Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

resenha sobre transtorno de ansiedade de separação, Esquemas de Desenvolvimento Infantil

resenha sobre transtorno de ansiedade de separação revisão de artigo

Tipologia: Esquemas

2019

Compartilhado em 14/06/2022

luagross
luagross 🇧🇷

3 documentos

1 / 5

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Nome: Jessica, Luara, Matheus e Ricieli.
Componente Curricular: Psicologia Experimental.
Professor (a): Dra. Jeane Lessinger Borges
Transtorno de Ansiedade de Separação: Um Estudo de Caso.
O Transtorno de Ansiedade de Separação (TAS) está mais presente na
infância e adolescência e está relacionado com figuras de apego. Foi incluso
no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DMS) pela
primeira vez em 1980 como Transtornos Geralmente Diagnosticados pela
Primeira Vez na Infância ou na Adolescência, mas, atualmente, faz parte do
grupo de Transtornos de Ansiedade. A mudança foi necessária porque
atualmente aceita-se que uma pessoa com mais de dezoito anos possa ser
diagnosticada com TAS. Para que o diagnóstico seja confirmado, é preciso ter,
no mínimo, três sintomas, como:
Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão de
afastamento de casa ou de figuras importantes de apego.
Preocupação persistente e excessiva acerca da possível perda ou de
perigos envolvendo figuras importantes de apego, tais como doença,
ferimentos, desastres ou morte.
Repetidas queixas de sintomas somáticos (p. ex., cefaleias, dores
abdominais, náusea ou vômitos) quando a separação de figuras
importantes de apego ocorre ou é prevista (DSM-V, p.191)
Segundo artigos relacionados ao assunto, em torno de 10% das crianças
preencherão diagnósticos de algum tipo de Transtorno de Ansiedade e, destes,
4% serão TAS. Uma série de estudos com amostras clínicas estimam que 50%
dos casos de ansiedade de separação venham acompanhados de outros
distúrbios de ansiedade, e outros 33% tenham comorbidade com depressão
(VIANA et al APUD Last & cols., 1996; Suveg & cols., 2005).
Desenvolvimento:
Quando separado de uma figura de apego, o adolescente ou criança,
pode desenvolver sintomas físicos como vômitos, dores abdominais,
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe resenha sobre transtorno de ansiedade de separação e outras Esquemas em PDF para Desenvolvimento Infantil, somente na Docsity!

Nome: Jessica, Luara, Matheus e Ricieli. Componente Curricular: Psicologia Experimental. Professor (a): Dra. Jeane Lessinger Borges Transtorno de Ansiedade de Separação: Um Estudo de Caso. O Transtorno de Ansiedade de Separação (TAS) está mais presente na infância e adolescência e está relacionado com figuras de apego. Foi incluso no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DMS) pela primeira vez em 1980 como Transtornos Geralmente Diagnosticados pela Primeira Vez na Infância ou na Adolescência, mas, atualmente, faz parte do grupo de Transtornos de Ansiedade. A mudança foi necessária porque atualmente aceita-se que uma pessoa com mais de dezoito anos possa ser diagnosticada com TAS. Para que o diagnóstico seja confirmado, é preciso ter, no mínimo, três sintomas, como: Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão de afastamento de casa ou de figuras importantes de apego. Preocupação persistente e excessiva acerca da possível perda ou de perigos envolvendo figuras importantes de apego, tais como doença, ferimentos, desastres ou morte. Repetidas queixas de sintomas somáticos (p. ex., cefaleias, dores abdominais, náusea ou vômitos) quando a separação de figuras importantes de apego ocorre ou é prevista (DSM-V, p.191) Segundo artigos relacionados ao assunto, em torno de 10% das crianças preencherão diagnósticos de algum tipo de Transtorno de Ansiedade e, destes, 4% serão TAS. Uma série de estudos com amostras clínicas estimam que 50% dos casos de ansiedade de separação venham acompanhados de outros distúrbios de ansiedade, e outros 33% tenham comorbidade com depressão (VIANA et al APUD Last & cols., 1996; Suveg & cols., 2005).  Desenvolvimento: Quando separado de uma figura de apego, o adolescente ou criança, pode desenvolver sintomas físicos como vômitos, dores abdominais,

sensações de desmaio, palpitações e até mesmo sintomas cardiovasculares. Neste artigo, reproduziremos e avaliaremos um estudo de caso com uma criança de nove anos, chamada de Mariana (pseudônimo), analisada durante nove meses por duas psicólogas analistas comportamentais, após a separação dos pais. As intervenções feitas pelas psicólogas tiveram abordagem na análise de comportamento, iniciando-se com o contrato terapêutico, onde o profissional firma um compromisso com o paciente sobre sigilo, valores e pagamentos e sobre o que ocorre quando há faltas na terapia. Após a primeira etapa, foram coletados dados sobre a vida da menina, passo importante para que o terapeuta possa entender os motivos que a trouxeram à consulta, seguindo para a análise funcional, onde o objetivo é modificar as relações envolvidas nas queixas iniciais da criança, identificando o comportamento que a está prejudicando, o que faz o mesmo se manter, quais as técnicas que teriam melhor resultado, monitorar o progresso, eficácia e efetividade. Em seguida, as psicólogas analisaram os reforçadores e fizeram um levantamento de punições, atitude necessária para entender o que fez com que a criança permanecesse demonstrando tais sintomas e se havia algum tipo de repressão que aumentasse a probabilidade do comportamento não cessar. Mariana é o pseudônimo usado para denominar a criança analisada. Ela possui nove anos, estuda numa escola particular e possui um irmão de três anos, além dos pais serem separados desde o nascimento do irmão. Ela mora com a mãe e o irmão e o pai mora com os avós paternos da menina. A mãe relata que começou a buscar ajuda para a filha porque ela é muito ansiosa e possui sintomas somáticos como desmaio, sudorese noturna, e fortes dores abdominais, o que a fez levar Mariana para realizar exames físicos, sem obter diagnóstico. A genitora conta que é muito rígida com a criança, pois deseja que a mesma tenha um futuro mais auspicioso do que o dela, exigindo boas notas da menina, e notou que a filha tem estado mais agitada desde o nascimento do irmão mais novo, situação que coincidiu com a separação dos pais. Durante as sessões, Mariana foi sendo instruída para controlar a ansiedade, pois relatava sentir muitas dores intestinais nos períodos que antecediam as provas escolares, não tendo mais este sintoma somático.

mamadeira seria substituída por um copo, na ocasião. Após um acordo com a criança, a situação da mamadeira foi encerrada e, até o final da terapia, ela não utilizou mais a mamadeira, tendo esta atitude reforçada com mais jogos durante a sessão com as terapeutas. Nos últimos encontros, Mariana foi submetida a uma análise funcional e obteve bons resultados como colocar a mamadeira fora por vontade própria e uma notável diminuição da ansiedade, destacada pela mãe.  Considerações Finais: O estudo possibilitou relacionar o Transtorno de Ansiedade de Separação com o caso de Mariana, onde seus pais haviam se separado, além da notável eficácia do método de análise do comportamento adotado pelas profissionais, que engloba a criação de vínculos afetivos com o paciente, e sua grande importância no desenrolar do atendimento seguido dos resultados obtidos a partir dele. No decorrer dos atendimentos, as questões que incomodavam Mariana e geravam gatilhos na sua ansiedade, ficaram claras para a mãe, levando a mudança gradual dos seus comportamentos, tais como, Mariana passar a dormir com a mãe ao invés da tia, estabelecimento da rotina de café da manhã de Mariana e sua mãe, onde além dos vínculos entre ambas, foi possível realizar a substituição da mamadeira pelo copo. Com o passar do tempo, Mariana foi reinserida no contexto familiar, com sua família participando também de suas sessões de terapia, o que segundo as autoras foi crucial para chegar aos resultados alcançados. Além das mudanças supracitadas, podemos destacar que o atendimento visou inserir a figura paterna nas relações de Mariana, de forma mais presente, assim como gerar reflexões ao pai e mãe, com as expectativas impostas por eles, a criança nas metas escolares a serem atingidas. Mariana tomou conhecimento e prática de técnicas respiratórias para manuseio da ansiedade, o que lhe resultou em tranquilidade para lidar com crises de ansiedade alta, atualmente uma das terapeutas segue em atendimento com a paciente. Referencias:

VASCONCELLOS, A. R. Ansiedade de separação: um estudo de caso com a abordagem da análise do comportamento. Revista Espaço Acadêmico , v. 17, n. 200, p. 129-139, 31 dez. 2017. Disponível em: <http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/ 36994 > Acesso em: 18 de Novembro de 2019.