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Relatório de aula pratica de ensaios em corpo de prova, Notas de aula de Estruturas e Materiais

Este relatório apresenta os procedimentos e resultados obtidos durante a aula prática de ensaio de corpo de prova, realizada com o objetivo de analisar as propriedades mecânicas dos materiais utilizados. Foram abordados ensaios como tração, compressão e dureza, seguindo as normas técnicas aplicáveis. A atividade permitiu observar o comportamento dos materiais sob diferentes esforços e interpretar os dados obtidos por meio de gráficos e cálculos, contribuindo para o entendimento prático dos conceitos teóricos discutidos em sala de aula.

Tipologia: Notas de aula

2025

Compartilhado em 21/04/2025

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julia-bezerra-ribeiro 🇧🇷

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JULIA BEZERRA RIBEIRO
RELATÓRIO DE PRÁTICAS LABORATORIAIS
ENSAIO DE COMPRESSÃO DE CORPOS DE PROVA CILÍNDRICOS
NBR 5739
Telêmaco Borba - PR
2025
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JULIA BEZERRA RIBEIRO

RELATÓRIO DE PRÁTICAS LABORATORIAIS

ENSAIO DE COMPRESSÃO DE CORPOS DE PROVA CILÍNDRICOS –

NBR 5739

Telêmaco Borba - PR

JULIA BEZERRA RIBEIRO

RELATÓRIO DE PRÁTICAS LABORATORIAIS

ENSAIO DE COMPRESSÃO DE CORPOS DE PROVA CILÍNDRICOS –

NBR 5739

Relatório apresentado ao Curso de Engenharia Civil EAD, do Centro Universitário UNIFATEB, como requisito parcial para aprovação desta disciplina. Orientador: Prof.ª Beatriz Brasileiro.

Telêmaco Borba - PR

1 OBJETIVOS

O objetivo desta aula prática foi realizar o ensaio de compressão axial em corpos de prova cilíndricos de concreto, conforme a NBR 5739, a fim de verificar a resistência à compressão e os tipos de ruptura do material em diferentes idades de cura. Também participamos da preparação dos corpos de prova, o que proporcionou uma visão completa de todas as etapas — da mistura à ruptura. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O concreto é um material amplamente utilizado na construção civil por suas propriedades mecânicas, como resistência à compressão, durabilidade e facilidade de moldagem. Dentre os ensaios que avaliam seu desempenho, o ensaio de compressão axial é um dos mais importantes, pois determina a capacidade do material em suportar cargas de compressão sem se romper. Segundo a NBR 5739 (ABNT, 2018), o ensaio de compressão deve ser realizado em corpos de prova cilíndricos padronizados, geralmente com dimensões de 10 cm de diâmetro por 20 cm de altura. O ensaio consiste em aplicar uma carga axial crescente até a ruptura do corpo de prova, registrando a tensão de ruptura, calculada pela razão entre a carga máxima e a área da seção transversal do cilindro. A resistência do concreto à compressão está diretamente ligada à sua idade, traço, teor de água/cimento (a/c) e condições de cura. Em geral, o concreto atinge cerca de 70% de sua resistência final aos 7 dias de cura, e aproximadamente 90% aos 28 dias, quando se considera o ensaio padrão. Isso reforça a importância de realizar ensaios em diferentes idades para verificar o desenvolvimento da resistência ao longo do tempo. Além disso, o tipo de ruptura que ocorre pode indicar problemas na moldagem, na homogeneidade do concreto ou na aplicação da carga. As rupturas mais comuns são:

  • Cisalhada: falhas diagonais, geralmente indicam tensões internas não uniformes.
  • Cônica: ruptura em forma de cone, normalmente associada à boa aplicação da carga.
  • Explosiva ou irregular: pode indicar falhas na mistura ou problemas no equipamento. Esse ensaio é fundamental no controle tecnológico do concreto, sendo utilizado tanto em obras quanto em laboratórios para validar a qualidade do material entregue pelas concreteiras ou produzido in loco.

3 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

  • Cimento, areia e brita
  • Água
  • Corpos de prova cilíndricos (CP01 a CP06)
  • Betoneira
  • Moldes cilíndricos padrão
  • Máquina de ensaio universal de compressão axial
  • Balança de precisão
  • Rodo, colher de pedreiro e soquete metálico
  • Régua/trena
  • Sistema de aquisição de dados digital
  • EPIs (luvas, óculos, botas etc.) 4 PREPARAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA Durante a aula prática, também realizamos a preparação da mistura e moldagem dos corpos de prova. O traço utilizado foi de 1:2,42:2, (cimento:areia:brita), com um teor de argamassa (alfa) de 0,57 e adição de aproximadamente 4 litros de água por traço. A mistura foi feita em betoneira, garantindo a homogeneização dos materiais. Após a obtenção da consistência adequada, o concreto foi lançado nos moldes em duas camadas, com adensamento manual usando um soquete metálico, conforme procedimentos da norma. Os corpos foram desmoldados após 24 horas e armazenados em ambiente úmido até o momento do ensaio.

6 RESULTADOS OBTIDOS

• CP01:

O CP01 apresentou uma ruptura cônica, que é uma indicação positiva de que o corpo de prova estava bem alinhado na máquina de compressão e a carga foi distribuída de forma relativamente uniforme. A tensão de ruptura de 9,0 MPa é consistente com as expectativas para corpos de prova com 7 dias de cura, sugerindo um concreto com boa resistência inicial.

• CP02:

O CP02, também com 7 dias de cura, teve uma ruptura cisalhada, comum em corpos de prova que apresentam algumas imperfeições internas ou variação na homogeneidade do concreto. Apesar disso, a tensão de 9, MPa demonstra que o concreto tem uma resistência razoável para a idade de 7 dias.

• CP04:

O CP04, com 14 dias de cura, apresentou uma ruptura cisalhada e uma tensão de 11,8 MPa, um valor maior do que os corpos de 7 dias. A resistência do concreto aumenta com o tempo de cura, como era esperado. Esse valor está dentro da faixa de resistência típica para concretos de 14 dias de cura.

• CP05:

O CP05 também apresentou uma ruptura cisalhada, com uma tensão de 11,5 MPa, muito próxima ao valor do CP04. Isso confirma que a resistência do concreto continuou a aumentar com o tempo de cura, atingindo um valor bem próximo do esperado para concretos de 14 dias.

7 ANÁLISE E DISCUSSÃO

Como esperado, os corpos de prova com 14 dias de cura apresentaram resistência superior aos de 7 dias. Isso confirma a evolução natural do concreto com o passar do tempo. A média da resistência para os CPs de 7 dias foi de aproximadamente 8,76 MPa, enquanto os de 14 dias superaram os 11 MPa, com um pico de 12,1 MPa no CP06. Os tipos de ruptura registrados reforçam a importância da correta moldagem e alinhamento durante o ensaio. A ruptura cônica do CP01 pode indicar uma aplicação mais precisa da carga e melhor homogeneidade, enquanto as rupturas cisalhadas dos demais sugerem pequenas imperfeições, comuns em ensaios manuais. 8 CONCLUSÃO Essa prática foi essencial para entender não só o comportamento do concreto sob compressão, mas também a importância do controle dos materiais, da moldagem e da cura. A preparação dos corpos de prova nos permitiu acompanhar o processo completo, o que agrega muito ao nosso aprendizado na engenharia civil. Além disso, o ensaio conforme a NBR 5739 demonstrou como a padronização garante resultados confiáveis e comparáveis, fundamentais tanto para controle de qualidade quanto para aplicações estruturais em obras reais. 9 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: Concreto — Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 2018. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: Concreto — Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro, 2015. NEVILLE, A. M. Propriedades do Concreto. 5. ed. São Paulo: Bookman,

HELENE, Paulo; TERZIAN, Paulo. Manual de Dosagem e Controle do Concreto. 2. ed. São Paulo: PINI, 1992. MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: Microestrutura, Propriedades e Materiais. 2. ed. São Paulo: IBRACON, 2008.