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Este documento aborda o processo de desenvolvimento da escrita na criança, desde a compreensão e uso da palavra falada até a aquisição da palavra escrita. Discute-se os diferentes níveis de evolução da escrita, bem como as possíveis dificuldades encontradas nesse processo, como a desordem de integração visual-motora e a disgrafia. O texto também destaca a importância de fatores como o desenvolvimento mental, da motricidade e da linguagem para a aprendizagem e desenvolvimento da escrita. Além disso, são apresentadas as características da escrita em diferentes faixas etárias, de acordo com os estudos de ajuriaguerra. Este documento pode ser útil para estudantes e profissionais da área da educação, psicologia e fonoaudiologia que buscam compreender melhor o processo de aquisição da escrita e as possíveis dificuldades envolvidas.
Tipologia: Esquemas
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Oferecer subsídios para a realização do diagnóstico psicopedagógico em crianças com dificuldades de aprendizagem na escrita. Segundo MYKLEBUST (1987), a escrita é um processo muito complexo, um sistema de símbolos visuais utilizado para transmitir pensamentos, sentimentos e idéias. Primeiro, a criança aprende a compreender e usar a palavra falada, e depois ela aprende a ler, a expressar suas idéias por meio da escrita. Portanto, a escrita é a última a ser aprendida. Para AJURIAGUERRA (1988) a escrita é uma atividade convencional, cuja aquisição depende de um certo grau de desenvolvimento intelectual, motor e afetivo, socializados em determinados ambientes. FERREIRO (1987) afirma que a idéia da escrita é, para a criança, um objeto do conhecimento social elaborado, pois a alfabetização acontece em ambiente social.
A Escola Estadual encaminha a menor: V., 09 anos de idade, aluno da 3ª série. Queixa apresentada pelo professor: “Em relação à escrita, o aluno apresenta troca de palavras com muita freqüência, como por exemplo “t” pelo “d” , possui uma péssima caligrafia. Tem um ótimo desempenho em matemática e executa um nível regular de leitura. ”. ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ...................................................................................................... ..................................................................................................... Leia o caso a seguir, reflita sobre o mesmo e, nas linhas pontilhadas, escreva qual o seu posicionamento, antes de começar a estudar o módulo.
Este caso mostra que há crianças que se encontram defasadas em relação aos demais colegas de classe, ou de idade, em determinadas tarefas, como, por exemplo, na escrita. De maneira geral, essas crianças são classificadas, pelos pais e professores, como não inteligentes, ou lentas. Entretanto, há inúmeros fatores que podem estar causando a dificuldade em escrever corretamente. “... há um grande número de crianças limítrofes intelectualmente que se alfabetizam normalmente e sem atrasos, deixando mais uma vez entrever que a discrepância entre desempenho escolar e condições intelectuais tampouco é um elemento decisivo no diagnóstico, embora não se possa negar sua participação como um dos elementos do processo”. SISTO (2001) A escrita é uma das mais antigas “tecnologias” que a humanidade já conheceu. Quando se tornou necessário explicar o que significavam os desenhos, de certo modo ocorreu a leitura. (TEBEROSKY,1989). O processo da escrita ocorre geralmente em crianças com aproximadamente seis anos de idade. Nessa idade, ela já terá desenvolvido as discriminações visuais e O PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Para VYGOTSKY (1993), o desenvolvimento da escrita não repete o desenvolvimento da fala, pois a motivação para a escrita é muito pequena pelo fato de a criança não sentir necessidade de escrever. Na fala, por exemplo, a criança nem sempre tem consciência dos sons que emite e, ao mesmo tempo, está inconsciente das operações mentais que executa. Na escrita, por ser mais complexa, a criança tem que tomar conhecimento da estrutura sonora de cada palavra para reproduzi-la, e, quando formula frases, é necessário também conhecer a seqüência das palavras para que haja sentido na escrita. A escrita exige, portanto, um trabalho consciente, construções mentais e motivação. No desenvolvimento da escrita, alguns fatores são fundamentais para que esta se aperfeiçoe, como, por exemplo, a prática do exercício. Essa prática é necessária para melhorar os movimentos no manejo do lápis, por exemplo. Conseqüentemente, a criança que escreve muito produz um grafismo melhor do que aquela que não desenvolve tanto essa atividade. Para OLIVEIRA (1992), a escrita também pressupõe um desenvolvimento motor adequado por meio de habilidades que são essenciais, como a coordenação motora fina para auxiliar na precisão dos traçados, a preensão correta do lápis, bom esquema corporal, boa coordenação visual- motora. Além disso, a criança deve possuir uma tonicidade adequada que irá determinar um maior controle neuromuscular e, conseqüentemente, determinará uma maior capacidade de inibição voluntária, que é a capacidade de parar o gesto no
momento em que se quer ou precisa. A rotação do pulso, ao escrever, e a posição da folha também devem ser consideradas, para não haver um maior dispêndio de energia e não provocar dores musculares no braço. De acordo com FERREIRO (1987), o processo da escrita desenvolve-se em quatro níveis: 1 - Nível pré-silábico ou silábico inicial : é a diferenciação que a criança estabelece entre o desenho e a escrita, ou seja, de rabiscos para traços de escrita. Não há uma preocupação com as propriedades sonoras da escrita. 2 - Nível silábico : neste nível cada letra ou sinal gráfico corresponde a uma emissão sonora. É a descoberta de que a quantidade de letras com que se vai escrever uma palavra pode ter correspondência com a quantidade de partes que se reconhece na linguagem oral. Um exemplo desse nível é o momento em que a criança passa a utilizar a escrita conforme o som. 3 - Nível silábico-alfabético : neste nível a escrita já possibilita leitura por parte do adulto, porque falta apenas uma ou outra letra que não impede a “dedução” do que se pretende escrever. 4 - Nível alfabético : Neste nível, a criança já domina a leitura e a escrita. Na sua escrita,
desenvolvimento, mas antes de estudar essas dificuldades, tem-se que, primeiro, considerar as condições necessárias para o desenvolvimento da escrita. AJURIAGUERRA (1988) entende que essas condições podem ser agrupadas em quatro categorias, a saber: Desenvolvimento da motricidade. Para traçar sinais gráficos da escrita é preciso uma certa habilidade manual e um certo domínio de gestos. Desenvolvimento mental. Escrever é também compreender que o que os traços são sinais que possuem um valor simbólico e, portanto, o desenvolvimento mental é importante para a aprendizagem e desenvolvimento da escrita. Desenvolvimento da linguagem. A função principal da escrita é transmitir a linguagem oral. Desenvolvimento sócio-afetivo. A escrita é resultado de uma aprendizagem e deve haver motivação para a mesma. Ainda segundo o autor, uma deficiência significativa em uma dessas categorias, apresentadas acima, pode ocasionar dificuldades na aquisição da escrita.
De acordo com JOHNSON, MYKLEBUST (1987, p.233) , as dificuldades de aprendizagem mais freqüentes que ocorrem na linguagem escrita, são:
gravura diferente, por exemplo, quando desenha bolinhas. A criança é capaz de reproduzi-las novamente lembrando os movimentos necessários para isso, fazendo, assim, associações visual-motoras, que não ocorrem às crianças com disgrafia. De acordo com CRUZ (1999), na capacidade de compor textos é muito comum encontrarmos erros gramaticais ou de pontuação na elaboração de frases. Porém, desse modo, o autor considera, como regra, que se deve fazer o diagnóstico cuidadosamente quando existem apenas erros de ortografia ou má caligrafia e ausência de outras anomalias da expressão escrita, pois essas características ocorrem com muita freqüência em pessoas que, na verdade, não possuem dificuldades de escrita, apresentam apenas desatenção.
Agora que você já terminou o estudo do módulo, reflita sobre o caso apresentado na página 4 e, com base nos conhecimentos que você adquiriu, escreva nas linhas pontilhadas, qual o seu posicionamento sobre o mesmo. Faça a comparação da sua reflexão de antes e depois do estudo do módulo, para analisar se houve diferenças entre os dois posicionamentos.
ELLIS, A.W. Leitura, escrita e dislexia: uma análise cognitiva. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. FERREIRO, E. Alfabetização em processo. 3ª ed.Tradução de Sara Cunha Lima, Marisa do Nascimento Paro. São Paulo: Cortez, 1987. JOHNSON, D.J., MYKEBLUST, H.R. Distúrbios de aprendizagem: princípios e práticas educacionais. 3ª ed. São Paulo: Pioneira, 1987. OLIVEIRA, G.C. Psicomotricidade: um estudo em escolares com dificuldades em leitura e escrita. 1992. Tese (doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas. Campinas,São Paulo. SILVA, M.A .S.S. Construindo a leitura e a escrita: reflexões sobre uma prática alternativa em alfabetização. São Paulo: Editora Ática, 1988 SISTO, F.F. et al. Dificuldades de aprendizagem no contexto psicopedagógico. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. TEBEROSKY, A. Psicopedagogia da linguagem escrita. Tradução de Beatriz Cardoso. Campinas, São Paulo, 1989. VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. Traduação Jéferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes. 1993
Sua resposta não precisa ser exatamente igual à do referencial. Se o sentido do que você escreveu é o mesmo, considere-a como correta.