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Guias e Dicas
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Reprodução Animal: Ciclo Estral e Fecundação em Bovinos, Notas de estudo de Medicina Veterinária

O ciclo estral em bovinos, detalhando as fases folicular e luteal, a produção hormonal e os mecanismos de controle hormonal. Explica a fecundação, a implantação do embrião e o desenvolvimento da placenta. Além disso, descreve as alterações fisiológicas durante a gestação e o parto, incluindo a maturidade fetoplacentária e a participação do trofoblasto. O documento também discute as patologias reprodutivas mais comuns em bovinos, como cistos ovarianos e tumores de células da granulosa.

Tipologia: Notas de estudo

2023

Compartilhado em 10/01/2025

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M E D I C I N A
V E T E R I N Á R I A
L e t í c i a P o n t e s
E M B R I O L O G I A , R E P R O D U Ç Ã O E
N E O N A T O L O G I A
Embriologia &
Neonatologia
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M E D I C I N A

V E T E R I N Á R I A

L e t í c i a P o n t e s E M B R I O L O G I A , R E P R O D U Ç Ã O E N E O N A T O L O G I A

Embriologia &

Neonatologia

A N A T O M O R F I S I O L O G I A SISTEMA FEMININO Produção de oócitos Produção hormonal Nutrição e abrigo do feto Expulsão do feto ESTRUTURAS DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Fêmeas monoéstricas: manifestam apenas 1 (um) cio a cada período de tempo. Não-estacionais: cadela. Fêmeas poliéstricas: manifestam mais de mm cio a cada período de tempo. Estacionais: égua, cabra, ovelha. Não- estacionais ou contínuas: vaca, porca. Fêmeas nulíparas : ainda não apresentaram parição (parto) - novilhas. Fêmeas pluríparas: apresentaram mais de uma parição - vacas. Fêmeas primíparas: apresentaram apenas uma parição. Fêmeas uníparas (ou monotócicas): parição de apenas um concepto por gestação Fêmeas multíparas (ou politócicas): parição de mais de um concepto por gestação

GÔNADAS (OVÁRIOS)

GENITÁLIA EXTERNA

VULVA

COMISSURA VULVAR(DORSAL E

VENTRAL)

CLITÓRIS E PERÍNEO

LÁBIOS VULVARES

GENITÁLIA INTERNA

VAGINA

CÉRVIX

ÚTERO

OVÁRIOS

TUBA UTERINA

ISTMO

AMPOLA

INFUNDÍBULO

VAGINA

Órgão copulador que consistem em um tubo disposto longitudinalmente. Fórnix (depressão ao redor da cérvix) = EQUINO E BOVINO Hímen - prega mucosa do vestíbulo vaginal

CÉRVIX

Canal com anéis cartilaginosos (ruminantes) Glândulas da mucosa e submucosa Barreira física para espermatozoides; lubrificação (estro) do canal cervical e barreira de proteção durante a gravidez (tampão cervical - evita contaminações uterinas)

LIGAMENTOS

O ligamento largo suspende os ovários, útero e tubas uterinas do teto e paredes pélvicas Dividido em mesómetrio, mesosalpinge e mesovário A mesossalpinge e o mesovário envolvem uma bolsa, bolsa ovariana, para a qual se projeta o ovário ligamento largo ligamento redondo do útero ligamento suspensor do ovário ligamento próprio do ovário VASCULARIZAÇÃO Artéria ovariana Artéria uternina Artéria vaginal Artéria pudenda interna

SISTEMA MASCULINO

Produção de oócitos Produção hormonal Nutrição e abrigo do feto Expulsão do feto ESTRUTURAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

GÔNADAS (OVÁRIOS)

GENITÁLIA EXTERNA

VULVA

COMISSURA VULVAR(DORSAL E

VENTRAL)

CLITÓRIS E PERÍNEO

LÁBIOS VULVARES

GENITÁLIA INTERNA

VAGINA

CÉRVIX

ÚTERO

OVÁRIOS

TUBA UTERINA

ISTMO

AMPOLA

INFUNDÍBULO

VAGINA

Órgão copulador que consistem em um tubo disposto longitudinalmente. Fórnix (depressão ao redor da cérvix) = EQUINO E BOVINO Hímen - prega mucosa do vestíbulo vaginal

CÉRVIX

Canal com anéis cartilaginosos (ruminantes) Glândulas da mucosa e submucosa Barreira física para espermatozoides; lubrificação (estro) do canal cervical e barreira de proteção durante a gravidez (tampão cervical - evita contaminações uterinas)

C I C L O R E P R O D U T I V O O ciclo estral é o período compreendido entre os dois estros PROESTRO Queda da progesterona e aumento do estrógeno Recrutamento de folículos para ovulação + secreção de estrógeno FASE FOLICULAR FASE LUTEAL ANESTRO ESTRO Aceitação de monta Receptividade sexual + pico de secreção de estrógeno METAESTRO Aumento da progesterona devido a formação do corpo lúteo Formação do CL Ausêncica de comportamento sexual DIESTRO Manutenção da secreção luteal de progesterona Período mais longo Finaliza quando acontece a luteólise

FASES ESTRÔGENICAS

FASES PROGESTERÔNICAS

FASE FOLICULAR: formação do folículo ovulatório e aumento de estrógeno FASE LUTEAL: aumento de progesterona ANESTRO: não apresenta ciclos estrais reguulares - VERDADEIRO (GnRH insuficiente)

DINÂMICA FOLICULAR RECRUTAMENTO Aumento de FSH + diminuição de LH

  • ausência de inibina Início do crescimento folicular Início na produção de estradiol pelo folículo Aumento da concentração de FSH SELEÇÃO Diminuição de FSH + Produção moderada de de LH e inibina Supressão do crescimento folicular de folículos subordinados e emergência do dominante Estradiol e FSH/LH secretados (crescimento folicular, “up regulation” receptores de LH e FSH) Início da produção de inibina : retroalimentação negativa ao FSH DOMINÂNCIA Estradiol e inibina em produção “up regulation” receptores de LH Diminuição dos níveis de IGFBP (proteína ligada ao IGF-I) Ação de fatores angiogênicos Aumento de LH e inibina + diminuição de FSH

F A S E L U T E A L A luteinização refere-se à transformação do folículo após a ovulação, quando o folículo rompido é substituído pelo corpo lúteo. O corpo lúteo é responsável pela produção e liberação do hormônio progesterona, que desempenha um papel crucial na manutenção da gestação e na preparação do útero para receber o embrião A luteólise é o processo pelo qual o corpo lúteo é degradado e o nível de progesterona diminui. A luteólise pode ocorrer caso a gestação não seja estabelecida, e é desencadeada pela liberação de prostaglandina F2α. Essa substância atua na redução da circulação sanguínea no corpo lúteo, levando à sua regressão e diminuição na produção de progesterona. Durante a ovulação ocorre um AUMENTO DA HIPEREMIA da região do pré-ovulatório (agentes vasoativos) = aumento de acúmulo de fluido dolicular, ruptura do foículo e liberaação do fluido e do oócito As células da granulosa se diferenciam em células luteais grandes e as da teca interna luteais pequenas. INICIAL/FINAL da ovulação = CL sem receptores de prostaglandina em grande quantidade O efeito de estrógeno e progesterona no cérebro influencia no comportamento sexual da vaca no cio Máxima expressão de comportamento sexual é necessário que a progesterona esteja presente por certo tempo antes da exposição ao estrógeno PROGESTERONA NA FASE LUTEAL inibe a onda pré-ovulatória de LH secreção de glândulas endometriais reduz o tônus do miométrio reduz a amplitude e frequência da liberação de GnRH inibe o comportamento de estro

F E R T I L I Z A Ç Ã O SINGAMIA: Aproximação e fusão dos pronúcleos, desintegração das membranas celulares CLIVAGENS : síncronas - após término de cada clivagem ocorre a duplicação do número de blastômeros ATIVAÇÃO DO GENOMA EMBRIONÁRIO (transição materno-zigótica): produção de novo RNAm

FORMAÇÃO DO EMBRIÃO

o período que antecede o parto (PRÉ- PARTO) ocorre a maturidade fetoplacentária Quando este parto ocorre de forma natural ou fisiológica (EUTOCIA) segue-se um PÓS- PARTO caracterizado por uma rápida involução uterina e um rápido retorno da atividade ovariana cíclica. DISTOCIA também chamada de Parto anormal ou Laborioso, ocorre um atraso na involução uterina e retorno à ciclicidade normal.

EMBRIOGÊNSE

Desenvolvimento dentro da zona pelúcida

Liberação do blastocisto da zona pelúcida

Reconhecimento materno da gestação

Formação das membrans extraembrionárias

EMBRIÃO:

Organismo de estágio de desenvolvimento inicial TOTIPOTENTE: 2,4 E 8 CÉLULAS Blastocisto: presença de blastocelo Massa celular interna - corpo do embrião Trofoblasto: Córion - componentes fetal da placenta Eclosão do blastocisto onde há acúmulo de líquido e produção de enzimas pelas células trofoblásticas para que haja a contração e relaxamento do blastovisto Parte do sêmen vai sofrer fagocitose através de macrófagos ou neutrófilos a partir da parede vaginal. Os com maior MOTILIDADE e VIABILIDADE conseguirão chegar ao útero. PARÂMETRO DE LONGEVIDADE DOS GAMETASA DE BOVINOS Óvulos: 20 a 24h Espermatozoides: 30 a 48h

F E R T I L I Z A Ç Ã O Remoção de substâncias absorvidas ou incorporadas à membrana plasmática do espermatozoide Aumento gradual da entrada de Ca++

CAPACITAÇÃO ESPERMÁTICA

A corona radiata e zona pelúcida (ZP) são barreiras para a passagem dos espermatozoides com maior viabilidade Ao entrar em contato com a ZP, sofre REAÇÃO ACROSSÔMICA , levando à fusão da membrana plasmática com a membrana externa do acrossoma Quando o primeiro espermatozoide consegue penetrar na ZP, acontece O BLOQUEIO À POLISPERMIA (endurecimento da ZP e inativação de receptores) A fertilização ocorre quando existe a fusão do espermatozoide com a membrana do oócito. Acontece a reativação da meiose e liberaçao do 2° corpúsculo polar O corpo polar (ou globo polar) é o produto da divisão assimétrica, que ocorre durante a meiose feminina. PRÓ-NÚCLEO FEMININO: cromossomos maternos remanescente envolvidos por membrana nuclear PRÓ-NÚCLEO MASCULINO: membrana nuclear do espermatozoide se desintegra, a cromatina nuclear descondesa e forma- se nova membrana nuclear envolvendo os cromossomos paternos O semên é uma suspensão celular contendo espermatozoide e uido secretado pelas glândulas sexuais acessórias masculinas. PARTE FLUIDA = Plasma seminal PARTE CELULAR =SPTZs Migração espermática Fixação através da zona pelucida Fusão do espermatozoide e da membrana plasmática do óvulo A fertilização ocorre quando um espermatozoide e um oócito se reconhecem um ao outro e fundem-se num organismo novo e geneticamente distinto. -Os SPTZs ganham essa capacidade durante sua passagem pelo epidídimo , no processo conhecido como maturação espermática

Reação do acrossomo O acrossomo é considerado como uma estrutura análoga aos lisossomos ou aos grânulos zimógenos do pâncreas, contendo enzimas hidrolíticas - HIALURONIDASE Além da zona pelúcida, coberta glicoprotéica que rodeia os ovócitos mamíferos, existe ainda o cumulus oophorus , composto por células e por uma matriz, cujo componente principal é o ácido hialurônico Algumas glicoproteínas da zona (ZP3) se unem à membrana plasmática do espermatozóide sobre o capuz acrossômico causando mudanças conformacionais que permitiriam um aumento temporário da permeabilidade da membrana ao Ca2+ extracelular

ESPÉCIE VILOSIDADES BARREIRA

PERDA DE

TECIDO

SUÍNA DIFUSA^ EPITELIOCORIAL^ ADECIDUADA

EQUINA

DIFUSA/ MICROCOTILEDONÁRIA

EPITELIOCORIAL ADECIDUADA

CANINA/FELINA ZONÁRIA ENDOTELIOCORIAL ADECIDUADA

BOVINA COTILEDONÁRIA^ SINEPITELIOCORIAL^ ADECIDUADA

OVINA/CAPRINA COTILEDONÁRIA^ HEMOCORIAL^ ADECIDUADA

P L A C E N T A A placenta é um órgçao formado pela justaposição ou fusão das membrans fetais com o endométrio FUNÇÃO: Trocas metabólicas entre a mãe e o feto. PARTE FETAL = Córion ( origem do troflobasto) PARTE MATERNA = Carúnculas (endométrio uterino) IMPLANTAÇÃO = ADESÃO AO ENDOMÉTRIO Orgão endócrino produz hormônios que Auxiliam no parto e mantêm a gestação Influenciam o crescimento fetal Estimulam a função ovariana e a glândula mamária MEMBRANAS EXTRAEMBRIONÁRIAS SACO VITELINO = camada do endoderma primitivo (vestigial) ÂMNIO= cavidade de massa celular interna que envolve o feto em cavidade cheia de líquido ALANTOIDE= divertículo do intestino posterior, com vasos que ligam a circulação fetal e periférica CÓRION= cápsula trofoblástica do blastocisto que envolve o embrião e outras membranas PLACENTAÇÃO = processo de desenvolvimento da placenta Coriônica,corioalantoide e vitelina A placenta corioalantóide origina-se da função do alantóide com o cório e está presente em TODOS os animais Com área extensamente aumentada na união feto-maternal (vilosidades corionicas) > a vascularização do alantóide justapõe-se às VEIAS E ARTÉRIAS UMBILICAIS O trofoblasto é o conjunto de células que envolvem o embrião, na fase de blástula, responsável por erodir o endométrio do útero na implantação e originar a placenta.

BARREIRA INTER-HEMÁTICA

EPITELIOCORIAL ()

ENDOTELIOCORIAL ()

SINEPITELIOCORIAL ()

A placenta sinepiteliocorial é um tipo de placenta que se caracteriza pela migração de células do córion para o tecido materno, formando células binucleadas ou multinucleadas. NÃO PERMITE TRANSFÊNCIA DE ANTICORPOS HEMOCORIAL ()

INTERDIGITAÇÃO MATERNO-FETAL

PRAGUEADA (SUINOS, MARSUPIAIS)

Pregas da mucosa uterina e trofoblasto se interdigitam LAMELAR Fases iniciais nos ruminantes e suínos VILOSA TRABECULAR PERDA DE TECIDO NO PARTO DECIDUADO Perda de tecido materno junto com as membranas fetais durante o parto ADECIDUADO Característico de todos os animais domésticos

INTER-RELAÇAO DE FLUXO SANGUÍNEO

CONCORRENTE

MULTIVILOSO

CORRENTE

CONTRACORRENTE

P L A C E N T A D E R U M I N A N T E S CORIOALANTOIDE COTILEDONÁRIA ZONÁRIA MULTIVILOSO A CONTRACORRENTE SINEPITELIOCORIAL SINCICLOTROFOBLASTO PRIMITIVO P L A C E N T A D E S U Í N O S CORIOALANTOIDE COTILEDONÁRIA ZONÁRIA MULTIVILOSO A CONTRACORRENTE SINEPITELIOCORIAL SINCICLOTROFOBLASTO PRIMITIVO P L A C E N T A D E C A R N Í V O R O S CORIOALANTOIDE COTILEDONÁRIA ZONÁRIA MULTIVILOSO A CONTRACORRENTE SINEPITELIOCORIAL SINCICLOTROFOBLASTO PRIMITIVO P L A C E N T A D E C A R N Í V O R O S CORIOALANTOIDE COTILEDONÁRIA ZONÁRIA MULTIVILOSO A CONTRACORRENTE SINEPITELIOCORIAL SINCICLOTROFOBLASTO PRIMITIVO

P A R T O & P U É R P E R I O O parto é um processo incido pelo feto e por uma complexa interação de fatores endócrinos neuronais e mecânicos. Final da gestação ocorre a limitação uterina pelo tamanho do feto, desencadeando o estresse fetal. Esse evento leva à liberação de corticotrofina ACTH fazendo com que haja a secreção de corticoides pelo córtex adrenal do feto. CORTISOL FETAL = síntese de 17alfa- hidroxilase, 17,20-desmolase e aromatase QUE CONVERTEM P4 EM E Faz com que a placenta sintetize PROSTAGLADINA - contratilidde uterina e regressão do CL gestacional A movimentação atráves do canal do perto estimula os neurõnios sensorias devido a pressão elevada a qual libera OCITOCINA e causa CONTRAÇÃOES MIOMETRIAIS o período que antecede o parto (PRÉ-PARTO) ocorre a maturidade fetoplacentária Quando este parto ocorre de forma natural ou fisiológica (EUTOCIA) segue-se um PÓS-PARTO caracterizado por uma rápida involução uterina e um rápido retorno da atividade ovariana cíclica. DISTOCIA também chamada de Parto anormal ou Laborioso, ocorre um atraso na involução uterina e retorno à ciclicidade normal.

ETAPAS DO PARTO

Modificações próximas ao parto VULVA E VAGINA: edemaciada e vascularizadas CÉRVIX: o tampão mucoso se dissolve ÚTERO: aumento do útero e miométrio quiescente OVÁRIO: presente de corpo lúteo LIGAMENTOS PÉLVICOS: aumento de E e liberação de relaxina com o relaxamento dos ligamentos