Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Referenciais para formação de Professores, Notas de estudo de Cultura

Referenciais para formação de Professores ministerio da Educação Secretaria de Educação Basica

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 27/07/2010

ivanilson-santos-7
ivanilson-santos-7 🇧🇷

10 documentos

1 / 172

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39
pf3a
pf3b
pf3c
pf3d
pf3e
pf3f
pf40
pf41
pf42
pf43
pf44
pf45
pf46
pf47
pf48
pf49
pf4a
pf4b
pf4c
pf4d
pf4e
pf4f
pf50
pf51
pf52
pf53
pf54
pf55
pf56
pf57
pf58
pf59
pf5a
pf5b
pf5c
pf5d
pf5e
pf5f
pf60
pf61
pf62
pf63
pf64

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Referenciais para formação de Professores e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity!

REFERÊNCIAS

PARA

FORMAÇÃO DE

PROFESSORES

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL

REFERÊNCIAS PARA

FORMAÇÃO DE

PROFESSORES

Brasília

Delelo Rodrigues Iolanda Huzak

SUMÁRIO

  • Apresentação
    • Breves esclarecimentos
    • Introdução
  • um periodo de transição
  • Pressupostos dos Referenciais para a Formação de Professores
    • PARTE I - O papel profissional dos professores: tendências atuais
    1. A educação escolar e a formação de professores no contexto atual.................................................................
      • 1.1. Os últimos anos
      • 1.2. O perfil profissional de professor
    1. Situação da formação de professores no Brasil hoje
      • 2.1. Nivel médio ...............................................................................................................................................
      • 2.2. Nível superior
      • 2.4. Medidas determinadas pela legislação 2.3. Niveis de formação dos professores brasileiros 3ó
    1. Tendências da formação profissional de professores
    • PARTE II - Repensando a atuação profissional e a formação de professores
      1. As dimensões da atuação profissional do professor
      1. A natureza da atuação de professor
      • 2.1. Complexidade e singularidade
      • 2.2. Ação e reflexão
      • 2.3. A formação de professores e a construção da competência profissional................................................
      1. Formação e desenvolvimento profissional permanente
      • 3.1. Formação inicial
      • 3.2. Formação para titulação de professores em exercicio
      • 3.3. Formação continuada
      • 3.4. O professor iniciante
      1. Formação a distância
      1. Formação dos formadores de professores..........................................................................................................
    • PARTE III - uma proposta de formação profissional de professores
      1. Funções do professor
      1. Objetivos gerais da formação profissional de professores.................................................................................
      1. O conhecimento profissional de professor
      • 3.1. Conhecimentos sobre crianças, adolescentes, jovens e adultos.............................................................
      • 3.2. Conhecimentos sobre a dimensão cultural, social e politica da educação
      • 3.3. Cultura geral e profissional
      • 3.4. Conhecimento pedagógico
      • 3.5. Conhecimento experiencial contextualizado em situações educacionais
      1. Metodologia da formação de professores
      • 4.1. Construção pessoal e coletiva de conhecimentos pedagógicos............................................................
      • 4.2. A atuação profissional como objeto de reflexão
      • 4.3. Resolução de problema
      1. Organização curricular dos cursos de formação inicial
      1. Organização institucional
      1. Avaliação
    • PARTE IV - Indicações para a organização curricular e de ações de formação de professores
      1. Formação inicial
      1. Formação continuada
      1. Formação profissional a distância....................................................................................................................
      1. Formulação de políticas de formação nas Secretarias de Educação ...............................................................
    • PARTE V - Desenvolvimento profissional permanente e progressão na carreira ............................................
      1. Articulação entre as ações de formação ...........................................................................................................
      1. Avaliação da atuação profissional.....................................................................................................................
      • 2.1. Avaliação interna às escolas..................................................................................................................
      • 2.2. Avaliação externa às escolas.................................................................................................................
      1. Avaliação dos sistemas de ensino e das práticas de formação.......................................................................
      1. Progressão na carreira
      • 4.1. A estrutura da carreira de magistério.....................................................................................................
      • 4.2. O desenvolvimento profissional como princípio de progressão na carreira
      • 4.3. Utilização dos resultados da avaliação da atuação profissional para a progressão na carreira
    • ANEXO
    • Referências bibliográficas...................................................................................................................................

Mauro. 10 anos Rui Faquini

com esse documento o MEC vem contribuir para a sistematização do debate

nacional sobre a formação de professores e, ao mesmo tempo, reafirmar a importância

estratégica da implementação de políticas públicas para o desenvolvimento profissional

de professores.

Secretaria de Educação Fundamental

BREVES ESCLARECIMENTOS um problema verificado na redação dos Referenciais de Formação de Professores foi encontrar a adequada terminologia para tratar de certos temas recorrentes em todo o documento. O fato de o texto tratar da formação inicial e continuada de profissionais de educação que trabalham diretamente com crianças, jovens e adultos, na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, criou, já de princípio, dificuldades em relação à forma de nomeá-los todos. como seria mais adequado chamar os profissionais da educação: de profissionais da educação que trabalham diretamente com crianças. Jovens e adultos, de educadores ou de professores? Por outro lado, se é possível referir-se aos alunos da formação inicial como futuros professores, o texto refere-se também à formação continuada, cujos "alunos" já são professores e ficaria muito repetitivo dizer sempre professo/rs e futuros professo/es. As crianças, jovens e adultos seriam mais adequadamente denominados se chamados de crianças, jovens e adultos, de educandos, de aprendizes ou de alunos? Seria mais apropriado denominar a instituição em que a educação infantil c o ensino fundamental têm lugar de instituição educativa, de escolar creche ou de escola? Nesses casos, nenhuma palavra, por mais bem escolhida que seja, dá conta de todas as dimensões a serem consideradas na escolha, uma vez que a educação infantil e o ensino fundamental, no Brasil, apresentam uma grande diversidade de características e aspectos que dificultam uma terminologia comum. Quando se resolve a questão na perspectiva da educação infantil, a solução, muitas vezes, não se aplica à educação de adultos, por exemplo. E quando se resolve a questão na perspectiva do ensino fundamental - que inclui crianças, jovens e adultos -, nem sempre a solução se aplica à educação dos zero a seis anos... Entretanto, a necessidade de utilizar uma terminologia que permitisse fácil comunicação sobre questões pluridimensionais, assim como a importância de encontrar palavras que dissessem com clareza o que se pretendia de fato dizer sobre uma realidade marcada por muitas peculiaridades, exigiu uma tomada de posição. As opções foram feitas segundo o critério de maior adequação, considerando o conjunto de variáveis intervenientes: nenhum termo é, portanto, "totalmente" adequado. Assim, neste documento:

  • Professor se refere ao profissional da educação que trabalha diretamente com crianças,

A Parte V aborda a relação entre desenvolvimento profissional e progressão na

carreira.

E o Anexo traz uma breve análise sobre a situação atual dos cursos de formação de

professores em nível médio.

Iolanda Huzak Iolanda Huzak

Este documento reflete as temáticas que estão permeando o debate nacional e internacional num momento de construção de um novo perfil profissional de professor. E, portanto, uma referência em relação à qual os atores podem se posicionar, promover discussões e reformulações, e criar novas experiências nas suas diferentes realidades, de acordo com suas possibilidades e especificidades. um período de transição E consensual a afirmação de que a formação de que dispõem os professores hoje no Brasil não contribui suficientemente para que seus alunos se desenvolvam como pessoas, tenham sucesso nas aprendizagens escolares e, principalmente, participem como cidadãos de pleno direito num mundo cada vez mais exigente sob todos os aspectos. Profissionais da educação e de muitos outros setores da sociedade vêm colocando em discussão a concepção de educação, a função da escola, a relação entre conhecimento escolar e a vida social e cultural - e, portanto, o trabalho profissional de professor. Ao mesmo tempo em que se propõe uma nova educação escolar, um novo papel de professor está sendo gestado a partir de novas práticas pedagógicas, da atuação da categoria e da demanda social. Diferentes instituições têm se dedicado a essa questão e produzido experiências e conhecimentos sobre o assunto (faculdades de educação, institutos de formação de professores, escolas de magistério em nível médio. Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, associações de educadores, entidades sindicais e ONGs). Todos esses movimentos vem configurando uma nova forma de compreender e atuar na educação que tem como questão estratégica a profissionalização de professores. Entretanto, apesar do empenho de muitos e do avanço das experiências já realizadas, há uma enorme distância - e não apenas no Brasil - entre o conhecimento e a atuação da maioria dos professores em exercício e as novas concepções de trabalho do professor que esses movimentos vêm produzindo. Trata-se, portanto, não apenas de realizar melhor a formação, mas de realizá-la de uma maneira diferente. Tais mudanças exigem, dentre outras questões, que os professores reconstruam suas práticas e, para isso, é preciso "construir pontes" entre a realidade de seu trabalho e o que se tem como meta. A realidade brasileira, complexa e heterogênea, não permite que a formação de professores seja compreendida como um processo linear, simples e único. Por um lado, dada a grande diversidade cultural característica de nosso país, as peculiaridades regionais e as especificidades das populações e grupos atendidos pela escola é necessário que se construam diferentes caminhos para elevar a qualidade da educação. Por outro lado, as

demandas de formação apresentam diferenças regionais substanciais: há lugares em que um número considerável de profissionais continua sendo habilitado sem que haja vagas correspondentes no mercado de trabalho; em outros lugares, ao contrário, pela ausência de profissionais habilitados, muitas pessoas precisam assumir a função sem ter formação específica. Entretanto, a atenção à desigualdade regional não pode servir à manutenção do status quo. E preciso não confundir diferença cultural (a ser valorizada) com desigualdade socioeconómica e de acesso aos patamares necessários a uma boa formação (a ser superada): seguindo o princípio da eqüidade, fazer justiça é buscar, no atendimento à diferença, a igualdade de direitos. Assim, esse período de transição apresenta alguns desafios urgentes: formação e titulação em serviço de professores leigos; reformulação da formação cm nível médio nos lugares em que, durante algum tempo, não for possível satisfazer a necessidade de nível superior colocada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; e universalização gradual da formação em nível superior para todos os professores da Educação Infantil e das séries iniciais do Ensino Fundamental. A formação inicial em nível superior é fundamental, uma vez que possibilita que a profissionalização se inicie após uma formação em nível médio, considerada básica e direito de todos. Entretanto, não se pode desconsiderar que uma formação em nível superior não é, por si só, garantia de qualidade. E consenso que nenhuma formação inicial, mesmo cm nível superior, é suficiente para o desenvolvimento profissional, o que torna indispensável a criação de sistemas de formação continuada e permanente para todos os professores. como já foi dito, elevar o patamar de qualidade da atuação profissional dos professores exige ações em diferentes frentes, entre as quais a da formação. A função de professor é hoje uma profissão muito desvalorizada, não só pelos baixos níveis salariais, mas também pelo tratamento que o professor recebe, seja do poder público, seja da sociedade de forma geral, ainda muito presa à concepção de que o professor é um mero técnico e que ensinar é algo simples, que depende apenas de boa vontade e treinamento. E preciso desencadear ações que viabilizem condições adequadas de trabalho, carreira e salário, desenvolvimento pessoal e profissional. Nesse sentido, o Plano Nacional de Educação (PNE), elaborado pelo MEC, discutido com a comunidade e d u c a t i v a e enviado ao Congresso Nacional, traz metas (referentes a equipamentos, carreira e salário, programas de titulação e formação continuada, gestão das escolas, financiamento do sistema) a serem cumpridas por meio da articulação entre as diferentes instâncias do poder público nos próximos dez anos.

a produção de conhecimento pedagógico e a participação na comunidade educacional. Portanto, todas essas atividades devem fazer parte da sua formação.

  1. O trabalho do professor visa o desenvolvimento dos alunos como pessoas, nas suas múltiplas capacidades, e não apenas a transmissão de conhecimentos. Isso implica uma atuação profissional não meramente técnica, mas também intelectual e política.
  2. O necessário compromisso com o sucesso das aprendizagens de todos os alunos na creche e nas escolas de educação infantil e do ensino fundamental exige que o professor considere suas diferenças culturais, sociais e pessoais e que, sob hipótese alguma, as reafirme como causa de desigualdade ou exclusão.
  3. O desenvolvimento de competências profissionais, exige metodologias pautadas na articulação teoria - prática, na resolução de situações-problema e na reflexão sobre a atuação profissional.
  4. A organização e o funcionamento das instituições de formação de professores são elementos essenciais para o desenvolvimento da cultura profissional que se pretende afirmar. A perspectiva interinstitucional de parceria e cooperação entre diferentes instituições - também contribui decisivamente nesse sentido.
  5. O estabelecimento de relações cada vez mais estreitas entre as instituições de formação profissional c as redes de escola dos sistemas de ensino é condição para um processo de formação de professores referenciado na prática real.
  6. Os projetos de desenvolvimento profissional só terão eficácia se estiverem vinculados a condições de trabalho, avaliação, carreira e salário. Esses pressupostos suscitam novos olhares para a natureza da atuação profissional de professor e, conseqüentemente, para os requisitos da formação. (^1) O processo de desenvolvimento profissional permanente inclui formação inicial e continuada, concebidas de forma articulada. A formação inicial corresponde ao período de aprendizado dos futuros professores nas escolas de habilitação, devendo estar articulada com as práticas de formação continuada. A formação continuada refere-se à formação de professores já em exercício, em programas promovidos dentro e fora das escolas, considerando diferentes possibilidades (presenciais ou a distância).

PARTE I O PAPEL PROFISSIONAL DOS PROFESSORES: TENDÊNCIAS ATUAIS