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Este texto discute a atividade de elaborar e desenvolver projetos como uma metodologia de aprendizagem. O autor argumenta que a atividade intelectual de elaborar um projeto e suas múltiplas realizações são fundamentais na pesquisa, tanto nas ciências exatas quanto nas humanas. Ele também enfatiza a importância de que as questões a serem investigadas surjam da curiosidade e indagações do aprendiz, e não sejam impostas pelo professor. Adicionalmente, o texto discute o papel dos professores, alunos e coordenação pedagógica em um ambiente de aprendizagem por projetos.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Fagundes, Léa da Cruz
Co-Autoras Luciane Sayuri Sato/ Débora Laurino Maçada
Como a atividade construtiva de elaborar e desenvolver projetos pode se tornar uma metodologia?
A atividade de fazer projetos é simbólica, intencional e natural do ser humano. Por meio dela, o homem busca a solução de problemas e desenvolve um processo de construção de conhecimento, que tem gerado tanto as artes quanto as ciências naturais e sociais.
O termo projeto surge numa forma regular no decorrer do século XV. Tanto nas ciências exatas como nas ciências humanas, múltiplas atividades de pesquisa, orientadas para a produção de conhecimento, são balizadas graças à criação de projetos prévios.
A elaboração do projeto constitui a etapa fundamental de toda pesquisa que pode, então, ser conduzida graças a um conjunto de interrogações, quer sobre si mesma, quer sobre o mundo à sua volta. Como diz uma aluna:
PROJETO - o termo projeto é bastante recente em nossa cultura. São associadas a esse termo diferentes acepções: intenção (propósito, objetivo, o problema a resolver); esquema (design); metodologia (planos, procedimentos, estratégias, desenvolvimento). Assim, podem ser concebidas a atividade intelectual de elaboração do projeto e as atividades múltiplas de sua realização. (Boutinet, 1990).
Você não acha que a atividade construtiva de elaborar e desenvolver projetos pode se tornar uma metodologia de aprendizagem?
Quando se fala, na educação presencial, em "ensino por projetos", pode-se estar falando do plano da escola, do projeto da escola, de projetos dos professores. Nesse tipo de ensino, quais são os critérios que os professores seguem para escolher os temas, as questões que vão gerar projetos? Que vantagens apresentam a escolha dessas questões? Por que elas são necessárias? Em que contextos? Que indicadores têm para medir seus níveis de necessidade? A quem elas satisfazem? Ao currículo? Aos objetivos do planejamento escolar? A uma tradição de ensino?
Na verdade, no ensino, tudo parte das decisões do professor, e a ele, ao seu controle, deverá retornar.
Como se o professor pudesse dispor de um conhecimento único e verdadeiro para ser transmitido ao estudante e só a ele coubesse decidir o que, como, e com que qualidade deverá ser aprendido.
Não se dá oportunidade ao aluno para qualquer escolha. Não lhe cabe tomar decisões. Espera-se sua total submissão a regras impostas pelo sistema.
Porém, começamos a tomar consciência de nossos equívocos. Pesquisas, em psicologia genética, sobre o desenvolvimento da inteligência e sobre o processo de aprendizagem, evidenciam que pode haver ensino sem haver aprendizagem;
desenvolvimento resulta em atividade operatória do sujeito, que constrói conhecimento quando está em interação com o meio, com os outros sujeitos e com os objetos de conhecimento de que ele deseje apropriar-se.
Quando falamos em "aprendizagem por projetos" estamos necessariamente nos referindo à formulação de questões pelo autor do projeto, pelo sujeito que vai construir conhecimento. Partimos do princípio de que o aluno nunca é uma tábula rasa, isto é, partimos do princípio de que ele já pensava antes.
E é a partir de seu conhecimento prévio, que o aprendiz vai se movimentar, interagir com o desconhecido, ou com novas situações, para se apropriar do conhecimento específico - seja nas ciências, nas artes, na cultura tradicional ou na cultura em transformação.
ENSINO POR PROJETOS APRENDIZAGEM POR PROJETOS
Autoria. Quem escolhe o tema? Professores, coordenação pedagógica
Alunos e professores individualmente e, ao mesmo tempo, em cooperação
Contextos Arbitrado por critérios externos e formais Realidade da vida do aluno
A quem satisfaz? Arbítrio da seqüência de conteúdos do currículo
Curiosidade, desejo, vontade do aprendiz
Decisões Hierárquicas Heterárquicas
Definições de regras,
direções e atividades
Impostas pelo sistema, cumpre determinações sem optar
Elaboradas pelo grupo, consenso de alunos e professores
Paradigma Transmissão do conhecimento
Construção do conheciment o
Papel do professor Agente Estimulador/ orientador
Papel do aluno Receptivo
Agente
Nossa experiência mostra que os professores têm se surpreendido muito com a quantidade de informações que os alunos trazem, mesmo sobre conteúdos e tecnologias que não haviam sido tratados no currículo da escola! Observamos então, como as crianças optam por questões diferentes, originais e relevantes! Estas questões geram projetos com oportunidades de muitas buscas e experimentações. Quais são as novas funções que o professor precisa exercer neste novo contexto?
Um professor, tão aprendiz quanto seus alunos, não funciona apenas congnitivamente, por isso, em um ambiente de aprendizagem construtivista, é preciso ativar mais do que o intelecto. A abordagem construtivista, sob uma perspectiva genética, propõe aprender tanto sobre o universo físico, quanto sobre o universo social.
Mas é fundamental ativar a mente e a consciência espiritual para aprender muito mais sobre seu mundo interior e subjetivo.
A função de ativação implica:
A função de articular exige grande disponibilidade, com facilidade de relacionamento e flexibilidade na tomada de decisões. Por que são necessárias essas característica? Porque essa função exige que o professor faça a costura entre os diversos segmentos (professores, alunos, pais, funcionários). Para isso é importante que o professor articulador tenha o apoio dos pares para conseguir exercer essa função!
No que isso se diferencia do papel do supervisor pedagógico, por exemplo? O professor articulador irá trabalhar junto a um grupo específico do qual ele mesmo faz parte como um dos professores que atua junto aos alunos, vivendo
individual e coletivo.
metodologia específica de sua área de conhecimento. Entretanto, este uso pode ser harmoniosamente coordenado, no que corresponde aos conteúdos selecionados e aos valores vivenciados para a solução dos problemas propostos, no projeto do grupo.
Mas como o aluno aprende? Como se pode garantir a aprendizagem de conteúdos?
A busca de soluções para as questões que estão sempre surgindo num ambiente enriquecido configura a atitude e a conduta de verdadeiros pesquisadores.
São levantadas dúvidas daquele momento, mas quais são as certezas que ficam?
Em primeiro lugar, tratam-se de certezas provisórias porque o processo de construção é um processo continuado e ocorre numa situação de continuidade alternada com a descontinuidade. Uma certeza permanece até que um elemento novo apareça para ser assimilado.
Para que um novo conhecimento possa ser construído, ou para que o conhecimento anterior seja melhorado, expandido, aprofundado, é preciso que um processo de regulação comece a compensar as diferenças, ou as insuficiências do sistema assimilador. Ora se o sistema assimilador está perturbado é porque a certeza "balançou". Houve desequilíbrio. O processo de regulação se destina a restaurar o equilíbrio, mas não o anterior.
Na verdade, trata-se sempre de novo equilíbrio, pois o conhecimento melhora e aumenta! E, justamente é novo, porque é um equilíbrio que resultou da assimilação de uma novidade e, portanto, da ampliação do processo de assimilação do sujeito, que se torna mais competente para assimilar outros novos objetos e resolver outros novos problemas.
Buscar a informação em si, não basta. É apenas parte do processo para desenvolver um aspecto dos talentos necessários ao cidadão. Os alunos precisam estabelecer relações entre as informações e gerar conhecimento. Não há interesse em registrar se o aluno retém ou não uma informação, aplicando um teste ou uma "prova" objetiva, por exemplo; porque isso não mostra se ele desenvolveu um talento ou se construiu um conhecimento que não possuía.
QUILIBRAÇÃO MAJORANTE - "(...) um sistema não constitui jamais um acabamento absoluto dos processos de equilibração e novos objetivos derivam sempre de um equilíbrio atingido, instável ou mesmo
consciência do seu trabalho, de suas dificuldades e das possibilidades de seu desenvolvimento.
Fonte: http://www.nte-jgs.rct-sc.br/lea.htm