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QUALIDADE NOS SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS, Notas de aula de Metodologia

Resumo. Cada vez com mais recursos e mais ... A NBR 13133 fixa as condições exigíveis ... melhor forma possível, aos descritos na NBR 13133,.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Raimundo
Raimundo 🇧🇷

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QUALIDADE NOS SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS
Leila Meneghetti *1
*Tecnóloga e Engenheira Civil, professora do Departamento de Transportes e Obras de Terra da Fatec-SP, ministra aulas
da disciplina Topografia desde 1988.
Resumo
Cada vez com mais recursos e mais
difundidos, os softwares topográficos mostram-se
como ferramentas poderosas que, aliados aos
procedimentos de campo regulamentados,
possibilitam agilidade na execução e principalmente,
qualidade nos diversos serviços de Topografia.
Abstract
Every time with more resources and
spreader, the topographical softwares they show like
powerful findings that, allied to the regulated field
procedures, they enable agility in the execution and
mostly, quality in the Topography several services.
Introdução
Nos dias atuais, a busca pela qualidade em
produtos e serviços tem sido uma constante, e os
serviços topográficos não podem fugir a essa regra.
Até um passado recente, estes eram executados de
acordo com a experiência e capacidade do
profissional ou empresa responsáveis, que em
muitos casos deixavam de atender as necessidades
do contratante simplesmente por este não saber
definir com clareza a finalidade do serviço
solicitado.
A norma da ABNT NBR 13.133, que
regulamenta a execução dos serviços topográficos,
em vigor desde de junho de 1996, veio de encontro
com as necessidades de contratantes e contratados,
que antes não tinham sequer uma tabela de
referência de serviços, para, por exemplo,
estabelecimento de honorários profissionais.
Segundo Irineu Idoeta, presidente da
comissão elaboradora, a implantação dessa norma e
sua difusão cada vez maior sana problemas como a
falta generalizada de redes de vértices de apoio
básico e a ausência de uma referência única em
plantas cadastrais dos municípios, entre muitos
outros.
Método
A NBR 13133 fixa as condições exigíveis
para execução de levantamentos topográficos para
diferentes fins, entre os quais o conhecimento geral
do terreno (relevo, limites, confrontantes, área,
localização, amarração e posicionamento).
Para estabelecer a metodologia de um
levantamento topográfico, deve-se considerar as
dimensões da área a ser levantada e sua finalidade
básica, enquadrando-o em uma das classes de
levantamento topográfico constantes nas tabelas da
NBR 13133.
Esse enquadramento se faz considerando:
escala do desenho adequada, eqüidistância das
curvas de nível necessária e densidade de pontos a
serem medidos, segundo o grau de detalhamento
solicitado pela finalidade do levantamento ou pelas
condições locais.
Quando se trata de levantamentos de
pequenas áreas, torna-se necessário adequá-los, da
melhor forma possível, aos descritos na NBR 13133,
para que estes possam ser executados corretamente,
compatibilizando medidas angulares, medidas
lineares, medidas de desníveis e as respectivas
tolerâncias em função dos erros, selecionando
métodos, processos e instrumentos para a obtenção
de resultados compatíveis com a destinação do
levantamento, assegurando que a propagação de
erros não exceda os limites de segurança inerentes a
esta destinação.
Todo o instrumental a ser utilizado no
serviço deve ser previamente checado e, no caso dos
aparelhos, estes devem ter a precisão pré-definida
em função do respectivo desvio-padrão.
Uma vez definida a classe de levantamento,
deve-se obedecer a metodologia correspondente
estabelecida nas referidas tabelas da norma.
Resultado
A partir de experiências obtidas, chegou-se
a um pequeno roteiro de execução, montado para
orientar e organizar o levantamento de medidas de
campo e o processamento desses dados até a
execução da planta topográfica, em particular para
usuários do software TOPOEVN e que desejam
obedecer as diretrizes da NBR 13133.
I - Planejando o levantamento:
- Visita prévia ao local;
- Busca de documentação (escrituras,
registros em prefeitura), para determinação do ponto
de partida do trabalho;
- Pesquisa do objetivo do levantamento. Em
função do resultado esperado, o mesmo é
enquadrado em uma das classes de levantamento
definidas nas normas de execução;
- Definição da classe do levantamento, de
acordo com as tabelas da NBR 13133, a partir das
quais se determina a metodologia a ser adotada e
aparelhagem a ser utilizada. Se houver necessidade,
em função das condições locais, deve-se adequar o
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QUALIDADE NOS SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS

Leila Meneghetti *^1

  • Tecnóloga e Engenheira Civil, professora do Departamento de Transportes e Obras de Terra da Fatec-SP, ministra aulas da disciplina Topografia desde 1988.

Resumo

Cada vez com mais recursos e mais difundidos, os softwares topográficos mostram-se como ferramentas poderosas que, aliados aos procedimentos de campo regulamentados, possibilitam agilidade na execução e principalmente, qualidade nos diversos serviços de Topografia.

Abstract

Every time with more resources and spreader, the topographical softwares they show like powerful findings that, allied to the regulated field procedures, they enable agility in the execution and mostly, quality in the Topography several services.

Introdução

Nos dias atuais, a busca pela qualidade em produtos e serviços tem sido uma constante, e os serviços topográficos não podem fugir a essa regra. Até um passado recente, estes eram executados de acordo com a experiência e capacidade do profissional ou empresa responsáveis, que em muitos casos deixavam de atender as necessidades do contratante simplesmente por este não saber definir com clareza a finalidade do serviço solicitado. A norma da ABNT NBR 13.133, que regulamenta a execução dos serviços topográficos, em vigor desde de junho de 1996, veio de encontro com as necessidades de contratantes e contratados, que antes não tinham sequer uma tabela de referência de serviços, para, por exemplo, estabelecimento de honorários profissionais. Segundo Irineu Idoeta, presidente da comissão elaboradora, a implantação dessa norma e sua difusão cada vez maior sana problemas como a falta generalizada de redes de vértices de apoio básico e a ausência de uma referência única em plantas cadastrais dos municípios, entre muitos outros.

Método

A NBR 13133 fixa as condições exigíveis para execução de levantamentos topográficos para diferentes fins, entre os quais o conhecimento geral do terreno (relevo, limites, confrontantes, área, localização, amarração e posicionamento). Para estabelecer a metodologia de um levantamento topográfico, deve-se considerar as dimensões da área a ser levantada e sua finalidade básica, enquadrando-o em uma das classes de

levantamento topográfico constantes nas tabelas da NBR 13133. Esse enquadramento se faz considerando: escala do desenho adequada, eqüidistância das curvas de nível necessária e densidade de pontos a serem medidos, segundo o grau de detalhamento solicitado pela finalidade do levantamento ou pelas condições locais. Quando se trata de levantamentos de pequenas áreas, torna-se necessário adequá-los, da melhor forma possível, aos descritos na NBR 13133, para que estes possam ser executados corretamente, compatibilizando medidas angulares, medidas lineares, medidas de desníveis e as respectivas tolerâncias em função dos erros, selecionando métodos, processos e instrumentos para a obtenção de resultados compatíveis com a destinação do levantamento, assegurando que a propagação de erros não exceda os limites de segurança inerentes a esta destinação. Todo o instrumental a ser utilizado no serviço deve ser previamente checado e, no caso dos aparelhos, estes devem ter a precisão pré-definida em função do respectivo desvio-padrão. Uma vez definida a classe de levantamento, deve-se obedecer a metodologia correspondente estabelecida nas referidas tabelas da norma.

Resultado

A partir de experiências obtidas, chegou-se a um pequeno roteiro de execução, montado para orientar e organizar o levantamento de medidas de campo e o processamento desses dados até a execução da planta topográfica, em particular para usuários do software TOPOEVN e que desejam obedecer as diretrizes da NBR 13133.

I - Planejando o levantamento:

  • Visita prévia ao local;
  • Busca de documentação (escrituras, registros em prefeitura), para determinação do ponto de partida do trabalho;
  • Pesquisa do objetivo do levantamento. Em função do resultado esperado, o mesmo é enquadrado em uma das classes de levantamento definidas nas normas de execução;
  • Definição da classe do levantamento, de acordo com as tabelas da NBR 13133, a partir das quais se determina a metodologia a ser adotada e aparelhagem a ser utilizada. Se houver necessidade, em função das condições locais, deve-se adequar o

levantamento ao tipo de poligonal e normas de procedimento que melhor atenderem as necessidades do trabalho;

  • Checagem das condições gerais de todo o instrumental.

II - Implantando os pontos de apoio:

  • Determinação do ponto de partida. Uma vez definido o ponto inicial do levantamento, deve- se amarrá-lo a, no mínimo, dois pontos da rede de referência cadastral ou, se isso não for possível, a pontos notáveis das imediações ou ainda à quadra de localização do terreno;
  • Materialização dos marcos topográficos por pinos ou piquetes. As distâncias entre os marcos devem estar dentro dos limites estabelecidos pela classe da poligonal na qual o levantamento foi enquadrado;
  • Adoção de um tipo básico de poligonal: fechada, aberta ou secundária. No caso de poligonais secundárias, que são poligonais fechadas em pontos diferentes, deve-se conhecer as coordenadas da “base de partida” (estação de partida e estação de ré) e as da “base de chegada” (estação de chegada e estação de vante). Somente nos casos de levantamentos expeditos recorre-se ao uso de poligonais abertas, já que elas não possibilitam nenhum tipo de controle sobre os erros cometidos no levantamento. No caso de levantamentos onde se obedecem os critérios de exatidão as poligonais abertas podem ser utilizadas apenas como pequenas extensões ou prolongamentos, partindo de uma base de poligonal já existente e utilizando essa base para amarração do azimute e das coordenadas de partida.

III - Executando as medidas angulares e lineares:

  • Instalação do instrumento no marco inicial. Utilizando bússola ou declinatória, no primeiro ponto da poligonal, o aparelho deve ser zerado no norte magnético, obtendo-se assim ângulos lidos em azimute para todos os pontos levantados a partir desse marco;
  • Materialização dos pontos de ré e vante. É interessante que, ao se cravar o primeiro ponto da poligonal base e o ponto de vante, se crave também o ponto de ré, para facilitar a obtenção do ângulo de fechamento, evitando assim, estacionar novamente no ponto de partida. O ângulo de fechamento de poligonais fechadas, é o ângulo externo, medido do ponto de ré ao ponto de vante, quando se está estacionado no primeiro ponto da poligonal. Para poligonais secundárias, o ângulo horizontal de fechamento é o ângulo horário, medido da ré à vante, quando se está estacionado no último ponto da poligonal base secundária;
  • Adoção do sentido de caminhamento da poligonal base e do método de leitura do ângulo horizontal (que pode ser em azimute, em ângulo externo, em ângulo interno, por deflexão ou por rumo, exceto no primeiro ponto, que será sempre em

azimute). É aconselhável que se efetue o caminhamento da poligonal base no sentido horário, pois em alguns casos quando se trabalha no sentido anti-horário o ângulo de fechamento se inverte, passando a ser o interno;

  • Independente quanto ao método de leitura dos ângulos horizontais adotado, deve-se utilizar, nas medidas dos pontos das poligonais, a série de leituras conjugadas recomendadas pelas tabelas definidas na NBR, de acordo com a classe em que o levantamento foi enquadrado;
  • Execução das medidas lineares. Quando não se dispõe de distanciômetros eletrônicos, as medidas dos lados das poligonais ou de pontos importantes como os de divisa do terreno, devem ser feitas com trenas de aço aferidas, inclinadas ou reduzidas no horizonte, vante e ré, com controle taqueométrico utilizando leitura dos três fios. Os pontos de detalhe comuns podem ser medidos por taqueometria;
  • Nivelamento e contra-nivelamento geométrico dos pontos das poligonais. É imprescindível para melhor precisão dos dados altimétricos, principalmente quando não se dispõe de equipamentos como estações totais, que fornecem diretamente a diferença de nível entre a estação e o ponto visado.

IV - Processando os dados de campo:

  • Introdução das medidas lineares e angulares obtidas em campo no sistema para cálculo. Se o equipamento utilizado em campo não contar com um armazenador de dados, a caderneta de campo deve ser digitada com a máxima atenção. São informados primeiramente os dados iniciais do levantamento, como: local, proprietário, imóvel, tipo de levantamento, sistema de poligonal, métodos adotados nas medições angulares e lineares. Após a definição do levantamento, são incluídas as medidas obtidas dos pontos das poligonais e dos detalhes;
  • Cálculos da caderneta de campo. Após a inclusão e manutenção dos dados da caderneta de campo, automaticamente pelos armazenadores de dados ou digitados manualmente, solicita-se ao sistema que efetue os cálculos. São informados os erros obtidos (angulares, lineares e altimétricos) e pode-se distribuí-los da forma mais conveniente. Os cálculos podem ser processados quantas vezes forem necessárias, toda vez que ocorrer alguma manipulação dos dados da caderneta de campo ou da definição inicial;
  • Agrupamento de poligonais. Se num mesmo levantamento foram implantadas, além da poligonal base, poligonais secundárias ou abertas, estas deverão estar amarradas a pontos de coordenadas definidas da poligonal base. Os dados dessas poligonais auxiliares são introduzidos em arquivos separados, sendo que, após os devidos cálculos e ajustes, são exportados para o arquivo da poligonal principal, formando um só conjunto;
  • Formação de glebas. Quando se deseja determinar a área de alguma porção do terreno