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Endocrowns: Uma Revisão da Literatura e Comparação entre Materiais Cerâmicos e Resinosos, Teses (TCC) de Odontologia

Dentes tratados endodonticamente são frequentemente mais suscetíveis à fraturas do que dentes vitais devido à perda da integridade estrutural, perda do esmalte e dentina causada por cárie, fraturas, restaurações prévias e o próprio tratamento endodôntico

Tipologia: Teses (TCC)

2020

Compartilhado em 25/04/2020

cavalheirop
cavalheirop 🇧🇷

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Pâmela Cavalheiro
Orinteadora: Fernanda Angeloni
Tema: endocrown
1- INTRODUÇÃO
Dentes tratados endodonticamente são frequentemente mais suscetíveis à
fraturas do que dentes vitais devido à perda da integridade estrutural, perda do
esmalte e dentina causada por cárie, fraturas, restaurações prévias e o próprio
tratamento endodôntico (PANTALEÓN et al., 2017).
Coroas severamente destruídas de dentes tratados endodonticamente são
geralmente restauradas com pinos intrarradiculares e coroas protéticas. Para
restaurá-los, o canal radicular precisa ser preparado até 2/3 do seu
comprimento radicular, assim como os tecidos supragengivais. Infelizmente,
essas restaurações envolvem a perda de 58,3% da estrutura dos incisivos
centrais superiores (HUSSAIN et al., 2007). Além disso, a preparação de um
canal radicular para um núcleo acarreta o risco de contaminação bacteriana e
perfuração radicular DEJAK e MLOTKOWSKI, 2018). Além disso, o núcleo
metálico fundido é um dos retentores intrarradiculares mais amplamente
utilizados em reabilitações protética, esses materiais apresentam desvantagens
ocasionadas pela corrosão do metal, afetando assim a estética do tratamento
reabilitador (ZAVANELLI et al., 2017)
Graças ao desenvolvimento de métodos de adesão, as endocrowns podem
ser usadas para restaurar dentes posteriores com estrutura dentária
supragengival. Estas restaurações são recomendadas no caso de molares com
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Pâmela Cavalheiro Orinteadora: Fernanda Angeloni Tema: endocrown 1- INTRODUÇÃO Dentes tratados endodonticamente são frequentemente mais suscetíveis à fraturas do que dentes vitais devido à perda da integridade estrutural, perda do esmalte e dentina causada por cárie, fraturas, restaurações prévias e o próprio tratamento endodôntico (PANTALEÓN et al., 2017). Coroas severamente destruídas de dentes tratados endodonticamente são geralmente restauradas com pinos intrarradiculares e coroas protéticas. Para restaurá-los, o canal radicular precisa ser preparado até 2/3 do seu comprimento radicular, assim como os tecidos supragengivais. Infelizmente, essas restaurações envolvem a perda de 58,3% da estrutura dos incisivos centrais superiores (HUSSAIN et al., 2007). Além disso, a preparação de um canal radicular para um núcleo acarreta o risco de contaminação bacteriana e perfuração radicular DEJAK e MLOTKOWSKI, 2018). Além disso, o núcleo metálico fundido é um dos retentores intrarradiculares mais amplamente utilizados em reabilitações protética, esses materiais apresentam desvantagens ocasionadas pela corrosão do metal, afetando assim a estética do tratamento reabilitador (ZAVANELLI et al., 2017) Graças ao desenvolvimento de métodos de adesão, as endocrowns podem ser usadas para restaurar dentes posteriores com estrutura dentária supragengival. Estas restaurações são recomendadas no caso de molares com

coroas danificadas, raízes curtas e estreitas, canais obturados ou espaço interoclusal limitado e são ancoradas mecanicamente na câmara pulpar e ligadas adesivamente à tecidos duros com cimentos resinosos (GULEC e ULUSOY, 2017). As vantagens de usar estas restaurações incluem pouca preparação de estruturas dentárias em comparação com núcleos, bem como a ausência de intervenção nos canais radiculares. Em comparação com os métodos tradicionais, eles precisam de menos tempo para serem feitos e menos interfaces entre cada parte das restaurações e dos dentes(LIN et al., 2010; SHIN, et al., 2017; HELAL e WANG, 2017; BANKOGLU GÜNGÖR et al, 2017). Pode-se confeccionar esta coroa endodôntica adesiva de diversos matérias, como dissilicato de lítio, cerâmica feldispática e cerômeros. Diante disto, este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre coroas endocrown, realizando uma comparação entre endocrown de material cerâmico e resinoso. 2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Zarone (2006) utilizando análise por elemento finito 3D comparou uma endocrown com um dente natural com diferentes materiais. A alta rigidez dos materiais como alumina suporta deformação gerando uma alta concentração de tensão na interface. Como consequência esses materiais modificam negativamente o comportamento biomecânico do sistema restaurador. Por outro lado, materiais com baixa rigidez como as resinas compostas que acompanham os movimentos de flexão naturais dos dentes reduzindo a tensão ao redor das interfaces. Os autores concluíram que a escolha do material restaurador deve ser cuidadosamente avaliada. Os materiais restauradores que

sugerindo ensaios clínicos controlados para explorar a possibilidade do uso do fosfato de zinco como agente de cimentação para coroas Endocrown. El- Damanhoury, et al. (2015), avaliaram a infiltração marginal e a resistência à fratura de restauraçõesEndocrown fabricadas pelo sistema CAD/CAM confeccionadas de blocos de cerâmicasfeldspática (CB), cerâmicadissilicato de lítio (EX) e resina reforçada por nanocerâmica (LU) em molares permanentes. Preparos padronizados foram feitos com 2mm de extensãointracoronária medida a partir da margem da cavidade interna para o assoalho da câmara pulpar. Os resultados mostraram diferença estatisticamente significativa (p<0,05) tanto para resistência à fratura, como para penetração do corante entre os grupos. O grupo com melhor desempenho foi o LU, apresentando maior resistência à fratura, que em contrapartida apresentou maior penetração do corante quando comparado aos grupos CB e EX. Concluindo que blocos de resina reforçados por nano cerâmica para fabricação de Endocrowns resultam em melhor resistência à fratura e um modo de fratura mais favorável do que outros blocos cerâmicos investigados. No entanto, observaram que valores mais altos de infiltração podem comprometer o desempenho a longo prazo desse material. Neto et al. (2017) realizaram uma análise comparativa entre as restaurações endocrown e as coroas com pinos intrarradiculares, citando as indicações, as vantagens e as desvantagens de cada técnica, a partir de uma revisão de literatura na base de dados PubMed. Como resultado, a literatura presente no estudo, indicou que as restaurações endocrown possuem maior resistência à compressão, adaptação marginal (quando em resina), maior resistência à fratura e altas taxas de sobrevivência e sucesso das restaurações endocrown. Concluíram queas restaurações endocrown se apresentam como uma boa alternativa para melhorar a retenção e permitir uma resistência adicional aos dentes com grande perda estrutural. Zavanelli et al. (2017) produziram este trabalho com o objetivo de realizar uma revisão literatura sobre endocrown e ilustraram sua execução através de um relato de caso. Para isto, buscaram artigos nas bases de dados PubMed/Medline e Scholar Google, sendo utilizados os descritores:

“endocrown” e “coroas endocrown” verificando artigos publicados até janeiro de

  1. No relato de caso, além da endocrown foram executadas coroas totais. Realizaram o preparo para endocrown, com selamento do interior da câmara pulpar com resina flow, mock-up e provisório, por tratar-se de um caso extenso. O material cerâmico selecionado foi o IPS e.Max CAD-CAM - dissilicato de lítio monolítico, passando posteriormente pelo processo de maquiagem para que a peça ficasse com a cor mais próxima da cor do dente do paciente. Após o protocolo de condicionamento da peça, a mesma foi cimentada com Cimento Variolink N (IvoclarVivadent) na cor transparente. Após a instalação das peças cerâmicas, confeccionaram uma placa miorrelaxante. Concluíram que a utilização de coroas endocrown pode ser considerada um tratamento favorável para dentes com extensa destruição coronária e pequeno espaço interoclusal, garantindo elevada resistência a fratura. Entretanto, a longevidade do tratamento está relacionada com a correta indicação das cerâmicas e cimentos utilizados, além da correta adequação do preparo. 3- REFERÊNCIAS BankogluGungor M, Turhan Bal B, Yilmaz H, Aydin C, KarakocaNemli S. Fracture strength of CAD/CAM fabricated lithum disilicate and resin nano ceramic restorations used for endodocntically treated teeth. Dental Materials Journal 2017;36(2):135-141. BORGES JUNIOR, H. F.; et al.; Endocrown – avaliação da resistência dos cimentos dentários. Rev OdontolArac ,Araçatuba,2013; v.34, n.2, p. 23-26. Dejak B, Mlotkowski A. Strength comparison of anterior teeth restored with ceramic endocrowns vs custom-made post and core. J Prosthet Dent 2018; 62:171-176. EL-DAMANHOURY, H. M.; HAJ-ALI, R. N.; PLATT, J. A. Fracture resistence and microleakage of Endocrowns utilizing three CAD-CAM blocks. Operative Dentistry, v. 40, n. 2, p. 201-210, 2015. Gulec, L. e Ulusoy, N. Effect of endocrown restorations with different CAD/CAM materials: 3D finite element and weibull analyses. BioMed Research International 2017; p. 10. Helal, M. A. e Wang, Z. (2017). Biomechanical Assessment of Restored Mandibular Molar by Endocrown in Comparison to a Glass Fiber Post-Retained Conventional Crown: 3D Finite Element Analysis. Journal of Prosthodontics, pp. 1–9. Neto,E.P.B. et al.; Análise comparativa da eficácia de restaurações endocrown e coroas com pinos intrarradiculares. Centro Universitário Católica de