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A experiência de utilização do modelo calgary de avaliação e intervenção familiar na prática de enfermagem com recém-nascidos. Os resultados obtidos pelos alunos de enfermagia na aplicação deste modelo, incluindo a reflexão sobre os problemas apresentados pela família, mudanças na autoconhecimento e na estrutura familiar, melhor compreensão da rede familiar e da influência da cultura familiar nos cuidados prestados à criança no domicílio. O documento também discute as estratégias pedagógicas utilizadas para a implementação do modelo.
Tipologia: Notas de estudo
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ModeloModeloModeloModeloModelo CalgaryCalgaryCalgaryCalgaryCalgary dedededede avaliaçãoavaliaçãoavaliaçãoavaliaçãoavaliação dadadadada famíliafamíliafamíliafamíliafamília dedededede recém-nascidosrecém-nascidosrecém-nascidosrecém-nascidosrecém-nascidos Esc Anna Nery Rev Enferm 2008 mar; 12 (1): 160 - 5. Christoffel MM, Pacheco STA, Reis CSC.
PPPPPalaalaalaalaalavrvrvrvras-cvras-cas-cas-cas-chahahahahavvvvve:e:e:e:e: Consulta de Enfermagem. Educação em Saúde. Saúde da Criança. Família.
K e y w o r d s :K e y w o r d s :K e y w o r d s :K e y w o r d s :K e y w o r d s : Nursing Consultation. Health Education. Child Health. Family.
PPPPPalaalaalaalaalabrbrbrbrbras cas cas cas claas clalalalavvvvve:e:e:e:e: Consulta de Enfermería. Educación en Salud. Salud del Niño. Familia.
Calgary Evaluation’s Model of the Newborn’s Family: Pedagogical Strategies for Nursing Students
Modelo Calgary de Evaluación de la Familia del Recién Nacido: Estrategia Pedagógica para Alumnos de Enfermería
Marialda Moreira Christoffel 1 Sandra Teixeira de Araújo Pacheco 2 Carlos Sérgio Correa dos Reis^3
Trata-se de um relato de experiência, cujo objetivo é descrever a experiência da utilização do Modelo Calgary de Avaliação e Intervenção Familiar na consulta de enfermagem à criança. Os resultados evidenciaram que esse modelo pode ser utilizado a partir da segunda consulta, quando se inicia um vínculo entre docente-discentes e família, que são necessários mais de cinco encontros e que a duração da entrevista é de, no mínimo, 20 minutos. O modelo utilizado como estratégia de ensino-aprendizagem permitiu aos alunos uma maior reflexão sobre os problemas apresentados pela família numa relação de diálogo, mudanças de autoconhecimento e de estrutura familiar, melhor compreensão da rede familiar e como a cultura familiar influencia as práticas de cuidado prestado à criança no domicílio.
It is about an experience repor t, which aimed to describe the experience of using the Calgary Model of Evaluation and intervention of the Family in the nursing consultation to the child. The results showed that this model could be used from the second consultation, when begins a link among the teachers, students and family, and five more encounters are necessary and the duration of the interview must be at least 20 minutes. The used model as strategy of learn and teaching allowed to the students a better reflection about the problem presented by the family related to the dialog, self knowledge changes and in the family structure, better understanding of the family net and how a family culture influences the care practice gave to the child at home.
Es un relato de experiencia, cuyo objetivo es describir la experiencia del uso del Modelo Calgary de Evaluación e Intervención Familiar en la consulta de enfermería al niño. Los resultados evidenciaran que ese modelo puede ser usado a partir de la segunda consulta, cuando es iniciado un lazo entre docente-alumno y familia, que son necesarios más de cinco encuentros y que la duración de la entrevista es de, en el mínimo, 20 minutos. El modelo usado como estrategia de enseñanza-aprendizaje permitió a los alumnos una mayor reflexión sobre los problemas presentados por la familia en una relación de diálogo, cambios de auto conocimiento y de estructura familiar, mejor comprensión de la red familiar y como la cultura de la familia influencia las prácticas de cuidado prestadas a los niños en el domicilio.
EXPERIENCE REPORT - RELATO DE EXPERIENCIA
(^11111) Enfermeira Especialista em Pediatria. Professora Adjunta do Departamento Materno-Infantil da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ. Membro do Núcleo de Pesquisa em Saúde da Criança/EEAN-UFRJ. 22222 Professora Assistente do Departamento Materno-Infantil da Faculdade de Enfermagem da UERJ. Doutoranda da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ. Membro dos Núcleos de Pesquisa Saúde da Criança e do Adolescente/NUSCRIAD e Núcleo de Pesquisa em Saúde da Criança/EEAN-UFRJ. 33333 Professor Assistente do Departamento Materno-Infantil da Faculdade de Enfermagem da UERJ. Pesquisador do Núcleo de Saúde da Criança e Adolescente/NUSCRIAD.
Esc Anna Nery Rev Enferm 2008 mar; 12 (1): 160 - 5. ModeloModeloModeloModeloModelo CalgaryCalgaryCalgaryCalgaryCalgary dedededede avaliaçãoavaliaçãoavaliaçãoavaliaçãoavaliação dadadadada famíliafamíliafamíliafamíliafamília dedededede recém-nascidosrecém-nascidosrecém-nascidosrecém-nascidosrecém-nascidos Christoffel MM, Pacheco STA, Reis CSC.
INTRODUÇÃO
O Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/ FENF-UERJ possui diversos projetos de extensão, entre eles o projeto intitulado “Consulta de Enfermagem Neonatal - uma alternativa para a assistência”. Esse projeto é realizado por docentes da Subárea Assistencial Saúde da Criança V do Depar tamento de Enfermagem Materno-Infantil (DEMI) em parceria com profissionais de saúde de um Centro Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e tem como objetivo primordial o desenvolvimento de uma nova modalidade de ensino-aprendizagem diferenciada da tradicionalmente observada no DEMI/FEUERJ, antes de
O Modelo Calgary de Avaliação da Família 2-4^ é uma estrutura multidimensional que consiste em três categorias principais: estrutural, de desenvolvimento e funcional; cada categoria contém várias subcategorias que podem ser ou não avaliadas na primeira consulta, ou mesmo nunca ser avaliadas. O foco da avaliação familiar concentra-se mais na interação entre todos os membros da família. Na avaliação estrutural, três subcategorias podem ser avaliadas: estrutura interna, externa e o contexto. Nessa categoria, a enfermeira que atende à criança examina quem faz parte da família, qual o vínculo afetivo entre seus membros e qual o seu contexto 1-^. A estrutura interna abrange seis subcategorias: composição familiar, gênero, orientação sexual, ordem de nascimento, subsistemas e limites, cujo roteiro de entrevista abarca: Composição familiar: Quem faz parte desta família? Quem a família considera como família? Há alguém que não tem parentesco biológico?; Gênero: Quais as idéias de seus pais sobre masculinidade e feminilidade? Como é a relação de cuidado com o filho? Como o companheiro se comporta diante do nascimento / amamentação / doença do seu filho?; Orientação sexual - atividade sexual; Ordem de nascimento: Quantos filhos? Qual o mais velho, quantos anos tem? Qual o próximo depois dele? Ocorreu algum aborto? A subcategoria de subsistemas abrange ainda as seguintes questões: identificar díades marido-mulher, mãe-filho, avó-neto; Qual o efeito que elas causam sobre o nível de estresse familiar?; Limites-regras na família para definir quem e como participa: Conversa com alguém quando se sente estressado?; Quem você procuraria quando se sentisse feliz ou triste?. A estrutura externa possui duas subcategorias: família extensa e sistemas mais amplos na família, que incluem a família de origem, de procriação, atual geração e membros da família adotiva. Família extensa: onde moram seus pais? Com que freqüência você tem contato com os pais? Como são seus irmãos? Qual de seus parentes é o mais próximo de você? A quem você ajuda quando pode? Você está disponível se eles precisarem de você? Sistemas mais amplos: esta subcategoria refere-se a instituições sociais mais amplas e pessoas com as quais as famílias têm contato significativo: quem são os profissionais de saúde envolvidos? Qual o relacionamento com a família e o sistema mais amplo? Com que regularidade interage? Estão envolvidos? Pouco envolvidos? A enfermeira é solicitada a assumir a responsabilidade por outra do sistema?
de enfermagem, encontramos alguns estudos 4-10^ realizados na enfermagem que utilizam o MCAF e MCIF. Diante do exposto, foi estabelecido como objetivo: descrever a experiência da utilização do Modelo Calgary de Avaliação (MCAF) e Intervenção (MCIF) Familiar na consulta de enfermagem à criança.
Esc Anna Nery Rev Enferm 2008 mar; 12 (1): 160 - 5. ModeloModeloModeloModeloModelo CalgaryCalgaryCalgaryCalgaryCalgary dedededede avaliaçãoavaliaçãoavaliaçãoavaliaçãoavaliação dadadadada famíliafamíliafamíliafamíliafamília dedededede recém-nascidosrecém-nascidosrecém-nascidosrecém-nascidosrecém-nascidos Christoffel MM, Pacheco STA, Reis CSC.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
No primeiro dia, foi apresentado o Projeto de Extensão, seus objetivos e diretrizes, e foi fornecido aos alunos um cronograma das atividades a serem desenvolvidas, sugestões de referências bibliográficas e um roteiro para a implementação do processo de enfermagem que consta das seguintes etapas: histórico de enfermagem 7 que contém informações sobre a situação de saúde dos membros da família e o suporte emocional que pode ser oferecido à criança; diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação e avaliação dos resultados. Também foi entregue previamente um estudo de caso elaborado pela docente responsável pela disciplina, que consta de um roteiro de entrevista e um desenho do genograma e do ecomapa do caso em questão para facilitar a compreensão do aluno de graduação e de outros docentes da área. Ao final do estágio com cada grupo, os alunos realizavam uma avaliação parcial sobre a implementação do processo de enfermagem utilizando o genograma e o ecomapa para a compreensão das interações familiares e os cuidados prestados à criança no contexto familiar. Esses alunos avaliavam a disciplina, as facilidades e dificuldades de cada um dos instrumentos utilizados para a avaliação e intervenção familiar e as estratégias utilizadas para a resolução dos problemas de cada família e de seu filho recém-nascido.
FACILIDADES E DIFICULDADES ENCONTRADAS NA UTILIZAÇÃO DO MCAF/MCIF
Durante as avaliações, os alunos referiram ter dificuldade no primeiro dia do atendimento com a criança/família para a realização da entrevista e a obtenção de dados para a construção do genograma e ecomapa. Consideraram este fato inicialmente pela falta de vínculo com a família/criança, embora se apresentasse e perguntasse o nome da criança, da mãe e do outro familiar (avós, pai) que os acompanhavam, esclarecendo sobre os instrumentos e o roteiro da entrevista, e, em seguida, pela falta de habilidade em lidar com os instrumentos de forma mais aprofundada, até porque era a primeira vez que eles estavam utilizando o referido instrumento. Uma outra dificuldade foi em relação ao tempo da entrevista na primeira consulta, que não pode ser maior que 30 minutos, porque depois disso a família logo se mostrava impaciente e demonstrando querer falar mais do que ser questionada. O histórico de enfermagem deve ser feito cuidadosa e sistematicamente, ao longo de vários atendimentos. E não é adequado fazer entrevistas longas e preencher questionários intermináveis no primeiro contato que se tem com a criança e a família 7. A construção do genograma pode ser iniciada logo no primeiro contato em um processo de conversa, muito mais do que entrevista, e as informações podem ser coletadas de acordo com o significado que elas têm para cada um dos familiares 8. Nas consultas subseqüentes, ficou mais fácil construir o genograma e o ecomapa, pois já existiam uma empatia e a formação do vínculo entre criança/família e discentes/
docente. O tempo da consulta pode ser maior que 30 minutos, já que os membros da família par ticipam da construção do genograma e ecomapa. Outro grupo sentiu maior dificuldade em elaborar o desenho do genograma e ecomapa, mesmo com a ajuda da família atendida por eles, alegando ser o segundo grupo a utilizar o instrumento e que tiveram pouco tempo de se apropriar dele e do estudo de caso clínico. Porém, os grupos subseqüentes já traziam o genograma e o ecomapa com a escrita e o desenho mais elaborado, pois conseguiam envolver cada um dos membros da família. O processo de representação do genograma da criança pela família pode resultar em desdobramentos, tais como: promoção saúde familiar, ensino, conscientização dos membros familiares e o empoderamento desta, permitindo aos indivíduos falar sobre sua própria história de vida 9. A partir da segunda consulta fica mais fácil a aplicação do instrumento para a construção do genograma e ecomapa no momento de avaliação familiar. Podemos observar que, em outros estudos4-10^ que utilizaram o genograma e o ecomapa, foi considerada fácil sua aplicação, pois eles propiciam uma visibilidade ampla das relações familiares. Na maioria das consultas, as intercorrências mais comuns encontradas no recém-nascido foram: dermatites, higiene precária, dificuldades na amamentação, o uso de chás e a automedicação para a cólica do recém-nascido, questões de gênero identificadas no cuidado à criança, práticas culturais familiar incutidas no cuidado tais como: simpatias, moedas no coto umbilical e faixas no umbigo. O próprio modelo indica as principais estratégias de intervenção que ocorrem durante as entrevistas. Ouvir a família permite que ela verbalize seus problemas e a orientação nas dúvidas que possam surgir durante a avaliação. Além disso, ajuda a família a descobrir soluções 10. Um dos subgrupos identificou um recém-nascido de baixo- peso, e essa família foi agendada para vários encontros semanais por ser uma situação considerada de risco, e para o acompanhamento do ganho ponderal. Nas consultas posteriores, foi identificada insuficiência do ganho ponderal da criança, mesmo tendo recebido orientações dos profissionais de saúde (pediatra, nutricionista, enfermagem) e discutidas as orientações com a mãe, pai e avó. Foi realizada uma visita domiciliar pelos alunos, previamente agendada com os familiares, para compreender o ambiente da criança e que fatores estavam dificultando o ganho ponderal. Com o desenho do ecomapa, visualizamos a rede de suporte social que muito contribuiu para o ganho ponderal da criança. As famílias apresentaram grande receptividade em falar e expor muitas vezes suas emoções, seus medos e as suas dificuldades em lidar com a criança, modificando toda uma rotina familiar. O MCAF tem sido um material valioso para o conhecimento e para a intervenção da criança e sua família. Os alunos em seus depoimentos valorizaram a utilização do instrumento, pois isso fez com que percebessem que, muitas vezes, as mães das crianças necessitavam de apoio especial, já que elas até sabiam sobre os cuidados adequados ao seu
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filho, porém não possuíam recursos ou apoio que tanto desejavam. Compreenderam também que a assistência à criança não deve ficar apenas na realização das orientações de uma forma verticalizada e fora do contexto familiar, já que se trata de uma questão de respeitar os direitos, crenças familiares, cidadania e, assim, garantir um cuidado integral. Para Burd e Baptista3:94, o desenho da árvore permite dizer: [...]a distribuição de informações sobre os membros da família e seus relacionamentos entre si é uma excelente fonte de hipóteses que possibilita o entendimento do contexto. [...]como mapa, fornece um resumo clínico rápido e eficiente sobre a organização e o funcionamento familiar e uma visão dos problemas em potencial. Na intervenção familiar, o aluno teve a oportunidade de discutir e conhecer a cultura familiar na prática de cuidado com o seu filho, compreender como a família utiliza os recursos para enfrentar o processo saúde-doença e a busca de informação e apoio. As demandas de cuidado manifestadas pela família foram critérios para o desenvolvimento de ações de saúde efetivas sobre a criança. Além disso, os alunos referiram que, na relação dialógica, a troca de opiniões e experiências no cuidado prestado à criança entre discente-docentes e família contribuiu para a elaboração de novos conhecimentos para a enfermagem. Como docentes, entendemos que o Modelo de Avaliação é mais fácil se ser realizado pelo aluno. Quanto ao Modelo de Intervenção, este foi considerado complexo, pois necessita de uma seqüência maior, com a participação de toda a equipe multiprofissional no atendimento da criança e sua família em seu domicílio para troca de saberes: profissionais e familiares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso do genograma e do ecomapa pode servir como mais um instrumento no processo de aprendizado para o aluno de graduação e pós-graduação em enfermagem, ampliando sua visão no contexto da integralidade, do cuidado centrado na criança e família, em diferentes espaços institucionais de saúde, e que não necessariamente na atenção primária. Em todos os
níveis de assistência à saúde da criança, devem-se utilizar instrumentos que possibilitem a compreensão da família, suas relações intra e extrafamiliares para o desenvolvimento de uma assistência de enfermagem de qualidade. A avaliação da família, tanto com relação a sua estrutura quanto a sua função, é um dos elementos impor tantes da consulta de enfermagem e de todos os seus componentes do método científico para identificar situações de saúde/ doença, prescrever e implementar ações de enfermagem que contribuam para o apoio, promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da criança. Um dos momentos mais apropriados para a aplicação do MCAF deve ser o da entrevista entre o profissional e a família da criança. A entrevista consiste em uma forma específica de comunicação direcionada para conhecer a criança em seu contexto familiar e do modo como a família lida com os problemas de saúde e doença. O processo da entrevista para a utilização do MCAF deve ser iniciado com o entrevistador possuindo uma caneta e papel em branco, de modo que mãe e familiares da criança vejam o que está sendo escrito e desenhado e que possam participar da construção desse processo. O ambiente físico deve oferecer privacidade e sigilo para os familiares e contar com brinquedos para a criança, a fim de que os familiares possam se concentrar na construção do MCAF. Os símbolos e seus respectivos significados utilizados no genograma e ecomapa auxiliam os discentes e docentes a visualizar a real necessidade da família e a importância de conhecer a formação de uma rede de suporte social, além da troca de experiências interdisciplinares, a fim de contribuir para a resolubilidade dos problemas da criança. Embora as principais estratégias de intervenção ocorram já na entrevista, esta torna-se importante para a relação terapêutica entre os discentes/docentes e a família e a criança, de forma a propiciar a expressão de sentimentos, idéias, crenças e troca de informações. Acreditamos que este trabalho pode contribuir para discussões e reflexões no processo de ensino-aprendizagem entre universidade-serviço de saúde e comunidade e na formação da competência do enfermeiro que atua na área da criança.
1 Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Agenda de compromissos para a saúde integral da criança e redução da mortalidade infantil. Brasília (DF); 2004. 2 Wright LM, Leahey M. Enfermeiras e famílias: um guia para avaliação e intervenção na família. São Paulo(SP): Roca; 2002 3 Burd M, Baptista C. Anamnese da família: genograma e linha do tempo. In: Mello Filho J, Burd M. Doença e família. São Paulo(SP): Casa do Psicólogo; 2004. p. 92-
4 Chazan LF Trabalhando com as famílias na atenção primária. In: Mello Filho J,Burd M. Doença e família. São Paulo(SP): Casa do Psicólogo; 2004 p.111- 5 Braga VAB. Dor neuropática central após lesão medular traumática: capacidade funcional e aspectos sociais. Esc Anna Nery Rev Enferm 2005 dez; 9(3):404- 6 Serafin PO, Christoffel MM.Genograma e ecomapa: elementos facilitadores da consulta de enfermagem pediátrica. [monografia] Rio de Janeiro (RJ): Faculdade de Enfermagem; 2004.