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Tomografia Computadorizada Coronária: Procedimentos e Protocolos, Slides de Radiologia

Ao técnico de radiologia Rogério Costa o meu muito obrigado, pela disponibilidade, orientação, ensinos, paciência, dedicação e profissionalismo. Page 4. 4. Aos ...

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Wanderlei
Wanderlei 🇧🇷

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ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DA CRUZ VERMELHA
PORTUGUESA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
ESTUDOS CARDÍACOS EM TOMOGRAFIA
COMPUTORIZADA MULTICORTE 16 DETECTORES
Francisco Manuel Patola Martins
I MESTRADO EM TÉCNICAS E TECNOLOGIAS EM IMAGEM MÉDICA
2013
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ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DA CRUZ VERMELHA

PORTUGUESA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

ESTUDOS CARDÍACOS EM TOMOGRAFIA

COMPUTORIZADA MULTICORTE – 16 DETECTORES

Francisco Manuel Patola Martins

I MESTRADO EM TÉCNICAS E TECNOLOGIAS EM IMAGEM MÉDICA

ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DA CRUZ VERMELHA

PORTUGUESA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

ESTUDOS CARDÍACOS EM TOMOGRAFIA

COMPUTORIZADA MULTICORTE – 16 DETETORES

Orientadores: Doutor Rui Mateus Marques

Técnico de Radiologia Rogério Costa

I MESTRADO EM TÉCNICAS E TECNOLOGIAS EM IMAGEM MÉDICA

Aos meus colegas de mestrado, Ana Ruas, Elizabete Almeida, Hélder Ribeiro, Joana, Margarida e Rita Marques, pelos momentos de entusiasmo partilhados em conjunto. Aos colegas de profissão Úrsula Racon, Ruben Melo, Alexandra Leitão, Rodrigo Rodrigues, Maria Ana Velhinho, Altino Cunha e José Melão o meu muito obrigado pelo incentivo e amizade. A todos os meus amigos, o meu muito obrigado pela compreensão e ajuda, em especial à Sandra Figueiredo Salvado. Também agradeço aos colegas de trabalho, assistentes operacionais Celeste Morgado e Maria Rico, assistente social Sandra Conceição, enfermeiras Ana Quitalo e Maria José Araújo e à Doutora Isabel Barreto, o meu maior agradecimento pelo incentivo e ajuda que me deram ao longo de todo este tempo. À minha família, em especial aos meus pais, pelo apoio incondicional, compreensão nos momentos de maior indisponibilidade minha, e por estarem sempre presentes. Quero dedicar este trabalho aos meus avós e pais, como forma da minha gratidão pelo apoio e incentivo ao longo da minha vida. À Sara, que em todos os momentos esteve ao meu lado, agradeço com um carinho muito especial a presença, a partilha, a compreensão e o incondicional incentivo, fundamental no desenvolvimento deste projeto, que sem ela não seria o mesmo.

Índice

  1. Anexos....................................................................................................... 102 Anexo I - Cronograma e Actividades ............................................................ 103 Anexo II - Preparação e Consentimento para Realização de Tomografia Computadorizada do HCVP ......................................................................... 104 Anexo III - Questionário para a Realização do Exame de Tomografia Computadorizada ......................................................................................... 106

Índice de Figuras

Fig. 60 – Corte axial do ventrículo onde é possível observar uma dilatação do miocárdio. .......................................................................................................... 86 Fig. 61 – Coronária direita e dois dos bypasses ................................................ 87 Fig. 62 – Coronária esquerda com as três pontagens em 3D. ........................... 87 Fig. 63 – Pontagem MIE para DA. ..................................................................... 88 Fig. 64 – Pontagem Saf. para IVP com uma compressão na porção proximal. .. 88 Fig. 65 – Pontagem Saf para OM. ..................................................................... 89 Fig. 66 – Volume Rendering do coração onde é possível observar a coronária direita................................................................................................................. 90 Fig. 67 – MIP da CD onde podemos observar os dois stent sob duas perspetivas. .......................................................................................................................... 91 Fig. 68 – Imagens do smartscore onde é possível observar a calcificação das coronárias esquerdas. ....................................................................................... 91 Fig. 69 – Ventrículo Esquerdo nas fases sístole e diástole. ............................... 92 Fig. 70 - Volume Rendering do coração onde é possível observar a coronária direita e a DA. .................................................................................................... 93 Fig. 71 – MIP´s curvos da DA, D1 e Cx onde se pode observar algumas placas ateromatosas. .................................................................................................... 94 Fig. 72 – MIP da CD até ao ramo IVP. ............................................................... 94

Índice de Tabelas

Índice de Abreviaturas

3D – Três Dimensões β – Beta bpm – Batimentos por minuto cc – Centímetro cubico CD – Coronária Direita cm – Centímetro CTDI – Computed Tomography Dose Index – Índice de dose em Tomografia Computadorizada Cx – Circunflexa DA – Descendente Anterior DAC – Doença Arterial Coronária DCA – Doença Coronária Aguda DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica EAM – Enfarte agudo do Miocárdio EBT - Electron Beam Tomography ECG – Eletrocardiograma ECG Gating – Sincronismo Electrocardiográfico EDV – End Diastolic Volume - Volume Diastólico Final ESV – End Sistolic Volume - Volume Sistólico Final FC – Frequência Cardíaca FE – Fraction of Ejection - Fração de Ejeção FOV – Field Of View - Campo de Visão HU – Hounsfield Unit – Unidade de Hounsfield ICRP – International Committee on Radiation Protection - Comité Internacional em Proteção Radiológica IOT – Intubação Orotraqueal IV – Intravenosa IVP – Interventricular posterior Kv – Quilo volt LA – Left Arm - Braço Esquerdo

LL – Left Leg - Perna Esquerda l/min – Litros por minuto mA/s – Miliamperes por segundo mg – Miligrama mg/kg – Miligrama por quilograma mGy – Milli-Grays MIE – Mamária Interna Esquerda MIP – Maximum Intensity Projection - Projeção de Máxima Intensidade MIROI – Multiple Image Region of Interest mm – Milímetro mmHg – Milímetros de mercúrio MPR – Multiplanar Projection Reconstruction ms – Milissegundo MSE – Membro Superior Esquerdo mSv – Milisievert NaCl – Soro Fisiológico OM – Obliqua marginal OMS – Organização Mundial de Saúde PCI – Produto de Contraste Iodado PE – Prova de Esforço PÓ – Per Os RA – Right Arm – Braço Direito RM – Ressonância Magnética s – segundos Saf – Safena Sv – Sievert SV – Stroke Volume - Volume Ejeção TAC – Tomografia Axial Computorizada TC – Tomografia Computorizada TCC – Tomografia Computorizada Coronária tc – Tronco Comum TCE – Tronco Coronário Esquerdo TCMC – Tomografia Computorizada Multicorte

1. Introdução

Desde a introdução da Tomografia Axial Computorizada (TAC), em 1972, como método de diagnóstico para aplicações médicas, assistiu-se a uma rápida sofisticação da tecnologia empregue, desde os tomógrafos de “primeira geração” até aos atuais equipamentos multicorte. Estes avanços tecnológicos têm permitido uma melhoria na qualidade das imagens obtidas, no tempo de scan e na versatilidade e exatidão de diagnóstico (Loureiro, R. et al. 2003). A Tomografia Computorizada Coronária (TCC) é uma técnica em evolução que inclui uma variedade de exames que permitem avaliar a anatomia e a patologia dos grandes vasos centrais e do pericárdio, bem como da função cardíaca e válvulas cardíacas (Budoff, M. J. et al. 2006). Se considerarmos que Doença Coronária Aguda (DCA) é a principal causa de morte em homens e mulheres em Portugal (Macedo, A. et al. 2010 ) e que, cerca de seis milhões de pacientes são avaliados anualmente nos serviços de urgência com situações de dor torácica, apercebemo-nos que é um grande fator de despesa em cuidados de saúde (Jones, I. D. et al. 2009 ). Muitos destes pacientes realizam um conjunto de análises clínicas de enzimas cardíacas que, só após resultados de níveis enzimáticos normais, levam à realização de provas de esforço e finalmente ao diagnóstico da síndrome coronário agudo. É aqui que a TCC se evidencia como uma técnica radiológica muito importante, pois oferece a possibilidade de avaliar pacientes com queixas de doença coronária aguda através de um exame que se realiza em menos de 20 minutos, logo após a chegada ao Serviço de Urgência, e antes dos resultados da análise enzimática da lesão do miocárdio estarem disponíveis (Einstein, A. J. et al. 2007). São muitos os instrumentos que existem para abordar prognóstico e diagnóstico da DCA, todos eles de um modo diferente, com pontos fracos e fortes. No entanto, com o desenvolvimento da Tomografia Computorizada Multicorte (TCMC) as imagens podem agora ser

adquiridas muito rapidamente e com uma alta resolução espacial (Bowman, A. W. et al. 2009). Este relatório está inserido no âmbito do Mestrado em Técnicas e Tecnologias em Imagens Médicas. Tem como objetivo, descrever o estágio de aprendizagem com a duração de 2 meses (150 horas presenciais), que foi realizado no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, no Departamento de Imagiologia, Serviço de Tomografia Computorizada, com o intuito de aprofundar conhecimentos em Estudos Cardíacos em Tomografia Computorizada Multicorte de 16 detetores. Assim, pretende realizar uma breve retrospectiva sobre a evolução da Tomografia Computorizada (TC), aprofundando conhecimentos sobre a tecnologia multicorte de 16 detetores, até aos dias de hoje, e a sua importância na realização de estudos cardíacos. Tem como objetivos específicos rever aspetos do funcionamento dos sistemas de TC, atualizar conhecimentos fundamentais sobre a qualidade da imagem em TC, visualizar, aprender, discutir e executar todos os procedimentos referentes aos estudos cardíacos por TC e perceber como os diferentes parâmetros do equipamento devem ser utilizados em benefício do exame e do paciente.

Farmácia Hospitalar; Laboratório de Anatomia Patológica; Laboratório de Hemodinâmica; Laboratório de Patologia Clínica; Serviço de Angiologia; Serviço de Imagiologia (Radiologia Convencional, TC, Ressonância Magnética (RM)); Serviço de Imunohemoterapia; Telemedicina.

3. Risco Cardiovascular

Segundo um estudo realizado em Portugal pelo INE, entre 2004 e 2006, concluiu-se que as doenças cardiovasculares estão no topo da lista como a maior causa de mortalidade entre homens e mulheres. Como podemos observar na tabela 1, a mortalidade por doenças do sistema circulatório afetaram de forma mais acentuada as mulheres, chegando quase aos 40%, que os homens (Oliveira, I. 2006).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) refere que as doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte em todo o mundo, estimando-se que 17,5 milhões de pessoas morreram devido a estas doenças em 2005, representando 30% de todas as mortes do mundo (Cimadon, H. et al. 2010). No entanto, o risco de desenvolver Doença Arterial Coronária (DAC) verifica-se ser maior no sexo masculino do que no sexo feminino (Macedo, A. et al. 2010). Como fatores de risco da DAC, temos a hipertensão arterial (HTA) responsável por 13% de mortes no mundo, tabagismo 9%, hiperglicemia 6%, sedentarismo 6% e obesidade 5% (Alwan, A. 2010).

Mulheres Homens Doenças Infecciosas (A00-B99) 1.6 2. Tumores Malignos (C00-D48) 18.3 24. Doenças Nutricionais, Endócrinas e Metabólicas (E00-E90) 5.7 3. Doenças do Sistema Circulatório (I00-I99) 38.9 29. Doenças do Sistema Respiratório (J00-J99) 9.9 11. Doenças do Sistema Digestivo (K00-K93) 3.6 5. Causas Externas (V01-Y89) 2.4 5. Outras Causas 7.3 6. Causas mal definidas (R00-R99) 12.3 11. Total 100.0 100. Fonte: Oliveira, I. 2006.

Tabela 1 – Causas de morte em Portugal, valores médios de 2004 a 2006.