Baixe Estudo Dirigido - Reabilitação Cardíaca: Ciclo 5 - Questionário e outras Exercícios em PDF para Cardiologia, somente na Docsity!
CLARETIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BATATAIS
BACHARELADO EM FISIOTERAPIA
ANA LUIZA CINTRA
CAMILA PIMENTA
LUIZA LOPES
SARAH ELISA
ESTUDO DIRIGIDO - REABILITAÇÃO CARDÍACA
Ciclo 5- Questionário BATATAIS – SP 2022
ANA LUIZA CINTRA
CAMILA PIMENTA
LUIZA LOPES
SARAH ELISA
ESTUDO DIRIGIDO - REABILITAÇÃO CARDÍACA
Ciclo 5- Questionário Portfolio = Instrumento avaliativo para a disciplina de Fisioterapia Pneumocardiológica Aplicada do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Claretiano de Batatais. Orientador(a): Jacqueline Rodrigues de Freitas Vianna BATATAIS – SP 2022
DESENVOLVIMENTO
PARTE 1
- Quais as fases do Programa de Reabilitação Cardíaca e a que essas fases são correlacionadas? R.: - Fase hospitalar= engloba atitudes tomadas desde o início da internação até a alta hospitalar. Nessa fase o fisioterapeuta pode atuar no pré operatório, no pós operatório e na fase de compensação cardíaca, ajudando a evitar complicações do repouso, mantendo ou melhorando a amplitude de movimento e força muscular
- Fase ambulatorial= é o processo de reabilitação fora do hospital, partindo da alta hospitalar até 3 meses depois. Os programas de reabilitação nessa fase foram desenvolvidos com ênfase nos exercícios físicos e acompanhados de mudanças com o objetivo de melhorar o estilo de vida do paciente. Essa fase abrange exercícios aeróbicos associados a exercícios resistidos com a intensidade suficiente para aumentar a força e resistência muscular.
- Fase de manutenção= nesta fase, o paciente que é responsável por dar continuidade a todo treinamento aprendido e orientado pelo fisioterapeuta, realizando sozinho ou em grupo. A reabilitação cardíaca não supervisionada pode ser um meio de aumento a adesão ao treinamento físico em pacientes de baixo risco, assim, a prática regular e contínua de exercício físico impede o descondicionamento físico e cardiorrespiratória evitando descompensação cardíaca. REFERÊNCIA.: Lavie CJ, Thomas RJ, Squires RW, Allison TG, Milani RV. Exercise training and cardiac rehabilitation in primary and secondary prevention of coronary heart disease. Mayo Clin Proc. 2009;84(4):373-83.
- Quais os exames e testes são necessários para ingresso no programa de reabilitação Cardíaca. R.: São necessários os seguintes exames e testes:
- Ecocardiograma= é um exame de ultrassom que permite que permite a aquisição de imagens em tempo real do coração, com o objetivo de diagnosticar alterações estruturais e funcionais do coração.
- Teste ergométrico= consiste na avaliação do comportamento cardiovascular quando submetido a esforço físico gradualmente crescente, na esteira rolante. Durante o exame é realizado a monitoração contínua do eletrocardiograma, da frequencia cardíaca, da pressão arterial e dos sintomas do paciente.
- Eletrocardiograma= utilizado para detectar problemas cardíacos e monitorar o coração em muitas situações, podendo ser realizado em consultório médico, salas de emergência e ambulância. Esse teste é indolor, invasivo e com resultados rápidos. Os eletrodos detectam a atividade elétrica do seu coração e são colocados no tórax, braços e pernas do paciente e deixados por poucos minutos.
- MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial) = trata-se de um mini gravador digital acoplado á cintura do paciente e conectado a uma braçadeira presa ao braço que é insuflado a cada 20-30 minutos registrando a pressão arterial em vários momentos do dia. Ele auxilia no diagnóstico de hipertensão arterial e seus diagnósticos diferenciais. REFERÊNCIA.: Van Camp SP, Peterson RA. Cardiovascular complications of outpatient cardiac rehabilitation programs. JAMA. 1986;256(9):1160-3.
- Descreva a Estratificação de risco e os Benefícios da reabilitação cardiovascular. R.: A reabilitação cardiovascular promove a melhora da qualidade de vida dos pacientes cardiopatas, quando conduzidas por profissionais capacitados. A melhora da qualidade de vida vem em resposta das adaptações morfológicas e funcionam que são dadas devido ao exercício físico elaborado individualmente para o paciente, que faz com que ele responda melhor ao esforço físico, suportando maiores cargas sem fadiga. As adaptações variam conforme o exercício dado, a gravidade do diagnóstico. Os efeitos do exercício dependem das adaptações centrais (cardíacas) como das periféricas (musculares e vasculares), para que possa permitir melhor extração e utilização do oxigênio pelos músculos esqueléticos envolvidos no exercício. A estratificação de risco da reabilitação depende da avaliação feita. Os pacientes são divididos em: Baixo risco: podem ser reavaliados anualmente. Pacientes com a capacidade funcional sendo de 7 METs, ausência de isquemia miocárdica em repouso ou teste de esforço com intensidade menor que 6 METs; fração de ejeção do ventrículo esquerdo sendo maior de 50%; resposta
risco que ela apresenta como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia, entre outros. Já como contraindicação, a reabilitação cardíaca é contraindicada para pacientes que apresentam tais diagnósticos: angina instável, embolia, infecção sistêmica aguda, insuficiência cardíaca descompensada, entre outros. REFERÊNCIA.: SARMENTO,GJ. O ABC da Fisioterapia respiratória. Barueri: Manole,
- Página 439-444. PARTE 2
- Como se prescreve a intensidade do exercício na Reabilitação cardíaca na fase I, fase II e Fase III ou IV? R.: Fase l: exercícios para paciente internado, se inicia assim que as condições do paciente estão estabilizadas. O médico responsável deve indicar o melhor momento para iniciar essa fase. Exercícios de baixa intensidade durante a internação hospitalar tem-se mostrado seguros, praticáveis e benéficos, embora não seja observada nenhuma melhora na aptidão cardiovascular com atividades de baixa intensidade. Fase ll: intensidade do exercício tem base nos resultados do teste de esforço. Uma intensidade de treinamento adequada é de 60 a 80 por cento da absorção máxima de oxigênio pelo paciente, ou da capacidade de trabalho físico. Fase lll e lV: na a fase III a prescrição de exercícios deve ser revista periodicamente, incorporando os ganhos obtidos. Já a fase lV, é considerada um programa de manutenção, quando a maioria dos parâmetros físicos e fisiológicos estão estagnados. REFERÊNCIA: PARREIRAS, LP; OVANDO, AC. Exercício físico e reabilitação
cardiovascular. Revista Digital, Buenos Aires, dezembro, 2008, nº127. Disponível em:
https://www.efdeportes.com/efd127/exercicio-fisico-e-reabilitacao-cardiovascular.htm
- Como deve ser elaborado uma sessão de Reabilitação cardíaca na fase I? Aborde as etapas, duração e tipo de exercício? R.: Inicia-se nas primeiras 12-24h após EAM
Frequência: 2 a 4 vezes por dia. Intensidade: escala de Borg ≤ 13. Pós CABG FCR +30bpm. Pós EAM FC<120bpm ou FCR +20bpm. Duração: 3 a 5 minutos de períodos de exercício ativo que podem ser intercalados com marcha lenta. Progressão: quando realizado 10 a 15 min. de exercício contínuo deve ser aumentada a intensidade do mesmo, consoante tolerância. REFERÊNCIA: PARREIRAS, LP; OVANDO, AC. Exercício físico e reabilitação
cardiovascular. Revista Digital, Buenos Aires, dezembro, 2008, nº127. Disponível em:
https://www.efdeportes.com/efd127/exercicio-fisico-e-reabilitacao-cardiovascular.htm
- Como deve ser elaborado uma sessão de Reabilitação cardíaca na fase II? Aborde as etapas, freqüência, duração, modalidade. R.: Etapas: estão envolvidas 3 etapas, aquecimento, treinamento e desaquecimento. Aquecimento: duração de 5 a 10 min, sendo efetuados exercícios de alongamento, dinâmicos aeróbios e de coordenação, associados a exercícios respiratórios. Objetivo: preparar os sistemas musculoesquelético e cardiorrespiratório para a fase de condicionamento propriamente dito. Condicionamento: exercitar o paciente a uma frequência cardíaca programada a fim de obter efeito de treinamento. A intensidade do esforço deve ser aumentada gradualmente até o nível de treino programado. Essa etapa pode ser composta por caminhadas ou outra modalidade de exercício físico em bicicleta e esteira ergométrica. A duração total varia até cerca de 40 min. Desaquecimento: atividade física mantida com baixa intensidade de esforço. Deve-se manter um débito cardíaco adequado através do aumento do retorno venoso pela ação de massageamento das veias através da contração e relaxamento muscular. Exercícios de relaxamento podem ser realizados no final do desaquecimento, e reduzir a frequência cardíaca, a pressão arterial e a incidência de arritmias cardíacas. Duração: as sessões tem duração de aproximadamente uma hora e devem ser realizadas três vezes por semana, em dias alternados. Frequência: depende da intensidade e duração. São recomendadas três a cinco sessões de exercícios por semana. A prescrição do exercício é baseada em atividades físicas com
REFERÊNCIA.: SARMENTO,GJ. O ABC da Fisioterapia respiratória. Barueri: Manole,
- Página 443-444.
- Quais os critérios clínicos e de monitorização denotam a necessidade de se interromper o exercício nas fases do Programa de Reabilitação Cardíaca? R.: Risco alto:
- Baixa capacidade funcional no TE (menor que 5 equivalentes metabólicos) ou no TCPE (classificação de Weber C e D ou consumo de oxigênio abaixo de 60% do predito para idade e sexo);
- Sinais e sintomas de isquemia miocárdica em baixa carga (abaixo de 6 MET ou de VO de 15 ml.kg-1.min-1);
- Sintomatologia exacerbada (IC com classe funcional III e IV ou angina classe funcional III e IV).
- Outras características clínicas de pacientes com risco aumentado aos exercícios físicos: doença renal crônica dialítica, dessaturação de oxigênio em esforço e arritmia ventricular complexa em repouso ou esforço. Risco intermediário: Evento cardiovascular ou intervenções com intervalo superior a 12 semanas, com estabilidade do quadro clínico;
- Pacientes cardiopatas que ainda apresentam algumas alterações funcionais em esforço físico:
- Moderada capacidade funcional no TE (entre 5 e 7 MET) ou no TCPE (classificação de Weber B ou VO entre 60 e 85% do predito para idade e sexo);
- Sinais e sintomas de isquemia em carga acima de 6 MET ou com VO acima de 15 ml.kg-1.min-1;
- Sintomatologia de menor magnitude (IC com classe
funcional I e II ou angina classe funcional I e II).
- Outras características clínicas que o médico responsável pela avaliação pré-participação julgue como de risco intermediário aos exercícios físicos. Risco Baixo: Evento cardiovascular ou intervenções com intervalo superior a 6 meses e estabilidade clínica;
- Pacientes cardiopatas que não apresentam alterações funcionais em esforço físico ou que estas sejam muito discretas quando presentes;
- Os pacientes nessa classificação costumam apresentar as seguintes características:
- Boa capacidade funcional no TE (superior a 7 MET) ou no TCPE (classificação de Weber A ou VO acima de 85% do predito para idade e sexo);
- Ausência de sinais e sintomas de isquemia miocárdica ou de outra sintomatologia anormal ao esforço físico. REFERÊNCIA.: SARMENTO,GJ. O ABC da Fisioterapia respiratória. Barueri: Manole,
- Página 439-444. CONCLUSÃO: Podemos trazer como conclusão que o tratamento de reabilitação pode trazer diversos benefícios para pacientes que portam doenças cardiovasculares, se forem realizados por profissionais capacitados. É necessário trazer a atenção e o conhecimento para as fases da reabilitação para que possa ser elaborado exercícios de acordo com a fase do paciente.