Balanço Social: Ética e Responsabilidade Social em Empresas, Notas de estudo de Administração Empresarial

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Responsabilidade

Social

Administração II

Turma:

Professor: Alessandro Paiva

Felipe Jordino

Marco Aurélio Rangel

Nathália Souza

Samuel Victor

SUMÁRIO

Introdução 3

Contexto Histórico 4

Filantropia Empresarial e Responsabilidade Social 5

Balanço Social 6

Ética e Responsabilidade Social 7

Empresas Socialmente Responsáveis 8

Conclusão 12

Referências Bibliográficas 13

Responsabilidade Social

INTRODUÇÃO

Responsabilidade Social: Modelo de gestão empresarial voltado ao desenvolvimento econômico sustentável e baseado em procedimentos éticos, no campo da estratégia dos negócios.

social”, que consistia em melhorar a situação dos seus trabalhadores, principalmente afim de reduzir a grande rotatividade em muitos departamentos de sua organização.

A partir de experiências conduzidas por pesquisadores na década de 20, passou-se a considerar os recursos humanos não apenas como um instrumento de produção e sim como seres humanos com propriedades psicológicas, com habilidades e limitações, personalidade e cidadania e que precisavam de motivação por incentivos e recompensas, visando um melhor desempenho funcional

Alguns fatores passaram a ser levados em conta, como o nível de satisfação e exigência dos clientes e usuários, determinando a mudança de postura das organizações. Aliou-se o enfoque na economia interna, com a preocupação com o ambiente externo, fazendo com quer a organização interaja com o meio no qual está inserido, tornando-se um sistema social aberto, dele dependendo e sobre qual tem a possibilidade de realizar atos e fatos, visando seu proveito próprio.

De uma certa forma a ineficiência ou omissão do Estado na solução de problemas, influenciou ou “despertou” esse senso de responsabilidades nas empresas, que se espelham em ações empreendidas pelo chamado “Terceiro Setor”, a partir da década de 80, que apontou caminhos e modelou projetos bem sucedidos em que se baseavam as empresas para o exercício dessa nova postura. Porém apenas isso não foi deterninante, mas contribuiu para esse despertar, surgia todo um cenário a partir da Revolução Industrial, que alterava-se rápida e continuamente. Impulsionados por idéias de intelectuais, as mudanças projetaram-se sob vários momentos sociais, como, revoluções, êxodo rural, urbanização, formação de sindicatos, greves etc. Tais fatos demandavam uma sustentabilidade que visava harmonizar as esferas econômicas, ambiental, social e recricar esse cenário tornando-o compatível à continuidade e a expansão das atividades das empresas no futuro nascente.

Através da abertura do mercado na década de noventa e o cenário atual de uma economia globalizada, as empresas passam por mudanças significativas, foi preciso um esforço maior para se adequar as exigências do mercado mundial, houve uma iniciativa de buscar soluções junto aos seus empregados, fornecedores e parceiros para atuarem no mercado de maneira segura e com perspectiva de retorno para todas as partes envolvidas.

Todos esses acontecimentos influenciaram e até impulsionaram novas posturas na relação: empresas-sociedade, da mesma forma e com a mesma intensidade daquelas ligadas ao meio ambiente.

FILANTROPIA EMPRESARIAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Muitas vezes e durante muitos anos, erroneamente, confundiu-se a Responsabilidade Social com as ações de Filantropia Empresarial, ações pontuais e muitas vezes desligadas do objeto de negócio da empresa. Naturalmente, estas ações podem fazer parte da Responsabilidade Social de uma empresa, mas por si só, não tornam uma empresa socialmente responsável. O caminho da responsabilidade social é algo muito mais metódico e sistemático, precisamente porque é central e transversal a toda a atuação da empresa. Os trabalhos em prol da responsabilidade social exigem um diagnóstico preciso das necessidades locais que se deseja combater, para começar esse percurso é preciso fazer um diagnóstico, inventariar todos os potenciais impactos negativos da atividade, ouvir as partes interessadas e fazer um plano que estará, naturalmente, sempre em evolução e em mudança (Revista Brasileira de Administração,n.45,2004).

A empresa torna-se socialmente responsável à medida que concretiza esse plano e à medida que essa genuína vontade de participação e mudança, onde ela começa a transformar uma realidade local, a agir diretamente onde a comunidade que a cerca mais precisa.

É certo que este caminho de participação envolve custos, mas esses custos podem e devem cada vez mais serem encarados como um investimento: um investimento nas gerações futuras, naturalmente, mas, e a muito mais curto prazo, também um investimento com claros benefícios na solidez, na imagem, na capacidade da empresa em fazer a diferença face aos imprevistos e as complicações até logísticas que possam envolver sua participação em um trabalho que vai, em muitos casos, muito além de sua missão.

Essa interação com a sociedade, passa a ter uma dimensão interna e externa que envolve toda a realidade da empresa e ela passa a justificar suas ações para todos os que contribuem com sua existência: fornecedores, funcionários, colaboradores, clientes, acionistas e para toda a comunidade.

A igualdade é uma impossibilidade social. Toda sociedade compõe-se de indivíduos onde há diferenças finitas de idade, sexo, força, resistência, velocidade, acuidade visual ou auditiva, inteligência, beleza, e assim por diante. Uma vez que não é possível uma sociedade composta por membros exatamente iguais, quando utilizamos a expressão "sociedade igualitária" estamos nos referindo à igualdade de oportunidades que devem ter todos os indivíduos dessa sociedade, sem discriminação de nenhuma espécie.

No combate à desigualdade social, busca-se atingir eqüidade social, que é o direito das pessoas participarem não "só da atividade política e econômica, mas também o direito de contar com os meios de subsistência e com o acesso a um conjunto de serviços públicos que permitam manter um nível adequado de vida" (WOLFE, 1991).

A persistência da desigualdade social é hoje um dos grandes problemas do processo de globalização, a mudança de paradigmas nos processos produtivos, a intensificação do uso de tecnologia avançada, entre outros fatores que caracterizam esse processo de mundialização, têm causado o desemprego e conseqüentemente o aumento da

ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Em nossos dias, exige-se, cada vez mais, a aplicação da ética, seja no campo pessoal ou no ramo empresarial. As empresas éticas além do respeito e reputação, evidenciam maior sucesso financeiro e ganho na aquisição de recursos humanos. Hoje, o consumidor quer muito mais que qualidade, preço competitivo, bons serviços e boa marca. Ele quer adquirir seus produtos de corporações éticas, que valorizem seus funcionários e seus clientes, que protejam o meio ambiente e que estejam comprometidas com as comunidades. Está sendo atribuída à ética e a responsabilidade social importância tão grande quanto a qualidade, a competitividade, a competência e a habilidade.

A maneira como as pessoas agem refletem o seu comportamento ético e, quanto mais forte se manifestar esse comportamento, melhores administradores teremos. O nosso comportamento individual determina o nosso comportamento em sociedade e não poderemos ter uma sociedade eficiente e competitiva se não pudermos confiar em nossos semelhantes, nossos empresários e nossos governantes. Cada um de nós é responsável pessoal pelo comportamento ético. É este comportamento que diferencia uma pessoa de outra. Para administrar, precisamos de um elevado senso ético que nos guie e sirva de exemplo aos outros. O senso ético servirá de alicerce à confiança de nossos seguidores.

As sociedades criam regras de conduta gerais para garantir sua própria sobrevivência. Ainda hoje concordamos com regras estabelecidas por nossos antepassados. Temos em nossa sociedade muitas verdades que nos têm servido há várias gerações. Mas é certo que as regras de conduta evoluem e igualmente certo que essa evolução influencia o processo de administração das organizações. A evolução ética cria novos valores, com os quais os administradores têm de conviver e que determinarão um comportamento ético relativo ou um comportamento ético absoluto.

A ética relativa baseia-se na proposição de que as normas de comportamento dependem da situação, ou seja, são as circunstâncias que influenciam a conduta. Como não somos perfeitos, frequentemente tomamos decisões incorretas, respaldando-nos numa justificativa lógica para tais atos, como por exemplo, avançar os sinais vermelhos de trânsito a altas horas da noite, por medo de assaltos ou mentir para evitar ferir os sentimentos de alguém.

A ética absoluta baseia-se na premissa de que um determinado comportamento é certo ou errado, seja qual for a circunstância. A noção de que o certo e o errado depende de opiniões constitui um dilema sério para o comportamento ético absoluto.

Muito dos estudos sobre a ética na administração tem sua origem na opinião de que as organizações têm responsabilidades sociais. A ética é a disciplina que trata do comportamento de pessoas e organizações. "No contexto da responsabilidade social, a ética trata essencialmente das relações entre pessoas. (...) Ética, portanto, é uma questão de qualidade das

relações humanas e indicador do estágio de desenvolvimento social" (Maximiano, p. 307, 1997).

EMPRESAS SOCIALMENTE RESPONSAVEIS

AMBEV

A AmBev é a maior empresa de bebidas da América Latina e a maior cervejaria do mundo. Segue abaixo alguns projetos no qual a companhia cuida ou apoia:

JOVENS DE RESPONSA

Na área de Consumo Responsável, a Ambev está implantando o programa "Jovens de Responsa". A iniciativa tem como objetivo prevenir o uso abusivo de álcool entre jovens de comunidades de baixa renda e inibir o uso antes dos 18 anos.

Na etapa inicial do projeto, a Ambev fez parcerias com organizações sociais de atuação reconhecida - o Instituto Bola pra Frente, a Casa do Zezinho, a Central Única das Favelas (CUFA) e a União de Núcleos, Associações e Sociedades de Moradores de Heliópolis (UNAS). Elas estão implantando projetos piloto no Rio e em São Paulo. São cinco comunidades beneficiadas.

O Instituto Bola pra Frente, no Complexo do Muquiço, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, trabalha a prevenção com menores de 18 anos inserindo a temática em atividades esportivas e gincanas culturais. Para maiores de 18 anos, o programa inclui temas como empregabilidade e lazer. As atividades principais envolvem atividades pedagógico-esportivas, campeonatos esportivos e culturais, formação de grupo de mães para atuação na temática álcool, campanha comunitária para os pontos de venda e desenvolvimento de jogos pedagógicos de prevenção.

No bairro do Capão Redondo, no sudoeste da cidade de São Paulo, a Casa do Zezinho forma seus educadores para que trabalhem o tema prevenção ao alcoolismo com jovens atendidos pela organização. A instituição realiza palestras e debates para jovens e comunidade. Será formado um grupo de jovens (18 a 24 anos) e um grupo de mães multiplicadoras. Entre as ações estão palestras, dinâmicas de grupo e atividades pedagógicas.

O Projeto Maria Maria, da Central Única das Favelas (CUFA), engloba atividades em duas comunidades, uma no Rio e outra em São Paulo. A atuação envolve lideranças comunitárias femininas em atividades nos bairros da Cidade de Deus (RJ) e Real Parque (SP). A iniciativa realiza cursos e oficinas teatrais e audiovisuais para jovens. A ideia é

A escolha do melhor projeto é norteada por critérios como clareza e relevância dos objetivos, capacidade de realização, impacto comprovado sobre o público-alvo, capacidade de articulação com outros parceiros da sociedade e com o poder público e impacto da doação sobre a realização e a ampliação das metas do projeto.

EMBRAPA

Instituída em 1982 para resolver a problemática dos impactos causados pelos agroquímicos no ambiente e na saúde dedicando-se ao estudo dos impactos ambientais da agricultura em seu sentido amplo, a Embrapa Meio Ambiente, em cooperação com outras organizações de Pesquisa e Desenvolvimento do setor produtivo, vêm selecionando, adaptando e desenvolvendo tecnologias, práticas e formas de manejo adequadas às condições brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do agronegócio nacional. Coube à Embrapa Meio Ambiente delinear o compromisso de fomentar um desenvolvimento agropecuário economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente justo, hoje expresso na missão corporativa nacional.

PROGRAMA CIDADÃO SOLIDÁRIO

Através do programa Cidadão Solidário, desenvolvido pela Prefeitura de Jaguariúna, SP em parceria com a Embrapa, outras instituições e voluntários da região, a Embrapa Meio Ambiente vem desenvolvendo um trabalho de formação de lideranças de jovens do bairro onde está localizada - Tanquinho Velho. No momento 18 jovens estão recebendo treinamento, participando de visitas a empresas, Prefeitura e outras instituições da cidade.

A Embrapa Meio Ambiente está, também, desenvolvendo um programa de palestras para mulheres/mães do bairro, em parceria com a escola local, outras empresas e demais voluntários, visando estimular a prática de uma alimentação saudável e aproveitamento de alimentos, oportunidades de geração de renda através de cursos diversos e inclusão destas mulheres em atividades de formação de uma mentalidade cidadã.

A parceria com a escola local (Escola Municipal Oscarlina Pires Turato), gerou ainda um compromisso de empregados voluntários em atividades que incluem, comemoração do dia das crianças, colaboração em necessidades da escola (montagem da biblioteca, doação de microcomputadores, entre outros) assim como o estreitamento das relações entre escola do bairro e a empresa.

PROGRAMA DE ESTÁGIO CIDADÃO

Através da oferta de estágio para portadores de necessidades especiais, especialmente a Síndrome de Down, a Embrapa Meio Ambiente vem estimulando habilidades entre seus

empregados, de forma a fortalecer o compromisso com o portador de necessidade especial e elevar a sua auto estima enquanto capazes, e principalmente, facilitar o ingresso deste grupo especial no mercado de trabalho.

PROJETO ALMA

A Embrapa Meio Ambiente está trabalhando, em apoio a Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Turismo, da Prefeitura Municipal de Campinas, no Projeto ALMA – arte, lixo e meio ambiente. Esse projeto pretende conscientizar as comunidades próximas aos córregos e ribeirões de Campinas, SP, sobre a importância dos recursos hídricos para a sobrevivência do ser humano, como elemento constitutivo das relações culturais. Visa também despertar as comunidades sobre a importância da preservação da mata ciliar, dos córregos e ribeirões próximos ao seu local de moradia. São 13 pontos críticos da cidade, que sofrem com a destinação inadequada dos resíduos sólidos. Estima-se a participação direta de até 6.000 pessoas nos mutirões e oficinas e, projetando a participação indireta da população, pode-se chegar a 20.000 cidadãos. O Ceasa de Campinas, outro parceiro do projeto ALMA, iniciou o desenvolvimento de hortas comunitárias próximas aos locais dos mutirões.

O lixo retirado dos mananciais será utilizado nas oficinas de artes plásticas e na construção de instrumentos musicais, após a limpeza do córrego.

QUALIDADE DE VIDA

A Embrapa Meio Ambiente procura, através do Programa Vida Saudável, estimular hábitos para uma vida saudável entre seus empregados. O Programa inclui aula semanal de Ginástica Laboral, Massagem anti stress, Plantão Psicológico para acompanhamento dos empregados, visitas domiciliares e atendimentos sociais aos empregados, happy hour culturais (aniversariantes do mês, cafés comunitários, churrascos, etc), convênios diversos (acunpuntura, RPG..) e desenvolvimento de palestras variadas.

CONCLUSÃO

Podemos afirmar que o Brasil está vivendo um crescente ritmo de desenvolvendo nesse recente mundo da Responsabilidade Social.

A sociedade como um todo, vem se acostumando a ícones que demonstram se uma empresa é ou não socialmente responsável, e passa a levar este item como uma das determinantes para realizar sua escolha de compras. As empresas de olho neste filão do mercado, desenvolvem cad vez mais ações para ganhar este público seleto que vem emergindo cada vez mais.

Ficou claro que o papel da responsabilidade social para as grandes empresas tem relação direta com a sua capacidade de desenvolver estratégias de inteligência