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Psicologia - e alguns elementos afins, Notas de estudo de Psicopatologia

Alguns trabalhos feitos dentro do contexto da disciplina de Psicopatologia.

Tipologia: Notas de estudo

2021

Compartilhado em 26/05/2021

gianno-lucas
gianno-lucas 🇧🇷

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Atividade de Psicopatologia II sobre Transtornos
Personalidades
Hipótese diagnóstica – Transtorno de Personalidade Histriônica
A sra. Noris. se apresentou no PS com depressão e ameaças suicidas, mas nenhum
desses sintomas era tão proeminente quanto seu padrão contínuo de emotividade
excessiva e busca por atenção. Seu comportamento com a equipe do PS e talvez a
própria queda parecem servir ao propósito de obter atenção e cuidados, e tanto ela
quanto seu marido descrevem suas ameaças crônicas de cometer suicídio como
tentativas de punir e provocar preocupação. Por exemplo, a visita ao PS foi precipitada
pela primeira vez que a sra. Noris fez uma ameaça de cometer suicídio durante o
tratamento, precisamente quando seu médico estava prestes a sair de férias, o que
sugere que ela pode ter se sentido deixada de lado e abandonada. As emoções da sra.
Noris mudam do choro para a alegria de forma rápida, mas ela consistentemente
descarta a ameaça real de suicídio. Em vez disso, se concentra em sua queda
dramática e em sua percepção de que nem o marido nem o neurocirurgião parecem
estar interessados em seu sofrimento. Durante todo o tempo em que esteve no PS, foi
sedutora com o entrevistador e extraordinariamente simpática com a equipe,
chamando vários integrantes pelo primeiro nome. Mesmo em um PS movimentado,
cheio de pessoas doentes, machucadas e supostamente mal-arrumadas, a sra. Noris
mantém sua preocupação com a aparência física. Ela a entender que seu jeito de
vestir, seus cuidados com a aparência e seu peso têm importância fundamental para
seu sentimento de autoestima, e que ela continua a prestar bastante atenção à sua
conservação. Essas observações sugerem que suas ameaças suicidas não fazem parte
de um transtorno afetivo maior. Em vez disso, ela apresenta pelo menos seis dos oito
critérios sintomáticos para um diagnóstico do DSM-5 de transtorno da personalidade
histriônica (TPH): incômodo quando não é o centro das atenções; comportamento
sedutor; emotividade intensa, porém alternante e superficial; uso da aparência física
para chamar atenção; auto dramatização e teatralidade; e uma tendência a considerar
relacionamentos como mais íntimos do que realmente são.
Embora a sra. Noris não demonstre evidências claras de outros critérios para TPH,
como discurso impressionista e sugestionabilidade, elas podem simplesmente não
terem sido incluídas no relato de caso. Como os pacientes com TPH frequentemente
têm transtornos de sintomas somáticos, deve-se prestar muita atenção ao avaliar o
paciente para esses transtornos. A sra. Noris tem obsessões episódicas com
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Atividade de Psicopatologia II sobre Transtornos

Personalidades

Hipótese diagnóstica – Transtorno de Personalidade Histriônica

A sra. Noris. se apresentou no PS com depressão e ameaças suicidas, mas nenhum desses sintomas era tão proeminente quanto seu padrão contínuo de emotividade excessiva e busca por atenção. Seu comportamento com a equipe do PS e talvez a própria queda parecem servir ao propósito de obter atenção e cuidados, e tanto ela quanto seu marido descrevem suas ameaças crônicas de cometer suicídio como tentativas de punir e provocar preocupação. Por exemplo, a visita ao PS foi precipitada pela primeira vez que a sra. Noris fez uma ameaça de cometer suicídio durante o tratamento, precisamente quando seu médico estava prestes a sair de férias, o que sugere que ela pode ter se sentido deixada de lado e abandonada. As emoções da sra. Noris mudam do choro para a alegria de forma rápida, mas ela consistentemente descarta a ameaça real de suicídio. Em vez disso, se concentra em sua queda dramática e em sua percepção de que nem o marido nem o neurocirurgião parecem estar interessados em seu sofrimento. Durante todo o tempo em que esteve no PS, foi sedutora com o entrevistador e extraordinariamente simpática com a equipe, chamando vários integrantes pelo primeiro nome. Mesmo em um PS movimentado, cheio de pessoas doentes, machucadas e supostamente mal-arrumadas, a sra. Noris mantém sua preocupação com a aparência física. Ela dá a entender que seu jeito de vestir, seus cuidados com a aparência e seu peso têm importância fundamental para seu sentimento de autoestima, e que ela continua a prestar bastante atenção à sua conservação. Essas observações sugerem que suas ameaças suicidas não fazem parte de um transtorno afetivo maior. Em vez disso, ela apresenta pelo menos seis dos oito critérios sintomáticos para um diagnóstico do DSM-5 de transtorno da personalidade histriônica (TPH): incômodo quando não é o centro das atenções; comportamento sedutor; emotividade intensa, porém alternante e superficial; uso da aparência física para chamar atenção; auto dramatização e teatralidade; e uma tendência a considerar relacionamentos como mais íntimos do que realmente são. Embora a sra. Noris não demonstre evidências claras de outros critérios para TPH, como discurso impressionista e sugestionabilidade, elas podem simplesmente não terem sido incluídas no relato de caso. Como os pacientes com TPH frequentemente têm transtornos de sintomas somáticos, deve-se prestar muita atenção ao avaliar o paciente para esses transtornos. A sra. Noris tem obsessões episódicas com

desconforto físico, e uma avaliação mais aprofundada pode demonstrar um padrão mais global e comprometedor de queixas ou preocupações de natureza física. Pacientes com TPH também têm índices elevados de transtorno depressivo maior. De fato, a sra. Noris exibe vários sinais de humor deprimido. Além disso, ela foi encaminhada para o PS devido a ameaças suicidas. Embora ela e o marido menosprezem a gravidade dessas ameaças, o TPH realmente parece estar associado a um risco elevado de tentativas de suicídio. Muitas dessas tentativas ficam abaixo do nível letal, mas vários “gestos” suicidas podem levar a um dano grave e mesmo a morte semiacidental. Um trabalho clínico com a sra. Noris irá envolver um equilíbrio entre a identificação de que sua ideação suicida serve o propósito de chamar atenção, com a consciência de que ela também pode levar à autolesão. Como em todas as avaliações psiquiátricas, o clínico deve considerar se as questões da personalidade são problemáticas antes de estabelecer um diagnóstico. As normas para expressão emocional, comportamento interpessoal e estilo de vestir variam significativamente entre culturas, gêneros e faixas etárias, de modo que é importante não “patologizar” gratuitamente variações que não são acompanhadas por disfunção e sofrimento. Como exemplo de um preconceito potencial, as mulheres são diagnosticadas com maior frequência com TPH do que homens, apesar de estudos populacionais indicarem que o transtorno é igualmente comum entre homens e mulheres. O TPH frequentemente é comórbido com outros transtornos da personalidade. Embora a sra. Noris tenha traços que são comuns a outros transtornos da personalidade, ela não parece ter um segundo diagnóstico. Por exemplo, suas ameaças suicidas e sua apresentação dramática podem levar o examinador a considerar transtorno da personalidade borderline. A sra. Noris, no entanto, não exibe a instabilidade acentuada em relacionamentos interpessoais, autodestrutividade extrema, dificuldade de controlar a raiva em relacionamentos interpessoais e sentimentos crônicos de vazio que são comuns nesse transtorno. Embora a paciente se queixe de não receber os cuidados de que gostaria, ela não manifesta o temor de separação e o tipo de comportamento submisso e apegado típicos do transtorno da personalidade dependente. De modo semelhante, embora ela pareça ter uma necessidade excessiva de admiração, não demonstrou a falta de empatia, característica essencial do transtorno da personalidade narcisista. Por fim, embora ela demonstre um pouco de comportamento manipulativo, como fazem as pessoas com transtorno da personalidade antissocial, sua manipulação é motivada pelo desejo de atenção em vez de algum tipo de proveito.