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Questões.
02.12.2016 | tarde
Processo Seletivo
o
Semestre de 2017
Medicina
Nome do candidato
RG Inscrição Prédio Sala Carteira
002. Prova II
QUESTÃO 01
Leia o poema de Álvares de Azevedo.
Pálida, à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada, Como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens de amor ela dormia!
Era a virgem do mar! na escuma fria Pela maré das águas embalada… − Era um anjo entre nuvens d’alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! o seio palpitando… Negros olhos, as pálpebras abrindo… Formas nuas no leito resvalando…
Não te rias de mim, meu anjo lindo! Por ti − as noites eu velei chorando, Por ti − nos sonhos morrerei sorrindo! ( Lira dos vinte anos , 1996.)
O poema trata de uma relação amorosa
(A) fracassada, na qual um dos envolvidos insiste na união, apesar da recusa do outro.
(B) convencional, que segue os padrões da união matrimo- nial burguesa, isto é, em que o interesse econômico rege a união entre os casais.
(C) plena, que se realiza com reciprocidade afetiva e subs- tancial aproximação física entre os amantes.
(D) contemplativa, na qual o sentimento do eu lírico independe de uma resposta ativa da figura amada.
(E) libertária, em que o comportamento do casal desafia as regras usuais da sociedade sem que a estabilidade da união seja perturbada.
Leia o trecho do romance Memórias póstumas de Brás Cubas , de Machado de Assis, para responder às questões de 02 a 04.
Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de D. Plácida, nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem sobra, e, conseguintemente, que saí quite com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado do mis- tério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: — Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. ( Memórias póstumas de Brás Cubas , 2008.)
QUESTÃO 02 No trecho, o narrador
(A) lamenta uma estrutura social na qual as oportunidades de realização no trabalho estão distribuídas de forma injusta.
(B) ressente-se de não ter ascendido, apesar dos esforços despendidos, a cargos mais elevados da ordem pública.
(C) reconhece um lado positivo em nunca ter precisado trabalhar para sobreviver financeiramente.
(D) considera-se realizado por ter ganhado muito dinheiro em função do seu esforço no trabalho.
(E) admite a impossibilidade de uma vida familiar tranquila ser conciliada com um projeto pessoal voltado para a ascensão profissional.
QUESTÃO 03 Ao utilizar o pronome “nossa” na última frase do texto, o narrador
(A) amplia a abrangência de suas memórias, passando da enumeração das negativas pessoais a uma ideia negativa a respeito da própria humanidade.
(B) ironiza o fato de ter morrido na miséria justamente por não ter tido filhos.
(C) mantém sua narrativa em primeira pessoa, o que reforça o caráter subjetivista do que vinha sendo dito.
(D) inclui o leitor em sua narrativa para pedir solidariedade em relação ao fato de ele não ter tido filhos.
(E) reclama da cobrança social que não se refere apenas a ele, mas a toda a sociedade, para que as pessoas constituam família e tenham filhos.
QUESTÃO 09 Segundo o autor, a ideia de “democratização” opõe-se a
(A) “luxo”.
(B) “Estado”.
(C) “praia”.
(D) “povo”.
(E) “transporte”.
QUESTÃO 10 “Todos compreendem que, se cada uma das treze ou quatorze milhões de famílias existentes na França devesse dispor mes- mo que apenas de dez metros da costa, seria preciso dividir as praias em tiras tão pequenas – ou amontoar tanto as mansões
- que seu valor de uso seria nulo e sua vantagem sobre um complexo hoteleiro desapareceria.” Os verbos destacados no excerto estão conjugados no
(A) futuro do presente, para fazer uma afirmação futura em relação ao tempo do que foi enunciado antes.
(B) pretérito mais-que-perfeito, pois se trata de um fato posterior a outro fato enunciado no texto.
(C) futuro do presente, para deixar claro que se trata de uma hipótese e não de um fato já consumado.
(D) futuro do pretérito, a fim de imaginar um cenário projetado a partir de uma hipótese antes enunciada.
(E) futuro do pretérito, pois não se trata de fato localizado em um futuro próximo, mas em um futuro distante.
Leia o texto de André Gotz para responder às questões de 08 a 10.
O grande problema dos carros é o fato de serem como mansões à beira-mar: são bens de luxo inventados para o prazer exclusivo de uma minoria muito rica, os quais em con- cepção e natureza nunca foram destinados ao povo. Em sua concepção e em sua finalidade original, o carro é um bem de luxo. E o luxo, por definição, é impossível de ser democrati- zado: se todos ascendem ao luxo, ninguém tira proveito dele. Isso é admitido sem questionamentos pelo senso comum no caso das mansões à beira-mar. Nenhum demagogo ou- sou dizer que democratizar o direito às férias significa aplicar o princípio uma mansão com praia particular para cada família. Todos compreendem que, se cada uma das treze ou quatorze milhões de famílias existentes na França devesse dispor mesmo que apenas de dez metros da costa, seria pre- ciso dividir as praias em tiras tão pequenas – ou amontoar tanto as mansões – que seu valor de uso seria nulo e sua vantagem sobre um complexo hoteleiro desapareceria. Em suma, a democratização do acesso às praias admite somen- te uma solução: a solução coletivista. E essa solução está necessariamente em guerra com o luxo que constituem as praias particulares, privilégio que uma pequena minoria se atribui à custa de todos.
Ora, por que aquilo que é absolutamente óbvio no caso das praias não é geralmente visto da mesma forma no caso do transporte? Por acaso um carro também não ocupa um espaço tão escasso quanto uma mansão na praia? Não espo- lia os outros que usam as ruas (pedestres, ciclistas, usuários de ônibus ou bondes)? Não perde seu valor de uso quando todo mundo utiliza o seu? No entanto abundam os demago- gos que afirmam que cada família tem o direito a pelo menos um carro, e que seria até mesmo encargo do “Estado” atuar de forma que todos pudessem estacionar convenientemente e viajar no feriado ou nas férias ao mesmo tempo que todos os outros a 150 km/h.
(Ned Ludd (org). Apocalipse motorizado , 2004. Adaptado.)
QUESTÃO 08
Implícita à argumentação do autor está a ideia de que
(A) há um erro fundamental em associar mansões e luxo, na medida em que elas são produtos de consumo, tanto quanto os carros.
(B) a construção da infraestrutura necessária para que todos circulem de carro com níveis menores de congestiona- mento é tarefa do Estado.
(C) os engarrafamentos nas grandes cidades são, pelo me- nos em parte, produto de uma visão individualista no uso do espaço coletivo.
(D) é natural que as pessoas queiram adquirir também uma mansão à beira-mar, depois de comprarem seus carros.
(E) há demagogos que querem igualar mansões de luxo a automóveis, como se os valores de compra de ambos fossem parecidos.
QUESTÃO 13 Analise a charge.
(https://amarildocharge.wordpress.com) A charge ironiza a conjuntura da China no que diz respeito à
(A) incipiência da indústria de informática.
(B) fragilidade da infraestrutura de telecomunicações.
(C) limitação da liberdade de expressão.
(D) inexistência de redes de informação virtuais.
(E) vulnerabilidade dos sistemas de defesa militar.
QUESTÃO 14 O Irã é um país fundamental para a compreensão do con- texto geopolítico do Oriente Médio. Entre as caraterísticas determinantes para a importância desse país para as rela- ções internacionais e o equilíbrio de poder no Oriente Médio está
(A) a aliança estratégica com os Estados Unidos desde o final da década de 1970, quando foi instaurada a Revo- lução Islâmica do Irã.
(B) a localização geográfica estratégica próxima às rotas de escoamento da maior parte do petróleo produzido no Golfo Pérsico.
(C) a afinidade histórico-cultural com Israel, o que contribuiu para o aprofundamento das relações comerciais entre as duas nações.
(D) a incorporação de bases militares russas no território iraniano, instituída como forma de intimidação aos países membros da OTAN.
(E) a coordenação do movimento conhecido como Pan- -arabismo, idealizado juntamente com o Egito e a Arábia Saudita.
QUESTÃO 11 Após quase cinco anos de negociação, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura, Estados Unidos e Vietnã anunciaram o chama- do Tratado Transpacífico de Comércio Livre (TPP, sigla em inglês). O acordo já é considerado o maior tratado de livre comércio celebrado na história mundial e reúne 40% das riquezas do mundo.
(http://agenciabrasil.ebc.com.br, 05.10.2015. Adaptado.)
O estabelecimento do Tratado Transpacífico de Comércio Livre e o grupo de países que o constitui reforçam o seguinte cenário da globalização:
(A) caráter monopolar das relações econômicas globais pau- tadas nos interesses do centro capitalista.
(B) formação de blocos econômicos regionais como estraté- gia de enfrentamento da competitividade global.
(C) posição de maior autonomia dos países da semiperiferia do sistema capitalista frente aos centros hegemônicos.
(D) tendência à maior integração dos países dependentes da exportação de commodities.
(E) supressão das fronteiras nacionais a partir do desenvolvi- mento de uma aldeia global.
QUESTÃO 12 Com o desmoronamento do comunismo na Europa Central e Oriental, assiste-se a um estreitamento das rela- ções entre os europeus. Em 1993, é concluído o Mercado Único com as “quatro liberdades”: livre circulação de merca- dorias, de serviços, de pessoas e de capitais.
(http://europa.eu)
O acordo europeu que concretizou as modificações descritas no excerto é denominado
(A) Acordo de Schengen.
(B) Tratado de Roma.
(C) Acordo de Dublin.
(D) Tratado de Lisboa.
(E) Tratado de Maastricht.
QUESTÃO 21 Os egípcios tinham vastos conhecimentos médicos. Os textos resgatados revelam informações acuradas sobre a anatomia humana. Apesar disso, o tratamento médico era uma estranha mistura de magia e ciência. Os amuletos eram utilizados como proteção contra doenças, e oferendas voti- vas ou sacrifícios eram feitos aos deuses. Como os egípcios acreditavam numa outra vida após a morte, os médicos eram proibidos de dissecar os cadáveres humanos. Tinham de se contentar com a dissecação e o exa- me dos animais. Os embalsamadores, embora conhecessem bem a anatomia, não eram médicos. (John Guy. Egípcios , 2005. Adaptado.)
De acordo com o excerto, no Egito Antigo,
(A) as técnicas de mumificação obedeciam às restrições impostas pelo Estado.
(B) a crença na imortalidade da alma resultava dos conhe- cimentos de anatomia.
(C) os conhecimentos científicos avançavam com o incenti- vo dos sacerdotes.
(D) a prática médica progredia com os estudos racionais de anatomia humana.
(E) a medicina estava ligada às crenças religiosas e impreg- nada de superstições.
QUESTÃO 19 Há 2,5 bilhões de anos houve uma reviravolta na história da Terra, com picos de perda de calor, que permitiram a for- mação da crosta, a camada mais superficial do planeta, antes tomado por uma sopa quente de magma.
(http://revistapesquisa.fapesp.br)
De acordo com a escala de tempo geológico, o evento referi- do no excerto desenvolveu-se no início da Era
(A) Mesozoica.
(B) Pleistocênica.
(C) Paleozoica.
(D) Proterozoica.
(E) Cenozoica.
QUESTÃO 20
Um avião decolou no dia 30 de outubro da cidade de Brasília às 22h, horário local, com destino à cidade de Salvador, em um voo cuja duração teve 2h e 20m. Sabendo que ambas as cidades estão situadas no fuso horário 45° oeste e que em Brasília vigorava o horário brasileiro de verão, o horário local e o dia correspondente à chegada em Salvador foram
(A) 23h20 de 31 de outubro.
(B) 23h20 de 30 de outubro.
(C) 0h20 de 31 de outubro.
(D) 1h20 de 31 de outubro.
(E) 0h20 de 30 de outubro.
QUESTÃO 23 Leia os dois documentos do século XVIII.
É exclusivamente na minha pessoa que reside o poder soberano. É só de mim que os meus tribunais recebem a sua existência e a sua autoridade. É a mim unicamente que pertence o poder Legislativo sem dependência nem partilha.
Quando na mesma pessoa, ou no mesmo órgão de go- verno, o poder Legislativo está unido ao poder Executivo, não existe liberdade. E também não existe liberdade se o poder Judiciário não estiver separado do Legislativo e do Executivo. ( Apud Joelza Ester D. Rodrigues. História , 2009. Adaptado.)
Esses excertos apresentam
(A) opiniões comuns sobre a monarquia de direito divino.
(B) ideologias opostas na crítica ao liberalismo burguês.
(C) justificativas legais para a construção do Estado liberal.
(D) ideias complementares na defesa do absolutismo.
(E) visões divergentes sobre a organização do Estado.
QUESTÃO 24 No século XIX, a Primeira Revolução Industrial provocou mudanças e dilemas, pois
(A) promoveu o aumento da produtividade que enriqueceu principalmente o Estado, mas este não criou políticas de inclusão social.
(B) concedeu o controle da organização sindical aos grupos de esquerda, mas estes excluíram outras ideologias.
(C) gerou um progresso econômico que trouxe benefícios, mas agravou a pobreza de grande parte da população.
(D) implementou de imediato importantes leis trabalhistas, mas estas negaram direitos a mulheres e crianças.
(E) introduziu um sistema fabril que favoreceu a moderniza- ção das cidades, mas dificultou a mecanização da agri- cultura.
QUESTÃO 22
Observe a ilustração do livro de horas do Duque de Berry, datado do início do século XV.
(https://upload.wikimedia.org)
A ilustração remete a um período da história europeia em que
(A) a população, concentrada no campo, colocou-se sob a proteção dos senhores feudais, a quem devia obriga- ções em trabalho gratuito e produtos.
(B) a vida rural foi marcada pela construção de catedrais, símbolo da religiosidade, e a cidade, pela construção de fortalezas, devido às guerras entre cristãos e muçulmanos.
(C) o escravismo predominava e convivia com formas de trabalho livre e semilivre, sendo as comunidades autossuficientes e o comércio quase inexistente.
(D) a Igreja Católica dominou a sociedade, controlando o cotidiano rural e urbano e impondo a ideia de que as explicações pela razão superavam a fé.
(E) a condição social era determinada pelo nascimento, o que tornava os monarcas poderosos e garantia a sub- missão dos servos, nobres e burgueses.
Leia o texto para responder às questões de 31 a 40.
“Major win” in pancreatic cancer fight
James Gallagher June 3, 2016
A new combination of chemotherapy drugs should become the main therapy for pancreatic cancer, say UK researchers. The disease is so hard to treat that survival rates have barely changed for decades. But data presented at the world’s biggest cancer conference showed long-term survival could be increased from 16% to 29%. The findings have been described as a “major win”, “incredibly exciting” and as offering new hope to patients. Pancreatic cancer is one of the most deadly cancers, with patients often given just months to live after diagnosis. It is aggressive, resists treatment and, because pancreatic tumours cause nondescript symptoms, is often found only after it has spread throughout the body. In the UK alone, 9,400 people are diagnosed with pancreatic cancer and 8,800 die from the disease each year. The trial on 732 patients – in hospitals in the UK, Sweden, France and Germany – compared the standard chemotherapy drug gemcitabine against a combination of gemcitabine and capecitabine. The results, released at the American Society of Clinical Oncology’s annual conference, showed that average survival times increased from 25 to 28 months. But there was a far more dramatic impact on long-term survival with 29% of patients alive for at least five years with combination therapy compared with 16% normally. There was no difference in side-effects. Prof John Neoptolemos, from the University of Liverpool, who led the study, said: “This important trial shows that this drug combination could give pancreatic patients valuable extra months and even years and so will become the new treatment for patients with this disease. The difference in short-term survival may seem modest but improvement in long-term survival is substantial for this cancer. This drug combination will become the new standard of care for patients with the disease.” It is not entirely clear why there is the difference in survival rates, but one idea surrounds the new drug being less toxic allowing patients to tolerate higher doses. Alex Ford, chief executive of Pancreatic Cancer UK, said: “These are incredibly exciting results from a major trial for those diagnosed with this dreadful disease. The outlook for pancreatic cancer has been grim. With few treatment options, survival rates have barely changed in 40 years in the UK. Currently just 5% of pancreatic cancer patients can expect to live for five years. At the same time, incidence is set to soar by a third to more than 12,000 people being diagnosed every year by 2030. The possibility of increasing survival for those who have undergone surgery for pancreatic cancer will give great hope to hundreds of patients and their families who may benefit.” The study was funded by the charity Cancer Research UK. Its chief clinician Prof Peter Johnson said: “Pancreatic cancer remains a very difficult disease to find and treat. Despite this, we are making steady progress, through trials like this one, where the use of better chemotherapy after surgery was able to increase the number of people surviving the disease.”
QUESTÃO 29
O carnaval de 1917 conheceu a popularização do “Pelo tele- fone”, considerado o primeiro samba brasileiro gravado em disco e registrado na Biblioteca Nacional. Leia trecho da letra, que sofreu várias modificações.
O chefe da folia / Pelo telefone / Manda avisar / Que com alegria / Não se questione / Para se brincar. […] Ai, ai, ai / Aí está o canto ideal / Triunfal / Viva o nosso carnaval / Sem rival.
(Ernesto dos Santos [Donga] e Mauro de Almeida. www.cifrantiga3.blogspot.com.br)
As informações revelam que
(A) as vanguardas artísticas europeias, como o cubismo, ins- piravam a música popular brasileira, em defesa de uma identidade nacional por meio do carnaval.
(B) influências nacionais começavam a se destacar na músi- ca, ao lado de um sinal de modernidade na comunicação urbana, expresso no tema do samba.
(C) as idealizações românticas e o racismo suplantavam o nacionalismo modernista, em meio ao progresso tecnoló- gico e industrial que chegava ao Brasil.
(D) demandas populares apareciam nas artes, até então re- primidas pelo governo oligárquico, seguindo os padrões dos ritmos musicais norte-americanos.
(E) os valores da Belle Époque firmavam-se no Brasil, aglu- tinando costumes europeus, indígenas e principalmente africanos, que formaram o samba.
QUESTÃO 30 O Congresso adotou uma solução de compromisso. O sistema de governo passou de presidencialista a parlamen- tarista. O parlamentarismo, proposto por muitos como uma fórmula capaz de dar maior flexibilidade ao sistema político, entrou em vigor pela porta dos fundos. Utilizado como sim- ples expediente para resolver uma crise, não poderia durar muito como de fato não durou.
(Boris Fausto. História do Brasil , 1994. Adaptado.)
O Congresso modificou a Constituição de 1946, implantando essa “solução de compromisso” para
(A) empossar o vice-presidente João Goulart após a renún- cia de Jânio Quadros.
(B) formar uma base aliada no Legislativo para o presidente Juscelino Kubitschek.
(C) atenuar a crise político-institucional provocada pelo golpe militar.
(D) pacificar a oposição e o governo depois do suicídio de Getúlio Vargas.
(E) impedir, sem sucesso, o golpe que instaurou o Estado Novo.
QUESTÃO 34 De acordo com o Prof. John Neoptolemos, da Universidade de Liverpool, o novo tratamento
(A) melhora muito a qualidade de vida do paciente de câncer de pâncreas.
(B) aumenta o número de sobreviventes de câncer de pâncreas a curto prazo.
(C) deve se tornar o padrão para os casos de câncer de pâncreas.
(D) é muito promissor para os casos de câncer que já se espalharam pelo corpo.
(E) leva um grande número de meses para mostrar seus efeitos.
QUESTÃO 35 De acordo com a declaração de Alex Ford,
(A) cerca de 12 000 pessoas sobreviveram ao câncer de pâncreas nos últimos anos.
(B) a incidência do câncer de pâncreas deve aumentar muito nas próximas décadas.
(C) a sobrevida dos pacientes com câncer de pâncreas aumentou significativamente.
(D) o novo tratamento apresenta excelentes possibilidades de cura para o câncer de pâncreas.
(E) as drogas utilizadas no novo tratamento podem causar excitação em alguns pacientes.
QUESTÃO 36 No fragmento do quinto parágrafo “The outlook for pancreatic cancer has been grim”, o termo em destaque tem, em portu- guês, sentido semelhante a
(A) perspectivas.
(B) descobertas.
(C) observações.
(D) quantidades.
(E) perfis.
Around 340,000 people worldwide are diagnosed with pancreatic cancer each year with the highest incidence in North America and Europe. Dr Smitha Krishnamurthi, from the American Society of Clinical Oncology, said: “Pancreatic cancer remains one of the most hard-to-treat cancers. It is a major win to find that adding a generic chemotherapy not only improves survival for these patients, but does so with little effect on patients’ quality of life.”
(www.bbc.com. Adaptado.)
QUESTÃO 31
O novo tratamento para o câncer de pâncreas discutido no texto
(A) foi testado em diversos hospitais americanos.
(B) já é adotado em hospitais de diversos países há algum tempo.
(C) não apresenta a comprovação científica necessária para sua adoção.
(D) utiliza duas drogas quimioterápicas ao mesmo tempo.
(E) tem efeitos colaterais piores dos que os causados pelo tratamento tradicional.
QUESTÃO 32
De acordo com o texto, o câncer de pâncreas
(A) vem sendo tratado com êxito ao longo das últimas décadas.
(B) espalha-se por todo o corpo muito rapidamente.
(C) tem diagnóstico difícil por não apresentar sintomas específicos.
(D) está apresentando redução no número de casos.
(E) apresenta baixos índices de letalidade em seus portadores.
QUESTÃO 33
Na primeira frase do texto, o uso de “should” indica
(A) sugestão.
(B) necessidade.
(C) obrigação.
(D) probabilidade.
(E) habilidade.
QUESTÃO 44 Um veículo A movimenta-se por uma estrada retilínea com ve- locidade de módulo V e colide, frontalmente, com um veículo B, inicialmente parado e de massa duas vezes maior do que A. Sabe-se que, imediatamente após a colisão, o veículo B adquire velocidade de módulo.
Considerando o sistema mecanicamente isolado, é correto afirmar que o módulo da velocidade do carro A, imediatamen- te após a colisão, é igual a
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
QUESTÃO 43
Uma balança de contrapeso é constituída de uma barra AB de massa desprezível articulada em O, de um prato de massa 300 g suspenso por fios ideais no ponto A, a uma dis- tância de 8 cm do ponto O, e de um contrapeso de massa m que pode deslizar pela barra. Inicialmente com o prato vazio, para se manter a barra em equilíbrio na horizontal, o contrapeso deve ser posicionado a 10 cm do ponto O, con- forme a figura 1.
Se apoiarmos no centro do prato um corpo de massa M, para se manter a barra em equilíbrio na horizontal, o con- trapeso deve ser posicionado a 30 cm de O, conforme a figura 2.
Nessas condições, a massa M, em gramas, é
(A) 600.
(B) 900.
(C) 500.
(D) 200.
(E) 300.
QUESTÃO 47 A figura representa uma ambulância que se move com velocidade constante, afastando-se do observador A e apro- ximando-se do observador B, ambos em repouso em rela- ção à Terra. Enquanto movimenta-se, a ambulância mantém sua sirene ligada, emitindo ondas sonoras de frequência constante. As linhas azuis representam as frentes de ondas dessas ondas.
Nesse movimento, é correto afirmar que
(A) o som ouvido pelo observador B apresenta comprimento de onda maior do que o som ouvido pelo motorista da ambulância. (B) as ondas sonoras emitidas pela sirene têm alturas iguais para os observadores A e B. (C) a velocidade das ondas sonoras emitidas pela sirene e captadas pelo observador A é menor do que a velocidade das ondas sonoras captadas por B.
(D) a frequência do som da sirene ouvido pelo observador B é maior do que a frequência do som da sirene ouvido pelo motorista da ambulância. (E) o som da sirene ouvido pelo observador A é mais agudo do que o ouvido pelo observador B.
QUESTÃO 45
A escala Fahrenheit apresenta algumas características úteis. Uma delas é que, mesmo em países muito frios, as tempe- raturas lidas nessa escala assumem valores quase sempre positivos. Outra característica é que as temperaturas corres- pondentes à febre em humanos, que precisam ser controladas com remédios, apresentam-se nessa escala com três dígitos.
A tabela apresenta as temperaturas dos pontos do gelo e do vapor nas escalas Celsius e Fahrenheit, no nível do mar.
Ponto do gelo Ponto do vapor 0 ºC 100 ºC
32 ºF 212 ºF
Considere que em um país de língua inglesa uma enfermeira faça a seguinte afirmação: “A temperatura do paciente apre- senta três dígitos, está em 104 ºF! Vamos dar uma medicação!”
Esse paciente inspira cuidados, pois sua temperatura, em ºC, é
(A) 39.
(B) 37.
(C) 40.
(D) 41.
(E) 38.
QUESTÃO 46
Para ver detalhes de sua face, uma garota se posiciona a 20 cm do vértice de um espelho esférico côncavo e vê uma imagem virtual de seu rosto.
Sabendo que a distância focal do espelho é igual a 25 cm e que ele obedece às condições de nitidez de Gauss, é correto afirmar que a imagem vista pela garota é ampliada
(A) duas vezes.
(B) cinco vezes.
(C) seis vezes.
(D) quatro vezes.
(E) três vezes.
