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Sinais de Alerta em Crianças: Puericultura e Consultas Periódicas, Esquemas de Medicina

Os sinais de alerta que podem indicar necessidade de encaminhamento urgente de uma criança, além de detalhar as consultas periódicas de puericultura e suas finalidades. O texto aborda os objetivos da primeira visita domiciliar, os testes de triagem neonatal e a importância de acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 08/02/2024

jay.firmo
jay.firmo 🇧🇷

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Os sinais de alerta se referem a condições que podem levar o RN à morte em um curto espaço de tempo, geralmente
por infecções bacterianas, e incluem:
→ Febre (37,5ºC ou mais) ou hipotermia (menos que 35,5°C)
→ Alterações respiratórias (apneia, FR > 60, tiragem subcostal ou batimentos de asa de nariz)
→ Alterações cardiovasculares (FC < 100, cianose generalizada ou palidez importante)
→ Alterações gastrointestinais (recusa alimentar, vômitos importantes)
→ Alterações comportamentais (letargia ou atividade reduzida)
→ Alterações na pele (secreção purulenta no ouvido ou no umbigo, pústulas na pele)
→ Icterícia evidente
Abaulamento de fontanela
→ Convulsões
As consultas mínimas devem ser mensais até o 6° mês, trimestrais do 6° ao 12° mês, semestrais do 12° ao 24° mês e
anuais a partir do 3° ano de vida.
M = consulta médica
E = consulta com enfermagem
Puericultura
Puericultura é a consulta médica periódica de uma criança feita com o propósito de avaliar seu
crescimento e desenvolvimento de maneira próxima, realizar a promoção à saúde da criança e
identificar possíveis fatores de risco e sinais de perigo que cercam a criança.
Após a alta hospitalar, é necessário assegurar uma primeira visita domiciliar realizada pelo ACS
entre o 3° e o 5° dia de vida e uma consulta médica na USF até 10 dias após o parto.
Os objetivos da primeira visita domiciliar são:
Atualizar a ficha A do SIAB (cadastro de famílias na microárea do ACS)
Colher informações do parto e observar o estado geral da mãe
Orientar sobre o aleitamento materno, cuidados com higiene e o coto umbilical
Orientar sobre a consulta de puerpério e de acompanhamento do bebê, que deverá acontecer até
o 10º dia após o parto na USF (se possível agendar as consultas na mesma data para a mãe e filho),
estimulando a participação do pai
Avaliar a Carteira da Criança, quanto à realização dos testes de triagem neonatal (pezinho,
orelhinha, olhinho e coraçãozinho) e aplicação da vacina de hepatite B prevista ao nascer (caso
não tenha sido aplicada no hospital, orientar a aplicação na USF)
Verificar o estado geral da criança, principalmente os sinais de alerta que indicam necessidade
de encaminhamento ao serviço de referência com urgência
Observações importantes
Atentar se a mãe for soropositiva ou portadora de HTLV é contraindicado o aleitamento
Prestar atenção especial às crianças, onde as condições ambientais, sociais e familiares sejam
desfavoráveis
Realizar busca ativa de puérperas e crianças que não compareceram à USF no prazo previsto
O calendário mínimo de consultas para assistência à criança contempla 8 consultas no 1º ano
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Os sinais de alerta se referem a condições que podem levar o RN à morte em um curto espaço de tempo, geralmente por infecções bacterianas, e incluem: → Febre (37,5ºC ou mais) ou hipotermia (menos que 35,5°C) → Alterações respiratórias (apneia, FR > 60, tiragem subcostal ou batimentos de asa de nariz) → Alterações cardiovasculares (FC < 100, cianose generalizada ou palidez importante) → Alterações gastrointestinais (recusa alimentar, vômitos importantes) → Alterações comportamentais (letargia ou atividade reduzida) → Alterações na pele (secreção purulenta no ouvido ou no umbigo, pústulas na pele) → Icterícia evidente → Abaulamento de fontanela → Convulsões As consultas mínimas devem ser mensais até o 6° mês, trimestrais do 6° ao 12° mês, semestrais do 12° ao 24° mês e anuais a partir do 3° ano de vida. M = consulta médica E = consulta com enfermagem Puericultura Puericultura é a consulta médica periódica de uma criança feita com o propósito de avaliar seu crescimento e desenvolvimento de maneira próxima, realizar a promoção à saúde da criança e identificar possíveis fatores de risco e sinais de perigo que cercam a criança. Após a alta hospitalar, é necessário assegurar uma primeira visita domiciliar realizada pelo ACS entre o 3° e o 5° dia de vida e uma consulta médica na USF até 10 dias após o parto. Os objetivos da primeira visita domiciliar são:

- Atualizar a ficha A do SIAB (cadastro de famílias na microárea do ACS) - Colher informações do parto e observar o estado geral da mãe - Orientar sobre o aleitamento materno, cuidados com higiene e o coto umbilical - Orientar sobre a consulta de puerpério e de acompanhamento do bebê, que deverá acontecer até o 10º dia após o parto na USF (se possível agendar as consultas na mesma data para a mãe e filho), estimulando a participação do pai - Avaliar a Carteira da Criança, quanto à realização dos testes de triagem neonatal (pezinho, orelhinha, olhinho e coraçãozinho) e aplicação da vacina de hepatite B prevista ao nascer (caso não tenha sido aplicada no hospital, orientar a aplicação na USF) - Verificar o estado geral da criança, principalmente os sinais de alerta que indicam necessidade de encaminhamento ao serviço de referência com urgência Observações importantes → Atentar se a mãe for soropositiva ou portadora de HTLV é contraindicado o aleitamento → Prestar atenção especial às crianças, onde as condições ambientais, sociais e familiares sejam desfavoráveis → Realizar busca ativa de puérperas e crianças que não compareceram à USF no prazo previsto → O calendário mínimo de consultas para assistência à criança contempla 8 consultas no 1º ano

O teste do pezinho permite a detecção de fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e hemoglobinopatias e deve ser realizado entre o 3° e 7° dia após o nascimento (tempo suficiente de ingerir quantidade razoável de proteína para avaliar fenilcetonúria). O principal fator de risco evolutivo para o RN é a prematuridade, que pode predispor a hemorragias cerebrais, displasia pulmonar alterações na retina. OBS: considera-se prematuro abaixo de 37 semanas e a prematuridade extrema abaixo de 30 semanas. No bebê prematuro, usa-se como base de comparação a idade corrigida e não a idade cronológica. A primeira consulta médica do RN deve ser completa e individualizada, focando nos seguintes tópicos: Anamnese

- Queixas referidas pela mãe e intercorrências - Condições gestacionais e perinatais - Presença de risco ao nascer e risco evolutivo - Verificar a realização e os resultados dos testes de triagem neonatal - Dificuldades e necessidades de intervenção na amamentação - Diurese e hábito intestinal - Higiene física (banho diário, coto umbilical, com os utensílios da criança) - Condições emocionais e ambientais - Situação vacinal Exame físico - Peso, comprimento e perímetro cefálico = comparar com curvas de desenvolvimento (escore z) - Estado geral = temperatura, respiração, atividade, hidratação - Face = assimetrias, deformidades, aparência sindrômica - Pele = edema, palidez, cianose, icterícia - Crânio = palpação das fontanelas (posterior fecha até o 2° mês e anterior até o 2° ano) - Olhos = reflexo fotomor e teste do olhinho (se positivo, encaminhar para oftalmologista) - Orelhas e audição = teste da orelhinha - Boca = exame da orofaringe - Tórax = assimetrias, ictus cordis, FC (entre 120 bpm e 160 bpm) - Abdome = distensões, escavações, aspecto do umbigo, FR (40 e 60 rpm) - Genitália = palpação dos testículos (descem até os 3 meses), visualizar meato urinário (excluir hipospadia e epispadia); nas meninas pode haver secreção por passagem dos hormônios maternos que se resolve espontaneamente - Ânus e reto = posição do orifício e presença de fissuras - Mobilidade e postura = motilidade dos membros e pé torto - Rastreamento para displasia evolutiva do quadril (1:1000) = manobras de Barlow e Ortolani - Reflexos arcaicos = sucção, preensão palmo-plantar, cutâneo-plantar-extensor e Moro

  1. Suplementação de crianças prematuras, com exposição insuficiente à luz solar, de pele escura e filhos de mães vegetarianas estritas que estejam sendo amamentados com vitamina D.
  2. Suplementação de todas as crianças a partir de 6 meses até 5 anos com vitamina A na dose de 100.000 UI uma única vez para crianças entre 6 e 11 meses e dose de 200.000 UI uma vez a cada 6 meses para crianças entre 12 e 59 meses (Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A do Ministério da Saúde). Vacinação Desenvolvimento Neuropsicomotor

- Entre 1 e 2 meses: percepção melhor de um rosto, medida com base na distância entre o bebê e o seio materno. - Em torno de 2 meses: inicia-se a ampliação do seu campo de visão (o bebê visualiza e segue objetos com o olhar). - Entre 2 e 3 meses: sorriso social. - Entre 2 e 4 meses: bebê fica de bruços, levanta a cabeça e os ombros. - Aos 3 meses: o bebê adquire noção de profundidade. - Aos 4 meses: preensão voluntária das mãos. - Entre 4 a 6 meses: o bebê vira a cabeça na direção de uma voz ou de um objeto sonoro. - Em torno dos 6 meses: inicia-se a noção de “permanência do objeto”. - A partir do 7º mês: o bebê senta-se sem apoio. - Entre 6 e 9 meses: o bebê arrasta-se, engatinha.

Os fatores de risco para problemas de desenvolvimento podem ser classificados em genéticos (síndrome de Down), biológicos (prematuridade, hipóxia neonatal, meningites) e/ou ambientais (fatores familiares, de ambiente físico, fatores sociais).

- Entre 6 e 8 meses: o bebê apresenta reações a pessoas estranhas. - Entre 9 meses e 1 ano: o bebê engatinha ou anda com apoio. - Em torno do 10º mês: o bebê fica em pé sem apoio. - Em torno de 1 ano: o bebê possui a acuidade visual de um adulto - Entre 1 ano e 1 ano e 6 meses: o bebê anda sozinho. - Entre 1 ano e 6 meses a 2 anos: o bebê corre ou sobe degraus baixos. - Em torno dos 2 anos: o bebê reconhece-se no espelho e começa a brincar de faz de conta. - Entre 2 e 3 anos: o bebê diz seu próprio nome e nomeia objetos como seus. - Entre 3 e 4 anos: a criança veste-se com auxílio. - Entre 4 e 5 anos: a criança conta ou inventa pequenas histórias. - A partir dos 10 anos: ocorrem mudanças associadas à puberdade e há um estirão de crescimento (nas meninas por volta dos 11 anos e nos meninos por volta dos 13 anos).