Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Psicofarmacologia: Modelos Animais, Farmacocinética e Efeitos Adversos - Prof. Roberto, Transcrições de Psicologia Biológica

Uma visão geral da psicofarmacologia, abordando o uso de modelos animais em pesquisas, os princípios da farmacocinética e os diferentes tipos de efeitos adversos dos medicamentos. explica conceitos como 'operante', 'metabolismo de primeira passagem', 'tolerância' e 'índice terapêutico', ilustrando a complexidade da interação entre drogas e o organismo. o texto também diferencia drogas, fármacos, medicamentos e remédios, oferecendo uma base sólida para a compreensão da psicofarmacologia.

Tipologia: Transcrições

2025

À venda por 20/04/2025

lohanne-medeiros
lohanne-medeiros 🇧🇷

5 documentos

1 / 11

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
PSICOFARMACOLOGI
A
BASES PSICOLÓGICAS
A Psicofarmacologia moderna teve seu início na década de 1950 com a
descoberta dos neurolépticos (ou o mesmo que psicotrópico, que são substâncias
psicoativas com objetivo de tratamento de transtornos mentais). Essa descoberta se
deu através da observação em humanos e, posteriormente possibilitou o surgimento
de novos medicamentos psicoativos. Havia a necessidade de formular medicamentos
mais eficazes e com menos efeitos colaterais indesejáveis, com isso, buscaram
desenvolver experimentação em modelos animais.
MÉTODOS DERIVADOS DA PSICOLOGIA EXPERIMENTAL
A Psicologia Experimental focaliza o estudo de aprendizagem animal em
contexto laboratorial, com isso, teve início o uso de labirintos e câmaras experimentais,
a descoberta do reflexo condicionado por Ivan Pavlov e do comportamento operante
por Skinner.
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO: o experimento de Pavlov estudou a salivação
de cães (em privação de alimento) provocada, inicialmente pelo odor/visão do
alimento, passando a ser essa salivação desencadeada por estímulos anteriormente
neutros, através do processo de encadeamento de estímulos. Pavlov acreditava que o
processo de condicionamento associativo é de natureza reflexa.
Devido ao estado de privação do animal (fome funciona como operação
estabelecedora), o odor ou a visão do alimento elicia a salivação, sendo uma
preparação fisiológica (portanto, o alimento é estímulo incondicionado, que não
precisa ter sido aprendido). Depois, Pavlov escolheu qualquer outro estímulo (como
um sino estímulo neutro) que não eliciava a resposta de salivação. Passou então a
apresentar o sino antes da apresentação do alimento, repetindo esse processo
inúmeras vezes (encadeamento de estímulos), obtendo como resultado a salivação em
resposta ao som do sino, passando assim a se ter uma resposta condicionada. Assim,
houve a aquisição de um novo comportamento através da experiencia, ou seja, da
aprendizagem.
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Psicofarmacologia: Modelos Animais, Farmacocinética e Efeitos Adversos - Prof. Roberto e outras Transcrições em PDF para Psicologia Biológica, somente na Docsity!

PSICOFARMACOLOGI

A

BASES PSICOLÓGICAS

A Psicofarmacologia moderna teve seu início na década de 1950 com a

descoberta dos neurolépticos (ou o mesmo que psicotrópico, que são substâncias

psicoativas com objetivo de tratamento de transtornos mentais). Essa descoberta se

deu através da observação em humanos e, posteriormente possibilitou o surgimento

de novos medicamentos psicoativos. Havia a necessidade de formular medicamentos

mais eficazes e com menos efeitos colaterais indesejáveis, com isso, buscaram

desenvolver experimentação em modelos animais.

MÉTODOS DERIVADOS DA PSICOLOGIA EXPERIMENTAL

A Psicologia Experimental focaliza o estudo de aprendizagem animal em

contexto laboratorial, com isso, teve início o uso de labirintos e câmaras experimentais,

a descoberta do reflexo condicionado por Ivan Pavlov e do comportamento operante

por Skinner.

CONDICIONAMENTO CLÁSSICO : o experimento de Pavlov estudou a salivação

de cães (em privação de alimento) provocada, inicialmente pelo odor/visão do

alimento, passando a ser essa salivação desencadeada por estímulos anteriormente

neutros, através do processo de encadeamento de estímulos. Pavlov acreditava que o

processo de condicionamento associativo é de natureza reflexa.

Devido ao estado de privação do animal (fome – funciona como operação

estabelecedora), o odor ou a visão do alimento elicia a salivação, sendo uma

preparação fisiológica (portanto, o alimento é estímulo incondicionado, que não

precisa ter sido aprendido). Depois, Pavlov escolheu qualquer outro estímulo (como

um sino – estímulo neutro) que não eliciava a resposta de salivação. Passou então a

apresentar o sino antes da apresentação do alimento, repetindo esse processo

inúmeras vezes (encadeamento de estímulos), obtendo como resultado a salivação em

resposta ao som do sino, passando assim a se ter uma resposta condicionada. Assim,

houve a aquisição de um novo comportamento através da experiencia, ou seja, da

aprendizagem.

Pavlov percebeu também que, a apresentação do estímulo condicionado (o sino)

sem a presença do alimento (estímulo incondicionado) resultava em enfraquecimento

progressivo da resposta condicionada e posterior desaparecimento (extinção). Porém,

era necessária uma nova apresentação do alimento seguida do sino para que a força

(magnitude) da resposta condicionada voltasse, em outras palavras, a memória do

condicionamento foi preservada. Observa-se assim, que a apresentação ocasional do

estímulo incondicionado era necessária para manter o condicionamento, funcionado

como reforço. Resumidamente, a extinção é o enfraquecimento da RC através da

omissão do reforço.

CONDICIONAMENTO OPERANTE : relaciona um comportamento emitido por

um animal com uma alteração produzida no ambiente, sendo que esta alteração

poderá ter funcionamento enquanto reforço se resultar no aumento da probabilidade

daquele comportamento voltar a ocorrer.

MODELOS ANIMAIS EM PSICOPATOLOGIA: a criação desses modelos foi

realizada pela praticidade que possuem- custo, facilidade de execução, rapidez,

adequação aos objetivos esperados, seleção de novos medicamentos etc. Existem três

critérios de validade, são eles:

 Preditabilidade: é a capacidade de um teste prever efeitos de drogas – Ou seja,

um modelo que tenha alto valor nesse critério deve ser sensível a agentes

farmacológicos que atenuem uma determinada condição patológica, mas que

por outro lado seja insensível a drogas que afetem outras condições. Precisa

também ter uma boa correlação entre a magnitude do efeito clínico e a alteração

do comportamento animal.

 Analogia: é a semelhança entre o comportamento do animal no teste com as

manifestações clínicas do transtorno.

 Homologia: é a validade teórica – correspondência entre processos

psicobiológicos da patogenia do transtorno e do comportamento animal.

Nenhum modelo satisfaz plenamente os critérios apresentados, portanto, o

modelo escolhido depende das finalidades práticas e do objetivo. É importante validar

um modelo animal específico para uma desordem específica.

A medida dos efeitos de drogas sobre o comportamento animal é necessária

para descobrir novos medicamentos psicoterapêuticos, que para estudar seus

mecanismos de ação, pega como base a patogenia dos transtornos.

PSICOTERAPIA VERSUS PSICOFARMACOLOGIA

necessidade de cura imediata leva o paciente à dependência da medicação, tanto física quanto psíquica, causando tolerância medicamentosa, precisando de maiores doses para obter os mesmos efeitos, causando abstinência caso o sujeito para de usar o fármaco. Existe a crença cultural de nunca questionar o saber médico, como conhecimentos que possuem a “verdade científica”. A crença de que ele é o único capaz de saber o que é importante para sua saúde e qual o tratamento adequado, inviabilizando que o sujeito faça uma elaboração subjetiva de seu sofrimento, tirando-lhe responsabilidade por seus conflitos e negligenciando aspectos sociais. Em um mundo cronicamente rápido, valoriza-se satisfações e curas imediatas, promove-se a ideia de um homem com enormes potencialidades a serem desenvolvidas, com a possibilidade de obter felicidade plena e satisfação imediata, que são atingíveis através do esforço e motivação individuais e, se não alcançados, o fracasso e a culpa são tidos como experiência individual. Existe no mundo de hoje, a dificuldade de aceitar o fracasso e dar a ele um lugar e forma na história de vida pessoal, convertendo uma condição humana – fracasso como experiência- em uma condição do Eu. Assim, tem a importância de avaliar a experiência dolorosa, para que o sujeito possa, ao narrar sua experiência e história de vida, dar sentido a elas e se perceber enquanto responsável por sua própria história. A narrativa da experiência permite que o sujeito adquira um senso maior de realidade, das decisões que foram tomadas e integrar as experiências fragmentadas em um “centro sólido”- o Eu. Entretanto, juntamente com a idealização de felicidade plena, os indivíduos não encontram tempo para reavaliar suas experiências a fim de elaborar seus conflitos e auxiliar no processo de amadurecimento. Ao mesmo tempo que se fala de superação de limites, se oferece ao indivíduo os instrumentos para se alcançar esse objetivo enquanto as pessoas se tornam cada vez mais necessitadas desses instrumentos. CONCEITOS BÁSICOS DE FARMACOLOGIA 1) Diferença entre droga e fármacoDroga: é qualquer substância que cause alterações em qualquer aparelho do corpo por ações químicas, com ou sem efeitos benéficos. Pode ser alterações no nível circulatório, como diminuição da pressão, ou estímulos cerebrais que causem alucinação. Podem ter origem animal, vegetal ou mineral.  Fármaco: é uma droga que tem uma estrutura química definida através de vários estudos, portanto, se conhece seus efeitos no organismo. Tem como objetivo seu uso para algum efeito benéfico no organismo. Assim: todo fármaco é uma droga, porém nem toda droga é um fármaco Exemplos: o diclofenaco é um anti-inflamatório e é um fármaco, porque causa efeitos benéficos no corpo, diminuindo a inflamação. Porém, dependendo da

quantidade ministrada e da duração do tratamento, pode causar efeitos maléficos sobre o sistema renal, ou seja, funcionando como droga. 2) Diferença de medicamento e remédioMedicamento: produto feito através de fármacos ou um conjunto de fármacos com o objetivo de um efeito benéfico. São produzidos para fins de comércio e com finalidade terapêutica. Assim, a ação terapêutica é a cura de uma doença ou melhora dos sintomas, ou ação profilática (prevenção de doenças).  Remédio: conceito mais amplo pois abrange tudo aquilo que cause bem-estar, que faça o indivíduo se sentir melhor. Os benefícios ao sujeito podem vir de muitas formas, através de métodos químicos (medicamentos), físicos (massagem/fisioterapia), preparações caseiras ou qualquer outro procedimento Assim: todo medicamento é remédio, mas nem todo remédio é medicamento Obs: alguns medicamentos podem ser produzidos em indústrias diferentes, mas possuir o mesmo princípio ativo, ou seja, causam o mesmo efeito 3) Tipos de medicamentoAlopáticos: são os medicamentos que possuem a premissa da “cura pelo contrário”, ou seja, curam as doenças causando efeitos diferentes dos sintomas que estão sendo apresentados. Por exemplo: um antitérmico como a dipirona é utilizada em casos de febre (corpo aumenta a temperatura basal) por diminuir a temperatura corporal. Os alopáticos são os medicamentos produzidos em larga escala, são os comercializados em farmácias e drogarias, portanto, a população confia mais neles, mesmo que tenham toxicidade elevada.  Homeopáticos: são os medicamentos que “curam pela semelhança”, ou seja, curam ou aliviam os sintomas causando sintomas semelhantes com os já apresentados. Imitam os sintomas do paciente. Com isso, têm-se uma piora leve inicial, culminando em uma reação do próprio organismo que fortalece seus mecanismos de defesa, ou seja, a cura do paciente.  Fitoterápicos: são produzidos através da industrialização de plantas medicinais, utilizando a planta toda ou uma parte dela como princípio ativo. 4) Toxicidade dos medicamentos A toxicidade de um medicamento são os efeitos indesejáveis ou diferentes do efeito que se espera do medicamento, ou seja, efeitos indesejáveis que são diferentes do efeito principal do medicamento. Isso pode acontecer mesmo que o medicamento seja consumido

Formas líquidas: é mais consumida por crianças e idosos por conta de sua fácil administração e deglutição se for comparada às outras formas. **São eles: xaropes, suspensões, elixires (entraram em desuso), colírios, soluções injetáveis etc.

  1. Uso correto dos medicamentos** Para que um medicamento atinja seus efeitos terapêuticos e consiga realizar a melhora de um ou mais sintomas, deve-se seguir três regras: medicamento certo; na dose certa; na hora correta. Isso é importante para o processo de tratamento, porque seguir estas regras permite que o medicamento atinja concentrações ideais no organismo para a ação do princípio ativo e diminui as chances de efeitos colaterais. FARMACOCINÉTICA A psicofarmacologia estuda os efeitos das drogas com ênfase nas funções cognitivas, como alterações de humor, emoções e habilidades psicomotoras. John Newport (and friends) postula que as drogas agem por combinarem, de modo reversível, com estruturas especializadas que estão localizadas na membrana da célula, que chamaram de receptor. Um dos fenômenos da Psicofarmacologia chamado de relação dose- efeito consiste em: quanto mais droga é administrada, maior a magnitude de seu efeito (diretamente proporcional). O efeito de uma droga depende de sua concentração no meio que circunda o receptor, os fatores que propiciam essa concentração são muito importantes. Esses fatores são estudados pela Farmacocinética, ou seja, esse campo de conhecimento estuda como o organismo processa a droga, como se dá o caminho percorrido pelo medicamento no organismo, assim, permite entender os efeitos, absorção, meia vida (duração) e intensidade de um fármaco. Para que um medicamento tenha seu efeito ao ser consumido, além de depender da concentração, precisa se movimentar entre as células do corpo e, para isso, deverão ser capazes de ultrapassar a primeira barreira: a membrana celular. Assim, o movimento do fármaco no organismo envolve quatro processos fundamentais: 1) ABSORÇÃO É o processo em que a droga sai do meio externo e vai para a circulação sanguínea sistêmica e depende da via de administração que foi utilizada. Podem ser: -Via enteral: oral, retal e sublingual -Via parenteral: intramuscular, subcutânea e intraperitoneal -Via endovenosa e via tópica

Como visto anteriormente, a via mais utilizada é a via oral, que possui suas vantagens como a comodidade, o processo de absorção pode ser interrompido por lavagem gástrica e a incidência de reações adversas imediatas e severas é menor. Enquanto desvantagens, têm-se a necessidade de um intervalo maior de tempo para que seja atingida a concentração sanguínea máxima, além de sofrer influência da alimentação, metabolismo de primeira passagem (pelo fígado) etc. A maior parte da absorção acontece no intestino delgado por difusão passiva. Após ser absorvida pelo intestino, a droga cai na circulação portal (a que vai para os pulmões) e chega em alta concentração no fígado e, em alguns casos, a capacidade do fígado de metabolizar a droga é muito alta, o que gera a passagem de baixas concentrações dessa substância para a circulação sistêmica (que vai para o corpo todo). Esse fenômeno é chamado de metabolismo de primeira passagem , que diminui a biodisponibilidade da droga, ou seja, a quantidade de droga administrada que atinge a circulação. A lipossolubilidade é um fator essencial para a eficiência da absorção. A via sublingual é restrita a medicamentos com lipossolubilidade muito alta e, a vantagem, é que a circulação venosa dessa região não drena o medicamento para a circulação portal, ou seja, o fenômeno de primeira passagem é evitado. Com relação às vias parenterais, a absorção pela via intramuscular ocorre por filtração, chegando, assim, na corrente sanguínea. Então, os fatores importantes para esse processo são: a lipossolubilidade, a biodisponibilidade e o pH na absorção 2) DISTRIBUIÇÃO Após adentrar a corrente sanguínea, o fármaco será liberado para os vários compartimentos do corpo, assim, alguns fatores são necessários para a distribuição, como a ligação do medicamento a proteínas plasmáticas e teciduais, além da presença da barreira hematoencefálica. Têm-se na farmacocinética vários modelos para explicar a distribuição, sendo o mais empregado o modelo de dois compartimentos. Esse modelo considera que o organismo é formado por um compartimento central (cérebro, pulmões, coração, rins e fígado) , aonde a droga chegaria mais rápido, e um compartimento periférico (músculos e gordura) , no qual a droga atingiria um estado de equilíbrio depois de um certo tempo. Fatores que influenciam a distribuição: alta irrigação, fluxo sanguíneo e perfusão tecidual. 3) METABOLIZAÇÃO

Uma questão importante é que, nem sempre a tolerância de um medicamento acontece com a mesma intensidade com todos os compostos que ele possui, por exemplo, pacientes que são tratados com ansiolíticos benzodiazepínicos (Diazepam) podem ter o efeito sedativo reduzido, enquanto o efeito ansiolítico permanece constante por um tempo bem maior. Portanto, quando a tolerância de uma droga é acompanhada da diminuição do efeito de outros compostos, se fala em tolerância cruzada. Tolerância comportamental: a tolerância, aqui, é aprendida através do processo de condicionamento pavloviano, assim, a resposta aprendida pelo animal (resposta condicionada) é desencadeada/eliciada por estímulos ambientais condicionados emparelhados com o uso da droga (estímulo incondicionado). A repetição do uso do medicamento, feitas no mesmo ambiente, passa a eliciar respostas compensatórias no organismo, gerando efeito oposto aos efeitos esperados da droga. Aprendizado dependente do estado: refere-se à ideia de que o desempenho em tarefas de memória ou aprendizado pode ser influenciado pelo estado fisiológico ou psicológico em que a pessoa se encontrava ao adquirir essa informação. Em termos de uso de substâncias, significa que, se uma pessoa aprender algo enquanto está sob o efeito de uma substância, ela pode se lembrar melhor desse aprendizado se estiver no mesmo estado induzido pela droga. Sensibilização (ou tolerância reversa): algumas drogas, principalmente as psicoestimulantes como a cocaína, podem ter seus efeitos aumentados após seu uso repetido. Aqui também cabe o aprendizado em que, o estímulo do ambiente (como o local de aplicação habitual, a seringa, o ritual preparatório) antecipam o efeito (chamado de hipoalgesia) e potencializam os efeitos da droga (sensibilização). 7) EFEITOS ADVERSOS E ÍNDICE TERAPÊUTICO Os efeitos adversos podem ser categorizados como previsíveis e imprevisíveis. Os previsíveis são os efeitos tóxicos (a concentração do fármaco está muito elevada no organismo, acima da concentração que ocasiona o efeito terapêutico); efeitos colaterais (já mencionados acima, porém, por mais que sejam previsíveis, são inevitáveis); efeitos secundários (são os efeitos que decorrem da ação primária da droga). Os efeitos imprevisíveis decorrem de alguma particularidade do sujeito, genética ou imunológica, são eles: intolerância (por exemplo, depressão respiratória por conta do uso de morfina); idiossincrasia (já mencionado anteriormente); efeitos alérgicos (efeitos adversos decorrentes da ativação do sistema imunológico pela reação antígeno-anticorpo ou por linfócitos T sensibilizados); efeitos pseudo-alérgicos. Índice terapêutico: é a relação entre a dose que produz efeito tóxico e a dose que permite o medicamento agir enquanto efeito terapêutico, portanto, esse índice determina a segurança de uma medicação em relação à dose, assim, quanto maior o índice mais seguro é

o medicamento, em contrapartida, quanto menor o índice maior as chances de ser tóxico (ver slide 20 de farmacocinética).