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Guias e Dicas
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Plano de Aula para Comemoração dos 150 Anos do Nascimento de Santos Dumont - Prof. Lopess, Teses (TCC) de Controle de Processo

Uma proposta de plano de aula interdisciplinar para comemorar os 150 anos do nascimento de santos dumont, utilizando ferramentas tecnológicas para uma experiência diversificada, ativa e criativa dos alunos. O plano de aula aborda a biografia de santos dumont, suas invenções e sua importância para a história nacional, além de enfatizar a importância da dedicação, do trabalho sério e da superação de obstáculos e dificuldades como valores a serem cultivados em suas vidas.

Tipologia: Teses (TCC)

2023

Compartilhado em 15/02/2024

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Alcides Mario Tonin Mosna
Andreia Barboza Albino
Audre Cristina Alberguini Lopes
Camila Sarti Ferreira
Edna Aparecida Romanholo da Silva
Regina Helena do Prado Oliveira
Tadeu Pereira Reis
Viviane de Lima Delgado
Interdisciplinaridade e tecnologias associadas para o desenvolvimento da
aprendizagem: um plano de aula
Link para vídeo do Projeto Integrador: https://youtu.be/X18LfW-lhm8
Limeira – SP
2023
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Baixe Plano de Aula para Comemoração dos 150 Anos do Nascimento de Santos Dumont - Prof. Lopess e outras Teses (TCC) em PDF para Controle de Processo, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Alcides Mario Tonin Mosna

Andreia Barboza Albino

Audre Cristina Alberguini Lopes

Camila Sarti Ferreira

Edna Aparecida Romanholo da Silva

Regina Helena do Prado Oliveira

Tadeu Pereira Reis

Viviane de Lima Delgado

Interdisciplinaridade e tecnologias associadas para o desenvolvimento da

aprendizagem: um plano de aula

Link para vídeo do Projeto Integrador: https://youtu.be/X18LfW-lhm Limeira – SP 2023

UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Interdisciplinaridade e tecnologias associadas para o desenvolvimento da

aprendizagem: um plano de aula

Relatório Técnico-Científico apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o eixo de Licenciatura da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Limeira – SP 2023

SUMÁRIO

Apêndice C – Registros fotográficos da aplicação do Plano de Aula, ocorrida em 20/10/2023................................................................................................................................ 50

  • INTRODUÇÃO..........................................................................................................................
  • 2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................................
  • 2.1 Objetivos............................................................................................................................... - 2.1.1. Objetivos Gerais........................................................................................................ - 2.1.2. Objetivos Específicos................................................................................................
  • 2.2 Justificativa e delimitação do problema................................................................................
  • 2.3 Fundamentação teórica......................................................................................................... - 2.3.1. Escola, Cultura e Memória....................................................................................... - 2.3.2. Interdisciplinaridade na educação........................................................................... - 2.3.3. Tecnologias na educação........................................................................................ - 2.3.4. Gamificação na educação....................................................................................... - 2.3.5. Os 150 anos do nascimento de Santos Dumont...................................................... - 2.3.6. Importância sócio-histórica de Santos Dumont......................................................
  • 2.4 Metodologia........................................................................................................................ - 2.4.1. Descrição metodológica do trabalho.......................................................................
  • 3 PLANO DE AULA...............................................................................................................
  • I – Identificação........................................................................................................................
  • II – Assunto da aula..................................................................................................................
  • III – Justificativa da escolha do assunto....................................................................................
  • IV – Orientação teórica para o desenvolvimento das aulas......................................................
  • V – Objetivos alcançados ao término da proposta didática......................................................
  • VI – Metodologia......................................................................................................................
  • 4 IMPRESSÕES SOBRE A APLICAÇÃO DO PLANO DE AULA.................................
  • 4.1 Descrição da aplicação do Plano de Aula...........................................................................
  • 4.2 Análise da aplicação do Plano de Aula...............................................................................
  • 4.3 Considerações sobre aplicação do Plano de Aula...............................................................
  • 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................
  • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................
  • APÊNDICES...........................................................................................................................
  • com professora que atua em rede municipal de ensino............................................................. Apêndice A – Transcrição de entrevista semiestruturada sobre impressões de Plano de Aula
  • Plano de Aula............................................................................................................................ Apêndice B – Esquema apresentando a biografia de Santos Dumont, utilizado na aplicação no
  • Curioso...... Apêndice D - Registros fotográficos da Exposição Imersiva Steam Xp Universo
  • ANEXOS..................................................................................................................................
  • Anexo A – Avião de Papel – Dragão Voador (utilizado na aplicação do Plano de Aula)

interligada. A metodologia empregada neste trabalho é qualitativa e exploratória. Trata-se de um estudo de caso, que utilizou, como técnicas, a entrevista semiestruturada e a observação direta.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Objetivos

2.1.1. Objetivos Gerais........................................................................................................

Elaborar e aplicar um plano de aula para uma classe do 3º ano do Ensino Fundamental I de uma escola municipal de Limeira (SP) sobre a vida e a obra de Santos Dumont, em comemoração dos 150 anos de seu nascimento, que possibilite a prática da interdisciplinaridade, tendo como suporte o uso da tecnologia para fins educacionais.

2.1.2. Objetivos Específicos................................................................................................

● Realizar pesquisa bibliográfica sobre a interdisciplinaridade, sobre o uso tecnologias educacionais e sobre questões históricas, sociais e culturais envolvendo Santos Dumont; ● Avaliar, através de entrevista com uma professora do Ensino Fundamental I, a percepção da importância e sobre as práticas escolares relacionadas à interdisciplinaridade e sobre o uso de tecnologias na educação; ● Levantar as dificuldades que uma professora do Ensino Fundamental I em uma escola pública municipal, no interior de São Paulo, enfrenta, em sua prática diária em sala de aula, para a inserção das tecnologias em sala de aula.

importante personalidade nacional: Santos Dumont, de quem se comemora o 150º aniversário em 2023. 2.3 Fundamentação teórica

2.3.1. Escola, Cultura e Memória.......................................................................................

Ao longo da História, várias concepções de cultura foram elaboradas, todas representando visões de mundo e dos próprios grupos sociais que as criaram. De acordo com Eagleton (2005, p. 10), “a raiz latina da palavra ‘cultura’ é colere , o que pode significar qualquer coisa, desde cultivar e habitar a adorar e proteger”. Velho e Castro (1978) avaliam que, no campo da Antropologia, alguns autores contribuíram para conceituações que se tornaram vigentes por longo tempo. Um deles é Tylor (1871, apud VELHO & CASTRO, 1978), para o qual, “Cultura ou civilização... é este todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, leis, moral, costumes, e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade”. Outra corrente importante citada pelos autores é de Lévi-Strauss (1950), para o qual “a Cultura tem sido definida como um conjunto complexo de códigos que asseguram a ação coletiva de um grupo” (LÉVI-STRAUSS-1950 apud VELHO & CASTRO, 1978). De acordo com os autores, a partir desta corrente, “estes códigos que vão constituir a Cultura consistem essencialmente em aparelhos simbólicos”. A noção de cultura como sistema simbólico aponta, ademais, para natureza social do comportamento: esses símbolos são decodificados a partir de um código comum a um grupo. Desta forma, um dos métodos de identificação das fronteiras de uma cultura particular é o exame da capacidade ou não de um dado símbolo ser decodificado identicamente por dois grupos (VELHO & CASTRO, 1978). Os autores apontam que outra distinção comum é entre cultura erudita, cultura popular e cultura de massa (GANS, 1974, apud VELHO & CASTRO, 1978). A ideia básica é que haveria uma diferença qualitativa entre esses dois tipos de cultura — uma mais sofisticada, tendo como foco as principais contribuições e realizações da sociedade em suas formas mais refinadas e de maior valor estético e criativo, enquanto a segunda seria mais rústica, menos cosmopolita, e de valor até duvidoso. No caso da cultura de massa então o seu valor seria ainda mais contestado, apontando-se o seu caráter barateador e vulgarizante. É claro, portanto, que é uma classificação carregada de julgamentos de valor, e até, de preconceitos. No caso da cultura popular pode-se cair numa posição inversa e passar a valorizá-la como mais autêntica, mais pura, principalmente quando tida por intocada e não contaminada. A cultura de elite, em contraposição, seria considerada artificial, decadente, inautêntica. De uma forma ou de outra polariza-se a classificação e fica-se no nível do estereótipo (VELHO & CASTRO, 1978).

Atualmente, vivemos na sociedade caracterizada como “em rede” - definida por Bauman como modernidade líquida, - e a delimitação e as classificações apontadas acima já não conseguem dar conta da realidade, visto que os diferentes tipos de culturas se fundem, se conectam, se inter-relacionam e se abastecem uns dos outros. “O movimento da informação ganhou velocidade numa taxa que excedia em muito aquela que a viagem dos corpos, ou a mudança de situações que a informação ‘informava’, era capaz de alcançar” (BAUMAN, 2012). O ciberespaço é territorialmente desancorado; situa-se numa dimensão diferente, impossível de atingir, muito menos de controlar, a partir das dimensões em que operam os “poderes soberanos” da Terra. Pode-se dizer que o fluxo de informações e o quadro de controle são “principalmente des coordenados”. Se a ideia de cultura como um sistema era organicamente vinculada à prática do espaço “gerenciado” ou “administrado” em geral, e, em particular de sua versão de Estado-nação, ela não se sustenta mais nas realidades da vida (BAUMAN, 2012). Mesmo com a coexistência, as controvérsias e sobreposições de várias conceituações sobre cultura, é inegável a importância da cultura para os seres humanos. Entre as funções da cultura destacam-se a de referencial histórico e identitário aos indivíduos. Cerri, Caimi e Mistura (2018) entendem a “cultura histórica como o conjunto organizado de referenciais imagéticos, ideias, valores, conhecimentos e atitudes que são a expressão visível e viva da consciência histórica. Segundo eles, a cultura histórica é exercida na e pela consciência histórica, fornecendo aos indivíduos orientação temporal para a vida prática e para a compreensão de si mesmos (CERRI, CAIMI & MISTURA, 2018). Em relação à identidade proporcionada pela cultura e pelo patrimônio histórico- cultural, Oriá (2004, p. 138) avalia que “a identidade cultural de um país, estado ou comunidade se faz com memória individual e coletiva”. (...) Somente a partir do momento em que a sociedade resolve preservar e divulgar os seus bens culturais é que se inicia o processo de construção de seus ethos cultural e de sua cidadania. Nessa perspectiva, o patrimônio histórico-cultural se reveste de grande importância para o país por lidar com o substrato da memória que, por sua vez, constitui elemento essencial para a construção da cidadania cultural (ORIÁ, 2004, p. 138). Cerri, Caimi e Mistura (2018) definem consciência histórica “como um aspecto inerente da vida mental, pelo qual se procede o exercício indispensável de atribuir significado ao tempo, em outras palavras, é reconhecer e dar significado ao passado e orientar as ações presentes, tendo em vista as expectativas do futuro que se almeja”. Para os autores, “trata-se de um processo mental de criação de sentido, sem o qual a vida prática se tornaria impossível.

Salienta-se, por fim, que a proposta deste Projeto Integrador é elaborar e aplicar um plano de aula acerca da prática da interdisciplinaridade atrelada ao uso da tecnologia para fins educacionais, bem como o desenvolvimento de conteúdo acerca da comemoração dos 150 anos do nascimento de Santos Dumont em sala de aula, no Ensino Fundamental I. O estudo, então, justifica-se pela compreensão de que práticas interdisciplinares devem ser parte integrante do processo de ensino, considerando que as problemáticas cotidianas são apresentadas de forma intrinsecamente relacionadas entre si.

2.3.2. Interdisciplinaridade na educação...........................................................................

Ao considerar alguns dos principais objetivos do presente projeto, a saber, promover a prática da interdisciplinaridade atrelada ao uso da tecnologia para fins educacionais, cumpre, em primeiro momento, estabelecer o que se entende como interdisciplinaridade enquanto prática pedagógica. Nesse sentido, e baseando-se nas palavras de Garcia (2012, p. 365), considera-se que a interdisciplinaridade refere-se aos desenvolvimentos relacionados ao currículo da educação básica, na forma de estratégias para a integração entre disciplinas, aqui entendidas como as matérias do currículo escolar. É importante destacar que, ao representar um princípio de integração das disciplinas escolares, a ideia de interdisciplinaridade vai estabelecer um modo de pensar e produzir o currículo escolar que contrasta com a tendência tradicional de recorte e especialização do conhecimento. Ou seja, toma-se a interdisciplinaridade como um fenômeno que procura integrar as disciplinas curriculares, isto é, trabalhar conceitos que podem abranger duas ou mais disciplinas de forma conjunta, de modo a afastar uma concepção de fragmentação disciplinar, tomada aqui como a ideia de que não há convergência de conteúdos entre as disciplinas. No mais, cumpre salientar que, embora abordado apenas recentemente na literatura sobre práticas educacionais, o termo interdisciplinaridade aborda conceitos extremamente antigos: Platão e Aristóteles, por exemplo, mencionam em seus estudos a ideia de unidade do conhecimento (GARCIA, 2012, p. 365). Sendo assim, se mostra evidente a relevância desta prática que, apesar de abordada com outras nomenclaturas, vem sendo objeto de estudos há milênios. Dada, então, a importância do tópico norteador da proposta deste estudo e a de promover a compreensão efetiva do trabalho interdisciplinar, é imprescindível apresentar a abordagem da documentação oficial acerca do tema.

Fica claro que, para os Parâmetros Curriculares Nacionais, no que tange à abordagem do Ensino Fundamental, o conceito de interdisciplinaridade é representado como uma crítica a uma concepção de conhecimento e a uma forma de produção de conhecimento (fragmentado). Além disso, a interdisciplinaridade é apresentada como uma forma de questionamento (GARCIA, 2012, p. 369). Percebe-se, então, um movimento da literatura oficial no sentido de criticar o que se entende como fragmentação do conhecimento, isto é, o planejamento, a preparação e a explanação curricular de maneira a compreender as disciplinas de maneira independente e isolada. Nesse sentido, em concordância com as diretrizes oficiais e na contramão de um ensino segmentado e demasiadamente abstracionista, o presente projeto busca propor uma intervenção pedagógica que tenha como motivação primeira a interdisciplinaridade.

2.3.3. Tecnologias na educação........................................................................................

A Tecnologia da Informação (TI) tem desempenhado um papel transformador na educação na atualidade, impulsionando mudanças significativas na forma como os alunos aprendem e os educadores ensinam. Exploraremos como a TI está sendo utilizada na educação contemporânea. As tecnologias ampliam as possibilidades de o professor ensinar e do aluno aprender. Verifica-se que quando utilizadas adequadamente, as tecnologias auxiliam no processo educacional. Libâneo (2007, p.309) afirma que: “o grande objetivo das escolas é a aprendizagem dos alunos, e a organização escolar necessária é a que leva a melhorar a qualidade dessa aprendizagem”. Para as escolas e educadores, a necessidade criada pelo uso da TI, é saber como aplicar todo o potencial existente no sistema educacional, especialmente nos seus componentes pedagógicos e processos de ensino e de aprendizagem. Para Moran (2000, p. 63), “ensinar com as novas mídias será uma revolução se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial”. A inserção dos recursos tecnológicos na sala de aula requer um planejamento de como introduzir adequadamente as TIs para facilitar o processo didático-pedagógico da escola, buscando aprendizagens significativas e a melhoria dos indicadores de desempenho do sistema educacional como um todo, em que as tecnologias sejam empregadas de forma eficiente e eficaz.

Para Libâneo (2007, p. 309), “o grande objetivo das escolas é a aprendizagem dos alunos, e a organização escolar necessária é a que leva a melhorar a qualidade dessa aprendizagem”. Ao se pensar o professor como sendo o principal promotor do processo de ensino aprendizagem, cabe a ele propor o uso das tecnologias em sala de aula, buscando caminhos que transformem a maneira de se apresentar os conteúdos, através da diversidade e inovação. Na sala de aula, o professor assume o papel de facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não o de um mero transmissor de informações. Libâneo (2007, p. 310) ressalta que “o exercício profissional do professor compreende, ao menos, três atribuições: a docência, a atuação na organização e na gestão da escola e da produção de conhecimento pedagógico”. Nesse aspecto, realizar trabalhos em grupo, com troca de experiências entre os professores, é fundamental. De acordo com Almeida, “o professor que ensina a trabalhar em conjunto é também alguém que trabalha com os demais professores na construção de projetos em parcerias com diferentes áreas e com diferentes agentes sociais” (ALMEIDA, 2000, p. 96). Estes autores acrescentam, também, que “o domínio de técnicas inovadoras e a atualização contínua de conhecimentos fazem parte de sua rotina de trabalho”. Nesse sentido, o professor é fundamental no processo de aprendizagem. Uma das funções do professor é ser um criador de ambientes de aprendizagem e de valorização do educando. É preciso destacar que as tecnologias e as metodologias incorporadas ao saber docente modificam o papel tradicional do professor, o qual vê, no decorrer do processo educacional, que sua prática pedagógica precisa ser sempre reavaliada. A inovação não está restrita ao uso da tecnologia, mas também à maneira como o professor vai se apropriar desses recursos para criar projetos metodológicos que superem a reprodução do conhecimento e levem à produção do conhecimento (BEHRENS, 2000, p. 103). O objetivo principal da prática docente, o aprendizado, fica mais fácil para o aluno quando existe uma reflexão flexível e verdadeira com o professor. Quando existe o diálogo, compreensão, respeito mútuo e a afetividade, há interação e consequentemente a esperada aprendizagem. O aluno precisa de afeto em relação ao professor e aos colegas, para sentir prazer de ir à escola e de aprender. As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos e motivados facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-educador. Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-los melhor. Alunos que provêm de famílias abertas, que apoiam as mudanças, que estimulam afetivamente os

filhos, que desenvolvem ambientes culturalmente ricos, aprendem mais rapidamente, crescem mais confiantes e se tornam pessoas mais produtivas (MORAN, 2000, p. 17-18). Observa-se também, que cada vez mais tem merecido atenção dos educadores, o papel das interações aluno-aluno no processo ensino e aprendizagem. O uso das tecnologias torna-se importante na motivação, participação e interação entre os alunos. Os alunos por crescerem em uma sociedade permeada de recursos tecnológicos, são hábeis manipuladores da tecnologia e a dominam com maior rapidez e desenvoltura que seus professores. Mesmo os alunos pertencentes a camadas menos favorecidas têm contato com recursos tecnológicos na rua, na televisão, etc., e sua percepção sobre tais recursos é diferente da percepção de uma pessoa que cresceu numa época em que o convívio com a tecnologia era muito restrito (ALMEIDA, 2000, p. 108). A aquisição da informação, de dados e conceitos dependerá cada vez menos do professor. As tecnologias podem trazer, hoje, dados, imagens, resumos de forma rápida e atraente. O papel do professor – o papel principal – é ajudar o aluno a interpretar esses dados, a relacioná-los, a contextualizá-los (MORAN, 2000, p. 29). Para atualizar e qualificar os processos educativos é necessário capacitar os professores, buscando conhecer e discutir formas de utilização de tecnologias no campo educacional. Segundo Moran, décadas atrás, bastava ser competente em apenas uma habilidade; agora a complexidade da tarefa é muito maior. Por isso, o domínio de técnicas inovadoras e a atualização contínua de conhecimentos precisam fazer parte da rotina do professor; tornando-se um criador de ambientes de aprendizagem e de valorização do educando. Torna-se fundamental a reflexão, levando-o a repensar o processo do qual participa dentro da escola como docente, para que consiga visualizar a tecnologia como uma ajuda e, realmente, a utilizar-se dela de uma forma consistente. […] um dos grandes desafios para o educador é ajudar a tornar a informação significativa, a escolher as informações verdadeiramente importantes entre tantas possibilidades, a compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e profunda e a torná-las parte do nosso referencial (MORAN, 2000, p. 23). As tecnologias da informação e comunicação podem contribuir significativamente nesse contexto, cabendo ao professor conhecer e avaliar o potencial das diversas mídias ao seu alcance e oportunizar o uso consciente por seus alunos, com o objetivo de envolvê-los e apoiá-los na construção do conhecimento. Para Moran, “cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar as várias tecnologias e os muitos procedimentos

abordam metodologias e práticas que tornam as aulas mais interessantes (BALDISSERA, 2023, online). O uso de tecnologias estratégicas utilizando jogos é chamada de gamificacão, na qual o aluno aprende na prática em sala de aula. Através dessas metodologias são desenvolvidas capacidades, talentos, criatividade, soluções de problemas e outras habilidades importantes para o desenvolvimento da aprendizagem (MORAN, 2013, online). O professor é um facilitador, ele desenvolve os desafios e propostas para o entendimento do aluno durante a aula. Para os estudantes, as aulas tornam-se mais envolventes, e as atividades serão desempenhadas de forma onde o aluno pense e realize, de modo a interagir, discutir e refletir sobre o conteúdo que estão sendo abordado (MORAN, 2013, online). Os jogos digitais e analógicos são excelentes propostas, levando sempre em consideração a qualidade do jogo. Algumas características são: utilizam informações em diferentes tipos como textos, sons, cores, fotos, imagens; requerem a coordenação, atenção, planejamento e ordem; encorajam as relações e interações sociais; estimulam o respeito e a individualidade (BALDISSERA, 2023, online). Entre as vantagens de uma aula gamificada é possível destacar: desenvolvimento da autonomia, competências e agilidade nos alunos; capacidade para resolver problemas; desenvolve nos alunos capacidades cognitivas; melhora as interações sociais; facilidade no aprendizado (BALDISSERA, 2023, online). Para montar uma aula gamificada é necessário que o professor pense nos seguintes critérios: verificar o problema a ser resolvido; criar hipóteses e busca por soluções; identificar habilidades que possam solucionar o problema; aplicar as habilidades aprendidas; avaliar a eficácia das ferramentas propostas (BALDISSERA, 2023, online). Entre as etapas práticas para se planejar uma aula gamificada, destacam-se: 1- Identificar um objetivo para a aula gamificada e o que deverá ser aprendido ao final da atividade; 2- Escolher os conteúdos; 3- Escolher as atividades a serem praticadas e desenvolvidas em sala de aula, e qual o tempo e lugar que serão realizados; 4- As atividades precisam ter regras e objetivos; 5- Cada etapa do jogo precisa de uma duração; 6- As regras precisam ser claras para que os alunos cumpram os objetivos propostos. 7- Todas as dúvidas devem ser sanadas, e haverá um tempo final para que isso ocorra (BALDISSERA, 2023, online). As plataformas educacionais mais conhecidas são: Kahoot; Grafogames; Wordwall; Matific; Minecraft for education; Socrative; Factile; Edupulses (BALDISSERA, 2023,

online). Neste estudo, para a composição das aulas foram empregadas as plataformas Grafogames e Wordwall.

2.3.5. Os 150 anos do nascimento de Santos Dumont......................................................

Alberto Santos Dumont era filho de Henrique Dumont, engenheiro, e da dona Francisca de Paula Santos. O pai de Alberto foi Henrique Dumont, nascido em 20 de julho de 1832, em Diamantina, era descendente de joalheiros franceses que tinham imigrado para o Brasil e se estabelecido em Ouro Preto. Sua mãe, Francisca de Paula Santos, também nascida em Minas Gerais, na cidade de Ouro Preto, era filha de família oriunda da alta aristocracia portuguesa. De seu pai, Alberto herdou o interesse por mecânica e o espírito empreendedor e aventureiro. Na juventude, seu pai, entre outras aventuras, escalou o Mont Blanc, localizado ao sul da França, na divisa com a Suíça. Uma façanha para grandes aventureiros naquele tempo. Da mãe, Alberto herdou o temperamento introspectivo e a timidez. Dona Francisca era católica praticante e muito devota (GODOY, 2005, p.18 apud GODOY, 2011). Alberto nasceu em 1873, em um sítio chamado Cabangu, na cidade de Santa Luzia do Rio das Velhas, depois denominada Palmyra, na Zona da Mata Mineira. Em 1932, ano do falecimento de Alberto, por iniciativa de Oswaldo Castelo Branco, a cidade passou a se chamar Santos Dumont (ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, online). Ainda criança, mudou-se com sua família para o interior de São Paulo, para a região de Ribeiro Preto, na atual cidade de Dumont. A cidade tem origem histórica ligada à família de Henrique Dumont, pai de Alberto Santos Dumont. Em 1879, Henrique Dumont adquiriu a Fazenda Arindeúva, mudou- se com a família e em dez anos de trabalho ininterrupto, a Fazenda Dumont, que assim passou a chamar-se, tornou-se uma propriedade agrícola modelar e Henrique Dumont, devido aos 5 milhões de pés de café em plena produção existente em sua propriedade, era chamado “REI DO CAFÈ”, que também foi responsável pela vinda de muitos imigrantes italianos. Em 1891, Henrique Dumont já muito doente, vendeu a fazenda para a Companhia Melhoramentos do Brasil que em 1894 foi transferida para um grupo de capitalistas ingleses que constituíram a “Dumont Coffe Company”, conservando o nome do fundador, não só como justa homenagem, mas também à projeção que esse nome mantinha nos mercados de café. Com a crise cafeeira, a propriedade foi se desintegrando e os imigrantes italianos, antigos colonos, foram comprando pequenas áreas onde hoje se conservam as mesmas famílias. Resulta daí a etnia do povo Dumonense, formado essencialmente de italianos (PREFEITURA MUNICIPAL DE DUMONT, online). Alberto, quando criança, gostava de desmontar e consertar os equipamentos da lavoura, de observar as locomotivas que passavam pelos trilhos da fazenda de seu pai, que levavam o café para o porto de Santos (OBERG, 2021, p. 5). O café que saía da fazenda já saia ensacado e classificado, seguindo para o Porto de Santos para ser exportado. Esse conjunto de máquinas que, na realidade formava uma