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Informações sobre o sistema de revestimento cerâmico interior, sua importância, componentes e execução. O texto aborda a relação dos materiais, técnicas de aplicação, eficiência, planejamento, especificação de projeto e controle de qualidade. Além disso, são discutidos os subsistemas relacionados, como juntas e rejuntamento, e as etapas de execução.
Tipologia: Notas de aula
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Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia Departamento de Engenharia de Materiais de Construção Curso de Especialização em Construção Civil
Autor: Carlos da Rocha Rebelo Orientador: Prof. Dr. Antônio Neves de Carvalho júnior Março/20 10
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Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Construção Civil de Engenharia da UFMG Ênfase: Materiais de Construção Civil Orientador: Prof. Dr. Antônio Neves de Carvalho júnior Belo Horizonte Escola de Engenharia da UFMG 2010
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SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS..............................................................................................vii LISTA DE TABELAS ...................................................................................... ......viii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ......................................................... ........ix
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Figura 1.1: “Layout” dos revestimentos cerâmicos (Cerâmica Portobello)....................... Figura 2.1: Ataque químico - ação da presença de cloro em piscinas (Cerâmica Portobello)......................................................................................................................1 8 Figura 2.2: Modelo das camadas do Sistema de Revestimento Cerâmico (CCB)........... Figura 3.2: Aplicabilidade da junta de dessolidarização (Adaptado de LIMA, 2003)....... Figura 3.3: Projeto de revestimento cerâmico interno (Revista Téchne, 2003)............... Figura 3.4: Detalhamento do projeto de revestimento cerâmico interno (Revista Téchne, 2003)............................................................................................................................... Figura 4.1: Tipos de juntas de assentamento cerâmico (Adaptado de CHAVES, 1979)................................................................................................. .............................. Figura 4.2: Procedimentos para assentamento de placas cerâmicas em ambiente interno (Adaptado de CHAVES, 1979)........................................................................................ Figura 4.3: Galgação das placas cerâmicas (Adaptado de CHAVES, 1979).................. Figura 5.1: Destacamento das placas cerâmicas............................................................ Figura 5.2: Surgência de trincas nas placas cerâmicas................................................... Figura 5.3: Revestimento com eflorescência................................................................... Figura 5.4: Surgimento de manchas no revestimento..................................................... Figura 5.5: Exemplo de deterioração do rejunte..............................................................
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Tabela 2.1: Classificação das placas cerâmicas quanto à absorção de água (CCB)...... Tabela 2.2: Classificação da resistência à flexão das placas cerâmicas (CCB).............. Tabela 2.3: Classificação da resistência à abrasão – PEI (CCB).................................... Tabela 3.1: Normas técnicas aplicadas ao SRC em paredes internas (ABNT)............... Tabela 3.2: Dimensões mínima de junta entre componentes cerâmicos (Adaptado de CCB).................................................................................................. .............................. Tabela 4.1: Dimensionamento dos dentes da desempenadeira em função das placas cerâmicas (Adaptado de CAMPANTE, MACIEL BAÍA).................................................... Tabela 4.2: “Check list” do controle antes do início das atividades (Adaptado de CAMPANTE, MACIEL BAÍA)........................................................................................... Tabela 4.3: “Check list” do controle durante a execução (Adaptado de CAMPANTE, MACIEL BAÍA)................................................................................... .............................. Tabela 4.4: “Check list” do controle após a conclusão das atividades (Adaptado de CAMPANTE, MACIEL BAÍA)...........................................................................................
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O empreendimento de construção civil possui um elevado número de especialistas envolvidos em todo o seu processo, desde o planejamento até o acabamento final. O projetista tem a função de conhecer e avaliar todas as etapas envolvidas no complexo sistema estrutural de uma edificação. Na fase de elaboração dos projetos, onde nasce o produto da edificação, resultando em qualidade, e possibilitando um planejamento eficiente com redução de custos e prazos. A fim de alcançar o desempenho apropriado e a finalidade a que se destina a cada um dos seus sistemas construtivos, devendo ser previsto o comportamento futuro dos materiais empregados dentro do projeto específico. No que se refere ao projeto de especificação do sistema de revestimento cerâmico, a falta de conhecimento e informação sobre o sistema de revestimento cerâmico entre os profissionais da construção civil, entre eles os engenheiros, arquitetos e os assentadores, pode ser a causa principal dos problemas que ocorrem no sistema em questão e em outros sistemas do edifício (LIMA, 2003). O desempenho do processo de revestimento cerâmico de um empreendimento depende da relação de todos os materiais e suas técnicas de aplicação específica, para aquela situação de projeto. Sobre a eficiência do sistema de revestimento cerâmico, precisamos considerar vários fatores para garantir um bom resultado, a apropriação dos materiais ao tipo de uso, a qualidade e o planejamento dos serviços de assentamento e a manutenção após a aplicação de acordo com o uso a que se destina.
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O revestimento cerâmico vem sendo usado desde a antiguidade para revestir pisos e paredes. Naquela época era utilizado apenas pela nobreza, que decorados preciosamente pelos artesões ceramistas e tinham como destino as paredes dos grandes palácios e construções nobres. A popularidade veio em meados do século XX, quando a produção em larga escala tornou o revestimento cerâmico acessível a bolsos menos abastados. A cerâmica pode ser feita em argila pura de massa vermelha, ou de uma mistura com cerca de nove minerais de tonalidade clara ou branca. No Brasil, a abundância dessa matéria prima, argila, estimulou o crescimento desse mercado recheado de opções, com características específicas para se adaptar ou compor diferentes ambientes. Figura 1.1: “Layout” dos revestimentos cerâmicos (Cerâmica Portobello) Atualmente existe uma variedade de produtos cerâmicos para atender aos mais variados tipos de ambientes como: áreas comerciais ou industriais, residências, fachadas e piscinas, mantendo as características contemporâneas de durabilidade aliada à beleza estética.
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A grande vantagem da utilização do revestimento cerâmico reside principalmente nas seguintes características: durabilidade do material; facilidade de limpeza; higiene; qualidade do acabamento final; proteção dos elementos de vedação; isolamento térmico e acústico; estanqueidade à água e aos gases; segurança ao fogo; aspecto estético e visual agradável. A qualidade e a durabilidade de uma superfície com revestimento cerâmico está fundamentada diretamente em conceitos relacionados aos seguintes aspectos: planejamento e escolha correta do revestimento cerâmico; qualidade do material de assentamento; qualidade da construção e do assentamento e manutenção. 2.2 PROPRIEDADES DO REVESTIMENTO CERÂMICO O julgamento de que as peças cerâmicas diferenciam-se apenas pela aparência é um julgamento enganoso e um instrumento de medida de sua qualidade inexato. Algumas propriedades da cerâmica vêm da massa, outras são determinadas pelo esmalte. A massa, ou o corpo, influência a absorção de água, a expansão por umidade e a resistência ao peso (mecânica) e ao gelo.
16 Conforme a classificação da tabela 2, do Centro Cerâmico do Brasil (CCB), nota-se que quanto menor a absorção de água e quanto maior a espessura da placa, maior será o índice de resistência à flexão. Grupo Placas Prensadas Resistência à Flexão Nomenclatura B III b Igual 150 kgf/cm² Porosa B II b Igual 180 kgf/cm² Semi Porosa B II a Igual 220 kgf/cm² Semi Grês B I b Igual 300 kgf/cm² Grês B I a Igual 350 kgf/cm² Porcelanato Tabela 2.2: Classificação da resistência à flexão das placas cerâmicas (Cerâmica Portobello) Resistência à abrasão Propriedade da placa cerâmica que indica a resistência a riscos e ao desgaste da camada de esmalte, provocada pelo tráfego intenso de pessoas, objetos, equipamentos rodados e veículos. O índice PEI - Porcelain Enamel Institut faz menção ao orgão americano de mesmo nome, que estabeleceu os critérios de classificação da cerâmica conforme a resistência do esmalte, segundo classificação da tabela 3. PEI Absorção Orientações para especificação 0 - Somente paredes. 1 muito leve Paredes e detalhes de pisos com pouco uso 2 muito leve Paredes e detalhes de pisos com pouco uso 3 leve Residencial: pisos de banheiros e dormitórios, salas e varandas com pouco uso 4 moderado Residencial: pisos de cozinhas e salas com saída para a rua, calçadas e garagens Comercial: pisos de boutique, ambientes administrativos de empresas, escritórios, hotéis, bancos, supermercados, hospitais etc 5 intenso Comercial: ambientes de atencimento ao público, praças e passeios públicos, cozinhas industriais, pisos de fábricas sem tráfego de veículos pesados Tabela 2.3: Classificação da resistência à abrasão – PEI (Cerâmica Portobello)
17 Resistência à gelo Em locais de baixa temperatura, a água que penetra nos poros da cerâmica pode congelar e, dessa forma, aumentar de volume causando certa patologia. Se as placas escolhidas tiverem uma massa muito porosa e não suportarem essa pressão, todo o revestimento pode ser danificado, neste caso é importante usar placas cerâmicas que apresentem um baixo índice de absorção de água. Expansão por umidade ou dilatação térmica Consiste no aumento das dimensões da placa cerâmica por absorção de água e/ou por aumento da temperatura. Geralmente ocorre em locais onde a placa cerâmica está sujeita a umidade e calor intenso, como fachadas, pisos externos, lareiras e churrasqueiras. Resistência ao risco (dureza Mohs) Essa propriedade diz respeito à dureza do esmalte da superfície de acabamento, dureza Mohs, e consequentemente, indica sua resistência ao risco provocado pelo atrito de materiais com diferentes durezas. Seu índice deve ser observado em pisos em casas de praia, onde esse cuidado se explica como: a areia que apresenta dureza 7, portanto, o revestimento só não ficará riscado pelo pisoteio dos transeuntes se tiver dureza Mohs superior a esse número. Resistência à manchas Determina o quanto uma superfície poderá reter a sujeira e a sua respectiva facilidade de remoção de manchas quando submetidas a ação generalizada dos diversos produtos que estão sujeito em seu ambiente.
19 Figura 2.2: Modelo das camadas do Sistema de Revestimento Cerâmico (CCB) Substrato ou base É o componente de sustentação dos revestimentos, via de regra formado por elementos de alvenaria/estrutura. Chapisco É a camada de revestimento aplicada diretamente sobre a base, com a finalidade de uniformizar a absorção da superfície e melhorar a aderência da camada subsequente, geralmente usada em fachadas exteriores. Emboço É a camada de revestimento executada para cobrir e regularizar a superfície da base, propiciando uma superfície que permita receber outra camada de reboco ou de revestimento decorativo. De acordo com a ABNT NBR 7200:19 98 (Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento): “ A aderência entre argamassa de emboço e unidade de alvenaria (tijolos e blocos cerâmicos, de concreto, etc.) é um fenômeno essencialmente mecânico, devido, basicamente à penetração da pasta aglomerante ou da própria argamassa nos poros ou entre as rugosidades da base de aplicação”.
20 Argamassa colante “A argamassa colante é uma mistura constituída de aglomerantes hidráulicos, agregados minerais e aditivos, que possibilita, quando preparada em obra com adição exclusiva de água, a formação de uma pasta viscosa, plástica e aderente”, segundo definição na norma da ABNT NBR 13.755:1996, Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante – Procedimento. Revestimento cerâmico Conforme norma da ABNT NBR 13.816:1997, Placas cerâmicas para revestimento – Terminologia, placas cerâmicas para revestimento são definidas como sendo material composto de argila e outras matérias primas inorgânicas, geralmente utilizadas para revestir pisos e paredes, sendo conformadas por extrusão ou por prensagem, podendo também ser conformadas por outros processos. Após o processo de secagem e queima a temperatura de sintetização, na qual começa a formação de fases vítreas, adquirem propriedades físicas, mecânicas e químicas superiores às dos produtos de cerâmica vermelha. Outros subsistemas de suma importância que compõe propriamente o acabamento do revestimento cerâmico são: Juntas Têm por finalidade controlar as movimentações da obra, diminuindo incidência de trincas e fissuras no revestimento. As juntas são espaços deixados entre duas placas cerâmicas ou entre dois painéis de paredes. O assentamento das placas cerâmicas devem respeitar e acompanhar as juntas previstas em projeto.