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A pesquisa acadêmico-científica possui características e estrutura que permitem ao pesquisador desenvolver um estudo coerente e objetivo, cumprindo normas e ...
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
A pesquisa acadêmico-científica possui características e estrutura que permitem ao pesquisador desenvolver um estudo coerente e objetivo, cumprindo normas e regras para a construção do conhecimento por meio da investigação. Para cumprir seu objetivo, toda pesquisa prevê apresentação e exposição de resultados. Nesta aula, estudaremos a composição do relatório de pesquisa, responsável pela apresentação do percurso argumentativo e dos dados estruturados de conclusão dos trabalhos. Ao final desta aula, você será capaz de:
Você saberia dizer como podemos começar uma pesquisa acadêmico-cientifica? Para desenvolvermos uma pesquisa, primeiramente, devemos escolher um tema, dentro de uma área de conhecimento. A partir deste ponto, e com a intenção de desenvolvê-lo, criamos uma problemática, ou seja, um questionamento, apontando uma questão a ser resolvida com a apresentação dos resultados da pesquisa. Observe que este breve resumo, que exemplifica o início da pesquisa, caracteriza o fio condutor que nos leva ao próprio fim da investigação: o relatório de pesquisa. De acordo com Tozoni-Reis (2007, p. 87), “[...] o relatório de pesquisa não é apenas uma etapa do processo da pesquisa realizada, mas parte essencial, porque comunica o resultado da investigação e suas originais interpretações, tornando, então, o conhecimento socializado”. Mais do que isso, o relatório de pesquisa é “a apresentação final escrita e detalhada de todo o processo, desde o planejamento da pesquisa até as conclusões”. (TOZONI-REIS, 2007, p. 87). Lembre-se que a pesquisa tem início a partir da delimitação de um tema. Assim, não podemos deixar de lado o pensamento prévio sobre o relatório, pois, ao estruturar um estudo, desde o seu início, precisamos projetar como será construído o relatório final, a partir do entendimento dos dados da pesquisa e do tipo de investigação que será desenvolvida. “O relatório de pesquisa é um documento em que serão levantadas todas as informações que digam respeito às atividades desenvolvidas numa pesquisa” (LEITE, 2008, p. 213). Portanto, grave bem: a pesquisa começa com o tema-problema e termina com o relatório de pesquisa, que apresenta os resultados da investigação.
Escolhido o tema da pesquisa e o problema a ser trabalhado, é chegado o momento de prepararmos o material de pesquisa. Mas, antes de organizarmos o material de pesquisa, precisamos escolher o material de apoio. E como fazemos isto? De acordo com Leite (2008), há alguns aspectos que facilitam esta escolha. O título da obra, por exemplo, pode auxiliar na tomada de decisão, porém, nem sempre representa o conteúdo da obra. O mais importante, alerta o autor, é observar quais são as partes do livro, os capítulos e o que eles apresentam. O sumário dos livros também auxiliam os pesquisadores sobre os temas tratados na obra; já a leitura da introdução é importante para identificarmos os objetivos dos capítulos, definindo se utilizaremos todo livro ou parte dele. Outro ponto que vale observar no material de apoio é a bibliografia utilizada, pois podemos verificar se as obras listadas servem como referencial para a pesquisa que realizamos. É importante destacar que estas dicas não se referem apenas aos livros, pois elas se aplicam também a outros materiais, como artigos científicos, publicações de anais de eventos científicos, relatórios e resenhas. Nestes casos, podemos iniciar a verificação a partir do título do material e das palavras-chaves, checando, posteriormente, o resumo e a introdução, e depois as seções e as referências. Após o término da seleção do material é hora do pesquisador começar o trabalho de leitura e interpretação, utilizando técnicas de fichamento e resumo do material.
O resultado de uma pesquisa está na composição e na apresentação do relatório de pesquisa.
No artigo “Como planejar uma pesquisa científica”, Neves e Neves (2010) verificam quais são os elementos que orientam o início da pesquisa. Acesse: <http://intranet.ctism.ufsm.br /~kazienko/material/pesquisa.pdf>.
Figura 1 - Modelo pré-textual
Fonte: elaborada pelo autor, 2017.
Figura 2 - Modelo pré-textual
Fonte: elaborada pelo autor, 2017.
coletados e o diálogo com os autores utilizados para fundamentar o trabalho. O uso de citações diretas e indiretas retiradas do material bibliográfico é importante nesta parte do relatório, pois fundamenta a pesquisa. Também é indicado dividir o conteúdo em capítulos, concentrando em cada um temas diferentes a serem desenvolvidos (TOZONI-REIS, 2007; LEITE, 2008; MARCONI; LAKATOS, 2013).
Outra parte importante no desenvolvimento da pesquisa é a conclusão do trabalho , comumente descrita como considerações finais. Este é o momento de encerramento da pesquisa, e consiste em três partes (TOZONI-REIS, 2007):
Uma das formas de organizarmos um relatório de pesquisa é incluir no primeiro capítulo a contextualização dos conceitos e contextos históricos sobre o tema, deixando a análise dos dados concentrada no segundo capítulo. No terceiro capítulo deve-se apresentar os resultados e as reflexões do pesquisador. Vale destacar que o relatório pode ter quantos capítulos forem necessários.
Uma foto, uma ilustração, uma tabela ou um questionário, por exemplo, podem ser incluídos em uma pesquisa científico-acadêmica como anexos, quando utilizados para o desenvolvimento do estudo.
Você sabia que também devemos prestar atenção à redação do relatório de pesquisa? O tipo de pesquisa realizada pode influenciar na escrita escolhida, e podemos optar entre linguagens mais simples, mais complexas ou técnica. Mas, o mais importante é cuidar da redação do texto e da apresentação do material, evitando erros de grafia, gramaticais, de obscuridade, coesão e coerência (LEITE, 2008). O pesquisador deve dominar a linguagem técnica do trabalho e ser capaz de redigir com clareza um documento, do contrário está passível a interpretações que não condizem com os resultados reais da pesquisa. O uso de uma linguagem mais complexa pode dificultar a interpretação das informações. Uma linguagem mais simples expõe de forma clara e precisa a mensagem da pesquisa. Leite (2008) observa que a escrita do relatório deve levar em consideração o público destinado à pesquisa, adequando a linguagem, os termos técnicos e a complexidade ou não do texto. Isso facilita a interpretação daqueles que irão utilizar o relatório para compreender a pesquisa ou utilizá-lo como fonte de pesquisa. Além destas observações, é preciso cuidar da apresentação estética do trabalho também. Detalhes como tamanho, espaçamento e tipo de fonte, margens e destaques no corpo de texto são importantes. O relatório precisa ser bem apresentado, objetivo e sem muito rebuscamento estético, para não poluir a visão e desviar o leitor do assunto. Cumprindo com estas etapas, o relatório estará bem elaborado e apresentado.
Em sua obra “Fundamentos de Metodologia”, capítulo “Estrutura do trabalho científico”, Odília Fachin (2006) ensina como construir o texto de um relatório de pesquisa e traz dicas sobre suas partes.
A linguagem rebuscada no relatório de pesquisa não garante a qualidade, ao contrário, pode deixar o trabalho com difícil compreensão.