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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS E DA SAÚDE
CAMPUS SOURE-FORMA PARÁ- SECTET
CURSO DE BACHARELADO EM BIOMEDICINA
PATRÍCIA LEAL PEREIRA
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA EM BACTERIOLOGIA APLICADA:
Coloração de Gram e Analisar a infraestrutura e instalação do laboratório conforme a legislação vigente e o serviço prestados no mesmo, em conformidade com a disciplina Administração Laboratorial, sobre orientação da Prof.ª Dr.ª: Kátia Bezerra. SOURE-PA 2023
INTRODUÇÃO :
Atendendo a solicitação da Professora Dr.ª Kátia Bezerra, referente a disciplina Administração Laboratorial, apresentamos em seguida o relatório da visita técnica solicitada pela docente responsável, relatando as atividades realizadas durante visita ao laboratório de análises clínicas no Hospital Municipal Menino Deus. A mesma ocorreu no dia 14 de julho de 2023, a primeira visita técnica ao laboratório de análises clínicas do Hospital “Menino Deus”, situado no município de Soure-PA. Com intuito de observar e avaliar a infraestrutura e serviço prestado ao público em conformidade com o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. O funcionamento dos laboratórios de análises clínicas é amparado pala RDC 50/2002, que dita de acordo com a Vigilância Sanitária, visando a estrutura ideal para o funcionamento desse estabelecimento de saúde. Devemos estar cientes que se trata de uma área da saúde, consequentemente ter a preocupação com a higienização do local. Conforme a RDC 302/05, o laboratório e o posto de coleta laboratorial devem possuir instruções de limpeza, desinfecção e esterilização, quando aplicável, das superfícies, instalações, equipamentos, artigos e materiais. Os saneamentos e os produtos usados nos processamentos de limpeza e desinfecção devem ser utilizados segundo as especificações do fabricante e estarem regularizados junto a ANVISA/MS, de acordo com a legislação vigente. O descarte dos resíduos e rejeitos é de suma importante conforme o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) atendendo aos requisitos da RDC/ANVISA nº306/04, suas atualizações, ou outro instrumento legal que venha substitui-la. OBJETIVOS Observar o processo de administração conforme a legislação vigente. Conhecer as atividades de desenvolvidas no laboratório. Analisar a estrutura física do laboratório e funcionamento, análises realizadas, equipamentos e materiais disponíveis e, realização das obrigatoriedades. Relatar o que deveria ter, o que poderia ser feito para melhorar e como deveria ser. PROGRAMA (ROTEIRO): Chegada à empresa às 10:48h. Visita aos setores: Laboratório. Outras atividades: análises clínicas. Término da visita às 11:
de coagulante, caixa descarpack (descarte de agulhas, ou materiais perfurocortantes), grade organizadora de tubos, caixas de agulhas, cadeira para coleta por pulsão e maca de coleta ginecológica. Recebimento do paciente para realização da coleta de material para exames. De acordo com o anfitrião no que se refere a estrutura, todas as normas criadas e fluxo do laboratório passou por adaptações de acordo com espaço físico disponibilizado. Para que ocorra um bom atendimento do laboratório em relação as demandas e fluxo através da organização do serviço interno, demitizando de acordo com necessidades quanto profissional. Observação: Após a coletas as amostras vão para centrifuga de hemograma par o setor de bioquímica ou imunologia. Com base de segurança manter no máximo 1 mês as amostras conservadas, caso seja necessário realizar as analises novamente devido inconsistência do primeiro resultado. A autoclave existente no hospital não fica no laboratório, fica em outro setor para uso em comum entre outros departamentos: cirúrgico, laboratorial e odontológico. ANÁLISE DA ESTRUTURA FÍSICA DO LABORATÓRIO: Segundo a Resolução - RDC nº 786 de 05/05/23 (que irá entrar em vigência em agosto), correspondem a uma atualização normativa, que substitui a RDC 302/2005. Define que as infraestruturas físicas do laboratório clínico e do posto de coleta devem atender aos requisitos da RDC/ANVISA Nº 50 de 21/02/2002, suas atualizações, ou outro instrumento legal que venha substitui-la. A planta baixa do laboratório datada de 04/18 apresenta área de 33,46m^2 , subdividido em posto de coleta e laboratório clínico. O espaço físico no qual o laboratório está ativo, apresenta divergências quanto a estrutura e funcionamento diante das normativas que o rege. É importante ressaltar que o espaço deve ser adequado para realização dos serviços, para disposição dos equipamentos e o trabalho da equipe técnica. O hospital apresenta ambiente de apoio no qual a recepção dos pacientes ocorre em espaço externo ao laboratório, onde também é possível verificar banheiros para os pacientes. Já a sala de coleta e do laboratório clínico ficam em uma área subdividida. Inicialmente a sala de coleta apresenta espaço de circulação pequena contendo uma maca, uma cadeira de coleta com braçadeira, 1 bancada, material de coleta (tubo EDTA K3, tubo ativador de coágulo) destacando a ausência de lavo próprio. O setor de classificação e distribuição de amostras ocorre na sala de coleta. Posteriormente a sala ao lado temos o laboratório específico de bioquímica no qual apresentava uma mesa, equipamentos (Kacil “banho maria” – Diagnobel, BT 1007- biotecnia
semiautomática e geladeira), MSCE (arquivos das receitas) e planilha de bioquímica. Em seguida, ao lado o setor administrativo contendo mesa com um computador com internet, impressora e um armário com chave. Seguindo para o laboratório de hematologia apresentava mesa e equipamentos (hemograma–Micros 60, homogeneizador de amostras, um microscópio, centrífuga DT bioquímica e amostras em PDTA- anticoagulante para serem analisadas. Os laboratórios de urinálise, parasitologia, microbiologia e a sala de esterilização, no qual apresentava uma mesa com estufa, centrifuga, um microscópio e uma pia não padronizados para lavagem, contia material em molho desinfetantes e funcionam em uma sala única separa do laboratório de imunologia. Por fim, o laboratório de imunologia apresentando 1 mesa, grade organizadora de tubos, um microscópio, centrifuga para micro hematófilo. A estrutura física da sala de coleta, os laboratórios EAC e setor administrativo estão representados no fluxograma logo abaixo: Fluxograma do Laboratório do Hospital “Menino Deus” Fonte: Autores, 2023. A estrutura arquitetônica do laboratório apresentava dimensões pequenas que comporte tanto os equipamentos de forma adequada e circulação da equipe técnica, tornando limitada o fluxo de pessoal nos laboratórios. As paredes e piso apresentavam cor clara de fácil visualização de sujidades, no laboratório de parasitologia e esterilização apresentou infiltração na parede ao lado da pia. O espaço apresentava divisão entre os laboratórios através de paredes em forma de labirinto, apenas a sala de coleta e os laboratórios de parasitologia e esterilização eram de salas isoladas.
Sala de Coleta (3,6m2) Sim Não Área p/ classificação e distribuição (3m^2 ) Não - Laboratório de Hematologia, parasitologia e etc. (14m^2 ) Sim Não Antecâmara de Paramentação exclusiva (2,8m^2 ) Não - Laboratório de Suporte à UTI (8m^2 ) Não - Área para registro de pacientes (24m^2 ) SIM - N.A Depósito de Material de limpeza (2m^2 ) - - N.A Sala de esterilização de material (4m²) - - Sanitários para funcionários (5m²); Sim - N.A Sanitários para pacientes e acompanhantes, incluindo portadores de necessidades especiais (10m²); Sim - N.A Copa (5m²) Sim - N.A Sala da administração (15m²) Sim Não Tabela 2: Equipamentos e materiais laboratoriais da visita Técnica no Hospital Municipal de Soure Menino Deus Equipamentos Possuí Observação Autoclave Sim Utilizado em conjunto c/outros serviços Balanças Sim Agitador Orbital Sim Centrífuga Clínica Sim Microscópio Sim Racks para tubos e micro tubos Sim Não foi apresentado Contador de células Sim Não foi apresentado Termômetros Sim Estufa Sim Pipetas Sim Tabela 3: Exames de análises clínicas no Laboratório do Hospital Municipal de Soure Menino Deus Análises Realizam Observações Bacteriologia: Realizar exames para isolamento e identificação de bactérias, por meio de colorações, esfregaços, culturas e testes de sensibilidade a antibióticos, provas bioquímicas e tipagem. Não foi apresentado Virologia: Realizar testes e exames para o diagnóstico laboratorial das viroses. Não foi apresentado Parasitologia: Realizar exames para identificação de agentes parasitas e vetores biológicos Sim Micologia: Realizar exames para o isolamento e identificação de fungos e leveduras. Sim Patologia: Realizar análises de amostras de tecidos, para diagnóstico de doenças, em exames de monitoramento de pacientes e exames anatomopatológicos. Sim
Tabela 4: Obrigatoriedades exigidas Obrigatoriedades Possuí Observação Biossegurança Incerto Falha na estrutura compromete a BS Calibração Sim Realizado pelo Biomédico Controle de qualidade (interno e externo) Desinfecção Sim Esterilização Sim Não foi apresentado Controle das fases pré e pós analíticas Foram observadas pequenas falhas na biossegurança ao que condiz a utilização correta ou ausência dos EPI’s e de proteção coletiva (EPC). A falta de instruções escritas de biossegurança quanto as condutas de segurança biológica, química, física, ocupacional e ambiental. Procedimentos em caso de acidente. Não foi relatado o procedimento do Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, para descarte correto dos resíduos e rejeitos produzidos no laboratório, no qual deve atender aos requisitos da RDC/ANVISA nº306/04. Segundo a Resolução - RDC 786/2023, quanto a infraestrutura e recursos materiais para Posto de coleta (serviço tipo II) e Laboratório Clínico e Anatomia Patológica (serviço tipo III): A iluminação da sala de realização de EAC (Exame de Análises Clínicas) deve ser planejada de modo a não prejudicar a avaliação. O serviço deve ser adotado, no mínimo, dos seguintes itens obrigatórios: Área de recepção do paciente de acordo com a demanda e separadas da sala de execução de EAC; Deposito de Material de Limpeza (DML); sanitário; copa; vestuário/ sanitário de funcionários; área para lanches de pacientes; Sala de execução de EAC; e sanitário de paciente anexo à sala de execução de EAC. OBS.: A área do DML pode estar localizada no espaço do sanitário; a área de recepção, o DML, copa, vestuário/sanitário de funcionários e sanitário podem ser compartilhados com outras unidades de serviço. Quanto a Sala de Coleta/Execução de EAC:
Área de recebimento, triagem e guarda temporária de material biológico;
Lavatório, bancada, maca, cadeira para coleta com braçadeira;
Instrumento de refrigeração exclusivo para guarda e conservação de materiais; biológicos, com termômetro de momento máximo e mínima; Área para expedição dos recipientes de transporte; Área para deposito de instrumentos e materiais; Recipiente para descarte de materiais perfurocortantes e de resíduos biológicos; OBS.: Fica permitido o compartilhamento do equipamento de refrigeração somente com medicamentos que não requeiram equipamento de refrigeração exclusivo; A sala de execução de EAC deve dispor de sistema de climatização. A infraestrutura física deve atender aos requisitos da Resolução de Diretoria Colegiada- RDC
CONCLUSÃO:
Apesar de funcionar como uma empresa assim como em qualquer outro segmento, o laboratório de análises clínicas, por se tratar de um negócio na área da saúde, sofre uma intensa regulação de diversos órgãos como da agência de vigilância sanitária – ANVISA, do Ministério da Saúde, das secretarias estaduais de saúde, dos órgãos de classe e da associação brasileira de normas técnicas – ABNT. Por causa dessas regulações, é de extrema importância que o laboratório se mantenha dentro da estrutura esperada e requerida, ou o seu funcionamento pode ser barrado por algum desses órgãos. Entretanto percebemos também, que devido as carências intrínsecas a SUS, mas que apesar das lacunas, tem em seus profissionais o esforço em adaptar os ambientes de trabalho, como também sua forma de atuação como profissional neste ambiente, o mais eficiente possível para atender as demandas da população que necessita do serviço público de saúde. REFERÊNCIAS: AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA-ANVISA. RDC nº 50 de 21 de fevereiro de 2002. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/res0050_21_02_2002.html. Acessado em: 15/07/2023. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA-ANVISA. Resolução-RDC nº 786 de 5 de maio de 2023. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-786-de-5-de- maio-de-2023-482394228. Acessado em: 15/07/2023. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA-ANVISA. Resolução RDC nº 302 de 13 de outubro de 2005. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/res0302_13_10_2005.html. Acessado em: 15/07/2023. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA-ANVISA. Resolução RDC nº 306 de 07
de dezembro de 2004. Disponível em: www.saude.mg.gov.br/index.php? option=com_gmg&controller=document&id=884 .Acessado em: 15/07/2023. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Projeto Hospital Menino Deus. 2022. Disponível em: https://soure.pa.gov.br/tomada-de-precos-no-005-2022/projeto-hospital-menino-deus/. Acessado em: 15/07/2023.
