HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. 22. edição. LTC, 2010, p. 316.
Em “História da riqueza do homem” publicada em 1936, o autor Leo
Huberman teve o objetivo de explicar e detalhar os acontecimentos históricos
através de um viés econômico, chamando a atenção para o desenvolvimento da
economia ao longo do tempo. Considerado um clássico da era moderna, o livro traça
um paralelo desde o início do feudalismo até o século XX, que surgem as politicas
autoritárias do nazifacismo. O autor Leo Huberman foi um jornalista, economista e
escritor norte-americano, que teve bastante influência das teorias marxistas, nascido
em 1903 nos Estados Unidos e falecido em 1968 na cidade de Paris.
O livro é dividido em duas partes, discutindo sobre os modelos feudal,
capitalista e socialista. Através de um modo expositivo dos fatos históricos, o autor
relata desde a era feudal até o capitalismo com o objetivo de explicar a história pela
teoria econômica e a teoria econômica pela história, chamando a atenção para a
impulsão da sociedade humana pelo mundo capitalista e o modo de vida imposto às
nações pela Revolução Industrial..
A primeira parte do livro retrata sobre o surgimento, funcionamento e
decadência do sistema feudal, explicando que a economia que o estabeleceu
também o destruiu. Além disso, passa por fatos históricos como a formação das
cidades, a crise da Igreja Católica, a Revolução Industrial e a consolidação da
burguesia, com a finalidade de demonstrar o processo histórico e econômico em
cada época. Assim, a obra permeia as conquistas sociais e trabalhistas, destacando
as condições de trabalho nas quais viviam os camponeses e operários, as
explorações do trabalho infantil e a jornada abusiva de trabalho.
Na segunda parte, o autor traz o desenvolvimento do capitalismo e sua
consolidação, destacando os seus principais aspectos e teorias econômicas, e o
contrapondo com o sistema socialista. Ainda revela os segredos e obscuridade do
capitalismo sem a perda da dimensão humana. Desse modo, traz uma sequência
lógica dos acontecimentos históricos para facilitar a compreensão.
Por fim, o autor, através de uma escrita clara e bem humorada, faz
acreditar que a sociedade merece um futuro mais justo e mais humano, e que é a
tarefa de todos construí-lo imediatamente. Contudo, traz os pensamentos e teorias
de Adam Smith, David Ricardo e Karl Marx, para concluir e explicar que o sistema
