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Protocolo de Trombose Venosa Profunda (TVP) - Saúde do Adulto, Manuais, Projetos, Pesquisas de Enfermagem

Este protocolo possui como objetivo traçar diretrizes que orientem a profilaxia e o tratamento dos casos confirmados de Trombose Venosa Profunda (TVP). Nele você encontrará: introdução, objetivos, quadro clínico, fatores de risco, diagnóstico, tratamento em formato de fluxograma, atividades, recomendações, contraindicações e referências.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

À venda por 28/09/2021

larissa-de-oliveira-costa
larissa-de-oliveira-costa 🇧🇷

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Não perca as partes importantes!

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Larissa de Oliveira Costa
1- Tipos sanguíneos
2- Hemoderivados
São medicamentos produzidos em escala industrial, obtidos a partir do plasma sanguíneo. São utilizados
para doenças como Hemofilia; Doença de Von Willebrand; Coagulopatias raras; Imunodeficiências primárias.
Sangue e hemoderivados
Grupos sanguíneos (ou tipos sanguíneos) são
determinados por certas características
imunológicas do sistema eritrocitário com
presença específica de antígenos na superfície
eritrocitária e também de anticorpos naturais (e
às vezes adquiridos) contra grupos sanguíneos
diferentes. Hoje são conhecidos mais de 30
grupos sanguíneos de importância
transfusional. Grupos sanguíneos de grande
importância transfusional são os do sistema
ABO (A, B, O, AB) e os do sistema Rh (D).
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Baixe Protocolo de Trombose Venosa Profunda (TVP) - Saúde do Adulto e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

1 - Tipos sanguíneos 2 - Hemoderivados São medicamentos produzidos em escala industrial, obtidos a partir do plasma sanguíneo. São utilizados para doenças como Hemofilia; Doença de Von Willebrand ; Coagulopatias raras; Imunodeficiências primárias.

Sangue e hemoderivados

Grupos sanguíneos (ou tipos sanguíneos) são determinados por certas características imunológicas do sistema eritrocitário com presença específica de antígenos na superfície eritrocitária e também de anticorpos naturais (e às vezes adquiridos) contra grupos sanguíneos diferentes. Hoje são conhecidos mais de 30 grupos sanguíneos de importância transfusional. Grupos sanguíneos de grande importância transfusional são os do sistema ABO (A, B, O, AB) e os do sistema Rh (D).

Os tipos mais frequentes de hemoderivados disponíveis no Brasil são:

  • Albumina: para pacientes queimados, com cirrose e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
  • Complexo Protombínico: conjunto de proteínas que atua na coagulação sanguínea, indicado para o tratamento de alguns casos de hemofilia A e B e de pacientes com sangramento devido à cirrose hepática. Também pode ser usado no processo de recuperação de pessoas que utilizam medicamentos anticoagulantes e apresentam hemorragias.
  • Fator VIII: proteína da coagulação utilizada no tratamento de pessoas com hemofilia A.
  • Fator IX: proteína da coagulação utilizada no tratamento de pessoas com hemofilia B.
  • Fator de von Willebrand : proteína de coagulação indicada para o tratamento da doença de von Willebrand.
  • Imunoglobulina: hemoderivado de maior consumo no mundo, empregado no tratamento de pessoas com AIDS e outras deficiências imunológicas, além de doenças autoimunes e infecciosas. 3 - Sistema ABO Os grupos sanguíneos do sistema ABO são os mais importantes do ponto de vista transfusional. A expressão de seus antígenos na membrana eritrocitária é controlada pelo lócus ABO do cromossoma 9 onde existem 3 genes alelos (A, B, O), que expressam os antígenos correspondentes (exceto o O, que não expressa antígenos específicos). Outra característica do grupo ABO é a presença de anticorpos naturais (anti-A ou anti- B) que são produzidos regularmente a partir dos 6 meses de vida. O indivíduo do grupo A produz anticorpos anti-B; os do grupo B produzem anticorpos anti-A; os do grupo O produzem anti-A e B e os do grupo AB não produzem anticorpos contra o sistema ABO, pois possuem a expressão dos 2 antígenos (A e B) na superfície eritrocitária.

Emergência: quando qualquer retardo na administração da transfusão pode acarretar risco para a vida do paciente. 6 - Reações transfusionais A reação transfusional é toda intercorrência que ocorra com o paciente durante ou após sua administração. Pode ser classificada em aguda ou crônica, e imune ou não imune, e pode ser classificada de acordo com sua gravidade. Lembramos que reações às transfusões podem ocorrer, mesmo obedecendo todas as normatizações, além da indicação precisa e administração correta dos hemocomponentes. Reação Transfusional Imune Não imune Reação febril não hemolítica Contaminação bacteriana Reação febril hemolítica Hipotensão por inibidor de ECA Aguda Reação alérgica: leve, moderada e grave Sobrecarga de volume < 24 horas Hemólise não imune Lesão pulmonar aguda associada à transfusão (TRALI) Embolia aérea Hipotermia Aloimunização eritrocitária Hipocalcemia Crônica Reação enxerto x Hospedeiro Hemossiderose

24 horas Aloimunização plaquetária Purpura pós transfusional Imunomodulação Doenças infecciosas Hemólise De acordo com sua gravidade, as reações podem ser classificadas da seguinte maneira:

  • Ausência de risco à vida: baixa gravidade, sem ameaça a vida;
  • Morbidade em longo prazo: gravidade moderada, com ou sem ameaça à vida.
  • Risco à vida: alta gravidade; ameaça imediata à vida, sem óbito;
  • Óbito: morte decorrente da reação transfusional.

➢ CONDUTA CLÍNICA

Toda reação transfusional deve ser seguida de alguns procedimentos básicos, assim que observada:

  • Interromper imediatamente a transfusão e infundir soro fisiológico 0,9% por acesso venoso prévio;
  • Comunicar ao médico assistente ou plantonista e verificar e registrar em prontuário os sinais vitais do paciente;
  • Verificar todos os registros, formulários e identificação do receptor, bem como se o hemocomponente foi corretamente administrado ao paciente correto;
  • Comunicar a ocorrência a Agência Transfusional (caso tenha sido observada pela equipe de enfermagem da internação) que irá confirmar ou não a reação, registrá-la no formulário de reação transfusional da NOTIVISA e notificá-la;
  • Colocar um aviso no prontuário e no cadastro da AT sobre a reação e que as próximas transfusões devem ser realizadas com CHD ou CHL, dependendo do tipo de reação. ➢ PREVENÇÃO DE REAÇÕES TRANSFUSIONAIS São estratégias de prevenção de reações transfusionais que devem ser avaliadas pela equipe de trabalho da Agência Transfusional:
  • Treinamento regular dos profissionais da saúde quanto as normas de coleta e identificação de amostras e do paciente;
  • Avaliação criteriosa da indicação transfusional;
  • Avaliação das transfusões “de Urgência”;
  • Realizar um cadastro da história pré-transfusional detalhada, incluindo diagnóstico e tratamentos anteriores para consultar previamente a novas transfusões;
  • Ter atenção em todas as etapas relacionadas à transfusão;
  • Ter atenção redobrada na conferência da bolsa e do paciente à beira do leito;
    • Realizar infusão lenta nos primeiros 50ml;
  • Após a confirmação de uma reação, utilizar somente CHD ou CHL nas próximas transfusões, a depender do tipo de reação observada.

Hipotensão por inibidor da ECA Hipotensão, rubor, ausência de febre, calafrios ou tremores Suspender o inibidor. Terapia de suporte se necessário Utilizar hemocomponente filtrado no laboratório. Investigar uso de ECA Hemólise não imune Oligossintomática, atenção a presença de hemoglobinúria e hemoglobinemia Terapia de suporte se necessário Seguir rigorosamente todas as normas preconizadas da coleta a transfusão Hipocalcemia Parestesia, tetania, arritmia Infusão lenta de cálcio com monitorização periódica dos níveis séricos Monitorização dos níveis de cálcio em quem recebe transfusão maciça Embolia aérea Dispneia, cianose súbita, dor, tosse, hipotensão, arritmia cardíaca Deitar paciente em decúbito lateral esquerdo, com as pernas acima do tronco e da cabeça Não utilizar infusão sob pressão se sistema aberto Hipotermia Desconforto, calafrios, queda da temperatura, arritmia cardíaca e sangramento por alteração da hemostasia Diminuir o tempo de infusão. Aquecimento dos glóbulos vermelhos e/ou plasma Aquecer o hemocomponente (CH ou PF) se previsto infusão acima de 15ml/kg/h por mais de 30 minutos 7 - Cuidados de enfermagem na transfusão A fim de realizar uma transfusão segura, é imprescindível que a equipe de enfermagem tenha os seguintes cuidados:

  • Perguntar ao paciente seu nome completo, caso tenha condições de responder. Caso contrário, confirmar a identificação do paciente com a equipe de enfermagem do setor de internamento;
  • Conferir o nome completo relatado com os dados do cartão de transfusão e com o nome que consta na pulseira de identificação e na prescrição;
  • Certificar-se se a transfusão do hemocomponente consta na prescrição médica;
  • Informar ao paciente sobre a administração do hemocomponente e orientá-lo para sinalizar qualquer reação diferente;
  • Aferir e anotar os sinais vitais nos períodos pré e pós transfusão;
  • Anotar horário de início e término da transfusão;
  • Instalar o hemocomponente, mantendo íntegro o sistema até o final do procedimento;
  • Instruir a equipe de enfermagem do setor de internamento para não infundir nenhum tipo de medicamento concomitantemente com a transfusão (exceto solução fisiológica 0,9%);
  • Controlar a transfusão para que seu tempo máximo não ultrapasse 4 horas, com gotejamento lento a depender do estado clínico do paciente (cardiopatas, nefropatas, pediátricos e idosos);
  • Avaliar continuamente o paciente durante 10 minutos do início da transfusão;
  • Atentar para sinais de Reação Transfusional e instruir a equipe de enfermagem do setor de internamento para que, caso ocorra, seguir protocolo e avisar à Agência transfusional;
    • Na suspeita de qualquer efeito adverso à transfusão apresentado, a administração do hemocomponente deverá ser interrompida e o fato comunicado imediatamente ao médico do plantão e à agência transfusional para adequadas providências e notificação no VIGIHOSP;
    • Preferir, sempre que possível, transfundir no período diurno;
  • Assinar e carimbar o término da evolução transfusional, que deve ser preenchida com os dados do hemocomponente e paciente;
  • Retornar de imediato com a bolsa do hemocomponente para a Agência Transfusional caso a transfusão não tenha sido realizada. 8 - Tipos de equipos Para a transfusão de qualquer hemocomponente, é obrigatório o uso de equipos próprios para transfusão. Este equipo possui malha no seu interior (filtro para microagregado, com poros que variam de 170 a 260 micra de diâmetro), capazes de reter pequenas partículas (debris celulares) que se formam durante a estocagem do produto. O equipo de transfusão deve ser preenchido com o próprio hemocomponente antes do início da transfusão. Em pacientes adultos, são utilizados os equipos próprios para transfusão no paciente, via gravitacional. Em recém-nascidos, recomenda-se a filtragem do hemocomponente em equipo próprio para transfusão. Em seguida o hemocomponente é transferido para uma seringa e perfusor, a fim de que seja administrado por uma bomba de seringa.