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As características organizacionais da escola e descreve brevemente as aulas ministradas para a turma do 7º ano b. A partir desta experiência, reflexiona sobre o espaço escolar e a prática docente, destacando a escola como um local de multiplicidade e construção do saber estabelecida por meio do diálogo e da valorização do aluno como sujeito participativo no processo educativo. A autora faz referência à teoria de freire sobre uma educação libertadora.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Relatório apresentado à Universidade Estadual da Paraíba, como requisito para a conclusão do Curso de História e recebimento do grau de licenciado, e orientado pelo professor MSc. Flávio Carreiro de Santana.
Agradeço ao meu Deus que é tudo pra mim por essa rica experiência e mais uma conquista. Agradeço a minha família pelas palavras motivadoras em momentos difíceis neste curso que me incentivaram a concluir este grande desafio. Agradeço aos meus pais e em especial a minha mãe Edvânia pelos esforços realizados para que eu pudesse chegar até aqui. Agradeço ao meus esposo Eduardo por seu incentivo e por sua compreensão em minha ausências durante este curso. Agradeço a todos os alunos de minha turma inesquecível, meus grandes amigos com quem aprendi e tive momentos de alegria e descontração, dentre esses agradeço a Jonas Meireles por sua amizade e incentivo ao longo deste curso um amigo sempre presente em todos os momentos. A todos os professores que foram de suma importância neste processo de aprendizagem deixo os meus sinceros agradecimentos.
Enfim, a todos aqueles que estiveram ao meu lado nesta jornada tão longa e cansativa, más que tornou-se tão prazerosa e inesquecível, meus sinceros agradecimentos.
O presente relatório foi produzido a partir da vivência do Estágio Supervisionado Obrigatório II, referente ao 8ª período do 4° ano do curso de licenciatura Plena em História, realizado na E. E. E. F. M. José Soares de Carvalho no ano de 2012, no nível fundamental, mais especificamente na turma do 7º ano B (turno tarde). As discussões teóricas colocadas em evidencia neste relatório de estagio foram elaboradas em grupo pelos estagiários em virtude da disponibilidade da escola devido à quantidade de alunos estagiários não só de nossa turma, mas de outros cursos e por isso motivo compartilhamos essa experiência. E partem dos diálogos que tivemos em sala de aula nas disciplinas de Prática de Ensino na graduação do curso de História. No primeiro momento (dia 12/04/2012) o contato com a Escola foi agradável: fomos muito bem recebidos pela direção, encaminhados à sala dos professores onde pudemos realizar uma entrevista de sondagem sobre aquela instituição^1 com a gestora escolar. Logo em seguida fomos apresentados à professora regente da disciplina de História (do 7º ano B). Numa conversa rápida ela falou um pouco da turma, nos apresentou o livro didático do qual os alunos faziam uso e informou-nos os conteúdos que seriam temas de nossas aulas. Foi uma experiência bem agradável, uma vez que desfrutamos da presença e apoio do nosso professor e orientador da disciplina de ESO, servindo de “elo” entre nós a instituição e a professora regente. Em entrevista com a direção da instituição escolar solicitamos o PPP (Projeto Político Pedagógico) da escola, mas, infelizmente, por motivos desconhecidos, a direção não nos possibilitou o acesso ao documento. Este relatório vem traçar discussões sobre o Espaço escolar e a Prática Docente, tendo por objetivo analisar a influência que a escola tem na formação individual de cada aluno enquanto cidadão, fazendo uma reflexão sobre empenho do corpo escolar colocando em evidencia a teoria de Freire referente a uma
(^1) Fez-se necessário fazer esta sondagem para elaboração deste relatório, pois o estagio de observação do semestre anterior foi realizado em outras escolas, o que, por sua vez, dificultou o nosso trabalho devido ao pouco tempo para tomada de conhecimento daquele espaço.
A E. E. E. F. M. José Soares de Carvalho que fica na cidade de Guarabira /PB e está localizada na Rua Henrique Pacífico, S/N – Bairro Primavera é uma instituição de fácil acesso aos alunos e profissionais que dela fazem parte, segundo a direção desta, a escola se articula de maneira satisfatória com a comunidade mantendo uma boa relação com os pais, através de reuniões trimestrais regulares com os mesmos, bem como assegura parcerias e apoio com o Conselho Tutelar. Nesta instituição de ensino publica existe um programa do governo federal denominado de Mais Educação^2 que funciona com o apoio da Secretaria de Saúde do Município e com a Escola particular Executivo localizada no mesmo município, onde os alunos fazem aulas de natação. Segundo a direção, os alunos que participam do projeto são selecionados principalmente pelos professores de acordo com as dificuldades e necessidades escolares e sociais que os educandos apresentem. O corpo de funcionários é composto por uma gestora escolar, uma vice- diretora, duas supervisoras pedagógicas, oitenta e seis professores sendo a maioria destes do quadro efetivo é existente também um grupo de apoio com duas assistentes de direção, um secretário geral e oito secretários (as) auxiliares, nove auxiliares de limpeza, quatro merendeiras e quatro vigias. A estrutura da Escola José Soares de Carvalho dá suporte a: dezenove salas de aula, uma sala de vídeo, uma sala de informática, uma biblioteca, uma sala de professores, uma secretaria, uma cantina, uma quadra de esportes sendo esta também a área de recreação e um auditório. Os dois mil e duzentos alunos e alunas matriculados (no Fundamental II e Ensino Médio) são oriundos da zona urbana, e estão divididos nas dezenove salas de aula, entre os três turnos que funcionam na escola, manhã, tarde e noite. Segundo informações da direção e o que pudemos observar as salas de aula são amplas e comportam em média de quarenta a cinquenta alunos, cabe aqui uma
(^2) O Programa Mais Educação, instituído pela Portaria Interministerial nº 17/2007 e regulamentado pelo Decreto 7.083/10, constitui-se como estratégia do Ministério da Educação para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular na perspectiva da Educação Integral. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16690&Itemid=
reflexão. O quantitativo de alunos permitido por lei^3 para o Ensino Fundamental II é de no máximo 35 alunos por sala de aula, esta definição garante um melhor desempenho das turmas uma vez que salas de aulas superlotadas limitam de certa forma a didática do professor além de ser um fator que contribui para a dispersão do aluno em sala de aula. Porém a lei deixa em aberto que cada rede de ensino organizará as salas de acordo com a demanda de alunos, desta forma, a Escola Estadual José Soares de Carvalho certamente não é uma exceção que possui este obstáculo a ser vencido. Contudo as acomodações do espaço escolar são regulares, isso porque, apesar das salas de aulas serem amplas, estas não são bem iluminadas e arejadas (apesar das janelas), faltam bons ventiladores e considerando o fato de que Guarabira é uma cidade extremamente quente somando a isto o grande número de alunos a sala tornou-se demasiadamente desconfortável, e por fim as próprias carteiras e birôs que na sua maioria se encontram em péssimo estado de conservação. Apesar das dificuldades que ainda são muitas, a escola campo trabalha com atividades pedagógicas diversas como gincanas, feiras e amostras de ciências, projetos de leituras e projetos das principais datas comemorativas do calendário escolar. Para a realização das atividades cotidianas e extraclasse são feitos planejamentos bimestrais com professores, supervisores e direção escolar; e semanais com os professores organizados por disciplinas. Portanto, o centro educacional José Soares de Carvalho conta ainda com recursos materiais como TV, DVD, aparelho de som, computadores e data-show. Tais recursos são apontados como relevantes para melhoria da educação, porque possibilita além de uma aula atrativa, aproxima os alunos das novas tecnologias de maneira qualitativa estimulando o desenvolvimento da aprendizagem.
(^3) A proposta foi redigida na Comissão de Educação da Câmara pelo deputado Ivan Valente (PSOL- SP), com base em projetos de Jorginho Maluly (DEM-SP) e Leonardo Quintão (PMDB-MG). Eles dizem que a limitação de alunos por professor acabaria com a superlotação e garantiria mais qualidade de ensino. (http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2009/09/03/camara-aprova-limite-de- alunos-em-sala-de-aula-767446227.asp)
turma pelas aulas de história dentro do curto espaço de tempo que o estágio nos permite. Nossa experiência ministrando as aulas foi satisfatória, mas não de todo. Isso porque mesmo levando recursos e estimulando-os a falarem, a questionarem, partindo do seu próprio conhecimento sistemático e assistemático, os alunos ainda estavam muito presos a uma determinada metodologia e, portanto, não figuraram uma presença tão participativa quanto esperávamos que fosse, o que nos deixou com a sensação de incompletude. Todavia as pequenas participações nos ajudaram a guiar as aulas e a nossa própria postura naquele espaço. Esbarramos em algumas questões como: falta de comprometimento e desinteresse dos alunos para com as aulas, além de outras questões, dificultaram e em diversos momentos limitaram nossas aulas que serão colocadas e pensadas mais adiante neste relatório.
AULA 1 (26/04/2012)
Como mencionado anteriormente, o primeiro momento desta aula foi dedicado ás apresentações. Entre conversas informais respeitamos o tempo necessário para que todos se pronunciassem bem como buscamos responder aos questionamentos levantados por eles e elas. O conteúdo colocado pela professora titular para que trabalhássemos foi A BAIXA IDADE MÉDIA EUROPÉIA. Quando recebemos esta temática uma semana antes desta aula, diversas dúvidas permearam nosso planejamento: Como iríamos fala de Baixa Idade Média sem saber o que de fato essa turma já havia visto ou apreendido sobre a idade média em si? Que conceitos sobre medievo eles/elas já haviam construído? Qual seria o ponto de partida para abordar a Baixa Idade Média se ao menos sabíamos como esta turma estava vendo os períodos anteriores (Alta e Idade Média Central) a este? Como citamos anteriormente este relatório assim como o planejamento das aulas foi elaborado em grupo pelos alunos que estagiaram na turma do (7º ano B). A experiência de estagiar em grupo foi satisfatória, todos apresentavam suas ideias para contribuir para o bom desenvolvimento das aulas, discutíamos as ideias e em acordo elaborávamos os planos de aula. Em busca de soluções para este desafio decidimos tomar uma posição metodológica de diálogo e conversa informal para aproveitar o tempo que restaria
após as apresentações e fazer uma sondagem sobre a Idade Média de modo geral, levantamos questões que fizessem emergir que tipo de imaginário eles tinham do medievo. Infelizmente fomos surpreendidos com respostas incoerentes e descontextualizadas. No entanto, tais respostas serviram para que pudéssemos nos guiar e elaborar uma aula para próxima semana de modo que esta tivesse sentido e promovesse o desenvolvimento da aprendizagem. Fizemos uso do quadro para escrever as palavras que iam surgindo no discurso dos alunos para que eles pudessem visualizá-las e com nossas intervenções contextualizar aqueles aparentes fragmentos de conhecimento. No entanto, o tempo se fez curto, e muito ficou a ser colocado para próxima aula. Despedimos-nos e saímos dali com a certeza que as barreiras a serem superadas seriam muitas, pois percebemos que enquanto a aula estava em curso os olhares dispersos da maioria dos alunos (as) era uma constante.
AULA 2 (03/05/2012)
Chegamos na sala e encontramos uma turma agitada, a professora titular logo nos entregou a turma e saiu só voltando no fim da aula (esta foi também a realidade das aulas seguintes). Traçamos uma meta para trabalhar o conteúdo, antes de adentrarmos na Baixa Idade Média iríamos fazer uma revisão, o mais enxuta possível, sobre a Idade Média. Construímos um resumo no quadro, juntamente com os alunos(as), a medida em que estes pronunciavam uma palavra ou outra, entre um questionamento ou outro que pudéssemos associar ao tema. As questões principais foram: situar a Idade Média no calendário histórico cronológico, mas de forma que eles compreendessem que o calendário não demarca rupturas radicais; deixar claro a que espaço territorial era mencionado; trabalhar e desconstruir o conceito limitado de Idade Média/ Idade das Trevas. Foi feito exercício oral em sala e exercício escrito a ser corrigido e debatido na próxima aula. Estimulamos os alunos e alunas a falarem e questionarem, porém, os olhares dispersos e desatentos foram uma constante. Logo ficou claro que além da falta de atenção alguns alunos menos interessados assumiam uma postura de “agitadores” que destoava o resto da turma. Assim, apelidos e agressões verbais também
O que muito nos incomodou foi perceber que a turma pouco levantava questões, quando isto acontecia nenhuma das indagações era pra questionar o que havíamos falado. A impressão que ficamos é a de que estes alunos ouviam passivamente tudo o que era falado (ou o que era lido no livro) e aquele discurso ganhava ares de “verdade absoluta”, como se, o que nós soubéssemos, para eles, não poderia nunca estar errado. Este foi um dos problemas que permeou todo o estágio: alunos passivos, que não se colocavam frente às informações apresentadas, apenas recebem e aceitam com caráter de verdade. É aqui, portanto, que encontramos um grande desafio para os professores e professoras: promover uma educação transformadora capaz de desenvolver a criticidade de cada estudante. “Trabalho de formiga”, sabemos, mas não impossível! Mesmo com o estimulo visual da imagem, os problemas comportamentais e de dispersão das aulas anteriores permaneceram.
AULA 4 (17/05/2012)
Encontramos a turma mais agitada do que nunca e foi preciso dedicar alguns minutos da aula para conversar e tentar acalmá-los. Ânimo mais leve, iniciamos a aula. Havíamos planejado realizar a exposição das cenas de um documentário^4 que fazia menção as cruzadas e que a partir dele poderíamos refletir sobre ao renascimento comercial urbano, no entanto, o data show que havíamos reservado na secretaria da escola na semana anterior não estava disponível, pois a secretaria permanecia fechada. Entramos em contato com alguns colegas que tinham um data show em mãos e conseguimos, finalmente, depois de algum tempo perdido, passar as cenas dos filmes. Essa não foi uma experiência satisfatória: o que havíamos imaginado seria uma maior atenção dos alunos e alunas uma vez que aquele era um recurso diferenciado. Ocorreu justamente o contrário: mais desinteressados do que nunca e
(^4) The Crusades crescent I the cross. The history Chanel- As cruzadas- completo- Dublado
os desentendimentos^5 que ganhava destaque em diversos momentos da aula, fizemos muitas intervenções o que acabou tornando a aula pouco produtiva. Ainda assim, continuamos trabalhando os conteúdos Cruzadas e Renascimento Comercial Urbano para introduzir o processo de Formação das Monarquias Centralizadas. Na ocasião levamos um texto xerocado com os principais pontos destas temáticas, através do qual realizamos as explicações. Tentamos promover um debate sobre a importância das cruzadas para o renascimento comercial urbano e para a formação das monarquias, no entanto, a turma não contribuiu. Ficamos com a sensação de impotência e incompletude mais uma vez!
AULA 5 (24/05/2012)
Alguns empecilhos neste dia atrapalhou o bom andamento da aula, dia muito chuvoso acabou por atrasar os ônibus nos quais nós estagiários chegamos à Guarabira. Mesmo com o atraso e com muitos faltosos na turma demos continuidade ao conteúdo. O tema aqui trabalhado foi a Crise do Século XIV e a Guerra dos Cem anos. Buscamos também dar visibilidade a figura de Joana d’Arc. Utilizamos mais uma vez a leitura coletiva com intervenções explicativas, pois percebemos que foi o método que mais demonstrou êxito nas nossas aulas. A fim de deixar esses temas bem amarrados, permanecemos com esta metodologia, mesmo achando que poderíamos ter inovado caso tivéssemos o acesso (certo) a recursos didáticos diferenciados. A aula correu sem grandes transtornos, mas os problemas anteriores permaneciam.
AULA 6 (31/05/2012)
Esta seria nossa última aula, então propomos, mais uma vez, dar uma visão geral de tudo o que trabalhos com esta turma. Propomos uma atividade diferenciada^6 : colocamos cartazes no quadro com os temas trabalhados, distribuímos a todas e todos, citações que fazia referência a cada temática; a sala
(^5) É comum brigas e ofensas verbais entre os alunos. A ausência da professora regente dificultou nosso trabalho neste sentido, pois como não éramos os titulares da turma não poderíamos tomar atitudes mais emergenciais. 6 Segue fotos em anexo desta atividade
A educação é um processo que acompanha o indivíduo em todas as fases da vida. E o primeiro passo neste processo educativo que vivenciamos é, costumeiramente, em casa com a nossa família. É nesse período que começamos a nos relacionar com outras pessoas, aprendemos a respeitar o espaço do outro e começamos a nos adaptar aos padrões educacionais estabelecidos pela sociedade. É nesse primeiro estágio educacional que começamos a compreender que a linguagem, os comportamentos e as brincadeiras servindo-nos como exemplos para permitir à compreensão do nosso papel social, tal como expôs Duarte. Pois: A formação do indivíduo é, portanto, sempre um processo educativo, mesmo quando não há uma relação consciente (tanto de parte de quem se educa, quanto de parte de quem age como mediador) com o processo educativo que está se efetivando no interior de uma determinada prática social". (DUARTE, 1993, p. 47-48)
Apesar de a família ser um dos principais agentes na transmissão dos códigos culturais/sociais, a escola também se reveste como importante espaço de ensinamento, tendo no professor uma figura de destaque pela responsabilidade do ato educativo: o ensinar a respeitar os colegas; o ficar quieto; só falar na hora certa; respeitar os mais velhos; não agir com discriminação para com outros alunos etc. Percebemos, então, uma parceria entre a escola e a família que vai ficar presente na vida do indivíduo até a juventude, onde o mesmo irá absorver durante esse período os valores que levarão para a vida adulta. Durante o período de graduação, observamos que uma das maiores preocupações e anseios dos estudantes é exatamente esse contato direto entre a escola e os alunos, onde no tocante ao conhecimento teórico e suas experiências adquiridas no processo de formação escolar. Dentro desse contexto, para analisarmos o espaço escolar é necessário relacionar a estrutura organizacional pedagógica, sociopolítica e cultural da escola, pois se analisarmos o processo educativo só com a prática docente, e a pratica escolar de modo isolado e fragmentado, não poderemos entender esse espaço. Mediante a isto o estágio nos possibilitou perceber o quanto o espaço escolar é diverso, uma vez que traz consigo uma multiplicidade de pessoas e de relações sociais.
Pensar no cotidiano escolar sem dúvida é uma tarefa minuciosa e que deve ser realizada diariamente, a fim de perceber as necessidades que o aluno necessita. Segundo Fonseca:
A relação ensino-aprendizagem deve ser um convite e um desafio para alunos e professores cruzarem ou mesmo subverterem as fronteiras impostas entre as diferentes culturas e grupos sociais, entre a teoria e a prática, a política e o cotidiano, a história, a arte e a vida. (FONSECA, 2003, p. 38). Por tanto, o espaço escolar composto de desafios é também o de possibilidades. Particularmente, quando pensamos em ensino de história, a tarefa de despertar relações de alteridade respeitosa é ainda maior uma vez que o professor tem nesta disciplina a liberdade, e porque não dizer a obrigação, de refletir, juntamente com os alunos, as diferenças culturais, políticas, sociais, de raça, sexo, desconstruindo, assim, o olhar limitado ao concreto, mostrando diferentes formas de se ver e pensar o mundo. Durante as aulas do estagio o sentimento de incompletude nos acompanhou e a cada aula a cada método que utilizamos onde não conseguimos o resultado satisfatório nos perguntávamos o que poderíamos trazer de inovador para a sala de aula. O resultado satisfatório da ultima atividade nos fez pensar que talvez esta devesse ter sido a primeira atividade pois assim poderíamos ter tido êxito maior em nossa relação com os alunos. A experiência obtida através do estagio supervisionado foi bastante enriquecedora pois nos possibilitou adentrar no espaço escolar como educadores e assim perceber este espaço com seus grandes desafios e possibilidades.