em blocos do quantificador de irregularidade............................
  • Figura 29 - Valores acumulados das diferenças
  • Figura 30 - Modelo de gráfico para divisão em segmentos homogêneos....................
  • Figura 31 - Fluxograma da análise deflectométrica
  • Figura 32 - Fluxograma da análise da deficiência estrutural e/ou funcional
  • Figura 33 - Fluxograma do enfoque mecanístico-empírico..........................................
  • Figura 34 - Fases da vida de um pavimento (número N).............................................
  • Figura 35 - Estrutura de referência do TECNAPAV.....................................................
    • temperatura. Figura 36 - Deformações horizontais no pavimento antigo devido ás variações de
    • tensões térmicas na camada..................................................................... Figura 37 - Geração de uma nova trinca na camada de reforço devido a ação das
    • temperatura da camada subjacente. Figura 38 - Arqueamento térmico da camada de reforço causado pela diferença de
    • tráfego Figura 39 - Concentração de tensões devido a deflexão diferencial vertical causada pelo
  • Figura 40 - Geotêxtil diretamente sobre o pavimento antigo.
  • Figura 41 - Geotêxtil afastado das trincas do pavimento antigo.
  • Figura 42 - Esquema de uma camada de alívio de tensões........................................
  • Figura 43 - Esquema de posicionamento de uma manta de fibra de vidro..................
  • Figura 44 - Esquema de uma camada de interrupção do trincamento.
    • propagação de trincas Figura 45 - Ilustração da solução geotêxtil-geogrelha como camada inibidora da
  • Figura 46 - Esquema do equipamento de reciclagem a quente no local
  • Figura 47 - Operação de usina intermitente na reciclagem a quente
  • Figura 48 - Operação de usina “drum mixer” na reciclagem a quente.........................
  • Figura 49 - Processo de escolha do tipo de estabilização...........................................
  • Figura 50 - Dispositivo de reciclagem a frio no local....................................................
  • Figura 51 - Formação de panelas em pavimentos asfálticos.......................................
    • ano) Restauração em seções de pavimento idênticas (taxa de desconto = 4% ao
  • Figura 53 Alternativa de Restauração – Alternativa A
  • Figura 54 Alternativa de Restauração – Alternativa B
  • Figura 55- Alternativa de Restauração – Alternativa C...............................................
  • Figura 56- Seção transversal - tipo de pavimento existente
  • Figura 57- Interpretação analítica de deflectogramas retroanálise.............................
  • Figura 58- interpretação analítica de deflectogramas retroanálise
  • Figura 59- Verificação de tensões - cálculo de vida de fadiga....................................
  • Tabela 1 - Condições de Superfície do Pavimento.....................................................
    • asfálticas.................................................................................................... Tabela 2 - Fatores que afetam o módulo de elasticidade e a vida de fadiga das misturas
  • Tabela 3 - Resumo das causas e tipos de deformação permanente..........................
    • 005/2003 – TER) Tabela 4 - Quadro resumo dos defeitos – Codificação e Classificação (Norma DNIT
  • Tabela 5 - Condição do pavimento em função do IGG...............................................
  • Tabela 6 - Conceitos do ICPF.....................................................................................
  • Tabela 7 - Avaliação da IES
  • Tabela 8 - Correlações entre FWD e Viga Benkelman
    • Derrapagem............................................................................................... Tabela 9- Avaliação das Condições de Aderência Pneu Pavimento, ou Resistência à
  • Tabela 10- Avaliação da Resistência à Derrapagem
  • Tabela 11 Valores do IFI
  • Tabela 12 Classificação de Veículos adotada pelo DNER
  • Tabela 13 Fatores de Equivalência de Carga do USACE
  • Tabela 14- Fatores de Equivalência de Carga da AASHTO
  • Tabela 15- Cálculo FV - ESS.......................................................................................
  • Tabela 16- Cálculo FV - ESD.......................................................................................
  • Tabela 17- Cálculo FV - ETT
  • Tabela 18- Estimativa de percentual de veículos na faixa de projeto
  • Tabela 19- Etapas recomendadas para a coleta e avaliação dos dados do pavimento
  • Tabela 20- Lista de verificação do processo de avaliação...........................................
  • Tabela 21 Métodos das diferenças acumuladas
  • Tabela 22 Critério para o estabelecimento das diretrizes de projeto..........................
  • Tabela 23 Critério para o estabelecimento das diretrizes de projeto..........................
  • Tabela 24- Classificação dos solos
  • Tabela 25- Comparação entre consumo de energia....................................................
  • Tabela 26- Obtenção de k
  • Tabela 27- Limites de teor emulsão ótimo
  • Tabela 28- Granulometria
  • Tabela 29- Método do VPL
  • Tabela 30- Método relação benefício custo
  • Tabela 31 VPL e taxa de desconto.............................................................................
  • Tabela 32 Análise de sensibilidade
  • Tabela 33 Cálculo do VPL para a alternativa A..........................................................
  • Tabela 34 Cálculo do VPL para a alternativa B..........................................................
  • Tabela 35- Cálculo do VPL para a alternativa C
  • Tabela 36- Deflectometria
  • Tabela 37- Constituição da base e sub-base
  • Tabela 38- Valor de serventia
  • Tabela 39- Resumo da avaliação funcional do pavimento – Agrupamento A
  • Tabela 40- Resumo da avaliação funcional do pavimento – Agrupamento B
  • Tabela 41 Resumo da avaliação estrutural do pavimento – Agrupamento A.............
  • Tabela 42 Resumo da avaliação estrutural do pavimento – Agrupamento B.............
  • Tabela 43 Resumo das características do pavimento existente
  • Tabela 44- Resumo dos números “N” de projeto - Agrupamento A Tabela 45- Avaliação do pavimento existente/soluções para restauração
    • Agrupamento B Tabela 46- Avaliação do pavimento existente/soluções para restauração
    • Agrupamento A Tabela 47- Dimensionamento de reforço de pavimento – TECNAPAV
    • Agrupamento B Tabela 48- Dimensionamento de reforço de pavimento – TECNAPAV
    • resistência – método DNER (Engº Murilo) Tabela 49- Avaliação do pavimento existente e dimensionamento de reforço - critério de
  • Tabela 50- Coeficientes de Poisson
  • Tabela 51 Dados de tráfego.......................................................................................
  • Tabela 52 Deformações - (Valores Aproximados) Tabela 53 Características de materiais alternativos para reforços
  • Tabela 54- Estimativa de módulos de rigidez de camadas betuminosas (Shell).........
  • Tabela 55- Estimativa de módulos de rigidez de camadas betuminosas (Shell).........
    • (The Asphalt Institute) Tabela 56- Estimativa de módulos de rigidez de camadas betuminosas
    • (Método de Francken) Tabela 57- Estimativa de módulos de rigidez de camadas betuminosas
  • Tabela 58- Esforços limites - 1º critério: fadiga das camadas betuminosas................
  • Tabela 59- Esforços limites - 1º critério: fadiga das camadas betuminosas................
  • Tabela 60- Esforços limites - 2º critério: acúmulo de deformações permanentes
  • Tabela 61 Alternativas estudadas para reforço do pavimento....................................
  • Tabela 62 Agrupamento B..........................................................................................
  • Tabela 63 Coeficientes estruturais
  • Tabela 64- Módulos
  • Tabela 65- Situação adotada.......................................................................................
  • Tabela 66- Dados de tráfego
  • Tabela 67- Comparação entre as opções de reforço...................................................
  • Tabela 68- Métodos utilizados
  • Tabela 69- Cálculo dos quantitativos...........................................................................
  • Tabela 70- Comparação de espessuras de reforço estrutural
  • Tabela 71 Espessuras de reforço em termos de CBUQ (cm)
  • Planilha 1 - Formulário de Inventário do estado da superfície do pavimento
  • Planilha 2 - Cálculo do IGG
  • Planilha 3 - Ficha de Avaliação de Serventia
  • APRESENTAÇÃO
  • LISTA DE ILUSTRAÇÕES
    1. INTRODUÇÃO
    1. CONCEITUAÇÃO DO MANUAL
    • 2.1. Objetivos e Estrutura do Manual
    • 2.2. Conceitos e Terminologia............................................................................
    • 2.3. Fatores Intervenientes no Projeto
    • 2.4. O Processo de Restauração
    1. DETERIORAÇÃO DOS PAVIMENTOS..................................................................
    • 3.1. Desempenho Funcional...............................................................................
    • 3.2. Desempenho Estrutural...............................................................................
    • 3.3. Desempenho quanto à Segurança..............................................................
    • 3.4. Gatilhos para a Restauração.......................................................................
    • 3.5. Interações entre os Defeitos........................................................................
    • 3.6. Evolução da Deterioração
    1. AVALIAÇÃO DOS PAVIMENTOS FLEXÍVEIS.......................................................
    • 4.1. Avaliação das Condições de Superfície
    • 4.2. Avaliação das Condições Estruturais
    • 4.3. Avaliação das Condições da Irregularidade longitudinal
    • 4.4. Condições de Aderência Pneu/Pavimento
    • 4.5. Avaliação das Solicitações de Tráfego........................................................
    • 4.6. Avaliação Global
    1. REFORÇO DOS PAVIMENTOS
    • 5.1. Abordagens do Projeto................................................................................
    • 5.2. Análise Defletométrica.................................................................................
    • 5.3. Análise da Deficiência Estrutural.................................................................
    • 5.4. Abordagem Mecanístico-empírica...............................................................
    • 5.5. Métodos de Reforço....................................................................................
    • 5.6. Trabalhos Preparatórios para Restauração
    • 5.7. Propagação de Trincas
    1. RECICLAGEM DOS PAVIMENTOS
    • 6.1. Objetivos da Reciclagem
    • 6.2. Orientações para a Seleção da Reciclagem
    • 6.3. Reciclagem a Quente..................................................................................
    • 6.4. Reciclagem a Frio
    1. CONSERVAÇÃO DOS PAVIMENTOS
    • 7.1. Definição e Finalidade.................................................................................
    • 7.2. Conservação Rotineira................................................................................
    • 7.3. Conservação Periódica
    1. AVALIAÇÃO ECONÔMICA....................................................................................
    • 8.1. Preâmbulo...................................................................................................
    • 8.2. Custos de Ciclo de Vida..............................................................................
    • 8.3. Princípios Básicos.......................................................................................
    • 8.4. Componentes Fundamentais
    • 8.5. Métodos de Avaliação de Alternativas
    • 8.6. Análise de Sensibilidade
    • 8.7. Comparação entre Alternativas...................................................................
    1. EXEMPLO ILUSTRATIVO
    • 9.1. Avaliação das Características do Pavimento
    • 9.2. Dados do Tráfego e Número “N”.................................................................
      • por Procedimentos Empíricos 9.3. Avaliação Estrutural do Pavimento Existente e Dimensionamento de Reforço
      • pela Teoria da Mecânica dos Pavimentos................................................... 9.4. Avaliação Estrutural do Pavimento Existente e Dimensionamento de Reforço
    • 9.5. Dimensionamento de Pavimentos Novos....................................................
    • 9.6. Soluções Adotadas no Projeto
  • BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................

Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos 17

MT/DNIT/DPP/IPR

1 INTRODUÇÃO

As obras de pavimentação rodoviária tiveram um grande incremento nos anos 50, quando, fruto do intenso intercâmbio de técnicos do extinto DNER, produziu-se uma grande transferência de tecnologia oriunda dos Estados Unidos da América do Norte.

O modelo de financiamento do setor rodoviário, baseado no Fundo Rodoviário Nacional - FRN, foi responsável pela construção de um patrimônio representado por cerca de 68. km de rodovias federais, dos quais 51.000 km pavimentados.

O advento da crise de petróleo nos anos 70, a extinção do FRN nos anos 80 e os investimentos insuficientes destinados ao setor tornaram o sistema rodoviário extremamente vulnerável.

A idade dos pavimentos e a solicitação intensa do tráfego compõem o problema, especialmente nas rodovias federais, onde grande parte da malha já superou a vida útil dos projetos originais.

Nos últimos anos, porém, a ênfase na construção rodoviária vem sendo gradualmente transferida para as atividades de recuperação e restauração.

Com a finalidade de apresentar e disseminar os conceitos e as informações técnicas necessárias ao projeto e à execução de obras para a restauração dos pavimentos asfálticos, foi elaborado, em 1998, por técnicos do DNER e da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, sob a Coordenação do IPR.

Assim, o Manual de Reabilitação de Pavimentos Asfálticos foi entregue à comunidade rodoviária do País, com o propósito de atender a mudança de ênfase da construção rodoviária para a restauração rodoviária, desenvolvendo orientações para a escolha da alternativa de restauração mais adequada e descrevendo procedimentos específicos, a fim de implantar condições seguras e compatíveis do trânsito nas rodovias brasileiras.

O Manual se apresentava e ainda se apresenta como um elemento de auxílio no diagnóstico da patologia dos pavimentos, na compreensão dos enfoques do projeto de restauração, e na adoção de procedimentos adequados no controle da qualidade das ações de manutenção de pavimentos flexíveis.

Nele conceituam-se as principais expressões relativas à restauração de pavimentos asfálticos de rodovias e comentam-se também os principais parâmetros técnicos intervenientes na seleção e dimensionamento da alternativa de Restauração e as diversas etapas intermediárias.

O antigo Manual foi amplamente utilizado em face de intensivos programas de pavimentação lançados em seguidos exercícios, propiciando, inclusive, a instalação de um parque industrial com empresas de construção altamente eficientes.