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Este artigo propõe padrões para a realização de exames radiográficos no quadril e na pelve, incluindo a padronização de incidências radiográficas específicas para diferentes afecções. Os autores discutem a importância de uma execução precisa e detalhada para obter resultados fiáveis.
Tipologia: Notas de estudo
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ARTIGO DE ATuALIZAçãO
1 - Professor Assistente Doutor; Assistente do Grupo de Quadril da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – São Paulo, SP, Brasil. 2 - Médica Ortopedista; Ex-Estagiária do Grupo de Quadril da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – São Paulo, SP, Brasil. 3 - Médico Ortopedista; Assistente do Grupo de Quadril da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – São Paulo, SP, Brasil. 4 - Instrutor de Ensino Mestre; Assistente do Grupo de Quadril da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – São Paulo, SP, Brasil. 5 - Instrutor de Ensino Doutor; Membro Sênior do Grupo de Quadril da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – São Paulo, SP, Brasil. 6 - Professor Assistente Doutor; Chefe do Grupo de Quadril da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – São Paulo, SP, Brasil. Trabalho realizado no Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – Diretor: Prof. Dr. Osmar Avanzi. Correspondência: Rua Dr. Cesário Motta Júnior, 112, Prédio Ortopedia, 2º andar, Sala Quadril – 01221-020 – São Paulo, SP, Brasil. E-mail: dot.quadril@hotmail.com Trabalho recebido para publicação: 11/01/2011, aceito para publicação: 25/03/2011.
Giancarlo Cavalli Polesello^1 , Tarsila Sato Nakao^2 , Marcelo Cavalheiro de Queiroz^3 , Daniel Daniachi 3 , Walter Ricioli Junior^3 , Rodrigo Pereira Guimarães 4 , Emerson Kiyoshi Honda 5 , Nelson keiske Ono 6
O diagnóstico das afecções do quadril e da pelve é baseado em história clínica detalhada, exame físico e exames complementares adequados para cada afecção. A radiografia simples ainda constitui o exame inicial de escolha, apesar da tomografia computadorizada e da ressonância nuclear magnética serem úteis para confir- mação diagnóstica(1,2)^. Diante da importância da radiografia, existe a ne- cessidade da realização de estudos radiográficos pa-
O diagnóstico das afecções do quadril e da pelve é baseado em história clínica detalhada, exame físico e exames comple- mentares adequados para cada afecção. A radiografia simples ainda constitui o exame inicial de escolha e, diante da sua im- portância, existe a necessidade da realização de estudos radio- gráficos padronizados, tanto na sua execução quanto nas séries radiográficas, de acordo com as diferentes afecções. O objetivo deste artigo é propor a padronização das principais incidências radiográficas do quadril e da pelve, realização de séries espe- cíficas para diferentes afecções e orientação técnica quanto à realização das mesmas.
descritores - Quadril/patologia; Quadril/radiografia; Pelve/pa- tologia; Pelve/radiografia
dronizados, tanto na sua execução quanto nas séries radiográficas, de acordo com as diferentes afecções. O objetivo deste artigo é propor a padronização das prin- cipais incidências radiográficas do quadril e da pelve, realização de séries específicas para diferentes afecções e orientação técnica quanto à realização das mesmas.
A) série não traumática
Diagnoses of hip and pelvis disorders are based on the detailed medical history, physical examination and laboratory tests, as appropriate for each condition. Plain radiography is still the ini- tial examination of choice and, because of its importance, there is a need to standardize radiographic studies, both in relation to execution and in radiographic series, according to the different pathological conditions. The aim of this paper was to propose standardization for the main radiographic views of the hip and pelvis, and with regard to performing specific series for different pathological conditions, and to provide technical guidance for achieving these aims.
Keywords - Hip/pathogy; Hip/radiography; Pelvis/pathogy; Pelvis/radiography
Os autores declaram inexistência de conflito de interesses na realização deste trabalho / The authors declare that there was no conflict of interest in conducting this work Este artigo está disponível online nas versões Português e Inglês nos sites: www.rbo.org.br e www.scielo.br/rbort This article is available online in Portuguese and English at the websites: www.rbo.org.br and www.scielo.br/rbort
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Figura 1 – Radiografia de bacia em incidência anteroposterior: posicionamento do paciente em decúbito dorsal com os membros inferiores rodados internamente de 15 a 20 graus; raio incidente na linha mediana, logo acima da sínfise púbica.
Figura 2 – Radiografia de bacia em incidência anteroposterior executada com técnica correta. Observar o alinhamento do cóccix com a sínfise púbica. O cóccix deve estar localizado cranialmente, não distando mais de 2,5cm da sínfise púbica.
Figura 3 – Radiografia de bacia em incidência anteroposterior e as principais estruturas identificadas.
PROPOSTA DE PADRONIZAÇÃO DO ESTUDO RADIOGRÁFICO DO QUADRIL E DA PELVE
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Figura 7 – Incidência perfil de Ducroquet. Paciente posicionado em decúbito dorsal, quadril acometido com flexão de 90° e abdução de 45°. Raio centrado verticalmente na articulação coxofemoral.
Figura 8 – Radiografia na incidência de perfil de Ducroquet.
Figura 9 – Mensuração do ângulo alfa (na incidência de perfil de Ducroquet: ângulo formado pelo eixo longitudinal do colo femoral e a linha AC (A – ponto da perda de esfericidade da junção cabeça-colo, C – centro da cabeça, r – raio da cabeça femoral).
PROPOSTA DE PADRONIZAÇÃO DO ESTUDO RADIOGRÁFICO DO QUADRIL E DA PELVE
B) série traumática
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Figura 11 – A) Radiografia de bacia Lauenstein. Paciente em posição supina com dupla abdução dos membros inferiores; raio incidente na linha mediana, logo acima da sínfise púbica, orientado verticalmente. B) Radiografia de bacia Lauenstein.
Figura 12 – Incidência oblíqua alar da bacia. Paciente em posição supina com rotação de 45° sobre o lado acometido; raio centrado verticalmente na raiz da coxa.
A
B
Figura 10 – A) Incidência de perfil cirúrgico. Paciente em decúbito dorsal, a ampola de raios-X deve ser angulada 45° cranialmente no plano horizontal, em direção à raiz da coxa. B) Radiografia em incidência de perfil cirúrgico.
A B
640
C) sugestões de incidências por afecção
protrusão acetabular quando a cabeça femoral ultrapassa tal linha (Figura 19). A incidência de Lequesne também é útil na avalia- ção da displasia acetabular, mensurando o ângulo de cobertura anterior da cabeça femoral, cujo valor normal é igual ou maior a 25° (2)^ (Figura 20).
Figura 17 – Incidência outlet da bacia. A) Paciente em decúbito dorsal horizontal, com raio incidente no sentido caudo-cranial com angulação de 45°. B) Radiografia em incidência outlet da bacia.
A
B Figura 16 – Incidência inlet da bacia. A) Paciente em decúbito dorsal horizontal, com raio incidente no sentido crânio-caudal com angulação de 60°. B) Radiografia incidência inlet da bacia executada com técnica correta. Observar a sobreposição do promontório à cortical anterior do corpo vertebral de S1.
A
B
PROPOSTA DE PADRONIZAÇÃO DO ESTUDO RADIOGRÁFICO DO QUADRIL E DA PELVE 641
Figura 19 – Radiografia AP de bacia com coxa profunda do quadril direito e protrusão do quadril esquerdo.
Figura 20 – Radiografia falso perfil de Lequesne. Visibilizado o ângulo de cobertura anterior da cabeça femoral. As linhas são traçadas passando pelo centro de rotação da cabeça femoral, sendo uma vertical e a outra passando na borda mais ossificada da porção acetabular.
Figura 18 – Incidência quadril esquerdo AP com discreto pinçamento anterossuperior. Incidência falso perfil de Lequesne do mesmo paciente com pinçamento anterossuperior mais evidente.
Como descrito anteriormente, a incidência de Dunn e a de Ducroquet são úteis para a mensuração do ângulo alfa, importante no estudo do impacto tipo CAME.
a) Pelve – AP, inlet e outlet ;
b) Acetábulo – AP, alar e foraminal; e
c) Fraturas do terço proximal do fêmur – AP, AP com tração e rotação interna (objetivo de prever o grau de instabilidade e, consequentemente, a dificuldade técnica cirúrgica), cross table (vantagem em pacien- tes traumatizados, uma vez que não se mobiliza o quadril afetado).