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Guias e Dicas
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Efeitos Colaterais de Fármacos Anabólicos em Mulheres: Análise da Produção Científica, Notas de aula de Literatura

Um estudo que analisa a produção científica sobre os efeitos colaterais de alguns fármacos anabólicos em mulheres, descrevendo seus efeitos nas dimensões física, psicológica, social e emocional. O estudo utiliza palavras-chave como 'farmacológico', 'anabólicos' e 'efeitos colaterais' para pesquisar em quatro bases de dados. Os resultados mostram um aumento do uso de fármacos anabólicos e seus efeitos metabólicos, físicos e psicológicos, especialmente em mulheres.

O que você vai aprender

  • Quais são as principais causas do uso abusivo de esteróides anabolizantes por mulheres?
  • Quais são os efeitos colaterais dos fármacos anabólicos em mulheres?
  • Quais são as dimensões afetadas pelos efeitos colaterais dos fármacos anabólicos em mulheres?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Tucano15
Tucano15 🇧🇷

4.6

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RECURSOS ERGOGÊNICOS FARMACOLÓGICOS ANABÓLICOS PARA
MULHERES: UMA REVISÃO DE LITERATURA
MARTENDAL , Diego da Silva1
PILGER, Lorhan1
WOLF, Vaneza Lira Waldow 2
RIBEIRO, Roberto Régis3
RESUMO
Introdução: Nas últimas décadas percebe-se uma busca excessiva de um corpo desenhado, e
para isso, utilizam vários recursos, como o uso de ergogênicos farmacológicos anabólicos.
Tendo em mente, somente o resultado imediato e não levando em consideração as
consequências para a saúde que podem ocorrer no futuro. Objetivo: analisar a produção
científica sobre os efeitos colaterais de alguns fármacos anabólicos em mulheres, e descrever
seus efeitos colaterais nas diversas dimensões como a física, psicológica, social e emocional.
E ainda apresentar os principais fármacos anabólicos. Métodos: Foi realizado uma busca em
4 bases de dados utilizando as seguintes palavras chaves: farmacológico", "anabólicos”
efeitos colaterais”. Resultados: Neste estudo foi possível identificar os seguintes dados:
aumento do uso dos fármacos anabólicos e efeitos metabólicos, físicos, psicológicos da
utilização de fármacos anabólicos, em especial em mulheres. Conclusão: as mulheres que
fazem uso do EAA devem ter uma dieta saudável, treinar adequado e um bom sono anabólico,
como também, torna-se necessário que haja mais orientações junto com ações preventivas e
educativas junto à população exposta aos EAA.
Palavras-chave: Ergogênicos Farmacológicos Anabólicos. Efeitos Colaterais. Mulheres.
1 Pós-graduando do curso de Especialização Lato Sensu em Administração de Empresas, do Programa de Pós-
Graduação da Faculdade Assis Gurgacz.
2 Professora coorientadora do Programa de Pós-Graduação da Faculdade Assis Gurgacz.
3Professor orientador do Programa de Pós-Graduação da Faculdade Assis Gurgacz.
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RECURSOS ERGOGÊNICOS FARMACOLÓGICOS ANABÓLICOS PARA

MULHERES: UMA REVISÃO DE LITERATURA

MARTENDAL , Diego da Silva^1 PILGER, Lorhan^1 WOLF, Vaneza Lira Waldow 2 RIBEIRO, Roberto Régis^3 RESUMO Introdução: Nas últimas décadas percebe-se uma busca excessiva de um corpo desenhado, e para isso, utilizam vários recursos, como o uso de ergogênicos farmacológicos anabólicos. Tendo em mente, somente o resultado imediato e não levando em consideração as consequências para a saúde que podem ocorrer no futuro. Objetivo: analisar a produção científica sobre os efeitos colaterais de alguns fármacos anabólicos em mulheres, e descrever seus efeitos colaterais nas diversas dimensões como a física, psicológica, social e emocional. E ainda apresentar os principais fármacos anabólicos. Métodos: Foi realizado uma busca em 4 bases de dados utilizando as seguintes palavras chaves: farmacológico", "anabólicos” efeitos colaterais”. Resultados: Neste estudo foi possível identificar os seguintes dados: aumento do uso dos fármacos anabólicos e efeitos metabólicos, físicos, psicológicos da utilização de fármacos anabólicos, em especial em mulheres. Conclusão: as mulheres que fazem uso do EAA devem ter uma dieta saudável, treinar adequado e um bom sono anabólico, como também, torna-se necessário que haja mais orientações junto com ações preventivas e educativas junto à população exposta aos EAA. Palavras-chave: Ergogênicos Farmacológicos Anabólicos. Efeitos Colaterais. Mulheres. (^1) Pós-graduando do curso de Especialização Lato Sensu em Administração de Empresas, do Programa de Pós- Graduação da Faculdade Assis Gurgacz. (^2) Professora coorientadora do Programa de Pós-Graduação da Faculdade Assis Gurgacz. (^3) Professor orientador do Programa de Pós-Graduação da Faculdade Assis Gurgacz.

1. INTRODUÇÃO

Os fármacos anabólicos são os esteróides responsáveis pela harmonia das funções primordiais do organismo, como também, pode-se chamá-los de “anabólicos, que são hormônios esteróides da classe dos hormônios sexuais masculinos e femininos, os andrógenos” As propriedades anabólicas desde hormônios aceleram o crescimento, elevando a taxa de massa muscular (BARCELOUX, 2013). A prática do uso destes hormônios está cada vez mais fazendo parte do cotidiano de indivíduos que buscam um corpo mais harmônico e mais estruturado, sem haver a preocupação com a saúde, pois além de causar sérios efeitos lesivos podem provocar deformidades físicas. Os efeitos colaterais variam desde a acne podendo até causar a morte (ABRAHIN, 2013). Nesse contexto, este trabalho tem por objetivo analisar a produção científica sobre os efeitos colaterais de alguns fármacos anabólicos em mulheres, e descrever seus efeitos colaterais nas diversas dimensões como a física, psicológica, social e emocional. E ainda apresentar os principais fármacos anabólicos que são: Oxandrolona, Estanozolol, Primobolan, Masteron.

2. MÉTODOS Trata-se uma revisão bibliográfica realizada entre junho a agosto de 2018, tendo como objetivo analisar a produção científica publicada sobre o tema proposto. A questão norteadora desta revisão foi Quais os efeitos colaterais do uso de farmacológicos anabólicos em mulheres nas diversas dimensões como a física, psicológica, social e emocional?” Os critérios de inclusão adotados foram: trabalhos encontrados na íntegra publicados nos últimos quinze anos (2003-2018), em inglês, espanhol e português, em revistas da área da educação física, saúde que abordem sobre o uso de farmacológicos anabólicos e seus efeitos colaterais nas diversas dimensões como a física, psicológica, social e emocional. A seleção dos artigos foi realizada por meio das bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) Google Scholar e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Neste sentido, foram utilizados os seguintes descritores para a busca: "farmacológico" AND "anabólicos” AND efeitos colaterais”.

EAA estava relacionada a tratamentos médicos de determinados tipos de doenças (DA SILVA et al., 2002). Os hormônios esteróides são produzidos pelo córtex da supra-renal e pelas gônadas (ovários e testículos). Os esteróides anabolizantes ou esteróides anabólico-androgênicos (EAA) referem-se aos hormônios esteróides da classe dos hormônios sexuais masculinos, promotores e mantenedores das características sexuais á masculinidade (incluindo o trato genital, as características sexuais secundárias e a fertilidade), os mesmo incluem a testosterona e seus derivados (DA SILVA et al., 2002). Os EAA exibem um centro básico proveniente da composição química do colesterol, consequentemente são hormônios da classe lipídica. A biossíntese dos hormônios esteróides é limitada a alguns poucos tecidos, como o córtex das glândulas adrenais e gônadas, os quais promulgam diferentes formas do implexo enzimático, responsável pelo processamento da molécula de colesterol. Já os andrógenos são hormônios sexuais masculinos e bancam uma das classes de hormônios esteróides, são dados, principalmente, pelos testículos e, em menores proporções, pelas adrenais (BIANCO; RABELO, 1999). Assim, os efeitos "anabólicos", no que se refere aos esteróides, são aqueles que envolvem a síntese da proteína para a reparação e crescimento do músculo, já que, em esportes de explosão, existem microrupturas destes. O hormônio masculino, testosterona, tem duas funções primordiais. A primeira, chamada de função androgênica, estimula o desenvolvimento e manutenção das características sexuais secundárias masculinas (como o pêlo facial, timbre de voz, distribuição e quantidade de gordura no corpo, e outras características associadas aos traços masculinos). As funções anabólicas da testosterona incluem o desenvolvimento e manutenção da musculatura, este é o objetivo principal visado por fisiculturistas. Então, esteróides anabólicos são compostos químicos de derivação sintética que imitam os efeitos anabólicos da testosterona enquanto, ao mesmo tempo, minimiza os efeitos androgênios. Um dos mais importantes atributos dos esteróides anabólicos é sua capacidade de estimular a síntese da proteína. Isto é conseguido em parte por que o corpo tende a "armazenar" nitrogênio, quando são usados esteróides anabólicos, promovendo um maior crescimento muscular (CUNHA et al., 2004). Além de uso médico, possuem propriedade de aumentar volume dos músculos e por esse motivo são muito procurados por atletas ou pessoas que querem melhorar a performance e a aparência física. Os esteróides anabolizantes podem ser tomados na forma de comprimidos ou injeções e seu uso ilícito pode levar o usuário a utilizar centenas de doses a mais do que

aquela recomendada pelo médico. Frequentemente combinam diferentes esteróides entre si para aumentar a sua efetividade. Outra forma de uso dessas drogas é tomá-las durante 6 a 12 semanas, ou mais e depois parar por várias semanas e recomeçar novamente (MACHADO et al., 2004). Ainda, segundo os mesmos autores, os hormônios esteróides incluem os hormônios adrenocorticais, os metabólicos ativos da vitamina D e aqueles produzidos pelas gônadas masculinas (testosterona) e femininas (estrogênio e progesterona). A testosterona nos homens, é produzida em maior parte (95%) pelas células de Leydig nos testículos e, em menor parte (5%) pelo córtex da suprarrenal (SILVA; DANIELSKI; CZEPIELEWSKI, 2002; CUNHA et al., 2004). A testosterona também promove o efeito anabólico, que está relacionado ao crescimento de massa muscular, através da hipertrofia de fibras musculares, devido ao aumento de síntese protéica intracelular (MACHADO et al., 2002). Os anabolizantes foram criados com o intuito de potencializar esse efeito da testosterona, promovendo aumento da força de contratilidade e do volume da célula muscular, através do incremento da armazenagem de fósforo creatina (CP), balanço nitrogenado positivo, aumento da retenção de glicogênio, favorecimento da captação de aminoácidos e bloqueio do hormônio cortisol (MACHADO et al., 2002). A produção dos hormônios androgênios ocorre a partir do colesterol. O qual irá formar, após sucessivas oxidações, a pregnenolona, que é o principal precursor dos hormônios esteróides. Durante a conversão da pregnenolona em testosterona, ocorre a formação de desidroepiandrosterona (DHEA) e de androstenediona (SILVA; DANIELSKI; CZEPIELEWSKI, 2002). Essas substâncias são compostas por dois grupos: derivados esterificados e derivados alcalinizados. Os primeiros (proprionato de testosterona, enantato de testosterona e cipionato de testosterona) são produtos de administração intramuscular e permanecem ativos por dias a semanas, enquanto os componentes do segundo grupo devem ser tomados, por via oral, diariamente (PELUSO et al., 2009). Um dos anabolizantes mais utilizados em academias de São Paulo, segundo pesquisa de Silva e Moreau (2003) o estanozolol, é vendido com o nome de Winstrol, administrado por via oral, e também com o nome de Winstrol Depot, que, por sua vez, é administrado de forma intramuscular. Outros nomes comerciais de anabolizantes são: Durateston, Testosviron, Dianabol, Anavar, Equifort, Hemogenin, Primobolan, Clembuterol e Proviron.

sanguínea pelo uso de equipamentos não estéreis de injeção e até traumas locais relacionados com aplicação incorreta desses produtos. O uso abusivo de anabolizantes também pode causar variações de humor, assim como agressividade e raiva incontroláveis, podendo levar a episódios violentos como suicídios e homicídios, principalmente de acordo com a frequência e o volume usado dessas drogas ilícitas. Alguns usuários apresentam também sintomas depressivos após interromperem o uso e sintomas de síndrome de abstinência, o que pode ser a causa da dependência. Ainda podem demonstrar um ciúme patológico, quadros maníacos e esquizofrenóides, irritabilidade extrema, ilusões, distração, confusão mental e esquecimentos, além de alterações da (RIBEIRO, 2000). Outros efeitos colaterais dos EAAs estão listados no quadro a seguir. Quadro 1- Efeitos colaterais dos EAAs Impotência sexual; Infertilidade; Calvície; Ginecomastia; Dificuldade ou dor para urinar; Alterações ou ausência de ciclo menstrual; Aumento do clitóris; Limitação do crescimento; Enrijecimento das articulações; Redução de FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e ICSH (Hormônio Estimulante das Células Intersticiais); Hipertrofia da próstata; Hepatotoxidade; Insônias; Cefaléias; Aumento do LDL COLESTEROL; Celamento das epífises ósseas; Câncer de próstata; Esterilidade; Variações de humor; Dependência. Fonte: IRIART e ANDRADE (2009); SILVA, DANIELSKI e CZEPIELEWSKI (2002); RIBEIRO (2001) Segundo os autores Ribeiro (200 1 ) e Marcondes et al., (2004) o uso indevido de EAA acarreta: crescimento de pêlos com distribuição masculina, alterações ou ausência do ciclo menstrual, aumento do clitóris, voz grossa, e diminuição de seios (atrofia do tecido mamário), acne vulgaris, seborreia, estrias (devido ao rápido desenvolvimento dos músculos), hipertricoses, alopecia (queda de cabelo, em resposta à altos níveis de DHT), retenção de líquido, virilização, hirsutismo, distúrbios menstruais (por exemplo, anovulação, oligomenorreia, amenorreia, dismenorreia), aumento do clitóris, atrofia dos

seios, atrofia do útero, teratogenicidade (fetos femininos). Podendo também, ocorrer modificações na libido, infertilidade reversível, hipogonadismo hipogonadotrófico. Corroborando com Marcondes et al., (2004) que pode na mulher se manifestar a masculinização, no qual é evidenciada através do engrossamento de voz e crescimento de pêlos no corpo no padrão de distribuição masculino, irregularidade menstrual e aumento do clitóris. Um dos fatores preocupantes para a sociedade e também para as autoridades responsáveis são os efeitos colaterais, que o uso dos EAA causa nas mulheres. Muitas vezes, usados de forma errônea e não lícita propaga informações, de maneira que apenas os fatores estéticos se sobrepõem aos efeitos nocivos observados pelas usuárias, tendo todos os sintomas relatados pelas usuárias, pequenos ou irrelevantes, até mesmo percebidos como “normais” pelas usuárias de EAA (MARCONDES et al., 2004). CONCLUSÃO Após análise dos resultados e discussão com a literatura observou-se que o uso de ergogênicos farmacológicos anabólicos em mulheres está tendo um aumento significativo, a busca pela perfeição do corpo faz com que tenham a ilusão de que com o de EAA desenhe o padrão de beleza explorado pela mídia. Um fator essencial, que medidas preventivas e de orientações para as usuárias de EAA sejam eficientes no sentido de mudar o perfil do consumo de EAA em nossa sociedade, seja pelo desenvolvimento de programas de prevenção e educação dirigidos à populações específicas. REFERÊNCIAS ABRAHIN, O. S. C.; DE SOUSA, E. C. Esteroides anabolizantes androgênicos e seus efeitos colaterais: Uma revisão crítico-científica. Revista da Educação Física , v. 24, n. 4, p. 669–679,

BARCELOUX, D. G.; PALMER, R. B. Anabolic-Androgenic Steroids. Disease-a-Month, v. 59, n. 6, p. 226–248, 2013. BIANCO, A.C., RABELO. R. (1999). Introdução à fisiologia endócrina. In: Aires MM. Fisiologia. (2ª ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; cap.65, p.741- 65.