Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Tratamento e Diagnóstico da Esquizofrenia: Sintomas, Critérios e Medicamentos, Esquemas de Neurologia

Os critérios de diagnóstico da esquizofrenia, incluindo sintomas de atenção deficitaria e hiperatividade-impulsividade, além de tratamentos e medicamentos utilizados na terapia. O texto também discute as apresentações predominantes da hiperatividade-impulsividade.

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Ronaldinho890
Ronaldinho890 🇧🇷

4.3

(96)

223 documentos

1 / 56

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
1
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Tratamento e Diagnóstico da Esquizofrenia: Sintomas, Critérios e Medicamentos e outras Esquemas em PDF para Neurologia, somente na Docsity!

Maria Augusta Montenegro

Professora Doutora Disciplina de Neurologia Infantil Departamento de Neurologia FCM Unicamp

Marilisa Mantovani Guerreiro

Professora Titular Disciplina de Neurologia Infantil Departamento de Neurologia FCM Unicamp

Todas as informações foram cuidadosamente checadas, entretanto a precisão das indicações, reações adversas e dosagens para as drogas citadas podem sofrer alterações.

CURVA DE PERÍMETRO CRANIANO -------------------------------------------------------------------------- 42 MEDICAÇÕES --------------------------------------------------------------------------------------------------------

Avaliação Neurológica da Criança

Lesões de pele

O ectoderma é a origem embrionária tanto da pele quanto do sistema nervoso central; portanto, algumas doenças neurológicas estão associadas a lesões de pele que podem ser valiosas no auxílio do diagnóstico.

Inspeção do crânio

Deve-se avaliar assimetrias cranianas, suturas e fontanelas. Além disso, deve-se aferir as medidas do perímetro cefálico (medido com fita métrica tendo como ponto de referência a glabela e a protuberância occipital externa), antero- posterior (ponto de referência a glabela e a protuberância occipital externa, com a fita sobre a sutura sagital e passando pelo bregma) e biauricular (ponto de referência a inserção superior das orelhas, com a fita sobre a sutura coronal e passando pelo bregma).

Reflexos Primitivos

A sucção reflexa e a marcha reflexa desaparecem por volta dos dois meses de vida. Os outros reflexos arcaicos devem desaparecer até no máximo 6 meses de idade, exceto os dois reflexos dos pés: a preensão plantar desaparece aos 9 meses e o cutâneo-plantar que é em extensão no primeiro semestre de vida, pode ser em flexão, indiferente ou extensão no segundo semestre de vida, e passa a ser sempre em flexão a partir do segundo ano, isto é, a partir da aquisição da marcha.

 Moro (desencadeado por queda súbita da cabeça, amparada pela mão do examinador. Provoca extensão e abdução dos membros superiores seguida por choro).  Sucção reflexa (desencadeada pela estimulação dos lábios. Sua ausência é sinal de disfunção neurológica grave).  Reflexo tônico-cervical (desencadeado por rotação da cabeça com a outra mão do examinador estabilizando o tronco do RN. Observa-se extensão do membro superior ipsilateral à rotação e flexão do membro superior contralateral. A resposta dos membros inferiores obedece ao mesmo padrão, mas é mais sutil).  Apoio plantar (desencadeado pelo apoio do pé do RN sobre superfície dura, estando este seguro pelas axilas. Observa-se extensão das pernas).  Marcha reflexa (desencadeado por inclinação do tronco do RN após obtenção do apoio plantar. Observa-se cruzamento das pernas, uma à frente da outra).  Preensão palmar e plantar (desencadeados pela pressão da palma da mão ou planta do pé).

 Apreensão a estranhos = 10 meses.  Dá tchau, bate palma = 15 meses.  Imita atividades diárias = 18 meses.  Bebe no copo = 18 meses.

Desenvolvimento do desenho^2

A avaliação do estágio de desenvolvimento do desenho pode ser usada com um dos parâmetros da cognição da criança, lembrando que a avaliação formal da cognição geralmente é feita apenas após os 6 anos (avaliação neuropsicológica).

 Rabiscos (depois de alguns meses a criança começa a nomear o que o rabisco representa) = 2 anos.  Círculo como símbolo universal (pode representar quase tudo) = 3 anos.  Tentativa de representação da figura humana (círculo com duas pernas) = 3 anos.  A figura humana tem mais detalhes e os desenhos representam histórias ou eventos = 4 a 5 anos.  Fase da paisagem (linha azul na parte superior representa céu, linha verde na parte inferior representa o chão; pode desenhar a mesma paisagem inúmeras vezes) = 6 anos.  Fase do realismo, quando a criança começa a desenhar detalhadamente as coisas (não se contenta com esquematização/simplificação do desenho) = 8 a 10 anos.  Adolescência / fim do período artístico (frustração por não conseguir desenhar as coisas exatamente como são vistas) = 12 anos.

Nervos cranianos

 O primeiro nervo craniano (olfatório) raramente é avaliado.  O segundo nervo (óptico) é avaliado observando-se a fixação visual a objetos e fundoscopia. Além disso, o nervo óptico também é responsável pela aferência do reflexo fotomotor (presente desde o nascimento).  Os nervos terceiro (oculomotor), quarto (troclear) e sexto (abducente) são avaliados através da motricidade ocular posicionando-se um estímulo luminoso em várias direções. O terceiro nervo também é responsável pela eferência do reflexo fotomotor.  O quinto (trigêmeo), nono (glossofaríngeo), décimo (vago) e décimo segundo (hipoglosso) nervos são avaliados pela observação de movimentos de sucção, deglutição e mastigação do lactente. A avaliação da função sensitiva do quinto nervo é limitada na infância.  O sétimo nervo (facial) deve ser avaliado observando-se a motricidade facial, principalmente durante o choro.  O oitavo nervo (vestíbulo-coclear) é avaliado através da estimulação auditiva com chocalho, observando-se se o lactente procura o som.  O décimo primeiro nervo (acessório) é responsável pela inervação do

músculo esternocleidomastóideo e é avaliado observando-se os movimentos de rotação da cabeça do bebê.  O nono e décimo nervos (glossofaríngeo e vago) são avaliados conjuntamente através da inserção de uma espátula na boca para se observar a migração da úvula e a presença do reflexo nauseoso. Aproveita-se esse momento também para se avaliar o décimo segundo nervo (hipoglosso), o que é possível através da observação da simetria da língua no leito bucal.

Motricidade

Avalia-se: tônus, postura, força, reflexos osteotendíneos e reflexo cutâneo plantar. O tônus muscular é avaliado pela palpação dos músculos, movimentação passiva dos membros e balanço passivo de extremidades. Durante o primeiro ano de vida o tônus muscular varia de flexor (no RN a termo) para hipotônico (entre 6 e 8 meses), até atingir valores normais no fim do primeiro ano de vida. Também deve-se elevar a criança segurando-a pelas axilas para observar se há hipertonia de ação. Para avaliação da força muscular devemos observar principalmente se há alguma assimetria entre os membros através da manobra do rechaço. Na avaliação da força muscular de membros inferiores, coloca-se o bebê na beira da cama e observa-se se ele consegue manter as pernas elevadas. Pequenas assimetrias devem ser valorizadas. Os reflexos osteotendíneos são pesquisados utilizando-se a mesma técnica do exame neurológico do adulto. O reflexo cutâneo plantar deve ser em flexão a partir do momento em que o lactente adquire a marcha.

Equilíbrio

O equilíbrio estático deve ser avaliado com o lactente sentado e em pé. Ao fim do primeiro ano de vida podemos observar o equilíbrio dinâmico durante a marcha em alguns pacientes.

Coordenação

Deve-se oferecer um objeto ao bebê e observar se ele consegue pegá- lo. A manobra do pano no rosto é realizada colocando-se uma fralda sobre o rosto da criança e observando-se o modo de retirá-la. Manobra como a do índex-nariz só é realizada após 3 anos de idade.

ADEM

DEFINIÇÃO

ADEM (encefalomielite aguda disseminada). Doença desmielinizante aguda, multifocal e monofásica (eventualmente pode recorrer).

FATORES DE RISCO

Infecção viral ou vacinação nos últimos 30 dias.

INVESTIGAÇÃO

Ressonância magnética de crânio (evidencia áreas de hipersinal em T2/FLAIR sugestivas de desmielinização) e medula (se sintomas medulares).

Líquor (geralmente observa-se leve pleocitose com predomínio linfocitário, discreto aumento de proteínas e glicorraquia normal. Muitas vezes pode estar normal). Incluir pesquisa de bandas oligoclonais para ajudar no diagnóstico diferencial com esclerose múltipla.

TRATAMENTO

Metilprednisolona 2 0mg/kg/dia por 3 - 5 dias consecutivos (dose máxima de 1g/d), seguido de prednisona 1mg/kg/dia em retirada gradual por 3 - 6 semanas (urina 1, hmg, rx seios da face, exame clinico, tiabendazol antes de pulsar).

Imunoglobulina endovenosa (400mg/kg/dia por 5 dias) ou plasmaférese pode ser considerada em casos graves que não respondem a terapia com metilprednisolona.

ORIENTAÇÕES

Cuidado com próximas vacinações = geralmente as crianças são encaminhadas para vacinação aqui no HC.

Considerar diagnóstico diferencial com vasculites (ex: lupus eritematoso sistêmico).

ADEM recorrente (mesma alteração clínica e topográfica).

ADEM multifásico (padrão clínico e de imagem diferentes do evento inicial).

AVC ISQUÊMICO

DEFINIÇÃO

Obstrução arterial decorrente de trombose ou embolia.

FATORES DE RISCO

Cardiopatia congênita, anemia falciforme, policitemia, trombofilias, doenças do colágeno, leucemia, síndrome nefrótica, meningoencefalite, dissecção arterial, moyamoya, etc.

INVESTIGAÇÃO

Tomografia de crânio (no PS), ressonância magnética de crânio. A investigação pode ser direcionada conforme a doença de base. Considerar pedir hemograma, plaquetas, coagulograma, FAN, anti-DNA, ecocardiograma, doppler de carótidas, eletroforese de hemoglobina, pesquisa de trombofilias (mutação fator V de Leiden, deficiência proteína C, deficiência proteína S, mutação protrombina, anticorpo anti-fosfolípide, homocistinúria = exames feitos no Hemocentro).

Obs – a maioria dos exames para investigação de trombofilia são feitos 6 meses após a trombose.

AVC HEMORRÁGICO

DEFINIÇÃO

Hemorragia intracraniana secundária a lesão arterial.

FATORES DE RISCO

Malformação arteriovenosa, aneurisma, plaquetopenia.

INVESTIGAÇÃO

Tomografia de crânio, hemograma, coagulograma, angiografia digital.

TRATAMENTO

Solicitar avaliação da neurocirurgia para possível drenagem do hematoma. Lesões vasculares (MAV ou aneurismas) = embolização ou tratamento cirúrgico.

ORIENTAÇÕES

Reabilitação com fisioterapia, fonoterapia e terapia ocupacional.

Não há relação com vacinação!

AUTISMO

DEFINIÇÃO

Distúrbio do comportamento caracterizado por disfunção na interação social (brinca sozinho, não percebe que pais chegaram em casa), comunicação (não olha nos olhos, fala pouco, leva adulto pela mão até o que quer ao invés de falar), estereotipias (flapping, liga e desliga luz sem parar), auto-agressão, sensory-overload (não tolera música, texturas, barulho), não tem noção do perigo, alteração motora discreta (desajeitado, coordenação ruim). Ao mesmo tempo pode haver talentos em áreas específicas (musica, matemática, assunto específico, etc).

FATORES DE RISCO

Antecedente familiar.

INVESTIGAÇÃO

Audiometria ou BERA, TSH, cariótipo, ressonância magnética de crânio (descartar organicidade).

Considerar EEG sob sono em casos com involução da fala para descartar a possibilidade de síndrome de Landau-Kleffner.

TRATAMENTO

Multiprofissional, necessário encaminhamento para psiquiatra infantil.

ORIENTAÇÕES

O prognóstico está relacionado à estimulação precoce.

Crianças com autismo apresentam epilepsia mais frequentemente.

Autism Spectrum Disorder

Diagnostic Criteria

A. Persistent deficits in social communication and social interaction across multiple

contexts, as manifested by the following, currently or by history (examples are

illustrative, not exhaustive, see text):

  1. Deficits in social-emotional reciprocity, ranging, for example, from abnormal social approach and failure of normal back-and-forth conversation; to reduced sharing of interests, emotions, or affect; to failure to initiate or respond to social interactions.
  2. Deficits in nonverbal communicative behaviors used for social interaction, ranging, for example, from poorly integrated verbal and nonverbal communication; to abnormalities in eye contact and body language or deficits in understanding and use of gestures; to a total lack of facial expressions and nonverbal communication.
  3. Deficits in developing, maintaining, and understanding relationships, ranging, for example, from difficulties adjusting behavior to suit various social contexts; to difficulties in sharing imaginative paly or in making friends; to absence of interest in peers.

Specify current severity:

Severity is based on social communication impairments and restricted repetitive patterns of behavior (see Table 2).

B. Restricted, repetitive patterns of behavior, interests, or activities, as manifested

by at least two of the following, currently or by history (examples are illustrative, not

exhaustive; see text):

  1. Stereotyped or repetitive motor movements, use of objects, or speech (e.g., simple motor stereotypies, lining up toys or flipping objects, echolalia, idiosyncratic phrases).
  2. Insistence on sameness, inflexible adherence to routines, or ritualized patterns or verbal nonverbal behavior (e.g., extreme distress at small

changes, difficulties with transitions, rigid thinking patterns, greeting rituals, need to take same route or eat food every day).

  1. Highly restricted, fixated interests that are abnormal in intensity or focus (e.g, strong attachment to or preoccupation with unusual objects, excessively circumscribed or perseverative interest).
  2. Hyper- or hyporeactivity to sensory input or unusual interests in sensory aspects of the environment (e.g., apparent indifference to pain/temperature, adverse response to specific sounds or textures, excessive smelling or touching of objects, visual fascination with lights or movement).

Specify current severity:

Severity is based on social communication impairments and restricted, repetitive patterns of behavior (see Table 2).

C. Symptoms must be present in the early developmental period (but may not

become fully manifest until social demands exceed limited capacities, or may be

masked by learned strategies in later life).

D. Symptoms cause clinically significant impairment in social, occupational, or other

important areas of current functioning.

E. These disturbances are not better explained by intellectual disability (intellectual

developmental disorder) or global developmental delay. Intellectual disability and

autism spectrum disorder frequently co-occur; to make comorbid diagnoses of autism

spectrum disorder and intellectual disability, social communication should be below that

expected for general developmental level.

Note: Individuals with a well-established DSM-IV diagnosis of autistic disorder,

Asperger’s disorder, or pervasive developmental disorder not otherwise specified

should be given the diagnosis of autism spectrum disorder. Individuals who have

marked deficits in social communication, but whose symptoms do not otherwise meet

criteria for autism spectrum disorder, should be evaluated for social (pragmatic)

communication disorder.

CRISE FEBRIL

DEFINIÇÃO

Crise epiléptica em vigência de febre (idade inferior a 6 anos de idade)

FATORES DE RISCO

Recorrência: idade <18 meses, história familiar de epilepsia, duração da febre < 1 hora.

Epilepsia: história familiar de epilepsia, alteração do exame neurológico, crise febril complicada (duração > 15 minutos, crise focal, recorrência em 24 horas).

INVESTIGAÇÃO

Eletrencefalograma.

TRATAMENTO

Antitérmico se febre. Diazepam intermitente: 0,5 a 1mg/kg/dia (1/2 comprimido de 5mg de 12 em 12 horas se febre, até 24 horas afebril). Utilizar quando houver fator de risco para recorrência da crise febril. Ácido valpróico (uso contínuo) 15 a 60 mg/kg/dia por 1 ano. Utilizar nos casos com fator de risco para recorrência, mas quando não é possível utilizar diazepam intermitente. Fenobarbital (uso contínuo) 3 a 5 mg/kg/dia por 1 ano.

ORIENTAÇÕES

Orientar família como proceder durante crise epiléptica.

CRISE ÚNICA

DEFINIÇÃO

Crise epiléptica isolada ou várias em 24 horas.

FATORES DE RISCO

Antecedente familiar de epilepsia, lesão em sistema nervoso central.

INVESTIGAÇÃO

Eletrencefalograma, tomografia de crânio ou ressonância magnética de crânio.

TRATAMENTO

Manter sem medicação.

ORIENTAÇÕES

Orientar família como proceder durante crise epiléptica.

Risco de recorrência nos casos sem lesão estrutural: 30% (70% dos pacientes não apresentarão novas crises).