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Psicofarmacologia psicologia, Notas de estudo de Psicologia

Psicofarmacologia I psicologia

Tipologia: Notas de estudo

2024

Compartilhado em 02/11/2024

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arthur-bruno-vieira-batista-12 🇧🇷

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Fármaco e farmacologia
Fármaco: É uma substância química que, ao ser administrada ao organismo, altera sua função
biológica ou bioquímica. Os fármacos podem ter finalidades terapêuticas (tratamento, prevenção
ou diagnóstico de doenças) ou não.
Medicamento: Um medicamento é um produto farmacêutico que contém um ou mais fármacos e
excipientes (substâncias inativas) em uma forma farmacêutica específica (como comprimidos,
cápsulas ou injeções), projetado para ser administrado com segurança e eficácia.
Farmacodinâmica A farmacodinâmica estuda o efeito do fármaco no organismo e seus
mecanismos de ação. Ela descreve como os medicamentos interagem com os receptores
celulares e provocam respostas terapêuticas ou efeitos adversos. Em termos gerais, a
farmacodinâmica se concentra nos seguintes aspectos:
Receptores: Muitos fármacos atuam ligando-se a receptores celulares (proteínas na
superfície ou dentro das células), como os receptores de dopamina, serotonina ou
GABA. O fármaco pode agir como agonista (ativando o receptor) ou antagonista
(bloqueando a ação do receptor).
Efeito: O resultado dessa interação pode ser estimular ou inibir uma resposta biológica,
como a modulação do humor, alívio da dor ou regulação da pressão arterial.
Potência e eficácia: A potência refere-se à quantidade de fármaco necessária para
produzir um efeito, enquanto a eficácia indica a capacidade máxima de um fármaco de
gerar uma resposta.
Farmacocinética A farmacocinética estuda o percurso do fármaco no organismo, desde sua
administração até sua eliminação. Ela é dividida em quatro fases principais:
Absorção: O processo pelo qual o fármaco entra no organismo e é absorvido pela
corrente sanguínea. Isso pode ocorrer via oral, intravenosa, intramuscular, subcutânea,
entre outros meios. A absorção depende de fatores como a solubilidade do fármaco, sua
forma de administração e a interação com alimentos ou outros medicamentos.
Distribuição: Após ser absorvido, o fármaco é transportado pelo sangue para os tecidos
e órgãos onde exercerá seu efeito. A distribuição pode ser influenciada pela ligação do
fármaco às proteínas plasmáticas, como a albumina, e pela facilidade com que ele
atravessa barreiras biológicas, como a barreira hematoencefálica.
Metabolismo: O fármaco passa por processos de metabolização, principalmente no
fígado, onde é transformado em substâncias mais solúveis (metabólitos) para facilitar
sua excreção. O metabolismo pode ativar (pró-fármacos) ou inativar os fármacos.
Excreção: O fármaco e seus metabólitos são eliminados do organismo, geralmente pelos
rins (via urina), mas também podem ser excretados pelas fezes, bile, suor ou respiração.
Via de uso dos medicamentos
Os medicamentos podem ser administrados de várias formas, dependendo do fármaco, da
condição clínica e da conveniência para o paciente. Algumas das principais vias incluem:
Oral: Através da ingestão de comprimidos, cápsulas ou soluções. É o método mais
comum e conveniente, mas a absorção pode ser mais lenta e menos previsível devido à
ação dos ácidos gástricos e enzimas intestinais.
Intravenosa (IV): Administração diretamente na corrente sanguínea, proporcionando
efeito rápido e previsível, ideal para emergências ou quando uma biodisponibilidade
precisa ser 100%.
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Fármaco e farmacologia

Fármaco: É uma substância química que, ao ser administrada ao organismo, altera sua função biológica ou bioquímica. Os fármacos podem ter finalidades terapêuticas (tratamento, prevenção ou diagnóstico de doenças) ou não.

Medicamento: Um medicamento é um produto farmacêutico que contém um ou mais fármacos e excipientes (substâncias inativas) em uma forma farmacêutica específica (como comprimidos, cápsulas ou injeções), projetado para ser administrado com segurança e eficácia.

Farmacodinâmica A farmacodinâmica estuda o efeito do fármaco no organismo e seus mecanismos de ação. Ela descreve como os medicamentos interagem com os receptores celulares e provocam respostas terapêuticas ou efeitos adversos. Em termos gerais, a farmacodinâmica se concentra nos seguintes aspectos:

 Receptores: Muitos fármacos atuam ligando-se a receptores celulares (proteínas na superfície ou dentro das células), como os receptores de dopamina, serotonina ou GABA. O fármaco pode agir como agonista (ativando o receptor) ou antagonista (bloqueando a ação do receptor).  Efeito: O resultado dessa interação pode ser estimular ou inibir uma resposta biológica, como a modulação do humor, alívio da dor ou regulação da pressão arterial.  Potência e eficácia: A potência refere-se à quantidade de fármaco necessária para produzir um efeito, enquanto a eficácia indica a capacidade máxima de um fármaco de gerar uma resposta.

Farmacocinética A farmacocinética estuda o percurso do fármaco no organismo, desde sua administração até sua eliminação. Ela é dividida em quatro fases principais:

 Absorção: O processo pelo qual o fármaco entra no organismo e é absorvido pela corrente sanguínea. Isso pode ocorrer via oral, intravenosa, intramuscular, subcutânea, entre outros meios. A absorção depende de fatores como a solubilidade do fármaco, sua forma de administração e a interação com alimentos ou outros medicamentos.  Distribuição: Após ser absorvido, o fármaco é transportado pelo sangue para os tecidos e órgãos onde exercerá seu efeito. A distribuição pode ser influenciada pela ligação do fármaco às proteínas plasmáticas, como a albumina, e pela facilidade com que ele atravessa barreiras biológicas, como a barreira hematoencefálica.  Metabolismo: O fármaco passa por processos de metabolização, principalmente no fígado, onde é transformado em substâncias mais solúveis (metabólitos) para facilitar sua excreção. O metabolismo pode ativar (pró-fármacos) ou inativar os fármacos.  Excreção: O fármaco e seus metabólitos são eliminados do organismo, geralmente pelos rins (via urina), mas também podem ser excretados pelas fezes, bile, suor ou respiração.

Via de uso dos medicamentos

Os medicamentos podem ser administrados de várias formas, dependendo do fármaco, da condição clínica e da conveniência para o paciente. Algumas das principais vias incluem:

Oral: Através da ingestão de comprimidos, cápsulas ou soluções. É o método mais comum e conveniente, mas a absorção pode ser mais lenta e menos previsível devido à ação dos ácidos gástricos e enzimas intestinais.  Intravenosa (IV): Administração diretamente na corrente sanguínea, proporcionando efeito rápido e previsível, ideal para emergências ou quando uma biodisponibilidade precisa ser 100%.

Intramuscular (IM): Injeção no músculo, usada para fármacos que precisam ser liberados lentamente ao longo do tempo.

Como os antidepressivos e antipsicóticos agem?

Antipsicóticos: Eles são utilizados para tratar transtornos como esquizofrenia e transtorno bipolar. Sua ação principal é bloquear os receptores de dopamina (principalmente os receptores D2), reduzindo os sintomas psicóticos como delírios e alucinações. Eles também podem afetar outros sistemas neurotransmissores, como serotonina e noradrenalina. Há dois tipos:  Antipsicóticos típicos: São da primeira geração, mais potentes no bloqueio da dopamina, mas associados a efeitos colaterais motores (como a discinesia tardia). Exemplos: Haloperidol e Clorpromazina.  Antipsicóticos atípicos: De segunda geração, bloqueiam a dopamina de forma mais seletiva e também modulam a serotonina com menos efeitos colaterais motores. Exemplos: Risperidona, Quetiapina, Olanzapina.  Antidepressivos: Eles tratam a depressão e outros transtornos de humor ao aumentar a disponibilidade de neurotransmissores como serotonina, noradrenalina e, em alguns casos, dopamina, que são substâncias associadas à regulação do humor e emoção. Existem várias classes de antidepressivos, cada uma com mecanismos diferentes.

ISRS (Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina)

Os ISRS aumentam os níveis de serotonina no cérebro inibindo a sua recaptação pelos neurônios pré-sinápticos. Isso mantém a serotonina disponível por mais tempo na fenda sináptica potencializando sua ação. São frequentemente utilizadas no tratamento da depressão, transtornos de ansiedade e TOC (transtorno obsessivo-compulsivo). Exemplos: Fluoxetina, Sertralina, Escitalopram.

IMAO (Inibidor da Monoamina Oxidase)

Os IMAO's inibem a enzima monoamina oxidase, responsável pela degradação de neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina. Com essa inibição, há um aumento dos níveis desses neurotransmissores no cérebro. No entanto, os IMAO's podem interagir com vários alimentos e medicamentos, exigindo cuidados especiais. Exemplos: Fenelzina, Tranilcipromina.

Antidepressivos Tricíclicos (ADT)

Os antidepressivos tricíclicos atuam inibindo a recaptação de noradrenalina e serotonina, aumentando sua concentração nas sinapses. Eles também bloqueiam receptores de histamina e acetilcolina, o que está relacionado aos efeitos colaterais, como sedação e boca seca. Apesar de serem eficazes, os ADT tendem a ter mais efeitos colaterais e são menos utilizados que os ISRS atualmente. Exemplos: Amitriptilina, Imipramina.

Essas classes de medicamentos são escolhidas com base no perfil do paciente, na gravidade dos sintomas e na resposta individual ao tratamento, sempre com acompanhamento médico para evitar efeitos adversos e monitorar a eficácia terapêutica.