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Uma resenha de um artigo publicado em 2000 por richard kern sobre as diversas formas de ensinar uma segunda língua, com ênfase no ensino de língua estrangeira e no letramento. O autor relata observações e comparações feitas em duas aulas semelhantes de francês, onde as professoras abordaram o tema da família. O texto oferece informações sobre as abordagens diferentes adotadas pelas professoras e o papel do letramento no ensino de línguas estrangeiras.
Tipologia: Trabalhos
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RESENHA DE ARTIGO: Noções de letramento SÃO GONÇALO 2020
RESENHA DE ARTIGO: Noções de letramento Resenha apresentada no curso de graduação em Letras – Português/Inglês do Instituto Superior Anísio Teixeira como obtenção parcial de nota para o Estágio I. Professor: MSc. Flávio Barreto SÃO GONÇALO 2020
mas também de interpretação de texto. Ela finaliza com uma tarefa para casa, dessa vez, os alunos respondem a carta falando sobre as suas famílias. Por fim, a professora recolhe tudo que foi anotado pelos alunos na intenção de montar uma série de atividades subsequentes a partir das dúvidas e anotações dos mesmos. Ao fim da leitura deste artigo, observa-se semelhanças e diferenças entre as duas aulas. É notório a posição do autor para com a aula que ele considera mais interessante e mais produtiva, – a aula da segunda professora – embora ele não julgue a forma de ensinar da primeira professora como errado. Dessa forma, levo em consideração os estudos sobre letramento a fim de colaborar para o ensino de uma língua estrangeira de forma mais reflexiva e abrangente sem que o mesmo venha a desclassificar os professores que não fazem uso dessa prática no ensino das suas disciplinas. Ainda que não se encontre um único conceito sobre o letramento, devido sua complexidade, a definição mais comum e aceita pela maioria é a da Magda Soares. Segundo ela, "letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever; o estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita e de suas práticas sociais” (SOARES, 1998, p. 39). Isto posto, entende-se que letramento é a capacidade intelectual de um indivíduo dentro das práticas sociais, um fenômeno social que vai além do âmbito escolar. Não é tão simples, talvez nem seja possível, em alguns casos, propor um ensino de língua estrangeira dentro de uma abordagem baseada no letramento, visto que algumas escolas e cursos de línguas possuem sua própria metodologia e não possibilitam ampliar tais métodos, criando assim uma limitação para aquele professor que deseja introduzir novas maneiras de ensino-aprendizagem. Além disso, se levado em consideração os problemas relacionados a educação na rede pública de ensino de um país, no caso desta resenha, do Brasil, então esse tipo de abordagem fica cada vez mais distante e difícil de ser aplicado. Dadas as razões, concordo parcialmente com o ponto de vista do autor quando diz que o letramento “representa um estilo de ensino que os educadores devem levar em consideração se quiserem que seus alunos estejam preparados para uma participação total em sociedades que cada vez mais exigem uma competência multilingual, multicultural, e multitextual” (KERN, 2000).
Para alcançar este tipo ensino, o autor estabelece sete princípios^2 que norteiam o letramento dentro de uma visão sócio-cognitiva, sendo eles: letramento envolve interpretação; colaboração; convenções; conhecimento cultural; solução de problemas; reflexão e auto-reflexão; uso da língua. De acordo com o autor em seu artigo: Letramento é o uso de práticas de criação e interpretação de significado através do texto, situadas social, histórico e culturalmente. Leva em consideração pelo menos uma noção implícita das relações entre as convenções textuais e seus contextos de uso, e, de forma ideal a habilidade de reflexão crítica sobre estas relações. Porque é sensível ao propósito, o letramento é dinâmico – não estático – e variável entre e dentro das comunidades de discurso e cultura. Se baseia em uma variedade de habilidades cognitivas, conhecimento da linguagem escrita e falada, conhecimento de gêneros e conhecimento cultural (KERN, 2000, p. 3). De fato, aprender uma língua estrangeira vai muito além de desenvolver apenas habilidades linguísticas e de gramática. Para obter o pleno conhecimento da língua estudada, faz-se necessário entender a cultura do outro e contrastar com a nossa, de modo que esse processo se torne mais natural e dessa forma, desenvolver o pensamento crítico dos alunos com a capacidade de por em prática as habilidades linguísticas adquiridas em qualquer contexto a que forem submetidos (MULIK e REIS, p. 147-148, 2019). A principal diferença entre as duas formas de ensinar mencionadas no começo dessa resenha são os princípios que regem cada uma dessas aulas e quais são eles, já que as duas professoras conseguem atingir seu objetivo inicial: explorar o conteúdo da aula com a prática oral e escrita. Vale salientar que para conseguir 100% de aproveitamento de uma aula, todos os princípios acima deveriam aparecer, no entanto, na prática isso não funciona tão bem devido a diversos fatores externos. Em suma, os sete processos que envolvem as práticas de letramento garantem uma aula de qualidade e produção, porém professores e alunos acabam por depender de certas ferramentas para que essa abordagem possa ser colocada em prática em seu todo. (^2) Esta resenha não tem por finalidade conceituar cada princípio, apenas fazer relações e apontamentos.