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Fibromialgia: Um Estudo de Caso de uma Paciente com História de Trauma Emocional - Prof. C, Trabalhos de Psicologia

Um estudo de caso de uma paciente com fibromialgia, uma doença crônica que envolve dor constante, fadiga e sensibilidade aumentada em certos pontos do corpo. A paciente, mariana, tem uma história de vida marcada por trauma emocional, estresse crônico e preocupação com o corpo, que podem estar contribuindo para o desenvolvimento ou agravamento de sua condição. O estudo aborda a importância de uma abordagem holística no tratamento da fibromialgia, incluindo o manejo dos fatores emocionais e psicológicos que podem estar contribuindo para a condição.

Tipologia: Trabalhos

2021

Compartilhado em 27/03/2024

rogi-santos
rogi-santos 🇧🇷

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CENTRO UNIVERSITARIO SUDOESTE PAULISTA- UNIFSP
INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO-ICE
Psicologia
GABRIEL DE OLIVEIRA PEREIRA
GUSTAVO VALÉRIO DE ALBUQUERQUE
IGOR SANTOS DE MOURA
PALOMA FERREIRA
PSICOSSOMÁTICA E FIBROMIALGIA
ITAPETININGA-SP
2024
GABRIEL DE OLIVEIRA PEREIRA
GUSTAVO VALÉRIO DE ALBUQUERQUE
IGOR SANTOS DE MOURA
PALOMA FERREIRA
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CENTRO UNIVERSITARIO SUDOESTE PAULISTA- UNIFSP

INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO-ICE

Psicologia GABRIEL DE OLIVEIRA PEREIRA GUSTAVO VALÉRIO DE ALBUQUERQUE IGOR SANTOS DE MOURA PALOMA FERREIRA PSICOSSOMÁTICA E FIBROMIALGIA ITAPETININGA-SP 2024 GABRIEL DE OLIVEIRA PEREIRA GUSTAVO VALÉRIO DE ALBUQUERQUE IGOR SANTOS DE MOURA PALOMA FERREIRA

PSICOSSOMÁTICA E FIBROMIALGIA

Trabalho apresentado à disciplina de Psicoterapia Breve ao Centro Universitário Sudoeste Paulista- UNIFSP- ao curso de graduação em Psicologia, como requisito parcial para obtenção de nota. Orientador: Prof. Igor Fernando Cardoso da Silva ITAPETININGA-SP

A classificação de FM de acordo com os critérios do American College of Rheumatology de 1990 (ACR 1990) depende, primariamente, da presença de dor difusa (acima e abaixo da cintura, dimídio direito e esquerdo e axial) e do exame físico dos pontos dolorosos. Esses critérios foram elaborados exclusivamente para inclusão de pacientes em estudos científicos. Os critérios diagnósticos preliminares de FM do ACR de 2010 são baseados no número de regiões dolorosas do corpo e na presença e gravidade da fadiga, do sono não reparador e da dificuldade cognitiva, bem como na extensão de sintomas somáticos. (Heymann et.al, 2017, p. S469)

  1. PSICOSSOMÁTICA COMO ASPECTO DA FIBROMIALGIA A fibromialgia é uma condição complexa e multifacetada que envolve dor crônica, fadiga, distúrbios do sono e sensibilidade aumentada nas áreas do corpo conhecidas como pontos sensíveis. Embora a compreensão exata de suas causas ainda não seja totalmente clara, acredita-se que a fibromialgia seja resultado de uma interação complexa de fatores genéticos, neurobiológicos, psicológicos e ambientais. Um aspecto importante a considerar na fibromialgia é o papel da psicossomática. Psicossomática refere-se à interação entre a mente e o corpo, onde estados emocionais e psicológicos podem influenciar diretamente a saúde física. Na fibromialgia, questões psicológicas como estresse, ansiedade, depressão e trauma podem desempenhar um papel significativo na experiência da dor e no agravamento dos sintomas. Por exemplo, o estresse crônico pode desencadear ou exacerbar os sintomas da fibromialgia. O cérebro humano possui sistemas complexos de modulação da dor, nos quais fatores emocionais podem modular a percepção da dor. Portanto, o estresse emocional pode aumentar a sensibilidade à dor em pessoas com fibromialgia, tornando os sintomas ainda mais debilitantes. Além disso, muitas pessoas com fibromialgia também lutam contra transtornos de humor, como ansiedade e depressão, que não apenas agravam os sintomas físicos, mas também dificultam a capacidade de lidar com a condição de forma eficaz. A falta de sono de qualidade, uma característica comum da fibromialgia, também pode ser influenciada por fatores psicológicos, criando um ciclo de dor e distúrbios emocionais que se alimentam mutuamente. Portanto, uma abordagem abrangente para o tratamento da fibromialgia muitas vezes envolve não apenas o tratamento dos sintomas físicos, mas também o manejo dos fatores psicológicos e emocionais que

podem estar contribuindo para a condição. Isso pode incluir terapia cognitivo- comportamental, técnicas de relaxamento, apoio psicossocial e, em alguns casos, medicação para transtornos de humor. Ao abordar tanto os aspectos físicos quanto os psicológicos da fibromialgia, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida das pessoas afetadas por essa condição complexa.

  1. ESTUDO DE CASO 4.1 DADOS PESSOAIS Nome: Mariana Damião (nome fictício) Idade: 66 anos Profissão: Massagista. Recentemente formada. Escolaridade: Ensino superior completo. Estado Civil: Casada Filhos: 1 rapaz 4.2 PEDIDO E HISTÓRIA CLÍNICA Mariana compareceu à sua primeira entrevista recomendada pelo seu Neurologista. Embora tenha inicialmente mencionado sua dificuldade em lidar com a fibromialgia, sua história médica é vasta e marcada por diversos problemas de saúde. Aos 4 anos, contraiu tifo, resultando na perda de cabelo e pele, e foi hospitalizada em isolamento por dois meses. Aos 5 anos, teve um problema nos pulmões, embora não se lembre dos detalhes, recorda-se de ter recebido tratamento. Em 1980, aos 40 anos, foi diagnosticada com uma neoplasia no ovário, levando-a a passar por uma histerectomia total e remoção bilateral dos anexos, seguida de radioterapia. Em 2000, foi submetida a uma cirurgia para tratar uma neoplasia no intestino grosso. No ano seguinte, enfrentou outra cirurgia para tratar uma neoplasia na mama, seguida de radioterapia, e subsequentemente desenvolveu cardiopatia isquêmica, com dois ataques cardíacos agudos, resultando em uma angioplastia coronária. Em 2003, teve tuberculose ganglionar, seguida de enfisema pulmonar, suspeitas de síndrome de Sjogren e hipercolesterolemia.

psicastenia, manifestado em sentimentos auto-punitivos, ansiedade e insatisfação, juntamente com obsessões e fobias que a acompanham desde sempre. O elevado índice de hipocondria indica uma preocupação excessiva com o corpo, expressando-se em dores difusas e somáticas sem causas aparentes, como na fibromialgia. É crucial considerar o extenso histórico clínico de Mariana, que inclui desde cedo problemas de saúde como o tifo e questões pulmonares, até patologias mais tarde, como câncer, problemas ginecológicos e cardíacos. Essa preocupação com o corpo parece ser uma parte intrínseca de sua existência, motivada por sua constituição genética e pelas experiências vividas ao longo da vida. 4.4 RELAÇÃO A FIBROMIALGIA A partir de uma visualização panorâmica da vida de Mariana, é possível investir no diagnóstico de fibromialgia, pois desde cedo sofrera com várias doenças, como o tifo ainda quando criança. É perceptível esse sofrimento, ansiedade, e estresse. É parecível a explicação que suas possíveis dorem adveram de suas doenças, já que desde cedo sempre sofrera de diversas doenças, mas a dor veio como um indicador da própria fibromialgia. Trauma emocional e fibromialgia: Mariana enfrentou uma infância e juventude repletas de traumas emocionais, incluindo o isolamento durante um surto de tifo, a perda precoce do pai e o abuso emocional e físico por parte de sua tia. Essas experiências dolorosas podem ter deixado cicatrizes emocionais profundas, contribuindo para o desenvolvimento ou agravamento da fibromialgia. A fibromialgia muitas vezes está associada a eventos traumáticos passados, que podem desencadear uma resposta de dor crônica no corpo. Estresse crônico e influência na dor: Os eventos traumáticos ao longo da vida de Mariana, juntamente com sua relação complexa com sua família, provavelmente contribuíram para altos níveis de estresse crônico. O estresse prolongado pode desencadear e perpetuar a dor da fibromialgia, pois afeta os sistemas de modulação da dor do corpo. Assim, as dores físicas de Mariana podem ser exacerbadas ou mantidas pelo estresse emocional

constante que ela carrega consigo. Sintomas psicossomáticos e preocupação com o corpo: A descrição do estado de Mariana revela uma preocupação persistente com seu corpo e saúde, refletida em sintomas somáticos difusos e hipocondria. Essa preocupação excessiva com o corpo pode manifestar-se em dores físicas sem causa aparente, característica central da fibromialgia. Seu histórico médico extenso, incluindo doenças como câncer e problemas ginecológicos, sugere uma conexão entre sua saúde física e emocional. Índice elevado de psicastenia e ansiedade: A psicastenia, ansiedade e insatisfação mencionadas no relato de Mariana são comuns em pessoas com fibromialgia. A ansiedade e a preocupação constante podem intensificar a percepção da dor e tornar mais difícil o manejo eficaz da condição. Além disso, as obsessões e fobias de Mariana podem contribuir para o ciclo de dor e sofrimento emocional que caracteriza a fibromialgia. Portanto, o caso de Mariana ilustra como os aspectos físicos e emocionais estão intrinsecamente interligados na fibromialgia, destacando a importância de uma abordagem holística no tratamento dessa condição complexa. O manejo eficaz da fibromialgia muitas vezes requer a consideração e o tratamento tanto dos sintomas físicos quanto dos fatores emocionais subjacentes.

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS A fibromialgia é uma condição complexa que envolve dor crônica, fadiga e sensibilidade aumentada em certos pontos do corpo. Embora sua causa exata não seja totalmente compreendida, fatores genéticos, neurobiológicos, psicológicos e ambientais podem desempenhar um papel. No contexto da psicossomática, questões emocionais como estresse, ansiedade, depressão e trauma podem influenciar diretamente a saúde física, exacerbando os sintomas da fibromialgia. No caso de Mariana, sua história de vida marcada por trauma emocional, estresse crônico e preocupação com o corpo sugere uma interação complexa entre seus aspectos físicos e emocionais, que pode contribuir para o desenvolvimento ou agravamento de