resenha critica para estudar, Trabalhos de Desenvolvimento Sustentável

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS - UNIFIP

NAOMY CRISTINA MEDEIROS DE SOUZA

RESENHA CRÍTICA: DOCUMENTÁRIO ILHA DAS FLORES

PATOS – PB

Ilha das flores é um documentário de curta-metragem brasileiro, dirigido por Jorge Furtado e produzido pela Casa de Cinema de Porto Alegre. Estreado no ano de 1989, somente com 13min de duração, o filme ganhou vários prêmios e um deles foi em 2015 pela Abraccine como um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Nascido em Porto Alegre, no ano de 1954, Jorge Furtado é um cineasta brasileiro, considerado um dos mais importantes e premiados roteiristas e diretores do país. O titulo ilha das flores é contraditório ao local exibido no filme, onde habitam junto aos resíduos de lixo pessoas e porcos. O curta-metragem acompanha a colheita do tomate que é plantado, colhido, transportado e vendido em supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Definidos por adquirirem telencéfalo altamente desenvolvido, e polegar opositor, os humanos. Dona anete, uma humana, trocou seu dinheiro alcançado através dos perfumes que ela revendia, produzido das flores, por tomate e carne de porco no supermercado para o almoço em família, após isso, ela selecionou os tomates para o molho de porco, e jogou no lixo. Nesse sentido, segue-o até seu verdadeiro final e então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos. O lixo da cidade é levado a um aterro sanitário, onde vive dono de porcos, nesse local é separado todo o lixo orgânico para servir de alimentação para os porcos, e aquilo que não serve de alimento, é dado para as famílias sem trabalho e casa, esses alimentos podem trazer riscos de saúde para essas famílias. Nesse contexto, é nítido um sistema capitalista com uma extrema desigualdade social, na qual algumas pessoas detêm condições financeiras e outras que sofrem com ausência de alimentos e acaba se alimentando de vestígios de comida dos porcos. Esse documentário de 1989, apesar de ter 31 anos que foi produzido, infelizmente, ainda é pertinente no cenário atual que vivemos, pois a desigualdade social, pobreza e a sociedade de consumo ainda existem. Mencionado repetidas vezes no filme, nos faz refletir que a população brasileira é desprovida de políticas públicas e de amparo social. E que a extrema pobreza e miséria provêm do lucro e da sociedade de consumo. Devido ao capitalismo exacerbado que vivemos, faz com que o homem pense apenas no lucro para intensificar as vendas e não nos riscos que podem causar nas vítimas, o que consequentemente, irá gerar a desigualdade social. O documentário termina como uma visão de igualdade, porém, só será livre aquele que estiver inserido no sistema capitalista.