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Documento que apresenta os critérios de diagnóstico, inclusão e exclusão para meningites bacterianas e virais, além de detalhar os exames e procedimentos necessários para o diagnóstico. Também é abordada a importância da suspeita precoce e o protocolo de assistência médico-hospitalar para o tratamento de meningites.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR MENINGITES
G.00.9 – Meningite bacteriana A87.9 – Meningite viral A87.2 + G02.0 – Meningite linfocítica G00.0 – Meningite gripal G03.0 – Meningite asséptica G03.9 – Meningite não específica A39 – Meningoccemia com meningite (A39) A39.0 + G01– Meningite meningocócica A39.2 – Meningoccemia aguda A17.0 + G01 – Meningite tuberculosa
E86 – Desidratação R57.9 – Choque G06.0 – Abscesso intra-craniano, cerebral ou cerebelar G06.1 – Abscesso de medula espinal G06.2 – Abscesso epidural, extradural, subdural, meníngeo ou subaracnoideo
INTRODUÇÃO
Conceito : Meningites são processos agudos que comprometem as leptomeninges (pia-aracnóide), ocasionando reação inflamatória do espaço subaracnóide e das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal, sendo esta reação detectada no líquido céfalo-raquidiano (LCR). Os principais agentes das meningites são bactérias e vírus.
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
1 - Febre (temperatura axilar maior ou igual a 37,8ºC) 2 - Cefaléia e vômitos, acompanhado por sinais meníngeos (rigidez de nuca, Kernig, Brudsinsky, raramente observados em recém-nascidos e lactentes jovens) 3 - Toxemia 4 - Sinais neurológicos localizatórios, alteração do sensório 5 - Sinais de sepse* ou infecção de aspecto grave de evolução aguda, sub-aguda ou crônica (meningotuberculose) 6 - LCR compatível com a suspeita diagnóstica ***** na presença de petéquias ou sufusões hemorrágicas é fundamental suspeitar de meningoccemia e iniciar prontamente investigação diagnóstica e tratamento.
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
1 - Encefalites: quadro infeccioso com importante alteração do sensório 2 - Intoxicações medicamentosas: intoxicações por algumas medicações, especialmente sedativos e anti-convulsivantes podem mimetizar quadro de meningite 3 - Abcesso cerebral: geralmente complicação de quadro respiratório (sinusopatia ou otite média aguda) ou secundário a bacteremia. 4 - Convulsão febril: crise convulsiva, geralmente tônico-clônica generalizada, que ocorre em crianças de seis meses a seis anos de idade decorrente da elevação da temperatura. 5 - Alterações metabólicas, como hipernatremia/ uremia/ cetoacidose diabética 6 - Meningismo: pode ocorrer em presença de febre, oma ou pneumonia de ápice 7 - Tétano
PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR MENINGITES
Identificação: o Faixa etária (meningites bacterianas apresentam maior morbidade e mortalidade em neonatos) o Procedência (importante em meningites por agentes específicos) História: o Tempo de duração da doença o Sintomas acompanhantes: variações da temperatura corpórea (em RNs pode ocorrer com hipotermia), anorexia, adinamia, vômitos, cefaléia (ou irritabilidade), sonolência, crises convulsivas o Contato recente com pessoas com quadro clínico semelhante o Presença de doença de base o Utilização prévia de antimicrobianos: alguns antibióticos podem atravessar a membrana liquórica dificultando a interpretação do LCR
EXAME FÍSICO
PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS
o Quimiocitológico: citologia, proteína e glicose o Látex para pneumococo, meningococos (A, B e C) e H. influenzae B o Bacterioscopia o Cultura com antibiograma
PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR MENINGITES
através do SCHI.
PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR MENINGITES
*** OBSERVAÇÃO:** Cabe à vigilância sanitária estabelecer e providenciar a profilaxia dos comunicantes, exceção feita ao acompanhante hospitalar, que será medicado profilaticamente no Hospital.
ACOMPANHAMENTO CONJUNTO / INTERCONSULTAS
CRITÉRIOS DE ADMISSÃO E ALTA HOSPITALAR
PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR MENINGITES
Resposta Verbal Resposta Motora Pontos Abertura Ocular > 24 meses^ < 24 meses^ > 24 meses^ < 24 meses 6 responde prontamente a uma ordem verbal
movimentos espontâneos
5 compreensível, boa orientação
balbucia, fixa o olhar, acompanha com olhar, reconhece e sorri
localiza o estímulo táctil ou doloroso
retira o segmento ao estímulo táctil e doloroso 4 espontânea confusa, desorientada
choro irritado, olhar fixo, acompanha inconstantemente, reconhecimento incerto, não sorri
movimentosdesordenados, sem relação com o estímulo doloroso
3 após ordem verbal
inadequada (salada de palavras)
choro à dor, acorda momentaneamente, recusa alimentar
flexão das 4 extremidades a um esímulo doloroso (decorticação) 2 após estímulo doloroso
incompreensível gemido à dor, agitação motora, inconsciente
extensão das 4 extremidades a um estímulo doloroso (descerebração) 1 ausente ausente coma profundo, sem contato com o ambiente
ausente (paralisia flácida)
Características do LCR nas infecções do SNC
Condição Pressão (mmHg)
Aspecto Células (por mm^3 )
Proteína (mg/dL)
Glicose (mg/dL)
Outras
Normal < 160 Límpido 0 a 5 MN < 3 m = 1 a 3 PMN RNs < 30 MN Hem = 20 a 50
Lombar = 15 a 35 Ventricular = 5 a 15 RNPT = até 170 < 7 d = até 150 < 6 m = até 65
50 a 80 (2/3 da glicemia)
DHL = 2 a 27U/L
Acidente de punção
Normal ou baixo
Sanguíneo ou xantocrômico
Aum. 1 leuc/700 hem Hem não crenadas
Aum 1 mg/800 hem Normal Tente a clarear em 5 a 10 min M. bacteriana 200 a
750
Opalescent ou purulento
Tende ao milhar Predom. PMN
Tende a centenas Dim tende a 0
DHL > 28 U/L
M. bacteriana inicial ou parcial
Pouco aum Opacelesce Pouco aum Predom. PMN
Aum Nl ou dim DHL > 28 U/L
M. tuberculosa 150 a
750
Opalescente com fibrina
250 a 500 Predom. PMN no início Depois predom. MN
45 a 500 tende a aum
Dim tende a 0
Pesquisar AIDS
M. fúngica Aum Límpido a opalescente
10 a 500 No início predom. PMN Depois predom. MN
Aum Dim
M. viral Normal ou pouco aum
Límpido (se células < 300)
< 100 PMN no início Depois MN
20 a 125 Normal ou pouco dim
DHL < 28 U/L
Neurosífilis Normal até 400
Límpido (se proteína <
10 a 100 Pred. MN
25 a 150 tende a aum
Normal Sororlogia no LCR
Encefalomielite parainfecciosa
80 a 450 Límpido < 50 Predom. MN
15 a 75 Normal IgG aum
Polineurite Normal ou pouco aum
Normal ou pouco xantocrômico
Normal ou pouco aum No início normal Tende a aum até > 1500
Normal IgG aum
Abscesso cerebral Normal ou pouco aum
Límpido 5 a 500 c/ > 80% PMN Pouco aum Normal ou pouco dim
Indicado RNM
PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR MENINGITES
Aum = aumento Dim = diminuição Hem = hemácias LCR = líquido céfalo-raquidiano = líquor MN = células mononucleares (predomínio de linfócitos) PMN = células polimorfonucleares (predomínio de neutrófilos) RN = recém-nascido RNPT = Recém-nascido pré-termo SNC = sistema nervoso central
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CVE – Manual de Vigilância Epidemiológica: Doença Meningocócica – Normas e Instruções; 1995.
Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória.-. Meningite Meningocócica; junho 2001.
FarhatCK: .Meningites Bacterianas. In: Farhat CK, Carvalho ES, Carvalho LHFR, Succi RCM (Eds): Infectologia Pediátrica. Ed Atheneu, 1999: 89-104.
Gilbert DN, Moellering Jr RC, Sande MA: The Sanfort - Guia para Terapia Antimicrobiana, 20ª ed. Ed.Publ.Cient, 1999: 4-6..
Hidalgo NTR, Barbosa HÁ, Silva CR, Gonçalves MI: Meningites: Manual de Instruções. CVE, revisão janeiro de
Kirsch EA, Barton PR, Kitchen L et al: Pathophysiology, treatment and outcome of meningoccemia: a review and recent experience. Ped Infect Dis J, 15: 967-79; 1996.
McIntyre PB, Berkey CS, King SM et al: Dexamethasone as Adjunctive Therapy in Bacterial Meningitis. JAMA, 278: 925-31, 1997.
Moe PG, Seay AR: Neurologic and Muscular Disorders. In: Hay WW, Hyward AR, Levin MJ and Sondheimer JM (eds): Curent Pediatric Diagnosis and Treatment, 15th ed, McGraw-Hill, 2001: 634.
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