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Resenha do Filme Cafundó
Tipologia: Notas de estudo
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Willian Rodrigo Do Amaral.
Faculdade Evangélica do Paraná.
Resenha apresentada como requisito à disciplina de Teologia em Saúde - EAD, 4º período do curso noturno de Psicologia da Faculdade Evangélica do Paraná. Sob orientação do professor: Ocir de Paula Andreata.
Curitiba, Setembro de 2010.
Ficha técnica:
Produtora: Prole de Ação. Ano: 2005. Direção: Clóvis Bueno, Paulo Betti. Direção de arte: Vera Hamburger. Direção de fotografia: José Roberto Eliezer. Produção Executiva: Virginia W. Moraes, Caio Gullane, Fabiano Gullane, R. A. Gennaro. Roteiro: Clóvis Bueno. Produção: Paulo Betti. Co-produção: Gullane Filmes, Teleimage. Som: Márcio Câmara, Beto Ferraz. Produção de finalização : Eliane Ferreira. Maquiagem: Anna Van Steen. Figurino: Bia Salgado. Música: André Abujamra. Voz Canção final: Gilberto Gil. Elenco Principal: Lázaro Ramos (João), Leona Cavalli (Rosário), Leandro Firmino (Cirino), Valéria Monã (Levinda), Chica Lopes (Nhá Chica), Ernani Moraes (Coronel Justino), Francisco Leão (Alfredinho).
CAFUNDÓ. O filme cafundó foi lançado em 2005, e teve gravações nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Lapa, Antonina, Morretes, Palmeira, Paranaguá, Guarapuava e São Paulo. Baseada na vida e obra literária de João de Camargo de Sorocaba, a produção tem como tema principal o sincretismo de religiões presentes na época do Brasil pós-escravidão no fim do século XIX, onde a vida de dois ex- escravos João (protagonista) e Cirino tomam o centro das atenções no início do filme. Libertados, os dois vivem uma vida de miséria e trabalho duro para ganhar alguns míseros trocados. São enviados à guerra, mas não lutam por não haver necessidade. Na primeira parte do filme, João passa a maior parte do tempo ao lado de seus amigos Cirino, Levinda e Teodoro, que realizam diversas trapaças, roubam a fim de manter sua sobrevivência. Eles trabalham posteriormente, sempre em serviços duros e que mal garantem a sobrevivência dos mesmos, representando bem a realidade vivida pelos negros libertados naquela época no Brasil. Um clima de mistério presente nas religiões permeia algumas cenas, pode-se ver a cruz, por exemplo, presente em várias cenas do filme, bem como rituais do
As situação vividas anteriores no filme, como a cena em que junto com sua mão ele vê a água vermelha vertendo da cruz, no local onde teria morrido o menino Alfredinho, começam e ficar mais claras neste momento do filme, mas não totalmente. Isto porque a crença ou fé, mesmo sendo considera magia, não pode ser julgada nem considerada certa ou errado, porque a fé não á algo tangível aos nossos olhos. No filme, o sincretismo presente na crença de João, vai além do esperado pelas pessoas a sua volta, pois naquela época os pré-conceitos sobre a cor da pele influenciavam diretamente na escolha até mesmo das preces e dos santos. Havia preces e Santos considerados de brancos, como preces e Santos considerados de “negros”. Isto fica claro na cena da prisão. Por uma maioria negra, João de Camargo é considerado Santo, que faz milagres, cura, tem uma fé diferenciada capaz de solucionar muitos problemas. Como na vida real, o que se vê em Cafundó, além da grande mistura religiosa presente nas cenas e na vida de João, é que cada pessoa necessita ter uma fé ou crença, e por mais que seja repudiada por outras pessoas, ela expressa o verdadeiro direito de liberdade que cada um tem de acreditar e seguir aquilo que quiser. Quando a religião faz bem como fez para João, quando nos restaura ou nos torna mais fortes trazendo uma vida nova, quer dizer que realmente devemos continuar no caminho que nos propomos a seguir, ou que, como no caso de João, lhe foi dado em circunstâncias que jamais poderiam ser comprovadas pela racionalidade humana.