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Psicologia Social: Percepção, Comunicação e Atitudes, Notas de aula de Psicologia Social

Uma introdução à psicologia social, abordando conceitos fundamentais como percepção, comunicação e atitudes. A psicologia social procura estudar a interação social, com ênfase na percepção, na comunicação e na formação e mudança de atitudes. O texto também discute as abordagens behaviorismo/comportamental, gestalt, cognitivismo, psicanálise e fenomenologia na psicologia social.

Tipologia: Notas de aula

2024

À venda por 23/04/2024

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PSICOLOGIA SOCIAL - Prova 1
Ana Bock - “A Psicologia social”
A psicologia social procura estudar a interação social.
Focar no coletivo sem perder de vista o indivíduo.
Percepção é um processo que vai desde a recepção do estímulo pelos órgãos dos sentidos
até a atribuição de significado do estímulo. Impressões construídas pelas informações
acumuladas cognitivamente em nossa consciência.
Comunicação é um processo que envolve codificação e decodificação de mensagens. Troca
de informações entre os indivíduos. Esquema básico - transmissor, mensagem e receptor.
Faces da Psicologia Social
1) Funcionalista/Tradicional/“Psicológica” (1895 - 1991)
Homem é regido por leis naturais de funcionamento.
Positivismo - a psico social não é antropologia.
Ciências Naturais.
Tradição Experimentalista.
Pesquisas descritivas, quantitativas. Mensuração, afirmação como ciência.
Narrativas generalizantes.
Leis de funcionamento da cognição, leis de aprendizagem (serve a interesses
dominantes).
Mobilizar mudanças de atitudes.
Explicar descrevendo.
Foco nos processos intra-individuais.
Explica sentimento, pensamento e comportamento no encontro social.
Modo que o homem responde aos estímulos sociais.
Aroldo Rodrigues: Representante da primeira vertente no Brasil na década de 60.
Abordagens: Behaviorismo/Comportamental, Gestalt, Cognitivismo.
2) Histórico Crítico/Psicologia Social Crítica (1980)
Base humana.
Materialismo histórico dialético.
Homem em movimento, mutante, potente.
Visão de homem e de mundo.
Discussão sobre imersão social.
Captar além do manifesto (o que é observável), pode ser equívoco.
Exercício analítico para identificar a contraface da situação. O que é latente.
Experiência formativa - construção conjunta de conhecimento.
Análise crítica em relação às instituições, organizações e práticas sociais, bem como
o conhecimento produzido pela psicologia social sobre elas.
Reconhecimento da distância do conhecimento produzido com relação à realidade
Latino Americana (e Europa).
Questionamento das bases conceituais e metodológicas da psicologia dominante
(Relevância? Capacidade de generalização? Validade?)
Silvia Lane: Representante da segunda vertente no Brasil na década de 80.
Abordagens: Psicanálise, Feno.
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PSICOLOGIA SOCIAL - Prova 1 Ana Bock - “A Psicologia social” A psicologia social procura estudar a interação social. Focar no coletivo sem perder de vista o indivíduo. Percepção é um processo que vai desde a recepção do estímulo pelos órgãos dos sentidos até a atribuição de significado do estímulo. Impressões construídas pelas informações acumuladas cognitivamente em nossa consciência. Comunicação é um processo que envolve codificação e decodificação de mensagens. Troca de informações entre os indivíduos. Esquema básico - transmissor, mensagem e receptor. **Faces da Psicologia Social

  1. Funcionalista/Tradicional/“Psicológica” (1895 - 1991)** Homem é regido por leis naturais de funcionamento. Positivismo - a psico social não é antropologia. Ciências Naturais. Tradição Experimentalista. Pesquisas descritivas, quantitativas. Mensuração, afirmação como ciência. Narrativas generalizantes. Leis de funcionamento da cognição, leis de aprendizagem (serve a interesses dominantes). Mobilizar mudanças de atitudes. Explicar descrevendo. Foco nos processos intra-individuais. Explica sentimento, pensamento e comportamento no encontro social. Modo que o homem responde aos estímulos sociais. Aroldo Rodrigues: Representante da primeira vertente no Brasil na década de 60. Abordagens: Behaviorismo/Comportamental, Gestalt, Cognitivismo. 2) Histórico Crítico/Psicologia Social Crítica (1980) Base humana. Materialismo histórico dialético. Homem em movimento, mutante, potente. Visão de homem e de mundo. Discussão sobre imersão social. Captar além do manifesto (o que é observável), pode ser equívoco. Exercício analítico para identificar a contraface da situação. O que é latente. Experiência formativa - construção conjunta de conhecimento. Análise crítica em relação às instituições, organizações e práticas sociais, bem como o conhecimento produzido pela psicologia social sobre elas. Reconhecimento da distância do conhecimento produzido com relação à realidade Latino Americana (e Europa). Questionamento das bases conceituais e metodológicas da psicologia dominante (Relevância? Capacidade de generalização? Validade?) Silvia Lane: Representante da segunda vertente no Brasil na década de 80. Abordagens: Psicanálise, Feno.

1970 - Crise da Psicologia Social tradicional no Brasil. Discordâncias teóricas e metodológicas. A realidade brasileira é diferente do conhecimento existente (europeu e americano). Críticas à Psicologia Social ● Baseada em um método descritivo que se propõe a descrever o que é observável, factual. ● Tem seu desenvolvimento comprometido com os objetivos da sociedade norte-americana do pós-guerra (intervenção na realidade, resultados imediatos, recuperar uma nação, aumento da produtividade econômica, comunicação persuasiva, formas de ajustamento/adequação de comportamentos individuais ao contexto social). ● Noção estreita do social - apenas como uma relação entre pessoas e não como um conjunto de produções humanas capazes de construir a realidade social e o indivíduo também. Nova Psicologia Social Busca compreender como se dá a construção do mundo interno a partir das relações sociais vividas pelo homem. Comportamento deixa de ser “objeto de estudo” para ser uma das expressões do mundo psíquico. Ir além do que é observável. Abandona por completo a diferença entre comportamento em situação de interação ou não interação. O homem está em permanente movimento. Aroldo Rodrigues - “Percepção Social” O processo perceptivo envolve uma série de variáveis que se interpõem entre o momento da estimulação sensorial e a tomada de consciência daquilo que foi responsável pela estimulação sensorial. Fatores que influenciam no processo perceptivo: ● Seletividade perceptiva: concentração apenas numa proporção da estimulação sensorial. É comum selecionar apenas os aspectos positivos e ignorar os negativos de uma situação. ● Experiência prévia e consequente disposição para responder: experiências passadas facilitam a percepção de estímulos. A familiaridade gera uma disposição a responder mais prontamente. ● Condicionamento: punição e recompensa afetam o processo perceptivo. Não é raro a dificuldade de um mesmo fato ser percebido de maneira diferente por duas pessoas em virtude do condicionamento anterior. Percebem elementos diferentes numa mesma estrutura, enfatizando elementos em maior ou menor escala. ● Fatores contemporâneos ao fenômeno perceptivo: estados específicos do percebedor num determinado momento (sede, pobreza, depressão, etc.) podem influir na percepção do estímulo sensorial. Fatores presentes, situacionais, também são capazes de predispor a pessoa a determinadas percepções.

Uma mensagem de conteúdo emocional pode servir de incentivo ao recebedor, predispondo-o a aceitar a comunicação persuasiva. Uma comunicação de natureza emocional pode despertar mais atenção ao conteúdo da comunicação, pode motivar mais o recebedor a entender a essência da comunicação e pode facilitar a aceitação das conclusões sugeridas. Argumentos emocionais parecem surtir melhores resultados quando a audiência é pouco sofisticada educacional e intelectualmente. Muitos anunciantes optam por evocar emoções de empatia, medo, sensualidade, humor, desejo, inveja, sentimentalidade, etc. Destaque às emoções acima da lógica ou raciocínio. Associações de figuras públicas altamente atrativas junto às emoções. ● Comunicação com argumentos suscitadores de medo Comunicação que ameaçasse o recebedor no sentido de que consequências desagradáveis decorreriam da não aceitação da mensagem da comunicação. Esse tipo de comunicação pode suscitar defesas contra as ameaças, resultando em maior resistência à persuasão. A. Leontiev - "O Homem e a Cultura" Homem é qualitativamente diferente dos animais. Ele é um ser de natureza social. Tudo o que tem de humano nele provém da sua vida em sociedade, no seio da cultura criada pela humanidade. A hominização resultou da passagem à vida numa sociedade organizada na base do trabalho e da comunicação pela linguagem. O homem está submetido às leis sócio-históricas e não às leis biológicas. O desenvolvimento biológico do homem torna-se dependente do desenvolvimento da produção (processo social). As modificações biológicas não determinam o desenvolvimento sócio-histórico do homem e da humanidade. Toda atividade racional do homem é uma luta pela existência. Torna-se agente de sua história e da história coletiva. É produto e produtor da cultura. Tem autonomia para transformar-se e transformar, junto com os outros, a realidade que o circunda conforme suas necessidades. Portanto, é responsável pela construção da cultura. Cultura (material e intelectual) O saber-fazer do homem se cristaliza em seus produtos. Pensamento e saber formam-se a partir da apropriação de resultados transmitidos de geração em geração. Cultura cada vez mais elevada. Desenvolvimento da ciência e da arte. Ser humano é o único ser criador. A transmissão é com a educação. O Psiquismo se desenvolve a partir da apropriação da cultura.

Semi-cultura ➡ semi-formação, acesso a informações fragmentadas. Cria-se concepções cognitivas, morais e estéticas de interesse da classe dominante para justificar e perpetuar a ordem social; desvia o povo da luta pela justiça, igualdade e liberdade. O potencial de desenvolvimento da hominização está condicionado ao acesso à cultura (de qualidade). Linguagem Operações de palavras, fixadas historicamente em suas significações, fonética, características de uma língua. Reproduzimos, apreendemos e desenvolvemos. Subsidia o desenvolvimento do homem. Trabalho Capazes de produzir e criar, transformando a realidade. Instrumentos-objetos sociais que acumulam cultura, nela está incorporado operações de trabalho historicamente elaboradas. Finalidade planejada ➡ atividade de caráter organizado. Desigualdade As condições históricas e materiais refletem no desenvolvimento psíquico potencial: De acordo com as diferentes classes e camadas sociais; de regiões ou países: não há homogeneidade. A desigualdade não provém de diferenças biológicas naturais, mas de questões econômicas, do acesso aos bens culturais. Divisão social do trabalho. Alienação. Concentração de riqueza material e da cultura intelectual nas mãos das classes dominantes. A minoria dominante coloca os recursos a serviço de seus interesses. Enquanto globalmente a atividade do homem se enriquece e se diversifica, outra parte estreita-se e empobrece. É possível enfrentá-la com engajamento em projetos coletivos. Violência Destituição do desenvolvimento do potencial. Deve-se considerá-la sob a forma de privação. Com efeito, privar significa tirar, destituir, despojar, desapossar alguém de alguma coisa. Todo ato de violência é exatamente isso. Ele nos despoja de alguma coisa, de nossa vida, de nossos direitos como pessoas e como cidadãos. A violência nos impede não apenas ser o que gostaríamos de ser, mas fundamentalmente de nos realizar como homens. A forma pela qual uma cultura vive a experiência da morte é uma das referências importantes para se avaliar seu grau de violência. Ela revela o valor que se dá à vida. Do abuso da força em detrimento de outras formas possíveis de resolução dos conflitos e das diferenças. É a existência de um excesso que se manifesta em todos os espaços. Um agir que desconsidera a existência do outro e seu compromisso ético com a cultura. Bom saber O homem apropria-se das riquezas deste mundo participando no trabalho, na produção e nas diversas formas de atividade social. O homem definitivamente formado possui já todas as propriedades biológicas necessárias ao seu desenvolvimento sócio-histórico ilimitado.