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Reciclagem: Importância, Processo e Benefícios, Slides de Materiais

Informações sobre a reciclagem, um processo que preserva o meio ambiente e gera riquezas. Os materiais reciclados mais comuns são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. A indústria recicla materiais para reduzir custos de produção. Aprenda a separar materiais recicláveis do não recicláveis e incentive amigos, vizinhos e parentes a fazer o mesmo. Os materiais coletados geram emprego e ajudam na preservação ambiental. Veja exemplos de produtos recicláveis: vidro, papel, metal e plástico.

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Havaianas81
Havaianas81 🇧🇷

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Reciclagem: o primeiro passo
para a preservação ambiental
Lúcia Helena Araújo Fonseca
Bacharel em Administração Centro Universitário Barra Mansa
RESUMO: Cada vez mais as pessoas ficam estimuladas a contribuir para a preservação
ambiental, mas muitas vezes não sabem exatamente o que fazer. Um dos primeiros
passos é uma coisa simples: a reciclagem.
Temos que pensar no futuro, não nosso, mais de nossos filhos e netos. Se continuarmos
demandando tantos recursos, eles em pouco tempo ficarão escassos, e nossos filhos não
saberão como é viver num mundo sem devastação ambiental. Não irão conhecer várias
espécies da nossa fauna e flora, pois eles estarão extintos. A questão principal é
mobilizar o maior número de pessoas para um consumo consciente e a reciclagem.
Palavras Chaves: Reciclagem, Sustentabilidade, Consumo Consciente, Logística
Reversa, Preservação.
ABSTRACT. Increasingly people are encouraged to contribute to environmental
preservation, but often do not know exactly what to do. One of the first steps is a simple
thing: recycling.
We have to think about the future, not ours, more of our children and grandchildren. If
we keep demanding so many resources, they soon will be scarce, and our children will
not know how to live in a world without environmental devastation. There will meet
several species of our fauna and flora, as they will be extinct. The main issue is to
mobilize as many people into a conscious consumption and recycling.
Keywords: Recycling, Sustainability, Conscious Consumption, Reverse Logistics,
Preservation
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Reciclagem: o primeiro passo

para a preservação ambiental

Lúcia Helena Araújo Fonseca

Bacharel em Administração – Centro Universitário Barra Mansa

RESUMO: Cada vez mais as pessoas ficam estimuladas a contribuir para a preservação ambiental, mas muitas vezes não sabem exatamente o que fazer. Um dos primeiros passos é uma coisa simples: a reciclagem. Temos que pensar no futuro, não nosso, mais de nossos filhos e netos. Se continuarmos demandando tantos recursos, eles em pouco tempo ficarão escassos, e nossos filhos não saberão como é viver num mundo sem devastação ambiental. Não irão conhecer várias espécies da nossa fauna e flora, pois eles estarão extintos. A questão principal é mobilizar o maior número de pessoas para um consumo consciente e a reciclagem. Palavras Chaves: Reciclagem, Sustentabilidade, Consumo Consciente, Logística Reversa, Preservação.

ABSTRACT. Increasingly people are encouraged to contribute to environmental preservation, but often do not know exactly what to do. One of the first steps is a simple thing: recycling. We have to think about the future, not ours, more of our children and grandchildren. If we keep demanding so many resources, they soon will be scarce, and our children will not know how to live in a world without environmental devastation. There will meet several species of our fauna and flora, as they will be extinct. The main issue is to mobilize as many people into a conscious consumption and recycling. Keywords: Recycling, Sustainability, Conscious Consumption, Reverse Logistics, Preservation

1 – INTRODUÇÃO

Reciclar significa transformar objetos materiais usados em novos produtos para o consumo. Esta necessidade foi despertada pelos seres humanos, a partir do momento em que se verificaram os benefícios que este procedimento trás para o planeta Terra. "A imagem da Terra vista pelos astronautas teve a virtude de nos incutir a consciência de que, longe de habitar um espaço infinito, habitamos uma espécie de nave espacial isolada, dentro de uma cápsula de recursos constantes, que consumimos, e que somente não esgotamos porque reciclamos. Este conceito da necessidade de reciclagem - de nada perder, de nada destruir, de tudo usar de novo - desta cápsula de recursos constantes acordou-nos para a ameaça da poluição, que interrompe o processo de reciclagem pela inutilização do recurso ou pelo envenenamento." (Silva, 1975:1). A partir da década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis aumentou significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países desenvolvidos. Muitos governos e ONGs estão cobrando de empresas posturas responsáveis: o crescimento econômico deve estar aliado à preservação do meio ambiente. Atividades como campanhas de coleta seletiva de lixo e reciclagem de alumínio e papel, já são comuns em várias partes do mundo. No processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também gera riquezas, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias estão reciclando materiais como uma forma de reduzir os custos de produção. Outro benefício da reciclagem é a quantidade de empregos que ela tem gerado nas grandes cidades. Muitos desempregados estão buscando trabalho neste setor e conseguindo renda para manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e alumínio já é realidade nos centros urbanos do Brasil. A reciclagem, além de ser extremamente importante para reduzir a extração de recursos naturais para atender à crescente demanda por matéria prima das indústrias, ainda ajuda muito a amenizar um dos maiores problemas da atualidade: o lixo. Estima- se que o Brasil produz 240 mil toneladas de lixo por dia. Destes, apenas 160 mil são

FIGURA 1. Ciclo da Reciclagem Como podemos observar, se o homem souber utilizar os recursos da natureza, poderemos ter, muito em breve, um mundo mais limpo e mais desenvolvido. Desta forma, poderemos conquistar o tão sonhado desenvolvimento sustentável do planeta. Veja exemplos de Produtos Recicláveis:

  • Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requeijão, etc.), garrafas, frascos de medicamentos, cacos de vidro.
  • Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens de papel.
  • Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta, cobre, alumínio.
  • Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos plásticos, embalagens e sacolas de supermercado. É importante destacar que a reciclagem é um processo em que determinados tipos de materiais, que no cotidiano são reconhecidos como lixos são reutilizados como matéria-prima para a criação e\ou fabricação de novos produtos. Além de se apresentarem com propriedades físicas diferentes, estes também possuem uma nova composição química – fator principal que difere o reaproveitamento da reciclagem, conceitos esses muitas vezes confundidos.

2.1 – TEMPO DE VIDA DOS PRODUTOS

Na natureza todas as plantas e animais mortos apodrecem e se decompõe. São destruídos por larvas minhocas, bactérias e fungos, e os elementos químicos que eles contêm voltam a terra. Podem ficar no solo, nos mares ou rios e serão usados novamente por plantas e animais. É um processo natural de reutilização de matérias. É um interminável ciclo de morte, decomposição, nova vida e crescimento. A natureza é muito eficiente no tratamento do lixo. Na realidade, não há propriamente lixo, pois ele é novamente usado e se transforma em substâncias reaproveitáveis. Enquanto a natureza se mostra eficiente em reaproveitamento e reciclagem, os homens o são em produção de lixo. Uma grande parte deste lixo sobrecarrega o sistema. O problema se agrava porque muitas das substâncias manufaturadas pelo homem não são biodegradáveis, isto é não se decompõe facilmente. Vidros, latas e alguns plásticos não são biodegradáveis e levam muitos anos para se decompuser.

Hoje em dia, já uma consciência maior, e uma legislação que tende a ajudar a diminuir os impactos dos objetos não biodegradáveis lançados diretos na natureza, como é o caso das sacolas plásticas de supermercado, que terão que ser substituídas por produtos biodegradáveis ou por sacolas retornáveis. O mais importante é criar uma consciência na população com educação ambiental. São passos pequenos, mais insistentes, que precisam ser repetidos e repetidos para que fiquem na consciência de todos. Como já foi dito “eduque os pequenos, para que não seja preciso punir os grandes”, essa frase verdadeira é muito importante porque se conscientizarmos as crianças para que elas tenham essa consciência ambiental já estaremos no caminho certo para melhor o futuro.

não, nada mais é do que as fibras celulósicas liberadas, prontas para serem empregadas na fabricação do papel. A pasta celulósica também pode prover do processamento do papel, ou seja, da reciclagem do papel. Hoje, a força que propulsiona a reciclagem de papel ainda é econômica, mas o fator ambiental tem servido também como alavanca. A preocupação com o meio ambiente criou uma demanda por "produtos e processos amigos do meio ambiente" e reciclar papel é uma forma de responder a esta demanda. Assim, os principais fatores de incentivo à reciclagem de papel, além dos econômicos, são: a preservação de recursos naturais (matéria-prima, energia e água), a minimização da poluição e a diminuição da quantidade de lixo que vai para os aterros.

2.3 – RECICLAGEM DO PLÁSTICO

Plásticos são artefatos fabricados a partir de resinas (polímeros), geralmente sintéticos e derivados do petróleo. Quando o lixo é depositado em lixões, os problemas principais relacionados ao material plástico provêm da queima indevida e se controle. Quando a disposição é feita em aterros, os plásticos dificultam sua compactação e prejudicam a decomposição dos materiais biologicamente degradáveis, pois criam camadas impermeáveis que afetam as trocas de líquidos e gases gerados no processo de biodegradação da matéria orgânica. Sendo assim, sua remoção, redução ou eliminação do lixo são metas que devem ser perseguidas com todo o empenho. A separação de plásticos do restante do lixo traz uma série de benefícios à sociedade, como, por exemplo, o aumento da vida útil dos aterros, geração de empregos, economia de energia, etc. Os plásticos são divididos em duas categorias importantes: termofixos e termoplásticos. Os termofixos, que representam cerca de 20% do total consumido no país, são plásticos que, uma vez moldados por um dos processos usuais de transformação, não podem mais sofrer mais novos ciclos de processamento, pois não fundem novamente, o que impede nova moldagem. Os termoplásticos, mais largamente utilizados, são materiais que podem ser reprocessados várias vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Quando submetidos ao aquecimento a temperaturas adequadas, esses plásticos

amolecem, fundem e podem ser novamente moldados. Como exemplos, podem ser citados: polietileno de baixa densidade (PEBD); Polietileno de alta densidade (PEAD); poli(cloreto de vinila) (PVC); poliestireno (PS); polipropileno (PP); poli(tereftalato de etileno) (PET); poliamidas (náilon) e muitos outros. É a conversão de resíduos plásticos por tecnologia convencionais de processamento em produtos com características de desempenho equivalentes às daqueles produtos fabricados a partir de resinas virgens. A reciclagem pré-consumo é feita com os materiais termoplásticos provenientes de resíduos industriais, os quais são limpos e de fácil identificação, não contaminados por partículas ou substâncias estranhas. Reciclagem secundária ou pós-consumo: é a conversão de resíduos plásticos de lixo por um processo ou por uma combinação de operações. Os materiais que se inserem nesta classe provêm de lixões, sistemas de coleta seletiva, sucatas, etc. são constituídos pelos mais diferentes tipos de material e resina, o que exige uma boa separação, para poderem ser aproveitados. Reciclagem terciária: É a conversão de resíduos plásticos em produtos químicos e combustíveis, por processos termoquímicos (pirólise, conversão catálica). Por esses processos, os materiais plásticos são convertidos em matérias-primas que podem originar novamente as resinas virgens ou outras substâncias interessantes para a indústria, como gases e óleos combustíveis. O nível operacional médio da indústria brasileira de reciclagem de plásticos em 2011 foi de 63% da capacidade instalada que é de 1,7 milhão de toneladas. Esse fator reflete a falta de sistemas de coleta seletiva no Brasil, já que dos 5.565 municípios brasileiros, apenas 443 – ou seja, 8% – contavam, em 2011, com algum tipo de coleta seletiva e não necessariamente atendiam à demanda existente para o incremento da reciclagem de materiais como um todo.

Após o consumo de refrigerante, água, suco e óleo comestível, as garrafas descartadas que são fabricadas a partir de PET, que é a principal fonte de matéria-prima para a reciclagem. Após a coleta do material é realizada a etapa de classificação, que consiste na separação dos possíveis contaminantes presentes nos resíduos que podem ser reciclados. A separação pode ser feita manualmente ou automaticamente, por intermédio de equipamentos com sensores ópticos. O material separado é, então, encaminhado para a etapa de moagem e classificação, de acordo com o tamanho alcançado. Os grãos classificados seguem para a etapa de enxágüe por intermédio de roscas sem fim para a retirada de possíveis contaminantes, como restos gordurosos de alimentos e bebidas. O material segue, então para um tanque de separação e descontaminação para drenagem da água de enxágüe. Um pré-secador é utilizado para a retirada da água superficial do material e a secagem total é realizada com ar quente em um secador contínuo. A última etapa da reciclagem é a remoção do pó aderido aos grãos pela passagem de ar quente com ventilador e de um sistema para exaustão do pó. O material seco e isento de pó é enviado para um ensacador que faz a embalagem do produto e completa o processo.

2.4 – RECICLAGEM DO METAL

Os metais são materiais de elevada durabilidade, resistência mecânica e facilidade de conformação, sendo muito utilizados em equipamentos, estruturas e embalagens em geral. Quanto à sua composição, os metais são classificados em dois grandes grupos: os ferrosos (compostos basicamente de ferro e aço) e os nãos ferrosos. Essa divisão justifica-se pela grande predominância do uso dos metais à base de ferro, principalmente o aço. Entre os metais não ferrosos, destacam-se o alumínio, o cobre e suas ligas (como latão e o bronze), o chumbo, o níquel e o zinco. Os dois últimos, junto como o cromo e o estanho, são mais empregados na forma de ligas com outros metais, ou como revestimento depositado sobre metais, como, por exemplo, o aço. A grande vantagem da reciclagem de metais é evitar as despesas da fase de redução do minério a metal. Essa fase envolve um alto consumo de energia, e requer

transporte de grandes volumes de minério e instalações caras, destinadas à produção em grande escala. Embora seja maior o interesse na reciclagem de metais não ferrosos, devido ao maior valor de usa sucata, é muito grande a procura pela sucata de ferro e de aço, inclusive pelas usinas siderúrgicas e fundições. A sucata é matéria-prima das empresas produtoras de aço que não contam como o processo de redução, e que são responsáveis por cerca de 20% da produção nacional de aço. A sucata representa cerca de 40% do total de aço consumido no País, valor próximo aos valores de outros países, como os Estados Unidos, onde atinge 50% do total da produção. Ressalta-se que o Brasil exporta cerca de 40% da sua produção de aço. É importante, ainda, observar que a sucata pode, sem maiores problemas, ser reciclada mesmo quando enferrujada. Sua reciclagem é também facilitada pela sua simples identificação e separação, principalmente no caso da sucata ferrosa, em que se empregam eletroímãs, devido às suas propriedades magnéticas. Através deste processo é possível retirar até 90% do metal ferroso existente no lixo.

2.5 – RECICLAGEM DO VIDRO

O vidro é obtido pela fusão de componentes inorgânicos a altas temperaturas, e resfriamento rápido da massa resultante até um estado rígido, não cristalino. O processo de produção do vidro do tipo sodacal utiliza como matérias- primas, basicamente, areia, barrilha, calcário e feldspato. Um procedimento comum do processo é adicionar-se à mistura das matérias-primas cacos de vidro gerados internamente na fábrica ou adquiridos, reduzindo sensivelmente os custos de produção. O vidro é um material não poroso que resiste a temperaturas de até 150°C (vidro comum) sem perda de suas propriedades físicas e químicas. Esse fato faz com que os produtos possam ser reutilizados várias vezes para a mesma finalidade. A reciclagem de vidro significa enviar ao produtor de embalagens o vidro usado para que este seja reutilizado como matéria-prima para a produção de novas embalagens. O vidro é 100% reciclável, não ocorrendo perda de material durante o processo de fusão. Para cada tonelada de caco de vidro limpo, obtém-se uma tonelada

Há limites no número de recauchutagem que um pneu suporta sem afetar seu desempenho. Assim sendo, mais cedo ou mais tarde, os pneus são considerados inservíveis e descartados. Os pneus descartados podem ser reciclados ou reutilizados para diversos fins. Neste caso, são apresentadas, a seguir, várias opções: Na engenharia civil: O uso de carcaças de pneus na engenharia civil envolve diversas soluções criativas, em aplicações bastante diversificadas, tais como, barreira em acostamentos de estradas, elemento de construção em parques e playgrounds, quebra-mar, obstáculos para trânsito e, até mesmo, recifes artificiais para criação de peixes. Na regeneração da borracha: O processo de regeneração de borracha envolve a separação da borracha vulcanizada dos demais componentes e sua digestão com vapor e produtos químicos, tais como, álcalis, mercaptanas e óleos minerais. O produto desta digestão é refinado em moinhos até a obtenção de uma manta uniforme, ou extrudado para obtenção de material granulado. A moagem do pneu em partículas finas permite o uso direto do resíduo de borracha em aplicações similares às da borracha regenerada. Na geração de energia: O poder calorífico de raspas de pneu equivale ao do óleo combustível. Os pneus podem ser queimados em fornos já projetados para otimiza a queima. Em fábricas de cimento, sua queima já é uma realidade em outros países. A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) informa que cerca de 100 milhões de carcaças de pneus são queimadas anualmente nos Estados Unidos com esta finalidade, e que o Brasil já está experimentando a mesma solução. No asfalto modificado com borracha: O processo envolve a incorporação da borracha em pedaços ou em pó. Apesar do maior custo, a adição de pneus no pavimento pode até dobrar a vida útil da estrada, porque a borracha confere ao pavimento maiores propriedades de elasticidade ante mudanças de temperatura. O uso da borracha também reduz o ruído causado pelo contato dos veículos com a estrada. Por causa destes benefícios, e também para reduzir o armazenamento de pneus velhos, o governo americano requer que 5% do material usado para pavimentar estradas federais sejam de borracha moída.

2.5 – RECICLAGEM DE ENTULHOS

Entulho é o conjunto de fragmentos ou restos de tijolo, concreto, argamassa, aço, madeira, etc., provenientes do desperdício na construção, reforma e/ou demolição de estruturas, como prédios, residências e pontes. O entulho de construção compõe-se, portanto, de restos e fragmentos de materiais, enquanto o de demolição é formado apenas por fragmentos, tendo por isso maior potencial qualitativo, comparativamente ao entulho de construção. O processo de reciclagem do entulho, para a obtenção de agregados, basicamente envolve a seleção dos materiais recicláveis do entulho e a trituração em equipamentos apropriados. Os resíduos encontrados predominantemente no entulho, que são recicláveis para a produção de agregados, pertencem a dois grupos: Grupo I - materiais compostos de cimento, cal, areia e brita: concretos, argamassa, blocos de concreto. Grupo II - materiais cerâmicos: telhas, manilhas, tijolos, azulejos. Grupo III - materiais não recicláveis: solo, gesso, metal, madeira, papel, plástico, matéria orgânica, vidro e isopor. Desses materiais, alguns são passíveis de serem selecionados e encaminhados para outros usos. Assim, embalagens de papel e papelão, madeira e mesmo vidro e metal podem ser recolhidos para reutilização ou reciclagem.

2.6 – RECICLAGEM E AS NORMAS

Até hoje, não se sabe onde e com que critério foi criado o padrão de cores dos containers utilizados para a coleta seletiva voluntária em todo o mundo. No entanto, alguns países já reconhecem esse padrão como um parâmetro oficial a ser seguido por qualquer modelo de gestão de programas de coleta seletiva. No Brasil existe uma norma (NBR 13230) da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, que padroniza os símbolos que identificam os diversos tipos de resinas (plásticos) virgens. O objetivo é facilitar a etapa de triagem dos resíduos plásticos que serão encaminhados à reciclagem. Os tipos são classificados por números a saber:

FIGURA 4 – Materiais que devem ser reciclados

4 – TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS

Já neste século com a preocupação das empresas em reengenharia de seus produtos com a intenção de buscar inovação tecnológica com economia baseado em aspectos de sustentabilidade e ser ecologicamente correta, surge vários inventos que devem revolucionar o mundo. Gerador de Hidrogênio para rendimento e economia de combustível (gasolina, álcool, diesel e outros) em 65% produzindo 20% menos emissão de CO2 e ganhando 20% de potência nos motores. Maquina de produzir água potável, retirando umidade do ar com capacidade mínima de produzir 20 litros até 800 litros/dia com dois modelos. Uma turbina eólica que além de gerar energia elétrica, produz água potável. Estamos a um passo de descobrirmos que é possível gerar energia a custo zero, de produzir água retirando umidade do ar. Isto já é realidade, bastam produzir casas, edifícios, fábricas, totalmente com sustentabilidade e economia. Basta inovar, usar o conhecimento e fazer a reengenharia de tudo que é possível, para se aproveitar cada evento, movimento, calor, umidade em economia e reaproveitamento de transformação de energia em trabalho e vice-versa.

5 – SUSTENTABILIDADE

De cada 100 caixas de produtos agrícolas plantados, só 39 são consumidas por alguém. A frase pode soar absurda, mas é isso mesmo que pensa o economista Sabetai Calderoni, da Universidade de São Paulo, maior especialista brasileiro em lixo e conselheiro da ONU no assunto. Segundo ele, o conceito que a sociedade tem do lixo "é produto de uma visão equivocados materiais". Em seu do livro Os Bilhões Perdidos no Lixo, afirma que, embora nem tudo o que se joga fora possa ser aproveitado como comida, todo o lixo pode ser aproveitado de alguma forma. Um dos maiores potenciais desperdiçados é o não aproveitamento do lixo orgânico, que geralmente vem de restos de alimentos. Esse lixo poderia se transformar em algo útil se passasse por um processo chamado com postagem. Nele, o lixo é submetido à ação de bactérias em alta temperatura e se transforma em dois subprodutos. Um é um adubo natural, o outro é o gás metano, que é usado na geração de energia termoelétrica. A quantidade de gás metano produzido pela compostagem de todo o lixo orgânico brasileiro que não pode ser recuperado como comida seria suficiente para alimentar uma usina de 2 000 megawatts (a usina nuclear de Angra I tem capacidade de 657 megawatts). Uma usina termoelétrica como essa produziria, em um ano, 3,6 bilhões de reais em energia. E jogamos quase todo esse dinheiro no lixo. Só 0,9% do lixo brasileiro são destinados a usinas de compostagem. E estamos falando apenas do lixo orgânico. O inorgânico também poderia gerar lucros. A reciclagem de vidro, plásticos e metais é perfeitamente viável em termos econômicos – e já é praticada, em quantidades cada vez maiores. O país lucraria também ao poupar o dinheiro que é gasto para dar fim ao lixo. "Lixo é o único produto da economia com preço negativo", segundo Sabetai. Em outras palavras, o processamento de lixo é o único negócio no qual a aquisição da matéria-prima é remunerada – paga-se para livrar-se dela. E paga-se muito. As prefeituras brasileiras costumam gastar entre 5% e 12% de seus orçamentos com lixo. Sem falar que o melhor aproveitamento do lixo valorizaria dois bens que não têm preço: a saúde da população e a natureza. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 76% do lixo brasileiro acabam em lixões a céu aberto. Esses lixões são uma ameaça à saúde pública porque permitem a proliferação de vetores de doenças. Além disso, a decomposição do lixo nesses locais não só gera o metano que polui o ar

de serviço consideráveis que justificam os investimentos realizados. A implantação da logística reversa é de suma importância para a gestão empresarial como um diferencial de mercado trazendo benefícios à empresa. Outro aspecto importante diz respeito ao aumento de consciência ecológica dos consumidores que esperam que as empresas reduzam os impactos negativos de sua atividade ao meio ambiente. “Área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, legal, de imagem corporativa, entre outros" (LEITE, 2003). Entende-se que a logística reversa é uma área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações referentes ao retorno dos bens de pós- venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômicas, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. Pelo crescimento extraordinário de uso nas sociedades modernas, esse segmento representa um dos mais importantes canais de distribuição reversos, mediante a revalorização pelo sistema de reciclagem dos materiais constituintes. As embalagens descartadas pela sociedade apresentam uma considerável e negativa ‘visibilidade ecológica’ em alguns centros urbanos, devido ao grande crescimento de sua utilização, sendo muitas vezes dispostas impropriamente, gerando poluição, mas oferecendo, ao mesmo tempo, importantes oportunidades econômicas. Constituem um exemplo de um conjunto de atividades comerciais, industriais e de serviços, com importante potencial de desenvolvimento tecnológico, estruturação e organização de seus canais de distribuição reversos, desde que sejam equacionados seus fatores logísticos restritivos, a coleta e a consolidação dos produtos descartados (LEITE, 2003; CLM 1993). A descartabilidade de um produto é que dá início ao processo de logística reversa. “O foco de atuação da logística reversa envolve a reintrodução dos produtos ou materiais à cadeia por intermédio do ciclo produtivo” (CHAVES e MARTINS, 2005). A logística reversa cria novas oportunidades sociais e ambientais para a destinação dos resíduos, retornarem ao ciclo produtivo. Esta deve ser incrementada por restrições ambientais crescentes em face de: custos crescentes da operação e manutenção de

aterros sanitários; restrições de destinação para aterros; reaproveitamento de embalagens; obrigatoriedade de retorno de embalagens após entrega de seus produtos; recolhimento de produtos por força legal, ao fim de sua utilidade, pelos fabricantes (ROGERS E TIBBEN-LEMBKE, 1998; LEITE, 2003). A logística reversa adiciona valor ao serviço de pós-transação oferecido ao cliente, na medida em que estabelece uma política de disposição final, reutilização, reciclagem, reforma reparo (reaproveitamento) para um determinado produto. Desta forma, tem a visão ampla de sua responsabilidade sobre todo o ciclo de vida do produto, e não somente durante sua vida útil, atentando para os impactos ambientais, para as possibilidades de desenvolvimento de atividades econômicas e pelo comprometimento para com a sociedade. Ainda, algumas cadeias produtivas já praticam ações de logística reversa, mas com baixo grau de organização e certa informalidade comercial. São canais reversos que se desenvolveram, sobretudo, unicamente pela percepção do valor comercial contido em um resíduo, o qual ainda tem por qualidade ter uma fácil utilização, aplicação e/ou reprocessamento. Como por exemplo, a cadeia do aço e ferro, na qual a economia reversa representa uma fração de cerca de 30 a 40% da cadeia produtiva direta (LEITE, 2003).

FIGURA 5. Flor da Sustentabilidade