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Claro, vou te fornecer uma versão mais estendida sobre o programa de Residência Pedagógica. A Residência Pedagógica é uma iniciativa do governo brasileiro, implementada pelo Ministério da Educação (MEC), que busca aprimorar a formação de professores por meio de uma abordagem prática e imersiva. O programa foi criado com o objetivo de proporcionar aos futuros educadores uma experiência mais enriquecedora e contextualizada, preparando-os de maneira mais eficaz para os desafios da sala de aula. O programa é destinado aos estudantes de licenciatura das diversas áreas do conhecimento, que estejam cursando a segunda metade de sua formação. Os participantes selecionados para a Residência Pedagógica têm a oportunidade de vivenciar o ambiente escolar e aplicar os conhecimentos adquiridos em sua formação teórica.
Tipologia: Notas de estudo
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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO
INSERÇÃO À DOCÊNCIA NO
RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA
NO IF GOIANO:
narrativas pedagógicas
no contexto da Pandemia
da Covid-
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO
Rosenilde Nogueira Paniago Hellayny Silva Godoy de Souza Adrielly Aparecida de Oliveira organizadoras
INSERÇÃO À DOCÊNCIA NO
RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA
NO IF GOIANO:
narrativas pedagógicas
no contexto da Pandemia
da Covid-
1ª Edição Editora IF Goiano 2022
(Ficha catalográfica)
Capítulo IV - Inserção de jogos didáticos no ensino remoto de química: desafios e potencialidades ................................................. 67
Capítulo V - Práticas de intervenção escolar reflexivas durante o ensino remoto na formação de professores de Química ............. 80
Capítulo VI - Os desafios do ensino de frações no contexto da pandemia: as possibilidades de numeramento e/ou letramento matemático ........................................................................................
Capítulo VII - Propostas metodológicas desenvolvidas no ensino de Química e intervenções pedagógicas desenvolvidas na pandemia ......................................................................................
Sobre as autoras ................................................................................
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e, por conseguinte, os profissionais da educação.” (2020, p. 24). Ou seja, os tempos que vivenciamos permitem-nos tomar consciência que tornar- se professor é um fenômeno total, que envolve cada um por inteiro, na dimensão cognitiva, na dimensão emocional, na dimensão axiológica e na dimensão social, o que se espera que aconteça em condições próprias. Para Nóvoa a formação do professor é um “construto tridimensional” (1995, p.15), entendendo que tem que atender a três dimensões de forma articulada: “[…] a formação de professores(as) com o desenvolvimento pessoal (produzir a vida do(a) professor(a), com o desenvolvimento profissional (produzir a profissão docente) e com o desenvolvimento organizacional (produzir a escola)” (ibidem). Assim, a formação docente envolve, ao mesmo tempo, a pessoa, a profissão e a organização escola. Ora, em tempos de confinamento, estando cada um a procurar gerir os seus receios e expectativas, em sua casa, esta interação com o Outro (alunos e pares profissionais e comunidades) tem-se visto seriamente comprometida, e o espaço escola ganhou outras dimensões (a casa de cada um, seja professor ou aluno). Mesmo em períodos de não confinamento, com o conjunto de regras a seguir, o distanciamento recomendado, as caras mascaradas dificultando a compreensão da linguagem que as expressões faciais emanam, e a incerteza permanente (dias em que se está no espaço sala, interrompido por períodos de isolamento profilático), as condições para a concretização de estágios veem-se ameaçadas. A aprendizagem da profissão pela observação da ação do outro, pela relação direta com os alunos e com outros colegas, fica assim seriamente comprometida. Os princípios construtivistas do processo ensino-aprendizagem que afirmamos podem ficar descorados face às dificuldades de mobilizar dinamicamente a interação que acontece quando em espaço presencial. A interação de turmas, as reuniões alargadas, o contato com as comunidades, são limitadas. Mas o ato educativo tem que acontecer e a formação tem que continuar a ser concretizada. No livro INSERÇÃO À DOCÊNCIA NO RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA narrativas pedagógicas no contexto da Pandemia da Covid-19 , pertinente e cuidadosamente organizado por Rosenilde Nogueira Paniago, Hellayny Silva Godoy de Souza e Adrielly Aparecida de Oliveira, podemos aceder a experiências vivenciadas por formadores de professores (coordenador institucional e professores orientadores), estudantes de licenciaturas
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do IF Goiano (residentes) e professores da educação básica (professores preceptores), o que nos permite compreender como as mesmas se tornaram efetivamente formativas para todos estes atores sociais. O facto de os diferentes capítulos terem sido escritos a várias mãos é já de si revelador da forma como a formação de professores é aqui encarada: baseada na reflexão, construída em coletivo, reconhecedora da articulação imprescindível entre os diversos atores envolvidos e, assim, promotora de desenvolvimento profissional. Esta obra dá conta de um modelo de funcionamento de estágio que reconhece a pertinência dos diferentes saberes dos professores, valorizando as experiências de cada um e as oportunidades de todas as vozes se fazerem ouvir. O facto de o projeto de Residência Pedagógica do IF Goiano se ter explanado em dez subprojetos integrados por 296 pessoas em sua primeira versão (266 licenciandos residentes, 10 docentes orientadores e 18 preceptores), sedeados em quatro campi do IF, pela sua dimensão, garante o interesse e a credibilidade dos estudos revelados neste livro. A raiz orientadora do projeto é espelhada por uma visão de formação emancipatória, perspectivando a construção de profissionais críticos e reflexivos, capazes de desenvolverem uma práxis sustentada no conhecimento múltiplo e, ao mesmo tempo, específico e profundo da sua área de docência. A auto e hetero reflexão formativa dos envolvidos no processo é fundamental para ajudar os professores e as instituições a crescerem e a melhor cumprirem as suas finalidades educativas. Na continuidade das investigações com que nos tem vindo a presentear, Rosenilde Paniago e Hellayny Silva Godoy de Souza, no seu capítulo, reforçam a pertinência da efetivação da pesquisa ser articulada com a área de intervenção formativa, analisando, a partir das narrativas dos residentes, a pertinência da formação para a investigação como contributiva para a práxis. Num relato de práticas, apoiado por referenciais teóricos construtivistas, Letícia Borges, Sangelita Mariano e Michelle Lima, contam-nos experiências de alfabetização e letramento infantil em processos de ação pedagógica a distância, evidenciando quanto se tornou desafiador o trabalho dos professores e das instituições educativas no seu todo, sobretudo com crianças dos primeiros anos de escolaridade, e realçando o valor da colaboração efetivada entre docentes e famílias.
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ERE, serem utilizadas no ensino presencial, de forma a potenciarem a literacia matemática no quotidiano dos alunos. Por fim, no sétimo capítulo, Erica Marques Aragão, Arnaldo Ferreira Marques, Carla de Moura Martins e Cinthia Maria Felicio, apresentam- nos uma experiência desenvolvida no Ensino Remoto Emergencial (ERE), durante a etapa de intervenção pedagógica, quem buscam alternativas para auxiliar os alunos no processo ensino-aprendizagem de Química, se valendo para tanto, das metodologias ativas. O artigo reforça como a investigação é uma estratégia formativa de relevo na formação profissional dos professores. Relatar e refletir nestas inusitadas experiências potência novas aprendizagens de cada um sobre si próprio, e de uns sobre e com os outros, em termos pessoais e profissionais, promovendo conhecimentos que poderão constituir-se como novos andaimes para a formação de professores. A obra aqui prefaciada oferece-nos, de forma clara e instigadora, os seus contributos nesse sentido.
Profa. Teresa Sarmento
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Nesta obra, trataremos de experiências construtivas de formadores de professores, estudantes de licenciaturas do IF Goiano e professores da educação básica, vivenciadas no Programa de Residência Pedagógica do Ministério da Educação (MEC), lançado via editais nº 06/2018 e nº 01/2020, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O Programa Residência Pedagógica é destinado a estudantes de licenciaturas que se encontram no quinto período dos respectivos cursos, na fase de Estágio Curricular Supervisionado, portanto validando as atividades como estágio. Desse modo, os estagiários, denominados “residentes”, recebem bolsas para cumprirem um total de 440 horas no programa, distribuídas entre o processo de ambientação na escola, imersão e elaboração de relatório final, avaliação e socialização de atividades. As horas destinadas à imersão são distribuídas entre o planejamento, a regência e a realização de intervenções pedagógicas por meio de projetos. De acordo com o Edital 06/2018/Capes, o PRP tem como objetivos: aperfeiçoar a formação inicial de professores; incitar a formulação do estágio; promover a aproximação entre as instituições de Ensino Superior e as escolas de Educação Básica e promover a adequação dos currículos e propostas dos cursos de formação inicial em relação às orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). No quadro dos participantes do programa, são previstas as figuras de 4 atores, que recebem bolsas para a sua atuação no programa, quais sejam: os licenciandos, que são intitulados de residentes; um docente, que atua como coordenador institucional; docentes orientadores, que orientam o processo de aprendizagem docente dos residentes e, por fim, os professores da educação básica, denominados como preceptores, os quais são responsáveis pelo acompanhamento dos residentes nas práticas de imersão à docência na escola. Para as instituições de ensino superior participarem do Residência Pedagógica, devem submeter um único projeto institucional, incluindo outros subprojetos de acordo com os cursos de licenciatura que ofertam.
Itinerário formativo do Projeto
Residência Pedagógica – IF Goiano:
possibilidades para a formação baseada na pesquisa
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CAPÍTULO I
Rosenilde Nogueira Paniago 1 Hellayny Silva Godoy de Souza^2
Nas últimas décadas, vários programas de incentivo à formação inicial de professores têm sido implementados, tais como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) em 2007 e o Programa Residência Pedagógica (PRP) em 2018. Ambos propõem a inserção dos estudantes de licenciaturas nas escolas de educação básica, com o intuito de antecipar a imersão no futuro contexto profissional, para aprendizagens diversas da docência. Com efeito, o Pibid e o PRP promovem a aproximação entre os espaços de formação com as diversas nuances que envolvem o exercício profissional da docência. Nesse cenário formativo, identificamos várias possibilidades de formação baseadas na pesquisa referente ao contexto do Pibid (PANIAGO, 2017, 2016a). À vista disso, a partir de 2018, temos focado o nosso olhar nas práticas formativas do PRP, no âmbito do Instituto Federal Goiano (PANIAGO; NUNES; BELISÁRIO, 2020; PANIAGO; SARMENTO; NUNES, 2021). Não obstante, importa destacar que nosso grupo de pesquisa tem, há alguns anos, dispensado esforços para investigar o cenário formativo do Estágio Curricular Supervisionado (ECS) nas licenciaturas do IF Goiano e buscado alternativas de (res)significação desse tão especial momento formativo – sendo definido pelo grupo que um caminho favorável para tanto seria o ECS na e pela pesquisa.
1 Doutora em Ciências da Educação pelo Instituto de Educação, Universidade do Minho, Portugal (2016). Pós-doutorado na Universidade do Minho, Portugal (2019). Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Rio Verde, Goiás (Brasil). E-mail: rosenilde.paniago@ifgoiano.edu.br. 2 Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2021). Coordenadora de Ensino de Graduação – Instituto Federal Goiano, Reitoria, Goiás (Brasil). E-mail: hellayny. godoy@ifgoiano.edu.br.
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Por meio de diálogo entre os docentes orientadores – que coordenariam os subprojetos de Pedagogia, Ciências Biológicas, Química e Matemática das Licenciaturas oferecidas pelo IF Goiano – e também de um diálogo com os dirigentes das redes municipais (são quatro os municípios que integram a nossa proposta) e estadual, elaboramos o projeto institucional para concorrer aos editais 06/2018 e 01/2020 da Capes, cujos objetivos basearam-se na promoção da imersão à docência dos residentes. O que ocorreu por meio de um processo perspectivado na problematização, investigação e no diálogo com os diversos atores envolvidos nele (residentes, preceptores, coordenadores e gestores da educação básica). Importa realçar que o PRP não é um programa novo, na medida em que já existem outras várias experiências, a exemplo da desenvolvida desde 2009, no curso de Pedagogia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), por certo, uma das primeiras do país, sendo considerada como inovadora (SILVESTRE, 2016). Contudo, aqui trataremos das experiências formativas a partir do Programa de Residência Pedagógica do Ministério da Educação (MEC), lançado via editais nº 6/2018 e nº 01/2020. Para concorrer aos referidos editais, cada IES pôde submeter um único projeto institucional, incluindo outros subprojetos, de acordo com os cursos de licenciatura ofertados. No quadro dos participantes, foram previstas as figuras de 4 atores, que receberiam bolsas para a sua atuação no programa: os licenciandos, intitulados de residentes; um docente, que atuaria como coordenador institucional; docentes orientadores da IES, que supervisionariam o processo de aprendizagem docente dos residentes, e, por fim, os professores da educação básica, denominados como preceptores, sendo os responsáveis pelo acompanhamento dos residentes nas práticas de imersão à docência na escola. Como as práticas do PRP substituem o ECS, os estudantes de licenciatura cumprem um total de 440 horas no programa, distribuídas entre o processo de ambientação na escola (60 horas), imersão (320 horas) e elaboração de relatório final, avaliação e socialização de atividades. As horas destinadas à imersão são distribuídas entre a regência ( horas) e o planejamento e realização de pelo menos uma intervenção pedagógica.
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Em face do exposto, neste livro, serão apresentadas as experiências formativas do projeto institucional RP-IF Goiano, sinalizando a proposta para a formação embasada na pesquisa do projeto institucional e analisando a forma como ela materializa-se nas ações formativas dos subprojetos de Pedagogia, Química e Ciências Biológicas dos campi envolvidos no programa. Este texto resulta de pesquisa registrada e aprovada em comitê de ética sob o Parecer nº 3.956.486. Apresentaremos nossa reflexão em dois momentos, inicialmente, elucidaremos resultados de experiência desenvolvida antes da pandemia, referente ao projeto institucional via Edital número 06/2018. Para tanto, os dados apresentados fundamentam-se em pesquisa realizada por meio da aplicação de um questionário Google Forms, aplicado a 170 residentes e portfólios encaminhados para a Capes no final das atividades do projeto RP-IF Goiano, via Edital nº 06/2018. Posteriormente, sinalizaremos as experiências formativas do Edital nº 01/2020, vivenciadas no contexto da pandemia da Covid-19, focando em um estudo de caso por meio da análise de narrativas de 25 estudantes de Licenciaturas, do Campus Rio Verde, porquanto, em nossa trajetória formativa, fomos atacados pela pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Tendo em vista que, em 2020, o planeta deparou-se com uma pandemia de ordem global, a qual impactou de forma violenta os processos educacionais em todos os níveis, no Brasil e no mundo, o cenário pujante e vivo das relações sociais materializado em diferentes contextos sociais, seja nos espaços profissionais, de lazer e escola, foi abortado no estudo em associação ao nosso dia a dia. À vista disso, considerando essa realidade, o que nos restou? Encontrar outras alternativas para dar continuidade a nossa vida e, no caso específico desta reflexão, às práticas de ECS e do RP-IF Goiano.
A começar, elucidamos que a perspectiva da formação para a pesquisa está consubstanciada nos princípios formativos das Diretrizes que orientam a formação inicial de professores no IF Goiano, sendo eles:
I- A práxis na formação do professor. II- A pesquisa como princípio articulador da relação teoria-prática. III- A vivência