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Prótese Dentária: Fundamentos e Técnicas, Notas de aula de Ortodontia

Este documento aborda os principais conceitos e técnicas da prótese dentária, fornecendo uma visão geral sobre a ciência e a arte de substituir dentes perdidos, com o objetivo de restaurar as funções, a estética, o conforto e a saúde do paciente. O documento cobre tópicos como motivos para perda dentária, modelos de trabalho, requisitos das bases de prova, métodos para dimensão vertical, seleção de dentes artificiais, prótese parcial fixa, preparo dos dentes, moldagem, cimentação, próteses parciais removíveis, entre outros aspectos relevantes da prótese dentária.

Tipologia: Notas de aula

2024

Compartilhado em 12/06/2024

adalberto-27
adalberto-27 🇧🇷

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Apostila de
Prótese
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Apostila de

Prótese

Introdução ao estudo da

prótese dentária

Prótese – do grego;

  • Pró – diante, em lugar de;
  • Thesis – colocar. Prótese é a parte da terapêutica cirúrgica que tem por objetivo recolocar mediante uma preparação artificial, um órgão perdido totalmente ou em parte, ou ocultar uma deformidade. De acordo com a Associação Americana das Escolas Odontológicas: Prótese é a ciência e a arte de prover substitutos convenientes para a porção coronária dos dentes, ou para um ou mais dentes perdidos e para suas partes associadas, de maneira a restaurar as funções perdidas, a aparência estética o conforto e a saúde do paciente. Principais motivos para a perda ou destruição dentária:
  • Cárie
  • Trauma
  • Distúrbios de desenvolvimento
  • Má oclusão
  • Doença periodontal

Classificação das Próteses

  1. Prótese Unitária;
  2. Prótese Parcial Fixa (é a mais antiga);
  3. Prótese Parcial Removível;
  4. Prótese Total;
  5. Prótese Ortodôntica;
  6. Prótese Buco-Maxilo-Facial;
  7. Prótese Sobre Implante.

Prótese total

Tipos de modelos

Modelos de Estudo: Realizado em pacientes dentados; Auxilia no exame clínico; Serve como parâmetro para futuras comparações. Modelos de Trabalho: Realizado em pacientes desdentados (PT); Modelo de gesso que será utilizado para a realização do trabalho em si; Modelo Anatômico ou Preliminar: Realizado com a finalidade de se obter uma moldagem anatômica em função da movimentação muscular. Procura-se obter uma moldagem ampla até fundo de vestíbulo para que se tenha uma amostra das inserções musculares, mais detalhadas. O modelo anatômico é utilizado para a construção das moldeiras individuais; Modelo Funcional: Visa apurar os detalhes anátomo fisiológicos, obtidos na primeira moldagem, dentro dos limites determinados pelo profissional, na delimitação da área basal. É resultado do molde obtido através da moldagem individual.

Zonas de alívio

Regiões delicadas (osso alveolar) e tendem a sofrer uma maior reabsorção do rebordo, que não devem sofrer compressão excessiva devido ao risco de problemas futuros.

Maxila

Alívios: Todo o rebordo anterior e lateral de freio, incluindo as rugosidades palatinas e rafe palatina

Mandíbula

Alívios: Todo o rebordo residual, sem englobar a papila retromolar, linha oblíqua e linha milo-hióidea

Área chapeável basal

Os modelos devem se apresentar onde se possa fazer a leitura de toda a topografia anatômica. Zonas de Pendlenton ( 1928 ).

  1. Zona principal de suporte;
  2. Zona secundária de suporte;
  3. Zona de fecho periférico;
  4. Zona de alívio.
    1. Zona principal de suporte;
    2. Zona de fecho periférico;
    3. Zona secundária de suporte;
    4. Zona de alívio. Zona principal de suporte Crista do rebordo - concentração das cargas; Zona de fecho periférico Borda da prótese - Faixa de 2 a 3 mm que contorna a área chapeável. Zona secundário de suporte Vertentes ou flancos - Resistência ao deslocamento no sentido horizontal. Zona de Alívio Alívio para região de pressão (nervos, tórus, linha oclíqua interna).

Pasta de óxido de zinco e eugenol Material de eleição para a realização de uma moldagem funcional, em que não existam áreas de retenções pronunciadas no rebordo. Proporciona impressões com espessura fina, quando combinada com moldeiras individuais; Adere muito bem às paredes da moldeira; Excelente fidelidade e estabilidade dimensional; Proporção de 1:1 (base:catalisador). Silicone zetalabor Silicone para laboratório, contudo apresenta vantagens de seu uso no vedamento periférico, como: Fácil manipulação; Bom escoamento; Bom tempo de trabalho (6min); Fidelidade de reprodução; Menor tempo de trabalho (selado periférico em uma única vez); Elimina-se contaminação cruzada pelo uso de recipientes; Elimina-se o risco de queimadura. Alginato Material de moldagem aquoso empregado para moldagem de regiões onde não é necessário a reprodução fina de detalhes. Moldagem e campo úmido (hidrofílico); Limpo e de sabor agradável; Baixo custo; Fácil utilização; Tempo de trabalho: 1 - 5 minutos.

Silicone de condensação Elástico e não aquoso. Forma álcool etílico, o que confere baixa estabilidade dimensional. Pode ser moldado em qualquer tipo de moldeira; Sabor e odor agradáveis; Bom tempo de trabalho; Maior elasticidade; Reprodutibilidade de detalhes; Baixo custo (entre os silicones); Baixa rigidez. Tempo de presa: tempo decorrido do início da mistura do material até que ele se torne rígido o bastante para resistir à deformação permanente. Tempo de trabalho: tempo total desde o início da mistura até o momento que a moldeira pode ser levada a boca.

Moldeiras

Necessárias para apoiar o material de moldagem enquanto ele está fluido, de forma que o mesmo possa ser inserido na boca e removido depois de reagido. Idealmente a moldeira de estoque deve ser perfurada para uma maior retenção, rasa, baixa e cabo biangulado

Moldagem

Resina acrílica autopolimerizável Polímero (pó) + Monômero (líquido) Fase Arenosa (aspecto de areia ) Fase Fibrilar ( fios finos e pegajosa) Fase Plástica (fase de trabalho) Fase Borrachoide (exotérmica, rugosa ) Fase Rígida (fase final)

Proporção:

Pó líquido 3 : 1 21mg+7ml Confecção da moldeira A moldeira deve ter: Boa estabilidade; Boa rigidez; Bordas livres e arredondadas; Espessura de 2 a 3mm do fundo de saco; Desgaste na região de freio e inserções.

Passo a passo

1ª Delimitação da área - desenhar com um lápis o contorno onde a moldeira deve se adaptar. 2° Alívio com cera n°

3º Isolamento do modelo com isolante para gesso, aplica e espera secar (serve para a resina não grudar no gesso). 4º Resina Acrílica - Misturar a resina no pote paladon até a fase plástica. 5º Vaselinar as placas de vidro 6 ° Comprimir a resina acrílica já em fase plástica entre as placas até formar um “lençol” 7° Adapta o “lençol” no modelo 7º Remover os excessos - recortar com lecron 8º Acabamento com a broca 9ª Confecção do cabo Vedamento periféricos: tem como objetivos obter uma impressão do fundo de vestíbulo para melhor retenção da prótese. Pode ser com godiva ou silicone pesado.

Objetivam estabelecer:

  • nível do plano oclusal;
  • forma do arco;
  • os registros preliminares das relações maxilomandibulares (relações horizontais e verticais das arcadas e distância interoclusal). Características das bases de prova Recobrem toda a área chapeável; São realizados alívios, previamente à confecção, somente em áreas retentivas dos modelos; Mesma técnica daquela usada para confecção das moldeiras individuais; Lâmina de cera 7 simboliza o posicionamento dos futuros dentes artificiais, sobre a crista do rebordo desdentado; Sanfona com a cera 7 (cada dobra tem que plastificar) e cola na base acrílica.
SUPORTE LABIAL

Definido pela altura dos dentes anteriores superiores com o lábio em repouso, delimita o contorno adequado do plano de cera para dar suporte a musculatura dos lábios. O plano oclusal pode ser definido de acordo com o plano de camper, ou de acordo com a linha interpupilar.

LINHAS DE REFERÊNCIA

Linha média - Permite a montagem centralizada dos incisivos centrais. Demarcada através do centro da face do paciente. Linha dos caninos - Define o posicionamento dos caninos, facilita identificar a largura dos dentes anteriores em curva. Demarcada através da comissura labial relaxada ou asa do nariz. Linha alta do sorriso - Define a altura dos incisivos centrais. Demarcada perpendicular a linha média do sorriso. Métodos para obtenção da dimensão vertical: Métodos fisiológicos

  • Deglutição;
  • Contração dos músculos temporais;
  • Levantamento da língua, seguido de fechamento da boca. Método métrico
  • Compasso de Willians;
  • Base do nariz até mento;
  • Canto externo do olho até comissura labial. Método fonético
  • Afere a funcionalidade da DVO;
  • Paciente pronúncia: Mississipi, sessenta e seis (prótese tem que permanecer no lugar). Consequências da perda de DVO
  • Lábios invertidos;
  • Perda do suporte nasolabial;
  • Queilite angular (saliva na comissura);
  • Contato labial excessivo.

Materiais dos dentes

Porcelana

Van: melhor durabilidade, boa resistência e estabilidade de cor. Des: alto custo, solta da prótese, baixa resistência mecânica. Indi: antagonistas com oclusão em porcelana, para compatibilizar as durezas superficiais.

Resina

Van: Unida quimicamente a base da prótese com boa resistência a rachaduras e impactos. O contato entre os dentes é mais agradável o que causa menos impacto ao rebordo, além de permitir acréscimos e repolimento. Des: Baixa resistência mecânicas, absorve fluidos o que a torna suscetível a absorção de odores e tem baixa estabilidade de cor.

Oclusão em prótese

ATM: Articulação complexa, formada pelos côndilos, fossa articular, cápsula articular, tecido retro discal, disco articular e ligamentos. O movimento mandibular ocorre devido a combinação do movimento de simultânea de rotação e translação da mandíbula Rotação: Movimento em torno do próprio eixo. gira Abertura e fechamento da boca sem mudança dos côndilos. Translação: Movimento dos côndilos e ramos em uma única direção e mesma extensão. MOVIMENTOS Abertura de boca Fechamento de boca Movimentos excêntricos Protrusão Lateralidade Retrusão

Protrusão: Quando as bordas dos incisivos inferiores tocam na face palatina dos superiores. Retrusão: Deslocamento posterior da mandíbula a partir da M.I.H. Esse movimento é bem pequeno. Guia canina: Movimento lateral da mandíbula onde apenas os caninos tocam. Função em grupo: Movimento de lateralidade onde mais dentes se tocam. Oclusão ideal Transmissão de forças oclusais ao logo eixo do rebordo, contato posteriores bilaterais, guias anteriores e laterais.

Oclusão balanceada bilateral

Tipo de oclusão mais preconizada em prótese total devido sua maior estabilidade, com contatos simultâneos, tanto em relação cêntrica como nos movimentos excêntricos da mandíbula (lateralidade e protusão). Estabilidade em RC : Relação entre cúspide/fossa dos dentes artificiais quando se tocam, não devem gerar movimentos em direção ao rebordo, pode causar reabsorção. Dentes com cúspides baixas: cúspides altas reduz a estabilidade e equilíbrio. Movimentos excêntricos facilitados: O movimentação lateral não deve atrapalhar o vertical de abertura da mandíbula, demanda a ação de menos esforços musculares. Dentes posicionado conforme o rebordo: Dentes artificiais devem ser posicionados de acordo com o rebordo para minimizar a as forças oclusais direcionadas para fora do rebordo.

Prótese parcial fixa

A prótese parcial fixa é uma subclasse das próteses e tem como finalidade a reabilitação de pacientes com próteses cimentadas nos dentes remanescentes. Para que a prótese seja feita é necessário que haja um preparo prévio desses dentes remanescente seguindo alguns parâmetros de biomecânica. Principais objetivos:

  • Reabilitar ou devolver ao órgão a sua função que foi perdida;
  • Reabilitar dentes que foram parcialmente perdidos ou totalmente perdidos, ou parcialmente destruídos;
  • Reconstrução de dentes que estão somente com a porção radicular e vai se reconstruir a porção coronária. Princípios Biomecânicos do Preparo Cavitário: - Mecânicos; - Biológicos; - Estéticos MECÂNICOS: Faz com que o preparo fixe e a prótese fique encaixada e não solte. RETENÇÃO Qualidade que uma prótese apresenta de atuar contra forças de deslocamento ao longo da sua via de inserção. Logo, a coroa total não vai soltar do preparo que foi feito quando alguma coisa tentar puxar essa coroa total; PARALELISMO/CONICIDADE É feito para facilitar a retenção da prótese; quanto maior o paralelismo entre as paredes, maior será a área de retenção, quanto mais paralelo se deixa a parede do preparo, maior será a retenção;

Quanto mais paralela a parede mesial com a parede distal do preparo, maior vai ser a retenção friccional por conta da presença do paralelismo. As paredes não podem ser totalmente paralelas, se forem muito paralelas o cimento não consegue escoar. Então não pode fazer uma parede excessivamente paralela. ÁREA DE SUPERFICIE É a área do preparo; o tamanho do dente; quanto maior a área de superfície, maior superfície de contato, maior a retenção friccional; Quanto maior a coroa clínica do dente – maior a área de superfície – maior será a superfície de contato e a retenção; em casos de coroas curtas os preparos devem ser mais paralelos e receber meios adicionais de retenção. PLANO DE INSERÇÃO Forma como encaixa/insere a prótese no preparo na boca, logo é como vai encaixar a prótese no dente; feito de uma única forma a inserção, feito de vez;

TEXTURA OU RUGOSIDADE SUPERFICIAL

Quanto mais liso o preparo melhor, logo mais favorável a retenção; tem que ser liso, mas não excessivamente polido para possibilitar retenção. RESISTÊNCIA OU ESTABILIDADE A forma que se faz o preparo para que ela, não se desloque, não gira, não rotacione. - Ajuda a prótese se manter em quando esta é submetida a forças oblíquas, que podem provocar sua rotação; RIGIDEZ ESTRUTURAL Para se ter uma rigidez estrutural adequada é necessário: Reduzir adequadamente a oclusal; reduzir adequadamente as cúspides funcionais; reduzir adequadamente as paredes axiais; Para que a coroa tenha resistência, é preciso que ele tenha determinada espessura, a espessura que proporciona a rigidez da sua estrutura, se não vai tiver resistência, vai partir, vai quebrar.