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Equilíbrio Químico: Reações Não em Equilíbrio e Quociente de Reação, Provas de Cálculo

Este documento explica o conceito de equilíbrio químico e como determinar a direção de uma reação que não se encontra em equilíbrio usando o quociente de reação. O professor frank pereira de andrade da universidade federal de são joão del rei (ufsj) fornece exemplos de reações em equilíbrio e não em equilíbrio, e explica como a relação entre produtos e reagentes influencia o equilíbrio.

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Selecao2010
Selecao2010 🇧🇷

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bg1
Material 9 Equilíbrio Químico Parte 2
Professor Frank Pereira de Andrade
Universidade Federal de São João Del Rei
Campus Centro Oeste Dona Lindu (CCO/UFSJ)
DIREÇÃO DE UMA REAÇÃO: QUOCIENTE DE REAÇÃO (Q)
Considere a seguinte reação:
a A(aq) + b B(aq) c C(aq) + d D(aq)
Esta reação possui uma constante de equilíbrio governada por
,
indicando que, numa dada proporção e temperatura, o sistema encontra-se em
equilíbrio.
Contudo, devemos nos atentar que em algumas situações o sistema não se encontra
em equilíbrio. As situações em que o sistema não se encontra em equilíbrio são: início
da reação, onde a composição ainda não é constante e quando o sistema é perturbado
(fazendo com que o mesmo se restabeleça Princípio de Le Chatelier).
Quando um sistema não se encontra em equilíbrio, o mesmo se restabelece. Para isso,
haverá maior produção de reagentes ou produtos. Em outras palavras, a reação se
processará no sentido direto ou indireto. Nesse sentido, para podermos prever a
direção de uma reação que não se encontra em equilíbrio, utilizaremos o parâmetro
QUOCIENTE DE REAÇÃO (Q), que é a RELAÇÃO ENTRE OS PRODUTOS E OS REAGENTES
ELEVADOS AOS RESPECTIVOS COEFICIENTES ESTEQUIOMÉTRICOS. Aplicando que para
a reação acima, temos:
.
Observe que é a mesma expressão que a CONSTANTE DE EQUILÍBRIO (K). Contudo, é
válida quando o sistema NÃO SE ENCONTRA EM EQUILÍBRIO.
Temos então as seguintes situações:
Se > As concentrações dos produtos são maiores que as concentrações em
equilíbrio. Neste sentido a reação ocorre no sentido inverso.
Exemplo:
Considere a seguinte reação em equilíbrio: R(aq) P(aq) , onde [R] = 10 e [P] = 20.
A constante de equilíbrio para esta reação é dada por
= 2,0 .
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Professor Frank Pereira de Andrade Universidade Federal de São João Del Rei

DIREÇÃO DE UMA REAÇÃO: QUOCIENTE DE REAÇÃO (Q)

Considere a seguinte reação:

a A(aq) + b B(aq) ⇌ c C(aq) + d D(aq)

Esta reação possui uma constante de equilíbrio governada por ,

indicando que, numa dada proporção e temperatura, o sistema encontra-se em equilíbrio. Contudo, devemos nos atentar que em algumas situações o sistema não se encontra em equilíbrio. As situações em que o sistema não se encontra em equilíbrio são: início da reação, onde a composição ainda não é constante e quando o sistema é perturbado (fazendo com que o mesmo se restabeleça – Princípio de Le Chatelier). Quando um sistema não se encontra em equilíbrio, o mesmo se restabelece. Para isso, haverá maior produção de reagentes ou produtos. Em outras palavras, a reação se processará no sentido direto ou indireto. Nesse sentido, para podermos prever a direção de uma reação que não se encontra em equilíbrio, utilizaremos o parâmetro QUOCIENTE DE REAÇÃO (Q), que é a RELAÇÃO ENTRE OS PRODUTOS E OS REAGENTES ELEVADOS AOS RESPECTIVOS COEFICIENTES ESTEQUIOMÉTRICOS. Aplicando que para

a reação acima, temos:.

Observe que é a mesma expressão que a CONSTANTE DE EQUILÍBRIO (K). Contudo, é válida quando o sistema NÃO SE ENCONTRA EM EQUILÍBRIO. Temos então as seguintes situações:

 Se > → As concentrações dos produtos são maiores que as concentrações em equilíbrio. Neste sentido a reação ocorre no sentido inverso.

Exemplo:

Considere a seguinte reação em equilíbrio: R(aq) ⇌ P(aq) , onde [R] = 10 e [P] = 20.

A constante de equilíbrio para esta reação é dada por = 2,.

Professor Frank Pereira de Andrade Universidade Federal de São João Del Rei

Agora, considere uma situação em que [P] = 35. Devido, por exemplo, à adição de 15 produtos. Observe que a [P]atual é maior que a [P]equilíbrio. Neste sentido, a relação entre produtos

e reagentes é dada por: = 3,5. Note que o sistema não se encontra em equilíbrio.

Neste sentido, não utilizamos “K” para expressar a relação entre produtos e reagentes,

mas sim “Q”. Temos então: = 3,5. Para que o sistema volte ao equilíbrio, deve

haver um aumento na [R] ou diminuição na [P], até que a relação volte ao valor da constante. Em outras palavras, haverá um maior consumo de produtos e, consequentemente, maior formação de reagentes. Ou seja, a reação se processará no sentido inverso (sentido de formação de reagentes) para que o equilíbrio seja restabelecido.

= 3,09 ; = 2,75 ; = 2,46 ; = 2,21 ; = 2,0 = K.

 Se < → As concentrações dos reagentes são maiores que as concentrações em equilíbrio. Neste sentido a reação ocorre no sentido direto.

Exemplo:

Considere a seguinte reação em equilíbrio: R(aq) ⇌ P(aq) , onde [R] = 10 e [P] = 20.

A constante de equilíbrio para esta reação é dada por = 2,.

Agora, considere uma situação em que [R] = 17,5. Devido, por exemplo, à adição de 7, reagentes. Observe que a [R]atual é maior que a [R]equilíbrio. Neste sentido, a relação entre produtos

e reagentes é dada por: = 1,14. Note que o sistema não se encontra em equilíbrio.

Neste sentido, não utilizamos “K” para expressar a relação entre produtos e reagentes,

mas sim “Q”. Temos então: = 1,14. Para que o sistema volte ao equilíbrio,

deve haver um aumento na [P] ou diminuição na [R], até que a relação volte ao valor da constante. Em outras palavras, haverá um maior consumo de reagentes e,

Professor Frank Pereira de Andrade Universidade Federal de São João Del Rei

Este raciocínio nos permite dizer se uma reação (que se encontra em equilíbrio) favorece mais a formação de reagentes ou de produtos. Temos então as seguintes possibilidades:

 Se “K” é grande → o equilíbrio favorece os produtos. Isto é válido para valores de **K

10^3.  Se “K” é pequeno → o equilíbrio favorece os reagentes. Isto é válido para valores de K < 10 –^3.  Se “K” é intermediário → o equilíbrio NÃO favorece os produtos nem os reagentes. Isto é válido para valores de K maiores que 10–^3 e menores que 10^3. Ou seja, é válido para 10 –^3 < K < 10^3.**

EXEMPLOS:

  1. A constante de equilíbrio para a reação H2(g) + Cl2(g)2 HCl(g) é:

= 4 x 10^18.

Uma vez que K > 10^3 , pode-se dizer que o equilíbrio encontra-se mais deslocado no sentido de formação de produtos.

  1. A constante de equilíbrio para a reação N2(g) + O2(g)2 NO(g) é:

= 3,4 x 10–^21.

Uma vez que K < 10 ^3 , pode-se dizer que o equilíbrio encontra-se mais deslocado no sentido de formação de reagentes.

Usando ainda o mesmo raciocínio, a constante de equilíbrio nos permite dizer se um ácido, ou uma base, é forte ou fraco. Este raciocínio será explorado mais à frente, em EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE. → To s est s o serv ções são v i s p r re ções n f se v por.

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FORMAS ALTERNATIVAS DE CONSTANTES DE EQUILÍBRIO

Geralmente, as Constantes de Equilíbrio são escritas com os MENORES COEFICIENTES ESTEQUIOMÉTRICOS INTEIROS.

EXEMPLOS:

  1. Considere a seguinte reação: N 2 O4(g) ⇌ NO(g). Ao alcançar o equilíbrio a 100 °C

tem-se = 0,0429 atm e = 0,526 atm. Determine K nesta temperatura.

Iniciaremos pelo balanceamento da equação, que pode assumir os seguintes coeficientes estequiométricos:

N 2 O4(g) ⇌ 2 NO(g) ; 2 N 2 O4(g) ⇌ 4 NO(g) ; 3 N 2 O4(g) ⇌ 6 NO(g) , etc...

Vamos então calcular a constante para cada possibilidade de balanceamento.

N 2 O4(g)2 NO(g) 2 N 2 O4(g)4 NO(g) 3 N 2 O4(g)6 NO(g)

Observe que os valores não coincidem. Podemos concluir que os coeficientes estequiométricos influenciam no cálculo das constantes de equilíbrio. Dessa forma, toda constante de equilíbrio é calculada com os MENORES COEFICIENTES ESTEQUIOMÉTRICOS INTEIROS.

Também podemos observar que a reação N 2 O4(g)2 NO(g) possui os menores

coeficientes estequiométricos inteiros. Neste sentido, a constante de equilíbrio é 6,449. Chamaremos esta constante de “ 1 ”. Assim, temos K 1 = 6,.

Agora observe a reação 2 N 2 O4(g)4 NO(g) , onde os coeficientes foram

multiplicados por 2. Chamaremos a constante de “ 2 ”. Assim, temos K 2 = 41,59. Este

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Esta constante pode ser obtida da seguinte maneira:

. Observe que Kc3 pode ser obtido pelo

produto de Kc1 e Kc2. Assim, Kc3 = 6,8 x 10–^49 x 5,8 x 10–^34 = 3,94 x 10–^82. Em outras palavras: Kc3 = Kc1 x Kc.

→ To s as considerações realizadas neste material são validas para reações na fase vapor, bem como para as reações em solução aquosa.

EXERCÍCIOS:

1 (2ª prova aplicada no 1º semestre de 2016) – Dados os equilíbrios abaixo, faça o que se pede:

Bi 2 S3(s)2 Bi3+(aq) + 3 S^2 – (aq) Kps = 1,0 x 10–^97

BiClO(s)Bi3+(aq) + ClO^3 – (aq) Kps = 7,0 x 10–^9

a) Calcule K para a reação: BaClO(s) + S^2 – (aq)½ Bi 2 S3(s) + ClO^3 – (aq)

b) A reação BaClO(s) + ½ S^2 – (aq)½ Bi 2 S3(s) + ClO^3 – (aq) está mais deslocada para

a direita, para a esquerda ou intermediário?

2 (2ª prova aplicada no 1º semestre de 2016) – A 900 K, a reação 2 SO2(g) + O2(g)

2 SO3(g) possui K = 0,345. Em uma mistura em equilíbrio as pressões parciais de SO 2 e O 2 são, respectivamente, 0,165 e 0,755 atm.

a) Determine a pressão parcial de SO 3 na mistura em equilíbrio. b) Considerando R = 8,3145 x 10 –^2 , Calcule Kc para a reação nessa mesma temperatura.

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c) Nessas condições, diga se o equilíbrio está mais deslocado para a direita, para a esquerda ou se está em um estado intermediário?

3 (2ª prova aplicada no 2º semestre de 2015) – Dados os equilíbrios abaixo, faça o que se pede:

Ag 2 CO3(s)2 Ag+(aq) + CO 32 – (aq) Kps = 6,2 x 10–^12

AgCl(s)Ag+(aq) + Cl–(aq) Kps = 1,6 x 10–^10

a) Calcule K para a reação: AgCl(s) + ½ CO 32 – (aq)½ Ag 2 CO3(s) + Cl–(aq)

b) A reação AgCl(s) + ½ CO 32 – (aq)½ Ag 2 CO3(s) + Cl–(aq) está mais deslocada para

a direita, para a esquerda ou intermediário?

4 (2ª prova aplicada no 2º semestre de 2015) – A 226,85 °C, tem-se as seguintes concentrações em equilíbrio: [CH 3 CO] = 0,0203 mol/L ; [CO] = 0,085 mol/L e [H 2 ] = 0,151 mol/L. Considerando R = 8,3145 x 10–^2 , Calcule K para a reação CO(g) + 2 H2(g)

CH 3 OH(g) nessa mesma temperatura.

5 (2ª prova aplicada no 1º semestre de 2015) – Dados os equilíbrios abaixo, faça o que se pede:

Pbl2(s)Pb2+(aq) + 2 l–(aq) Kps = 7,9 x 10–^9

PbSO4(s)Pb2+(aq) + SO 42 – (aq) Kps = 1,6 x 10–^8

a) Calcule K para a reação: PbSO4(s) + 2 I–(aq)PbI2(s) + SO 42 – (aq)

b) A reação PbSO4(s) + 2 I–(aq)PbI2(s) + SO 42 – (aq) está mais deslocada para a

direita, para a esquerda ou intermediário?