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Guias e Dicas
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Projeto Pedagógico Engenharia Minas UNIFAL, Manuais, Projetos, Pesquisas de Engenharia de Minas

Projeto Pedagógico Engenharia de Minas

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2012

Compartilhado em 21/09/2012

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estela-mesquita-lasmar-4 🇧🇷

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG
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Rua Corumbá, 72 - Poços de Caldas/MG. CEP 37701-100 Fone: (35) 3713-4091
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Baixe Projeto Pedagógico Engenharia Minas UNIFAL e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Engenharia de Minas, somente na Docsity!

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG

C Caammppuuss (^) AAvvaannççaaddoo ddee (^) PPooççooss (^) ddee (^) CCaallddaass Rua Corumbá, 72 - Poços de Caldas/MG. CEP 37701-100 Fone: (35) 3713-

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS

Comissão de Elaboração, Acompanhamento e Avaliação do Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Minas Carolina Del Roveri – Professor de 3º grau Fabiano Cabanãs Navarro – Professor de 3º grau Gael Yves Poirier – Professor de 3º grau Marco Antonio Alves Garcia – Professor de 3º grau Maria de Fátima Rodrigues Sarkis – Professor de 3º grau Maurício Guimarães Bergerman - Professor de 3º grau Osvail André Quaglio – Professor de 3º grau Sylma Carvalho Maestrelli – Professor de 3º grau (presidente da comissão)

Dados Institucionais Fundação: A Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (EFOA) foi fundada no dia 03 de abril de 1914, por João Leão de Faria. Federalização: A federalização ocorreu com a publicação, no DOU de 21 de dezembro de 1960, da lei nº 3.854/60. A transformação em Autarquia de Regime Especial efetivou-se através do Decreto nº 70.686 de 07 de junho de 1972. Transformação em Universidade Transformação em Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG) ocorreu pela lei nº 11.154 em 29 de julho de 2005. Endereços: Sede: Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 - Centro CEP: 37 130- Alfenas-MG Tel: (35) 3299- Fax: (35) 3299- email: unifal@unifal-mg.edu.br Home Page: http://www.unifal-mg.edu.br Campus Avançado de Poços de Caldas: Rodovia José Aurélio Vilela, 11999, Km 533 Cidade Universitária (35) 3697- Campus Avançado de Varginha Avenida Alfredo Braga de Carvalho, 303 Parque Industrial JK - Varginha/MG CEP: 37062- Telefone: (35) 3214-

SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO Página
    1. PRINCÍPIOS ORDENADORES E IDENTIDADE INSTITUCIONAL
  • 2.1. Histórico da Instituição
  • 2.2. Concepção político-filosófica
  • 2.3. Princípios e objetivos institucionais
  • 2.4. Ideário Pedagógico
    1. CONCEPÇÃO E FINALIDADE DO CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS...............
  • 3.1. Justificativa
  • 3.2. Caracterização geral do município de Poços de Caldas
  • 3.3. Objetivos do curso
  • 3.4. Perfil do egresso
  • 3.5. Competências e habilidades
    1. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
  • 4.1. Ingresso na Engenharia de Minas
  • 4.2. Vagas
  • 4.3. Regime Didático e Duração do Curso......................................................................
  • 4.4. Estrutura Curricular
  • 4.5. Ementário das unidades curriculares obrigatórias
    1. METODOLOGIA DE ENSINO
    1. ATUAÇÃO DO COORDENADOR DO CURSO...........................................................
    1. ATIVIDADES COMPLEMENTARES............................................................................
  • 7.1. Iniciação Científica
  • 7.2. Atividades de Extensão
    1. ESTÁGIO SUPERVISIONADO (OBRIGATÓRIO)
    1. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC...................................................
    1. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO.....
    1. ESTRUTURAS DE APOIO ÀS ATIVIDADES ACADÊMICAS
  • 11.1. Biblioteca
  • 11 .2. Informatização
  • 11 .3. Recursos Humanos
  • 11 .4. Infraestrutura do campus Poços de Caldas
  • 12 PROJETO URBANÍSTICO DO CAMPUS DE POÇOS DE CALDAS
  • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Neste contexto o presente documento é o resultado da revisão do Projeto Político Pedagógico do curso de Engenharia de Minas da UNIFAL-MG. Esta revisão foi feita por uma comissão estabelecida, realizando estudos, análises de documentos, pesquisas, e consultas a profissionais e docentes da UNIFAL-MG e de outras instituições. O objetivo inicial foi definir o perfil do profissional de Engenharia de Minas desejado, ou seja, os objetivos do curso, competências e habilidades dos egressos. De forma geral, o trabalho foi feito através das seguintes etapas: a) estudo e discussão do possível perfil profissional do egresso desejado; b) estabelecimento de grandes Áreas de Formação; c) análise e revisão da grade curricular inicialmente prevista do projeto de implantação; d) elaboração e redação final do Projeto Político Pedagógico (PPP) do curso. Assim, esse documento sintetiza as discussões e trabalhos relacionados à estruturação curricular da Engenharia de Minas e será o instrumento norteador do itinerário formativo do curso.

2. PRINCÍPIOS ORDENADORES E IDENTIDADE INSTITUCIONAL

2.1. Histórico da Instituição A Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), originalmente, Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (EFOA), foi fundada no dia 03 de abril de 1914, por João Leão de Faria, com a implantação do curso de Farmácia e, no ano seguinte, foi implantado o curso de Odontologia. A instituição foi reconhecida pela Lei Estadual nº 657, de 11 de setembro de 1915, do Governo do Estado de Minas Gerais. Primeira Diretoria: João Leão de Faria, Diretor; Amador de Almeida Magalhães, Vice-Diretor; Nicolau Coutinho, Tesoureiro e José da Silveira Barroso, Secretário. Em 11 de setembro de 1916, doações angariadas por uma comissão de alunos possibilitaram a criação da biblioteca. O reconhecimento nacional realizado pelo então Ministério da Educação e Saúde Pública consta no Art. 26 do Decreto 19.851 e, em 23 de março de 1932, quando foi aprovado o novo regulamento, enquadrando-a nas disposições das leis federais. A Lei nº 3.854, de 18 de dezembro de 1960, determinou sua federalização, estando sua direção a cargo do Prof. Paulo Passos da Silveira. A transformação em Autarquia de Regime Especial efetivou-se por meio do Decreto nº 70.686, de 07 de junho de 1972. Esta transformação favoreceu a implantação do curso de Enfermagem e Obstetrícia, autorizado pelo Parecer nº 3.246, de 5 de outubro de 1976 e Decreto nº 78.949, de 15 de dezembro de 1976 e reconhecido pelo Parecer do CFE nº 1.484/79, Portaria MEC nº 1.224, de 18 de dezembro de 1979. Sua criação atendia, nessa época, à política governamental de suprimento das necessidades de trabalho especializado na área de saúde. Em 1999, foram implantados os cursos de Nutrição, Ciências Biológicas e a Modalidade Fármacos e Medicamentos, para o curso de Farmácia, todos autorizados pela Portaria do MEC 1.202, de 03 de agosto de 1999, com início em 2000. A mudança para Centro Universitário Federal (EFOA/Ceufe) ocorreu em 1º de outubro de 2001, pela da Portaria do MEC nº 2.101. Visando atender às exigências legais das Diretrizes Curriculares, o curso de Ciências Biológicas foi desmembrado em modalidades originando os cursos de Ciências Biológicas (Licenciatura), com início no segundo semestre de 2002, aprovado pela Resolução 005/2002, do Conselho Superior, de 12 de abril de 2002, e Ciências Biológicas (Bacharelado), com início no primeiro semestre de 2003, baseado na Portaria do MEC 1.202, de 03 de agosto de 1999. Em 2003, iniciou-se o curso de Química (Bacharelado), aprovado pela Resolução 002/2003, de 13 de março de 2003, do Conselho Superior. Em 29 de julho de 2005, foi transformada em Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), pela Lei 11.154. Atendendo às políticas nacionais para a expansão do ensino superior, a UNIFAL-MG

Iniciação Científica). Para alunos procedentes do Ensino Médio da comunidade, estão disponíveis o PibDCT-Júnior/Fapemig e o Probic-Júnior/UNIFAL-MG. As ações de extensão, hoje consolidadas, e a criação da Universidade da Terceira Idade (Unati) representam outra via de direcionamento dos trabalhos acadêmicos, a qual possibilita o contato e o intercâmbio permanentes entre o meio universitário e o social, intensificando as relações transformadoras entre ambas, por meio de processos educativos, culturais e científicos, visando a melhoria da qualidade do ensino e pesquisa, a integração com a comunidade e ao fortalecimento do princípio da cidadania, bem como ao intercâmbio artístico-cultural. Reconhecida, nacionalmente, pela qualidade do ensino, aos 96 anos, a UNIFAL-MG, mais uma vez, se prepara para outras conquistas com a implantação de novos cursos presenciais e pólos para o ensino a distância. Dentre os cursos presenciais foram aprovados, recentemente, pelo Conselho Superior: Medicina, Terapia Ocupacional, Serviço Social e Filosofia, em trâmite no MEC e ainda sem data prevista para implantação. Desta maneira, como Instituição Pública de Ensino Superior, a UNIFAL-MG acredita responder, efetivamente, às demandas educacionais da sociedade e participar dos problemas e desafios impostos pelas comunidades local, regional e nacional.

2.2. Concepção político-filosófica A UNIFAL-MG considera que a educação superior em nossos dias adquire um papel relevante em virtude das mudanças aceleradas de ordem científica e técnica que incidem diretamente no desenvolvimento socioeconômico e cultural do país. Esse pressuposto determina a necessidade de se redefinirem e aperfeiçoarem-se as funções da universidade com relação à formação e capacitação permanente de recursos humanos, à investigação científica que sustenta essas mudanças e aos serviços necessários à sociedade em correspondência com tal desenvolvimento. Esse aperfeiçoamento implica o estabelecimento de relações e inter-relações adequadas com os demais níveis do sistema educativo, com o mundo do trabalho e com a infra-estrutura que promove o desenvolvimento científico e tecnológico. Constitui, por isso mesmo, um elemento de primeira ordem para as relações com o Estado, especialmente as que se referem à responsabilidade de garantir que o ensino superior cumpra suas finalidades. Dentro dessa perspectiva, a instituição concebe como uma unidade, docência - produção - investigação, orientada pelos princípios básicos de articulação sistemática da formação acadêmica dos estudantes universitários com sua futura atividade profissional. Para tanto, será necessária à inserção destes estudantes direta e efetivamente na prática do trabalho e de investigação científica em todos os anos de sua formação.

A descentralização acadêmica, expressa na autonomia de cada curso, permite definir seu currículo e traçar as diretrizes da formação profissional de acordo com o nível de desenvolvimento científico e tecnológico alcançado, as características regionais e o diagnóstico dos recursos humanos e materiais com que conta. Pressupõe a orientação das ações acadêmicas a partir dos princípios de liberdade acadêmica, autonomia administrativa e responsabilidade de dar respostas às exigências que a sociedade coloca. A consideração de que as universidades são instituições fundamentais para a promoção e desenvolvimento da cultura adquire, na UNIFAL-MG, uma conotação particular ao se integrar como elemento fundamental a uma política dirigida não só a formar indivíduos altamente capacitados no plano científico e técnico, mas também cidadãos conscientes, capazes de assumir suas responsabilidades individuais e sociais em um mundo conturbado por múltiplos conflitos, onde simultaneamente se estreitam cada vez mais as relações interculturais favorecidas pelos avanços da tecnologia da informática e das comunicações. Assim, busca fortalecer a formação do cidadão para afirmação da identidade cultural como base imprescindível para inserir-se no mundo e compreender os problemas mais urgentes e transcendentes que o afetam. Somente compreendendo a necessidade de preservar o patrimônio histórico e cultural da nação bem como a defesa da soberania e da independência, assim como das conquistas e direitos alcançados, pode um povo integrar-se ao concerto das demais nações para alcançar um desenvolvimento humano sustentável e uma cultura de base. Para isto, empenha-se em garantir em primeiro lugar o acesso real à educação voltada para o trabalho e para a vida, para a possibilidade efetiva de exercer a democracia desde os primeiros anos. Uma educação na qual o diálogo substitua o monólogo; e valores humanos, tais como a solidariedade e honestidade, façam do homem um ser verdadeiramente superior. A instituição considera necessária a formação humana com uma perspectiva ambiental que permita promover o desenvolvimento econômico e social sustentável em oposição às múltiplas manifestações de depredação e extermínio dos recursos naturais que põem em perigo a própria existência da humanidade. Propõe-se, portanto, promover uma preparação intelectual que propicie a capacidade de pensar por si mesmo para tomar decisões conscientes e a criação de uma atitude de aperfeiçoamento permanente envolvendo docentes, discentes e técnicos- administrativos. Nesse sentido, se compromete e propõe continuar com esta intencionalidade em prol da formação de profissionais com plena consciência de seus deveres e responsabilidades, de cidadãos com uma ampla cultura científica, técnica e humanista e com o desenvolvimento e sistematização de efetivas habilidades profissionais, com capacidade para resolver, de maneira independente e criativa, os problemas atuais básicos que se apresentam em sua esfera de atuação.

· Favorecer e estimular a participação de discentes, docentes e corpo técnico-administrativo nos diversos programas da instituição; · Favorecer e estimular a integração de alunos de graduação nos projetos de pesquisa e extensão em desenvolvimento; · Valorizar e incentivar o debate, o questionamento, a criatividade, o trabalho em equipe e a liberdade de pensamento; · Incorporar as reações de seus beneficiários como uma das bases para definição e formulação das políticas, diretrizes e ações relativas ao ensino, à pesquisa e à extensão.

2.4. Ideário pedagógico A UNIFAL-MG propõe-se a desenvolver o seu ideário pedagógico com base nas seguintes considerações: · Compreensão da educação como parte da sociedade, entendida como uma totalidade dialética, indissociável dos aspectos econômicos, culturais, políticos, antropológicos, entre outros; · Consideração do momento histórico presente, com todas as suas dificuldades e possibilidades, como base para projetar o futuro e compreender o passado; · Entendimento do homem como ser integral, síntese resultante de múltiplas determinações e relações sociais; · Assunção do trabalho humano como categoria universal que reflete as condições sociais da existência humana e que se constitui uma forma de realização pessoal; · Comprometimento com o avanço do conhecimento científico, filosófico e cultural; · Busca do avanço técnico associado ao bem estar social, à qualidade de vida, ao respeito aos direitos humanos e ao equilíbrio ecológico; · Compromisso com a superação das desigualdades sociais; · Identificação das necessidades e problemas sociais como ponto de partida para reflexão teórica, para busca de soluções práticas, e a intervenção na realidade como ponto de transição para o desempenho profissional; · Busca de superação das dicotomias ensino-pesquisa, ensino-extensão, graduação-pós- graduação de modo a garantir a integração eficiente e eficaz do trabalho universitário; · Assunção do acadêmico como sujeito de seu próprio processo educativo, devendo por isso a instituição proporcionar-lhe as condições e os requisitos essenciais para que possa construir seu projeto de vida;

· Orientação ao acadêmico em face à escolha profissional para adoção de postura profissional comprometida com o desenvolvimento da região e do país;

· Compromisso com a formação continuada face à necessidade atual de aprender a aprender como condição para se tornar agente transformador da realidade. Assim, apresentam-se como condições necessárias para desenvolvimento do ideário pedagógico que a UNIFAL-MG propõe-se a desenvolver: · Aquisição de fundamentação teórica sólida, instrumentalização técnica e conhecimento da realidade, para intervenção no mundo físico e social; · Valorização da mentalidade científica e técnica nos estudos e trabalhos que desenvolverem; · Aprendizagem comprometida com o processo de libertação e de auto-realização dos acadêmicos, por meio de uma metodologia ativa de caráter científico-reflexivo; · Educação de natureza reflexiva e crítica, formadora de sujeitos conscientes e participantes de sua realidade histórico-social; · Organização do trabalho acadêmico de forma flexível e redirecionada para o alcance dos propósitos institucionais; · Preparação para o enfrentamento de problemas reais e consciência de que a sua solução exige contribuições interdisciplinares e transversalidade do conhecimento.

segmentos da comunidade universitária e aprovação pelo Conselho Superior, pela Resolução nº 056/2007, de 7/12/2007, resultou na adesão da UNIFAL-MG. O REUNI é uma das ações integrantes do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) em reconhecimento ao papel estratégico das universidades federais para o desenvolvimento econômico e social. A necessidade de expansão da Educação Superior em nosso país é premente, visto que de acordo com a recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) - Indicadores Sociais 2009, em média nacional, apenas 24,31% dos jovens brasileiros, com idade entre 18 e 24 anos, têm acesso ao ensino superior. O Plano Nacional de Educação (PNE) de 2001-2010 é o documento que organiza prioridades e propõe metas a serem alcançadas em dez anos seguintes e a meta era triplicar as vagas nas universidades, para atingir 36% da população de 18 a 24 anos. Em sua formulação, o REUNI teve como principais objetivos: garantir às universidades as condições necessárias para a ampliação do acesso e permanência na educação superior; assegurar a qualidade por meio de inovações acadêmicas; promover a articulação entre os diferentes níveis de ensino, integrando a graduação, a pós-graduação, a educação básica e a educação profissional e tecnológica; e otimizar o aproveitamento dos recursos humanos e da infraestrutura das instituições federais de educação superior. O Programa REUNI também elencou como principais metas: a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais para 90%; elevação gradual da relação aluno/professor para 18 alunos para 1 professor; aumento mínimo de 20% nas matrículas de graduação e o prazo de cinco anos, a partir de 2007 – ano de início do Programa – para o cumprimento das metas. Para que um país tenha desenvolvimentos sociais, humanos e econômicos torna-se imperativo investir em educação e, em particular, numa sólida cultura científica da sua juventude de modo a reverter algumas estatísticas que colocam o País numa posição bastante desvantajosa em relação às sociedades mais desenvolvidas conforme apresentada pela UFBA (2010), a saber: · Numa avaliação comparativa internacional de desempenho de estudantes do Ensino Fundamental de 41 países (PISA, 2005), o Brasil ficou em 39º lugar em Matemática e Ciências, com média de 396, numa escala de 0 a 800; · Mais de 70% dos professores de Matemática e Ciências Naturais que atuam na Educação Básica no Brasil não possuem licenciatura nas áreas específicas; · No Brasil, de cada 100 titulados apenas 7 o são em engenharia, enquanto na Coréia do Sul este número salta para 22 engenheiros. Na China, o percentual de matrículas em cursos superiores de ciência e tecnologia é da ordem de 50%;

· As engenharias representam apenas 11% da pós-graduação brasileira; · O Brasil tem apenas 12 mestres em engenharia por cada grupo de 100.000 habitantes, enquanto nos EUA este número é de 160. · Em termos de doutores nesta mesma área, o Brasil tem apenas 4 em cada grupo de 100. habitantes, enquanto na Alemanha este número salta para 30; · A participação do setor de alta tecnologia na produção de países como os EUA e a Coréia do Sul varia entre 20 e 35%. No Brasil, somente 100 empresas das 30.000 que dispõem de setores de PD (Pesquisa e Desenvolvimento) introduziram inovações. A área de PD destas empresas é 4 vezes menor que a aquisição de máquinas, só 7% delas mantêm relação com Universidades e Institutos de Pesquisa e 70% dessas atribuem uma baixa importância à essa relação. Estes dados estatísticos evidenciam as deficiências da educação científica no Brasil e colocam em risco o “projeto de nação”, as expectativas de desenvolvimento econômico e tecnológico e a conseqüente superação da pobreza e das desigualdades sociais. Atualmente formam-se no Brasil cerca de 20 mil engenheiros por ano, enquanto que nos demais países em desenvolvimento, tais como China e Índia, o número ultrapassa os 200 mil; além disso, cerca de 70% das pós graduações nestes últimos está voltada para as áreas das Engenharias. De acordo com as estatísticas apresentadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), formam-se anualmente no Brasil cerca de 10 mil doutores e 30 mil mestres. De acordo com SILVA, P.R.(2008) no texto de referência “A Nova Formação em Engenharia Frente aos Desafios do Século XXI”, apresentado no III Seminário Nacional do REUNI, a Engenharia está presente em todas as ações, planos governamentais e institucionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) quer seja no desenvolvimento econômico e social propriamente dito, até a geração de tecnologias avançadas que permitirão uma maior competitividade do país no mercado internacional, constituindo seu valor e importância em fato incontestável. Por outro lado registra à falta de engenheiros em número e qualidade suficientes para suprir as demandas atuais e futuras, sobretudo no que se concerne às tecnologias inovadoras. Segundo estatísticas do CONFEA, o estoque de engenheiros em 2008 era de 620mil em todo o país, uma proporção de 6 para 1000 pessoas economicamente ativas, número este bem abaixo a de países desenvolvidos como EUA e Japão, que apresentam uma relação de 25/1.000. A China e Índia forma, respectivamente 300 mil e 200 mil engenheiros por ano, contra menos de 30.000 no Brasil. Há, portanto, bastante espaço para a expansão da oferta de vagas em curso de engenharia, sobretudo em áreas de alta tecnologia. Segundo a Federação Nacional dos Engenheiros, para que o

Na escala hierárquica dos centros urbanos brasileiros, classificados pelo IBGE, Poços de Caldas caracteriza-se como "capital regional" em função da centralidade que a cidade desempenha sobre outros municípios no processo de distribuição de bens e serviços, polarizando 23 pequenas cidades no seu entorno. No período 1991-2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Poços de Caldas cresceu 8,10%, passando de 0,778 em 1991 e para 0,841 no ano 2000. A dimensão que mais contribuiu para este crescimento foi a longevidade com 39,5%; seguida pela renda com 34,2%; e pela educação com 26,3%. Hoje, a expectativa de vida em Poços de Caldas é de 76 anos. Outro fator importante é a diminuição da mortalidade infantil, passando de 20,70 mortes por mil nascidos vivos, em 1991, para 13,27 por mil nascidos vivos em 2000. Contribuindo ainda mais, a renda do cidadão poços-caldense cresceu 34,2%, elevando o patamar de crescimento do IDH. No entanto, o destaque da cidade está na educação. Em 1991, o índice já era considerado de alto desenvolvimento (0,836) e cresceu mais de 26% na última pesquisa pela Fundação João Pinheiro alcançando (0,886). A taxa de analfabetismo de Poços de Caldas é inferior a 7,0% entre a população adulta com mais de 25 anos. Poços de Caldas se destaca ainda no ranking de responsabilidade social. Depois de Belo Horizonte, Poços de Caldas é o município que apresentou o melhor resultado no Índice Mineiro de Responsabilidade Social. Segundo dados divulgados pela prefeitura local, 99,43% da população da cidade vivem em domicílios com água encanada e banheiro. A cidade conta com um bom número de estradas de acesso às principais cidades da Região Sudeste e à capital federal. Quanto ao transporte ferroviário, importante meio de escoamento de produção, o município possui ligação aos principais centros urbanos do país. Conta, ainda, com um aeroporto com pista de asfalto de 1.250 metros. A economia do município é diversificada, com atividades nos seguintes setores: turismo, mineração, indústria, agropecuária, comércio e prestação de serviços. O diferencial é o fato de ser estância hidromineral. A arrecadação municipal anual perfaz o total de R$ 200.000.000,00 por ano. A mineração tem um papel importante na economia do município, com a extração de bauxita, urânio, urânio,molibdênio, tório, argila e terras raras, além das fontes de águas frias e termais. O setor industrial é diversificado, com produção de refratários, alimentos (chocolate, doces, bebidas e carne), confecção de roupas, cristais, fertilizantes, fibras químicas para indústria têxtil, cabos elétricos dentre outros. A Tabela 3.1 registra a pujança do município nos setores industrial e de mineração:

Tabela 3.1. Principais ramos industriais do município de Poços de Caldas (MG). Estrutura Empresarial 2007 Indústrias extrativas - Número de unidades locais 128 unidades Indústrias de transformação 636 unidades locais Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 6 unidades locais Construção 173 unidades Fonte: IBGE, 2007.

Quanto ao ensino superior, Poços de Caldas abriga três universidades privadas (Unifenas, Pitágoras e PUC Minas) e uma pública (Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG, além da UNIFAL), que oferecem diversos cursos de graduação e especialização, conforme observa-se nas Tabelas 3.2 e 3.3.

Tabela 3.2. Cursos Superiores de Graduação oferecidos em Poços de Caldas (MG). Área do Conhecimento Autarquia Particular Administração - 2 Ciência da Computação - 1 Ciências Contábeis (Virtual) - 1 Arquitetura e Urbanismo - 1 Comunicação Social: Publicidade e Propaganda - 1 Direito - 2 Enfermagem - 2 Educação física - 1 Farmácia - 1 Fisioterapia - 1 Medicina Veterinária - 1 Nutrição - 1 Pedagogia 1 1 Psicologia - 2 Engenharia Eletrica – Automação e Telecomunicação - 1 Engenharia de Produção - 2 Engenharia Civil - 1 Turismo - 1