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Racionalidade da educação e do ensino - Os desafios da educação e da docência
Tipologia: Notas de estudo
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Mário Ferreira Neto, netoferreiramario@hotmail.com^1 MBA em Perícia Judicial e Auditoria: IPECON - PUC/GO
Orientador Prof. MSc. Antônio Evaldo de Oliveira, Antonio.evaldo@uol.com.br
RESENHA DESCRITIVA, INTERPRETATIVA E CRÍTICA FILME: O CLUBE DO IMPERADOR The Emperor's Club Diretor: Michael Hoffman Ano/Local: 2002, Los Angeles - EUA Gênero: Drama Duração: 109 min. Elenco: Ator/Atriz Personagem Ator/Atriz Personagem – mais velho Kevin Kline William Hundert Chris Morales Eugene Field Emile Hirsch Sedgewick Bell Luca Bigini Copeland Gray Embeth Davidtz Elizabeth Michael Coppola Russel Hall Rob Morrow James Ellerby Joel Grestsch Sedgewich Bell Edward Herrmann Woodbridge Steven Culp Martin Blythe Harris Yulin Senador Bell Rahul Kahanna Deepak Mehta Paul Dano Martin Blythe Patrick Dempsey Louis Massoudi Rishi Mehta Deepak Mehta Anthony Vincent Bova Robert Brewster Jesse Eisenberg Louis Massoudi Mark Nichols Copeland Gray Gabriel Millman Robert Brewster George F. Miller Eugene Field Chris Morales Eugene Field Luca Bigini Copeland Gray Michael Coppola Russel Hall Jimmy Walsh Robert Bell Elizabeth Hobgood Victoria Bell
1 Licenciado em Matemática pela Fundação Universidade do Tocantins: Data de Colação de Grau: 5.2. (UNITINS) - Especialista em Matemática e Estatística pela Universidade Federal de Lavras do Estado de Minas Gerais: Data da Conclusão: 5.7.2002 (UFLA/MG) - Especialista em Orientação Educacional pela Universidade Salgado de Oliveira do Estado do Rio de janeiro: Data da Conclusão: 23.3.2002 (UNIVERSO/RJ) - Especialista em Gestão Judiciária pela Faculdade Educacional da Lapa de São Paulo em convênio com Escola Superior da Magistratura Tocantinense (FAEL/ESMAT) - Pós-graduando do Curso de MBA em Perícia Judicial e Auditoria pela Pontifícia Católica de Goiás em convênio com Instituto de Organização de Eventos, Ensino e Consultora S/A LTDA (PUC-GO/IPECON) - Mestrando em Matemática Financeira pela Rede Internacional de Ensino de Livre (RIEL - ITUIUTABA/MG).
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Análise sobre a ética, o poder e a concepção de incompletude com observação do modelo de escola, perfil do professor, perfil dos alunos e a relação professor e aluno.
SCRIPT Analysis on ethics, power and design of incompleteness observing the model school, teacher profile, student profile and the relationship between teacher and student.
SINOPSE William Hundert (Kevin Kline) é um professor de uma escola tradicional - St. Benedictus - preparatória para jovem - rapazes - exclusiva que recebe como alunos a elite da sociedade americana. Nesta escola, o professor Hundert dá lições de moral e ética para serem aprendidas, por meio do estudo de filósofos gregos e imperadores romanos. O professor Hundert está apaixonado por falar para os seus alunos que " O caráter de um homem é o seu destino " e se esforça para impressioná-los sobre a importância de uma atitude coerente e correta. Repentinamente algo perturba a rotina e a ordem da escola, com a chegada do aluno Sedgewick Bell (Emile Hirsch), o filho de um influente político (senador) norte-americano. O aluno Sedgewick entra em conflito - choque - com as posições e filosofias do professor Hundert, que questiona a importância daquilo que é ensinado. Mas, apesar desta rebeldia e indisciplina, o professor Hundert considera o aluno Sedgewick inteligente e com potencial e acha que pode colocá-lo no caminho certo, inclusive na disputa para concorrer à prova final do concurso “Senhor Júlio César”, chega a ponto de classificá-lo para a final do concurso escolar sobre a Roma Antiga, preterindo outro aluno Martin Blythe (Paulo Dano) legalmente classificado. O aluno Sedgewick trai a confiança do professor arrumando uma maneira de trapacear na hora das respostas às perguntas do concurso, “colando” às respostas, ao perceber o professor Hundert, mais uma vez, contraria seus princípios e valores, fazendo-lhe uma pergunta que não tem nada a ver com as perguntas do concurso, e, Sedgewich diz não saber a resposta, o outro concorrente, o aluno Rishi Mehta (Deepak Mehta) vence a disputa.
SYNOPSIS William Hundert (Kevin Kline) is a teacher in a traditional school - St. Benedictus - Preparatory young - boys - exclusive that students receive as the elite of American society. In this school, the teacher gives lessons Hundert of morals and ethics to be learned through the study of Greek philosophers and Roman emperors. Professor Hundert is fond of talking to his students that "a man's character is his fate" and tries to impress them on the importance of a coherent and correct attitude. Suddenly something disrupts the routine and order of the school, with the arrival of the student Sedgewick Bell (Emile Hirsch), the son of an influential politician (Senator) U.S.. The student Sedgewick conflict - shock - with the positions and philosophies of Professor Hundert, who questions the importance of what is taught. But despite this rebellion and indiscipline, the teacher considers the student Hundert and Sedgewick intelligent potential and think you can put it in the right way, even in contention to compete for the final trial of the contest "Mr. Julius Caesar", arrives at the point of classify it for the end of school competition on Ancient Rome, passing over another student Martin Blythe (Paul Damage) legally classified. The student Sedgewick betrays the trust of the teacher arranging a way to cheat at the time of the answers to the contest questions, "pasting" responses, realizing Professor Hundert, again, contrary to its principles and values, making him a question has nothing to do with the questions of the contest, and says Sedgewich not know the answer, the other competitor, the student Rishi Mehta (Deepak Mehta) wins the contest.
A instituição acreditava em sua metodologia de ensino, principalmente nos valores que apregoava. Como professor de história, Hundert era aplicado e buscava ensinar aos seus alunos valores por meio de ensinamentos de notáveis filósofos da antiguidade. Para o professor, o mais importante era viver uma vida com caráter, ética, moral e retidão. Afirmava que “a ambição e conquista sem contribuição não tem significado”, ou seja, de nada adiantaria o homem almejar grandes conquistas para si, se esta não trouxesse grande contribuição para a sociedade.
A sua rotina muda repentinamente quando Sedgewick Bell (Emile Hirsch), filho do Senador Bell (Harris Yulin) - senador norte-americano - passa a estudar na escola e os ensinamentos do professor divergem do comportamento deste recém-chegado aluno.
De início, Sedgewick chegou a afetar o cotidiano e a ordem dos demais alunos, já que não enxergava nenhum valor no que era ensinado pelo prof. Hundert. O obstinado aluno tentou corromper os costumes e tradições da escola. O prof. Hundert voltou a sua atenção para o filho do senador com o intuito de tentar ganhar à sua confiança e conquistá-lo para fazer com que se interessasse pelos estudos.
Como desafio, a própria função de professor - educador - tenta criar vínculos com seus alunos, assim foi à atitude do prof. Hundert com o aluno Sedgewick, para que o mesmo se empenhasse nas suas aulas, vindo a conseguir êxito, depois de algumas tentativas e da conversa que teve com o pai do aluno - senador.
O prof. Hundert compreendeu que o aluno Sedgewick tinha um relacionamento de pouca afetividade e diálogo com seu pai. Percebeu também que apesar da distância que existia entre os dois, Sedgewick tinha esperanças de ainda ser ouvido e compreendido por seu pai, respondendo a sua indiferença por meio da sua rebeldia e indisciplina. Desta forma, o valor que o senador não possuía, por isso, não podia passá-lo a seu filho. Hundert tentou imprimir em seus ensinamentos para que fossem absorvidos por Sedgewick, percebe-se que conseguiu, quando o aluno demonstra interesse e esforço nos estudos.
Ao perceber um crescimento nas avaliações de Sedgewick, acredita que levaria ao final do tradicional concurso “Senhor Júlio César” - líder militar romano. Esse concurso, o faria ser diferente, do que fora desde o inicio. Mesmo que isso retirasse a vaga de quem justo e realmente a teria conseguido classificá-lo, por mérito e direito, para estar na disputa. O
professor preteriu outro aluno, ferindo-se seus princípios e valores quando deu a chance de mudança para o aluno Sedgewick.
Contudo, o professor se decepcionou com o aluno que ajudara, notando que este estava “colando” na prova final do concurso. Assim, fez com que o perdesse, por fazer-lhe uma pergunta, que tinha a certeza que não saberia responder, assim aconteceu. A partir deste momento, Sedgewick passou a ter novamente comportamento indisciplinado, seguido de notas baixas, fazendo-o experimentar um forte sentimento de fracasso ao lhe entregar o diploma.
Anos depois, Sedgewick se transformara em um grande e influente empresário norte- americano. Depois que o pai faleceu, quis prestá-lo uma homenagem, fazendo uma significante doação à escola St. Benedictus , sob a condição de programar a realização de uma revanche do concurso “Senhor Júlio César”, por ter sido derrotado no passado, assim providenciou o evento com a presença de todos os amigos da época e de seu antigo professor de História.
O prof. Hundert, apesar de estar decepcionado por não ter sido escolhido para o cargo de Diretor da escola (já que o antigo diretor falecera), foi preterido por um funcionário que no passado havia sido indicado (pelo professor). O professor aceitou o convite e comparece ao evento.
No caminho para o local do concurso, percebe-se que o professor abre um livro com recortes de jornais sobre a vida do ex-aluno Sedgewick, com publicações desde o tempo em que esteve na escola St. Benedictus até aquele dia. Percebe-se também uma esperança de que o que lhe fora ensinado poderia estar sendo praticado. O professor ofereceu-lhe a oportunidade de transformá-lo não só em um homem de sucesso, mas de se transformar em um homem bem sucedido, correto e honesto diante de sua família e dos achegados amigos.
No entanto, no concurso, depois de verificar que mais uma vez, Sedgewick novamente trapaceou, utilizando-se de um aparelho auricular para obter as respostas às perguntas, em que um universitário lhe dizia as respostas. O prof. Hundert leva mais um golpe, mais uma vez, faz com que seu ex-aluno perca a disputa da revanche. Depois do acontecido, Sedgewick anuncia a sua candidatura ao Senado dos EUA.
Decepcionado, recebe uma surpresa e homenagem dos ex-alunos. Com isso, percebe que mesmo não conseguindo sucesso para a construção do caráter e da personalidade de
pode ser educada e a embriaguez passa, porém a estupidez é eterna””, demonstrando ao novo aluno e a todos os outros, quem teria o poder.
A própria competição referente ao concurso “Senhor Júlio César” é uma forma de poder, por meio de uma disputa para definir-se quem seria o melhor aluno do ano, a princípio e depois, quem detiver maior conhecimento, detém o título de “Imperador”. Também a própria educação promove a busca pelo poder. O poder do conhecimento, o poder da conquista, o poder de ser o melhor, o próprio poder.
No cotidiano o poder está sempre a circular por nós. Quer seja no trabalho, na escola, na vida política e social, até mesmo no seio familiar.
A respeito da concepção de incompletude : Se intimamente nos perguntarmos, se estamos satisfeitos com o que aprendemos, até hoje, com toda a certeza, diríamos que poderia ter aprendido mais e melhor, não só durante os anos de escolarização do ensino fundamental, médio e superior, mas principalmente durante todas as aulas da pós-graduação ou de outro curso qualquer.
Sempre queremos deter um maior conhecimento possível. Queremos ter ou ser algo mais, sempre destacado dentre os outros. Neste caminho, nos deparamos com a ética e a moral, sobretudo com o poder, com o certo e o errado. Ainda com os referenciais e as relatividades que norteiam todo saber. Contudo, será incompleto, se estivermos sozinho em nossos conceitos ou definições, discriminações ou preconceitos.
Concluímos e tiramos como lição para nós, do filme que, por melhor que seja a escola e o professor, o caráter e a personalidade não serão moldados, exclusivamente pela escola ou pelo bom professor, e, no decorrer da vida, os ambientes e meios em que vivemos podem interferir, porém, o que de fato ficará e permanece, são os exemplos, bons ou ruins, que recebemos - relativizados como verdadeiros.
Os desafios da educação e da docência William Hundert (Kevin Kline) é um professor da St. Benedictus , uma escola exclusiva, preparatória e tradicional que recebe como alunos, jovens da alta e elite sociedade americana. Essa escola apresenta-se a lógica da escola brasileira com aspectos culturais e socioeconômicos, com ensino tradicional, mecanizado, memorizante e livresca.
O professor Hundert dá aulas de história greco-romana referentes aos filósofos gregos e imperadores romanos, com lições de ética e moral para serem aprendidas, visando moldar o caráter e a personalidades dos alunos. O professor Hundert é reconhecido por suas boas instruções em sala de aula. O professor Hundert demonstra muito entusiasmo ao falar para os seus alunos e nas suas fala-explicações, faz questão de expressar algumas frases filosóficas, inicialmente, frisou que " O caráter de um homem é o seu destino ", também se esforça para impressioná-los sobre a importância de uma atitude coerente e correta. As suas aulas e rotinas diárias vêm ocorrendo com ordem e tranqüilidade, devido ao respeito e admiração que os alunos têm pelo professor, em uma relação de obediência e submissão. O professor tradicional, mas com valores progressistas, frisando que para entendermos o presente, temos que relativizar o passado para buscarmos um futuro promissor. Na escola tudo sempre transcorreu com normalidade, quando em um dia, repentinamente, chega à escola o aluno Sedgewick Bell (Emile Hirsch), filho de um importante e influente político norte-americano (Senador), logo à sua entrada na sala de aula, perturba aquela rotina de ordem e tranquilidade por entrar em conflito - choque - com as ideologias e posições do professor Hundert. O aluno novato faz questão de revelar à sua arrogância. O professor Hundert vê-se desafiado por aquele jovem que, inicialmente, demonstra ser desinteressado pelos estudos e indisciplinado, aliado à agravante de ser filho de um Senador relativamente influente nos Estados Unidos. Esse jovem demonstra também que não mantinha um relacionamento de afetividade, carinho e diálogo com o pai, apesar de suas tentativas de aproximação, tendo o pai matriculado o filho na escola, porque essa instituição de ensino atendia a elite americana (impressão pessoal nesta última parte). O perfil dos alunos é demonstrado pela boa vida socioeconômica, por serem da elite norte-americana e respeitosa
2 O comportamento humano tem sua complexidade revelada nas atitudes que o ser humano pratica no seu dia a dia. A interação com o meio ambiente e com os outros de sua espécie pode revelar muito da personalidade de uma pessoa. Behaviorismo é o estudo do comportamento humano por meio do método de estudo da extrospecção que analisa as manifestações exteriores do ser humano.
Naquele instante o aluno teve a coragem de dizer que discordava do professor. O conflito estava estabelecido. O professor fora desafiado em um dos pontos que mais prezava - o domínio do conteúdo. Para piorar a relação entre professor e aluno recém-ingressado, este professor foi queixar-se do comportamento estudantil do aluno “problemático” ao pai, alegando que “não se esforça, não presta atenção a aula, não estuda a matéria”, oportunidade, em que o pai do aluno (Senador) questiona ao professor: “qual é o valor do que ensina para esses meninos?” Isto é, qual a real importância dos conhecimentos que são transmitidos para a vida dos alunos, com esse questionamento, o pai faz com o professor possa refletir sobre a sua prática docente. Depois, o Senador finaliza dizendo que a função do professor é ensinar, não mudar o caráter do aluno. O professor se retira da sala em que se encontrou com o Senador - pai do aluno - desapontado. Observa-se que uma crise se formou na cabeça do professor. A postura de um professor também não é um mero transmissor de conhecimentos ou informações. O professor deve ser um educador facilitador, mediador e orientador do conhecimento, porque antes de tudo deve abandonar a ideia de ser um detentor do conhecimento para passar a ser este facilitador e orientador, adotando atividade e estratégia que possa favorecer a apreensão de competências e habilidades por parte do aluno. Como diz Perrenoud^3 , o professor deve entender que “ ensinar, hoje, significa conceber, encaixar e regular situações de aprendizagem, seguindo os princípios pedagógicos ativos construtivistas ”. Na realização anual do concurso escolar, intitulado “Senhor Júlio César” a respeito da Roma Antiga, o professor Hundert, pensativamente por alguns instantes, depois da correção da prova da última etapa classificatória da competição, resolve “quebrar” silenciosamente seus princípios éticos e rígidos de tratamento igualitário de seus alunos, por acreditar no potencial de inteligência e de mudança comportamental do aluno Sedgewick Bell, chega a ponto de colocá-lo na final do concurso escolar “Senhor Júlio César”, preterindo o aluno que fora classificado. Nesse desafio, o professor acaba, desonestamente, forjando uma classificação no concurso escolar, desviando-se de seu caráter ímprobo e reto para tentar aproximar-se do aluno e passar-lhe seus conceitos. Percebendo, porém, que apesar de alguns poucos avanços não consegue mudar o caráter do aluno, o professor entra em um conflito interno sobre o que são vitórias e derrotas na docência.
3 PERRENOUD, Philippe. Dez Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre (Brasil), Artmed Editora, 2000.
O professor passou Sedgewick Bell na frente de outro candidato, com esperança de se surpreender, confiando que conseguiria mudar o caráter deste aluno e também que o novato aluno poderia vencer a competição escolar por seus próprios méritos, porém na realização da prova final entre os três melhores alunos, o aluno Sedgewick Bell trai a confiança e a credibilidade que fora depositada pelo professor, consegue arrumar uma maneira de trapacear
padrões e regras rígidas e também da absorção de informações como se o aluno fosse apenas um recipiente passivo, mas por valores determinantes para o progresso de uma sociedade, pois todas as estruturas de educação e tipos de educadores deixam marcas e rastros no intimo de cada aluno, seja para o bem ou para o mal, podendo facilitar ou dificultar a aprendizagem do aluno. Segundo, Paulo Freire, todos devem ter a consciência da importância da escola e do educador na formação de cidadãos conscientes e de suas responsabilidades políticas e sociais. No caso da situação do professor Hundert, o fato de ter dado uma oportunidade a um aluno arrogante e indisciplinado, por acreditar na esperança de uma mudança pode até, ser correta, porém se analisarmos que implica em uma negligência de uma conduta ética ou moral, no momento em que nega ao verdadeiro classificado, o direito de participar da prova final do concurso, incorre em erro, pois outras formas poderiam ser adotadas, sem o comprometimento de outro, honestamente classificado. No filme, ao evidenciar na escola que existe uma disputa que valoriza apenas a glória individual - vencedor da competição - tem sua imagem afixada na parede da escola para que os outros vejam que o vencedor é o melhor aluno do ano da escola, ao mesmo tempo, mostra que educar é ampliar horizontes éticos, filosóficos, morais, políticos e sociais; redefinir metas e padrões acadêmicos e profissionais; aguçar a sensibilidade; formar para a cidadania e não simplesmente obter um certificado de conclusão de curso. O conflito se torna mais profundo quando o professor deposita a sua confiança e credibilidade em um aluno, posteriormente se decepciona, ao perceber que, tanto aluno como professor, utiliza-se da esperteza que se sobrepõe a retidão de caráter e a honestidade. No filme, essa decepção resta evidenciada quando chega à oportunidade do professor, galgar o cargo de Diretor da Escola, porém é preterido. A escolha recai sobre alguém bem mais jovem e que tinha como principal habilidade conseguir dinheiro (arrecadar fundos) para sustentar o colégio. Depois de 25 anos, Sedgewick Bell deseja repetir aquele concurso estudantil em sua cidade e convida o professor e todos os seus antigos colegas que são recebidos com carinho. Entretanto, no decorrer da competição, o professor descobre, novamente, que seu antigo aluno continuava a praticar ilicitude - infligir o princípio de moral - e mais uma vez não se dado por vencido. A revanche da competição tinha apenas a finalidade de anunciar aos colegas de que era candidato ao senado no lugar de seu pai e queria pedir apoio de todos. O aluno e o professor discutem, quando estava no toalete. Durante a discussão, o filho de Sedgewick Bell ouve tudo e compreende ostensivamente e vira as costas para o pai.
O professor revela ao seu antigo aluno que foi desclassificado injustamente, quando deu à sua vaga na competição ao aluno Sedgewick Bell, no passado, mas o aluno desclassificado o perdoa. Como prova de seu perdão, coloca seu filho para estudar na escola com o Professor Hundert, pois apesar de tudo via uma honradez. Ainda tinha muito apreço pelo professor. A educação de nada serve se não puder ser revertida em crescimento e desenvolvimento pessoal e coletivo, pois o educador na medida do possível, de acordo com Paulo Freire, deve educar para as mudanças na busca da autonomia e da liberdade para promover as capacidades de aprendizagem, propiciando uma formação direcionada à cidadania consciente e às responsabilidades políticas e sociais, por ser um ser social, educando e educador, ao mesmo tempo. O filme nos mostra a importância da didática na educação, por ser um instrumento que faz com que busquemos soluções para resolver os problemas em salas de aulas. Assim, vem nos despertar para uma real importância de uma educação verdadeira direcionada à cidadania. Podemos comparar essa escola com a tendência liberal tradicional, pois ela está baseada na mesmice com atividades repetitivas e avaliações escritas com perguntas e respostas. Para participar do concurso escolar, os alunos eram obrigados a passar por uma avaliação, somente três dos alunos eram classificados para a prova final que era oral. O professor desclassificou injustamente um aluno para classificar Sedgewick Bell. O professor se decepciona por perceber que a confiança depositada em seu aluno, não foi correspondida, quando percebeu ter usado de artifício para trapacear na prova final, algumas respostas (cola afixada na túnica). Concluímos que o filme “O Clube do Imperador” nos transmite mensagens relevantes a respeito da importância da ética e da honestidade, atualmente valores que são deixados de lado na sociedade brasileira, apenas predominando o capitalismo, o egoísmo, o individualismo e a prepotência. Porém estas circunstâncias e motivos nos fazem ainda refletirmos e repensarmos que não se deve desistir de nossos objetivos e ideais, mesmo existindo alguns contratempos que parecerem impedi-los. No caso do professor, deve-se espelhar em cada um dos resultados bons e positivos de nossos esforços, não frustrar-se com os objetivos que não foram alcançados e conquistados, preocupando-se, sempre em fazer o melhor possível para que cada um dos objetivos desejados possa ser alcançado, mais do que isso, que contribuam para o bem da sociedade e para a formação da cidadania. O papel do educador é redimensionar o sentido do aprendizado acentuando valores e culturas que a sociedade detém. O sentido das buscas e das descobertas implicam em novos