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Guias e Dicas
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Programa de Condicionamento Cardiovascular e Físico: Objetivos, Rotinas e Criterios, Exercícios de Cardiologia

Documento que apresenta os objetivos, critérios de inclusão e exclusão, rotina de atendimento e critérios de decisão para o início do programa de condicionamento cardiovascular e físico em pacientes com risco cardiovascular moderado a alto e com limitações neurológicas ou osteomusculares. O documento também detalha as rotinas de sessões, incluindo exercícios aeróbicos, resistidos e alongamentos, e a importância de monitorar a frequência cardíaca e pressão arterial durante as sessões.

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Adriana_10 🇧🇷

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2009
Programa de Condicionamento Cardiovascular
Versão eletrônica atualizada em
Fevereiro 2010
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-^2009

Programa de Condicionamento Cardiovascular

Versão eletrônica atualizada em

Fevereiro 2010

-^2009

Responsáveis pela Elaboração Dra. Luciana Diniz Nagem Janot de Matos

Dr. Romeu Sérgio Meneghelo

Fta. Andrea Kaarina Meszaros Bueno Silva

Fta. Ana Paula Breda

Fta. Gislaine A. Miotto

Objetivos

  • Oferecer condicionamento cardiovascular ao indivíduo e colaborar na redução dos fatores de risco para doenças coronarianas.
  • Favorecer a manutenção dos ganhos funcionais obtidos com a Reabilitação.
  • Educar os pacientes quanto à prática de atividade física e modificações do estilo de vida.

Critérios de Inclusão

  • Indivíduos com moderado a alto risco cardiovascular e
  • Indivíduos com doença osteomuscular e/ou neurológica, que necessitem de acompanhamento supervisionado para realização dos exercícios de forma individualizada.

Critérios de Exclusão

  • Pessoas saudáveis, sem nenhuma comorbidade

Rotina de atendimento

  • O paciente encaminhado ao Centro de Reabilitação com pedido médico para condicionamento físico ou cardiovascular deverá passar em entrevista cardiológica antes do início das sessões de fisioterapia.
  • Após a entrevista cardiológica será determinado o risco cardiovascular do paciente (baixo, moderado ou alto) e será encaminhado para a respectiva área: cardiologia, neurologia ou ortopedia.

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OBS: Pacientes com doença cardiovascular prévia deverão ter um pedido médico de reabilitação cardiovascular e marcar avaliação global cardiológica.

FR= fatores de risco, DAC=doença arterial coronariana

TABELA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO (ACSM) PARA AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR BAIXO RISCO MODERADO RISCO ALTO RISCO Homens < 45 anos Homens ≥ 45 anos Indivíduos com sintomas não investigados Mulheres < 55 anos Mulheres ≥ 55 anos Indivíduos com doença cardiovascular, pulmonar ou metabólica conhecida. Com no máximo 1 fator de risco: História Familiar positiva,Tabagismo, HAS, dislipidemia, obesidade, intolerância a glicose, sedentarismo

e/ou Presença de 2 ou mais fatores de risco

PROGRAMA DE CONDICIONAMENTO CARDIOVASCULAR/FÍSICO

ARÉA DE CARDIOLOGIA

ARÉA DE ORTOPEDIA

ARÉA DE NEUROLOGIA

BAIXO OU MODERADO RISCO CARDIOVASCULAR COM LIMITAÇÃO OSTEOMUSCULAR

INDEPENDENTE DO RISCO CARDIOVASCULAR COM LIMITAÇÃO NEUROLÓGICA

MODERADO E ALTO RISCO CARDIOVASCULAR

FR PARA DAC: PROGRAMA DE CONDICIONAMENTO CARDIOVASCULAR

COM CARDIPATIA ESTABELECIDA: PROGRAMA DE REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR

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  • Todo paciente será monitorizado: freqüência cardíaca (FC) com oxímetro e/ou polar e pressão arterial (PA) regularmente durante as sessões.
  • Os exercícios serão incrementados de acordo com a capacidade funcional individual, devendo ser observados atentamente possíveis sinais e sintomas de intolerância ao exercício. A rotina da sessão consiste de exercícios aeróbicos, resistidos e alongamento.

ÁREA DE CARDIOLOGIA

  • Prescrição da intensidade: a determinação da freqüência cardíaca de treinamento aeróbico deverá ser feita a partir do teste ergométrico máximo ou teste cardiopulmonar, exceto contra-indicação médica.
  • Para teste ergométrico (TE) sem resposta isquêmica:

Fórmula de Karvonen: FCT = (FCmax - FCr) x (50-70%/ 60-80%) + FCr

  • Se houver TE com resposta isquêmica: encaminhar para programa de reabilitação cardíaca.
  • Pacientes sem TE: a intensidade deverá ser determinada tendo como parâmetro a escala de esforço de Borg (13 a15) e/ou 70% da frequência cardíaca máxima predita para a idade.
  • Pelo teste cardiopulmonar a prescrição acontecerá entre o primeiro e segundo limiares.
  • Freqüência: recomendado três a cinco vezes por semana
  • Caso o paciente tenha os seguintes exames deverá trazê-los na avaliação:
    • Eletrocardiograma Raios-X de tórax
    • Ecocardiograma com doppler
    • Teste ergométrico/ Teste cardiopulmonar
    • Exames laboratoriais e demais exames e relatórios existentes

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  • O fisioterapeuta deve orientar o paciente evitar manobras de valsalva. Enfatizar o aumento de força e/ou resistência para os grandes grupos musculares. Em média realizam-se oito exercícios diferentes por sessão.
  • A progressão da carga deverá ser subjetiva, ou seja, tolerável e que o paciente atinja de duas a quatro séries de oito a quinze repetições para cada grupo muscular.
  • Alongamentos:

Dos principais grupos musculares.

Na trigésima quarta sessão o paciente deverá ser reavaliado por médico (entrevista cardiológica) e fisioterapeuta (novo teste de 1 RM) para que seja feito o relatório.

Esta reavaliação poderá ser feita após 6 meses de terapia, caso este tenha sido o prazo determinado na avaliação inicial.

ÁREA DE NEUROLOGIA

  • O condicionamento cardiovascular/físico na área da neurologia, em pacientes de riscos moderado ou alto do ponto de vista cardiovascular, serão encaminhados para entrevista cardiológica para adaptação do treino aeróbico. A partir da avaliação inicial o paciente poderá realizá-lo na neurologia ou ser encaminhado à cardiologia.
  • Treinamento aeróbico com monitoração eletrocardiográfica será realizada, se necessário, para otimização da prescrição + utilização da escala de BORG.
  • Caso não haja limitação clínica o paciente deverá realizar teste ergométrico/ergoespirométrico, a ser solicitado após entrevista cardiológica
  • Número de sessões: será determinado no momento da avaliação clínica.

AREA DE ORTOPEDIA

  • Pacientes de baixo ou moderado risco cardiovascular com limitação osteomuscular.
  • Prescrição de intensidade: Seguir o protocolo de prescrição de intensidade descrito na área de cardiologia.

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Lista das Abreviações Usadas

FC: freqüência cardíaca FCT: freqüência cardíaca de treinamento FCmax: freqüência cardíaca máxima FCr: freqüência cardíaca repouso TE: teste ergométrico TCP: teste cardiopulmonar

Referências Bibliográficas

1- I Consenso Nacional de Reabilitação Cardiovascular. Departamento de Ergometria e Reabilitação da SBC. Arquivos Brasileiros de Cardiologia 69:4, 1997.

  1. Araújo CGS et al. Normatização dos equipamentos e técnicas da Reabilitação Cardiovascular supervisionada. Arq Bras Cardiol 2004; 83:448-
  2. Moraes RS, Nóbrega ACL, Castro RRT et al. Diretriz de reabilitação cardíaca. Arq Bras Cardiol 2005;84:431-40.
  3. Carvalho T, Cortez AA, Ferraz A, Nóbrega ACL et al. Diretriz Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica: Aspectos Práticos e Responsabilidades. Arq Bras Cardiol 2006; 83 (5): 448-52.

5-Balady GJ, Berra KA, Golding LA et al. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 6. ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2003.

6- I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Meatbólica. Arqquivos Brasileiros de Cardiologia 84, Supl I, Abril 2005

7- II Diretriz da SBC para tratamento de IAM. Arquivos Brasileiros de Cardiologia 74:s.II, 2000.