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Reaproveitamento de Resíduos de EVA na Indústria de Calçados: O Caso da MAISON, Notas de estudo de Administração Empresarial

Um estudo de caso sobre a empresa maison, que investiu no reaproveitamento e reciclagem de resíduos de etileno acetato de vinila (eva) gerados na produção de calçados. O objetivo era reduzir os resíduos industriais inaproveitáveis e transformá-los em novos produtos para a construção civil. O estudo descreve os métodos utilizados, os resultados obtidos e as vantagens e desafios enfrentados.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 10/09/2010

jackson-geovan-verona-7
jackson-geovan-verona-7 🇧🇷

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1
Acadêmico do semestre do Curso de Administração em Gestão Ambiental da FALURB, Marechal
Cândido Rondon (PR), alisson@opcaonet.com.br
2
Acadêmico do semestre do Curso de Administração em Gestão Ambiental da FALURB, Marechal
Cândido Rondon (PR), jackverona@hotmail.com
3
Acadêmico do semestre do Curso de Administração em Gestão Ambiental da FALURB, Marechal
Cândido Rondon (PR), fefe@opcaonet.com.br
4
Biólogo, Mestre em Agronomia, Professor de Gestão Ambiental, dos Cursos de Administração da
FALURB, Marechal Cândido Rondon (PR), aleixo.valdemir@hotmail.com
5
Acadêmico do semestre do curso de Administração em Gestão Ambiental da FALURB, Marechal
Cândido Rondon (PR), vilson_periamb@hotmail.com
REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS DE ETILENO ACETATO DE VINILA
(EVA) DO SETOR CALÇADISTA PELA EMPRESA MAISON
Um estudo de caso
Alison Petermann
1
Jackson Geovan Verona
2
Jeferson Petermann
3
Valdemir Aleixo
4
Vilson da Silva
5
Estudo de caso realizado na disciplina de Sistemas de Gestão Ambiental,
no período do curso de Administração com habilitação em Gestão Ambiental da
FALURB – Faculdade Luterana Rui Barbosa. Trata-se da empresa MAISON, Indústria e
Comércio de Artefatos de Cimento Ltda., localizada em Estância Velha, RS. A empresa
investiu no reaproveitamento e reciclagem dos resíduos de EVA. Os objetivos do estudo
foram descrever a experiência da empresa e os resultados por ela alcançados, com base na
observação de seus métodos e de seus registros. A adoção de novos materiais e de
modernos processos de fabricação de calçados aumentou significativamente tanto a
produção como a produtividade do setor. Porém, fez surgir na mesma escala os resíduos
industriais, inaproveitáveis economicamente, degradáveis na natureza após longo período
de tempo. Dentre os resíduos gerados no setor, destacam-se os retalhos e aparas do
copolímero de etileno-acetato de vinila (EVA), utilizado na elaboração de solados,
palmilhas e entre - solas de calçados. Visando o reaproveitamento de polímeros de baixa
densidade, a MAISON criou, através da reciclagem, padronização e tratamento de resíduos
industriais, o BRITALEVE
®
. Trata-se de um novo agregado para a construção civil
ensaiado por laboratório credenciado do INMETRO (Instituto de Metrologia) e que atende
parâmetros propostos pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), podendo
ser utilizado como agregado para a elaboração de argamassas e concreto a ser empregado
na fabricação de blocos para alvenaria, painéis moduláveis, enchimento de lajes, etc.
Considerando o tipo de estudo realizado, a metodologia utilizada foi de
caráter descritivo exploratório com base em levantamento bibliográfico e em canais de
informação e comunicação com a empresa. O empreendimento iniciou no ano de 1993, a
partir de ensaios preliminares que buscavam caracterizar o resíduo de EVA, com vistas na
substituição da brita mineral. Para atingir esta meta, se fez necessário um tratamento
adequado que garantisse ao material resistência mínima conforme proposto pela ABNT.
De posse do produto final foram realizados ensaios de resistência à compressão simples,
dilatação, retração, absorção e isolação acústica em laboratório credenciado pelo
INMETRO. Em razão dos resultados satisfatórios obtidos, instalou-se a Unidade de
Reprocessamento de Resíduos de EVA e fábrica de artefatos de cimento, com reconhecido
destaque por veículos de comunicação, órgãos, entidades e profissionais da construção
civil. O resíduo gerado pelo produtor de calçado é remetido à empresa beneficiadora
(MAISON) acompanhado de nota fiscal. Por sua vez o receptor deste produto confirma seu
recebimento através de boletins periódicos enviados a Entidade Fiscalizadora do Meio
Ambiente. Dispondo da matéria-prima inicia-se o processamento do material de acordo
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(^1) Acadêmico do 7º semestre do Curso de Administração em Gestão Ambiental da FALURB, Marechal

Cândido Rondon (PR), alisson@opcaonet.com.br (^2) Acadêmico do 7º semestre do Curso de Administração em Gestão Ambiental da FALURB, Marechal

Cândido Rondon (PR), jackverona@hotmail.com (^3) Acadêmico do 7º semestre do Curso de Administração em Gestão Ambiental da FALURB, Marechal

Cândido Rondon (PR), fefe@opcaonet.com.br (^4) Biólogo, Mestre em Agronomia, Professor de Gestão Ambiental, dos Cursos de Administração da

FALURB, Marechal Cândido Rondon (PR), aleixo.valdemir@hotmail.com (^5) Acadêmico do 7º semestre do curso de Administração em Gestão Ambiental da FALURB, Marechal

Cândido Rondon (PR), vilson_periamb@hotmail.com

REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS DE ETILENO ACETATO DE VINILA

(EVA) DO SETOR CALÇADISTA PELA EMPRESA MAISON

Um estudo de caso

Alison Petermann 1 Jackson Geovan Verona 2 Jeferson Petermann 3 Valdemir Aleixo 4 Vilson da Silva 5

Estudo de caso realizado na disciplina de Sistemas de Gestão Ambiental, no 4º período do curso de Administração com habilitação em Gestão Ambiental da FALURB – Faculdade Luterana Rui Barbosa. Trata-se da empresa MAISON, Indústria e Comércio de Artefatos de Cimento Ltda., localizada em Estância Velha, RS. A empresa investiu no reaproveitamento e reciclagem dos resíduos de EVA. Os objetivos do estudo foram descrever a experiência da empresa e os resultados por ela alcançados, com base na observação de seus métodos e de seus registros. A adoção de novos materiais e de modernos processos de fabricação de calçados aumentou significativamente tanto a produção como a produtividade do setor. Porém, fez surgir na mesma escala os resíduos industriais, inaproveitáveis economicamente, degradáveis na natureza após longo período de tempo. Dentre os resíduos gerados no setor, destacam-se os retalhos e aparas do copolímero de etileno-acetato de vinila (EVA), utilizado na elaboração de solados, palmilhas e entre - solas de calçados. Visando o reaproveitamento de polímeros de baixa densidade, a MAISON criou, através da reciclagem, padronização e tratamento de resíduos industriais, o BRITALEVE®. Trata-se de um novo agregado para a construção civil ensaiado por laboratório credenciado do INMETRO (Instituto de Metrologia) e que atende parâmetros propostos pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), podendo ser utilizado como agregado para a elaboração de argamassas e concreto a ser empregado na fabricação de blocos para alvenaria, painéis moduláveis, enchimento de lajes, etc. Considerando o tipo de estudo realizado, a metodologia utilizada foi de caráter descritivo exploratório com base em levantamento bibliográfico e em canais de informação e comunicação com a empresa. O empreendimento iniciou no ano de 1993, a partir de ensaios preliminares que buscavam caracterizar o resíduo de EVA, com vistas na substituição da brita mineral. Para atingir esta meta, se fez necessário um tratamento adequado que garantisse ao material resistência mínima conforme proposto pela ABNT. De posse do produto final foram realizados ensaios de resistência à compressão simples, dilatação, retração, absorção e isolação acústica em laboratório credenciado pelo INMETRO. Em razão dos resultados satisfatórios obtidos, instalou-se a Unidade de Reprocessamento de Resíduos de EVA e fábrica de artefatos de cimento, com reconhecido destaque por veículos de comunicação, órgãos, entidades e profissionais da construção civil. O resíduo gerado pelo produtor de calçado é remetido à empresa beneficiadora (MAISON) acompanhado de nota fiscal. Por sua vez o receptor deste produto confirma seu recebimento através de boletins periódicos enviados a Entidade Fiscalizadora do Meio Ambiente. Dispondo da matéria-prima inicia-se o processamento do material de acordo

(^1) Acadêmico do 7º semestre do Curso de Administração em Gestão Ambiental da FALURB, Marechal

Cândido Rondon (PR), alisson@opcaonet.com.br (^2) Acadêmico do 7º semestre do Curso de Administração em Gestão Ambiental da FALURB, Marechal

Cândido Rondon (PR), jackverona@hotmail.com (^3) Acadêmico do 7º semestre do Curso de Administração em Gestão Ambiental da FALURB, Marechal

Cândido Rondon (PR), fefe@opcaonet.com.br (^4) Biólogo, Mestre em Agronomia, Professor de Gestão Ambiental, dos Cursos de Administração da

FALURB, Marechal Cândido Rondon (PR), aleixo.valdemir@hotmail.com (^5) Acadêmico do 7º semestre do curso de Administração em Gestão Ambiental da FALURB, Marechal

Cândido Rondon (PR), vilson_periamb@hotmail.com

com as seguintes etapas: classificação por densidade, moagem, lavagem, mineralização e formatação do produto desejado. Comercialmente a MAISON Ltda. apresentou ao mercado da construção civil dois produtos: o BRITALEVE que é um agregado para lajes e contra pisos; e BLOCOS MAISON: produzidos com resíduos de EVA reprocessado (BRITALEVE). Ambos obtidos da reciclagem, tratamento e destinação de resíduos sintéticos. Tendo em vista os aspectos inéditos do processo e do produto final, não havendo referenciais de cursos específicos e projetos similares que suprisse a demanda de mão de obra, treinou-se operários para as funções que iriam desempenhar. Algumas máquinas utilizadas no reprocessamento dos resíduos foram adaptadas para um melhor desempenho e outras idealizadas e desenvolvidas pela própria empresa visando agilizar tarefas e obter maior produtividade. A política ambiental da empresa (MAISON) é definida pelo objetivo de impor uma solução inteligente e viável, capaz de atender a todos os interesses de uma sociedade moderna, colaborando com a melhoria do meio ambiente e oportunizando aperfeiçoamentos na área da construção civil. Conforme a Lei Federal nº. 6.938 de 1981, na qual a empresa MAISON é amparada, diz respeito à Política Nacional do Meio Ambiente, que através do Artigo 2º, têm por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no país, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. Que entre outros princípios tem no inciso VI, incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso nacional e a proteção dos recursos ambientais. A empresa busca em sua descoberta e no investimento na nova tecnologia uma oportunidade de alavancamento econômico em seu setor, visando uma competitividade de cunho ecológico. Além do fato de oferecer ao setor produtivo de calçados uma opção racional de tratamento de resíduos. Embora a empresa tenha grande experiência no ramo comercial de artefatos de cimento, o empreendimento com relação ao aproveitamento dos resíduos de EVA é recente, mas que vêm trazendo grandes resultados. Sendo que, no ano de 2000, a empresa já pôde ter retorno de seus investimentos. Entretanto, com base na visão do proprietário da empresa MAISON, a excelência pode ser alcançada com seriedade e mudanças do modo de pensar e agir.

PALAVRAS CHAVE : produção, resíduos, reprocessamento.