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Resolução de equações de terceiro grau ..., Notas de aula de Construção

Os alunos perceberam, também, que podem escolher que caminho seguir, para resolver uma equação de terceiro grau, dependendo de seus coeficientes. Além disso, o ...

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Selecao2010
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Rosana Nogueira de Lima
Resolução de equações de
terceiro grau através de cônicas
Mestrado em EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
PUC – SP
1999
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Rosana Nogueira de Lima

Resolução de equações de terceiro grau através de cônicas

Mestrado em EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

PUC – SP

Rosana Nogueira de Lima

Resolução de equações de

terceiro grau através de cônicas

Dissertação apresentada como exigência parcial para a obtenção do título de MESTRE EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sob orientação do Professor Doutor Saddo Ag Almouloud.

PUC – SP

Dedicatória

Dedico este trabalho a todos os professores e pesquisadores em Educação Matemática que tentam procurar caminhos melhores para ensinar seus alunos.

Agradecimentos

Ao Professor Doutor Saddo Ag Almouloud, pelo trabalho de orientação, desenvolvido com dedicação e amizade.

À Professora Doutora Sônia B. C. Igliori e à Professora Doutora Circe M. S. S Dynnikov, pelas contribuições para a elaboração e o enriquecimento deste trabalho.

À Professora Doutora Sandra M. P. Magina, por participar da Banca Examinadora como suplente.

Aos professores do Programa de Pós Graduação em Educação Matemática da PUC-SP, pelo incentivo durante o curso.

À Professora Doutora Maria Cristina S. A. Maranhão, por intervir para que este trabalho pudesse ser estudado pelos alunos do Colégio Vera Cruz.

À Direção da PUC-SP e do Colégio Vera Cruz, por autorizar a aplicação da seqüência didática, e ao Professor Roberto Perides Moisés do Colégio Vera Cruz, por ceder suas aulas.

Aos monitores do laboratório de informática do Colégio Vera Cruz, que possibilitaram a realização da seqüência didática naquele local.

Aos alunos da PUC-SP e do Colégio Vera Cruz que participaram das aplicações da seqüência.

Aos alunos do Mestrado, pelo companheirismo e amizade.

À CAPES, pela bolsa de estudos que permitiu total dedicação ao curso de Pós Graduação.

Aos meus pais, pelo apoio, pela compreensão e pelas contribuições para uma melhor apresentação deste trabalho.

ÍNDICE

Índice de Anexos

Anexo I – Questionário aplicado aos alunos Anexo II – Atividades da seqüência didática: Primeira aplicação Anexo III – Atividades da seqüência didática: Segunda aplicação Anexo IV – Gráficos implicativos (CHIC) Anexo V – Gráficos de similaridades (CHIC) Anexo VI – Hierarquia de Implicações (CHIC) Anexo VII – Planos de Chadoc

Introdução

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Procurando diminuir as dificuldades apresentadas acima, desenvolvemos uma seqüência didática, cujo objetivo é apresentar métodos algébricos e geométricos de resolução de equações de terceiro grau, para serem analisados por alunos que finalizaram a terceira série do Ensino Médio ou estão em seu final. Isto porque o estudo de equações de grau n é abordado ao fim dessa série.

A análise dos métodos de resolução de equações cúbicas visa, procurando suas vantagens e desvantagens, escolher um dentre eles que possa ser usado para qualquer equação desse tipo.

Baseamos a construção de nossa seqüência didática, em aspectos teóricos como: dialética ferramenta-objeto e o jogo de quadros de Régine Douady, a transposição didática de Yves Chevallard, os registros de representação de Raymund Duval e o conceito de contrato didático de Guy Brousseau.

Este trabalho compõem-se de seis capítulos. O primeiro trata de nossa fundamentação teórica, sua importância em nosso trabalho e em que aspectos ela pode influenciar nossas decisões ou escolhas.

O Capítulo II – Estudo Histórico, faz um levantamento de métodos de resolução de equações de terceiro grau, desenvolvidos através dos tempos, enfatizando as necessidades que geraram sua descoberta.

No Capítulo III – Transposição Didática, vemos um estudo de livros didáticos, o questionário aplicado aos alunos e sua análise estatística por meio de softwares , que nos ajudam a tratar os dados a fim de observar o comportamento dos alunos frente a equações de terceiro grau.

A Problemática é nosso Capítulo IV, em que escolhemos alguns métodos de resolução a serem usados em nossa seqüência didática para o estudo pelos alunos. Levantamos também as questões a serem respondidas com o estudo deste trabalho.

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O Capítulo V – A Seqüência Didática traz a construção das atividades a serem resolvidas pelos alunos, o relato do experimento, que tem duas fases. A primeira, com 11 atividades, desenvolvendo o método de Omar Khayyam e a fórmula de Cardano, e utilizando também o dispositivo de Briot-Ruffini para resolução de equações cúbicas. Esta primeira fase é estudada com quatro alunos de primeiro ano do curso de Ciência da Computação da PUC-SP.

Após nosso Exame de Qualificação, a seqüência sofre algumas mudanças e é novamente aplicada a alunos de terceira série do Ensino Médio do Colégio Vera Cruz. Desta vez, começamos com 16 duplas, mas apenas 3 duplas terminaram o estudo.

No Capítulo VI – Conclusões, analisamos os dados colhidos, e tentamos responder às nossas questões de pesquisa presentes na Problemática. Por fim, apresentamos a bibliografia estudada para a realização deste trabalho e os anexos.

I. Fundamentação Teórica e Metodologia

1. Fundamentação Teórica

1.1. Introdução...............................................................................................

Descrevemos neste capítulo alguns conceitos da Didática da Matemática Francesa nos quais baseamos nosso trabalho.

Iniciamos com a Transposição Didática de Yves Chevallard, estudando as diversas transformações que um conceito sofre até chegar ao aluno.

Em seguida, vemos a dialética ferramenta-objeto e o jogo de quadros presentes na teoria de Régine Douady, e os registros de representação de Raymond Duval.

Por último, estudamos o conceito de contrato didático e sua importância em sala de aula.

1.2. A Transposição Didática de Yves Chevallard.........................................

O saber pesquisado pelo matemático sofre inúmeras transformações até chegar ao aluno. Ao conjunto destas transformações Chevallard dá o nome de Transposição Didática, que é dividida em diversas etapas, descritas abaixo:

  • saber sábio: o conhecimento apresentado à sociedade científica pelo pesquisador, porém, sem expor o processo de desenvolvimento do conceito em questão nem o problema que gerou sua pesquisa;
  • objetos a ensinar: os conhecimentos escolhidos (pelo Governo ou órgão responsável) como necessários à formação do jovem;
  • saber a ensinar: aquele que o professor escolhe para ensinar aos alunos. Aqui, o conhecimento é adaptado para o nível em que o aluno se encontra e organizado em disciplinas;

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  • saber escolar: conjunto de conhecimentos adquiridos pelos alunos após determinado curso;
  • saber ensinado: o professor gerencia a aquisição do saber pelo aluno, adaptando os objetos a ensinar, a forma de apresentação do conceito e o tempo de estudo;
  • saber disponível: o conhecimento que o aluno já adquiriu e pode ser usado como ferramenta para novas aprendizagens.

O estudo da transposição didática nos permite escolher a abordagem que daremos ao nosso trabalho. Para isso, fazemos um estudo histórico, procurando os métodos desenvolvidos para resolução de equações de terceiro grau; observamos livros didáticos atuais para comparar suas abordagens com a por nós escolhida, e desenvolvemos uma seqüência didática a fim de resolver equações cúbicas geometricamente, o que nos leva à necessidade de ter como base o jogo de quadros de Régine Douady, apresentado a seguir.

1.3. A Teoria de Régine Douady....................................................................

Os componentes teóricos de Régine Douady, a dialética ferramenta- objeto e o jogo de quadros , são importantes para o nosso trabalho.

Um conceito pode ter o estatuto de ferramenta ou de objeto. No primeiro caso, ele é usado para resolver um determinado problema; no segundo, ele é o conhecimento matematicamente reconhecido, definido independente de seu uso.

Uma ferramenta pode ser implícita quando o conceito em uso ainda não está completo; ou explícita, quando um objeto é tomado explicitamente para resolver o problema.

A dialética ferramenta-objeto é um processo de várias fases, pelas quais o aluno precisa passar, para resolver um determinado problema e adquirir um conhecimento. Estas fases são:

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Em nosso trabalho, utilizamos as cônicas primeiro como objetos de estudo, para mais tarde dar a elas o estatuto de ferramentas explícitas que serão usadas na resolução de equações de terceiro grau.

Nossa seqüência tenta seguir as primeiras etapas da dialética ferramenta-objeto, criando situações em que os conhecimentos antigos dos alunos não sejam suficientes para que eles solucionem o problema proposto, o que os leva à mudança de quadro algébrico para geométrico, dando uma nova visão da situação em estudo.

1.4. Os Registros de Representação de Raymond Duval..............................

Raymond Duval introduziu a noção de registro de representação para analisar a influência que a forma com que um objeto se apresenta pode exercer em seu processo de ensino/aprendizagem. Um objeto matemático é representado através de um registro de representação , e sua escolha comanda o tipo de desenvolvimento que se pode dar à resolução de uma tarefa requerida.

O objeto, porém, não deve ser confundido suas diferentes representações, e sim ser reconhecido independentemente delas. A distinção entre registro e objeto pode auxiliar a compreensão da matemática.

Para que um registro seja de representação em um sistema semiótico, ele deve permitir três atividades fundamentais: formação , tratamento e conversão.

A formação é a escolha de um registro a ser usado, de acordo com as regras e dados do problema a ser solucionado. O tratamento é a transformação dessa representação no próprio registro que ela formou. A conversão é a mudança de um registro em outro, conservando totalmente ou apenas uma parte do conteúdo inicial.

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Esta noção de R. Duval é importante em nosso trabalho, ao observarmos não só qual o registro de representação predominante entre os alunos, mas também se este se confunde com o objeto matemático em estudo. Além disso, a conversão de registros é fundamental em nossa seqüência, na medida em que a mudança do quadro algébrico para o geométrico implica mudança do registro equação para o registro gráfico.

1.5. O contrato didático de Guy Brousseau...................................................

Contrato didático (Guy Brousseau – 1982) é um conjunto de regras que determinam o comportamento e as expectativas de alunos e professor em sala de aula. Tais regras são freqüentemente implícitas, mas podem também ocorrer explicitamente.

As resoluções tomadas pelo professor durante a aula, seu comportamento frente às respostas dos alunos quando questionados ou sua maneira de avaliar fazem parte deste conjunto, entre outras coisas.

Por outro lado, as atitudes dos alunos perante o comportamento do professor em relação ao saber ensinado, também se incluem neste contrato.

O contrato didático é importante em nosso trabalho no momento da aplicação da seqüência, onde a presença ou não do professor, a relação dos alunos com ele e com o pesquisador, o tipo de atividade proposta e o ambiente de trabalho são alguns entre diversos fatores que podem influir em seu andamento.

2. Metodologia .....................................................................................................

A meta de nosso trabalho é construir e aplicar uma seqüência didática visando o estudo de algumas formas de resolução de equações de terceiro grau, destacando a idéia do método geométrico sistematizado pelo matemático