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Conceitos básicos de controle de custos: custeio direto vs. indireto, Notas de aula de Materiais

Este artigo sintetiza conceitos básicos de filosofias de controle de custos, com foco prático, comparando as vantagens do custeio direto com os sistemas de custeio que distribuem despesas em todos os produtos. Além disso, discute como os sistemas de controle de custos projetados pelo conselho interministerial de preços (cip) podem impactar as empresas e a importância da definição de custos fixos para o cálculo do ponto de equilíbrio.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Andre_85
Andre_85 🇧🇷

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bg1
li
Introdução:
2. Classificaçilo geral e composição
de custos de uma empresa;
3. Filosofias de apropriaçilo
de custos;
4. Fluxogramas de apropriação e
controle para os sistemas de custeio
por absorção e direto;
5. Vantagens e desvantagens de cada
sistema de apropriação de custos;
6. Exemplo comparativo
entre a aplicaçilo dos sistemas
de apropriação:
7. O
sistema de custeio direto e
o
controle governamental de preços;
8. Conclusões.
Norberto Antonio Torres."
#-
Professor do Departamento de Métodos
Quantitativos e Informática da
Escola de Administraçlo de Empresas de
São Paulo da Fundação Getulio Vargas.
Consultor empresarial,. Diretor da Unicon
Engenharia e Consultoria S/C Ltda.
R. Adm. Emp., Rio de Janeiro,
1. INTRODUÇÃO
Este artigo visa apresentar, sinteticamente, conceitos
básicos de filosofias de controle de custos, conceitos es-
tes discutidos amplamente em livros especializados ou
mesmo em artigos de revistas especializadas em ad-
ministração, mas dentro de um enfoque puramente
prático, mostrando as vantagens do custeio direto sobre
os sistemas de custeio que distribuem todas as despesas
pelos diversos produtos.
Mais ainda, visa mostrar, através de exemplos, como
uma filosofia de controle mais objetiva permite decisões
mais corretas e melhores resultados rentáveis para a em-
presa.
Apesar de bastante divulgado, o sistema de custeio
direto não apresenta ainda, no Brasil, o nível de utili-
zação que deveria ser esperado, ou por exigir análises de
caráter mais amplo ou pelo fato de o custeio por absor-
ção apresentar valores individuais para cada produto,
parecendo ser, erroneamente, um critério mais amplo de
controle. Como veremos nas descrições apresentadas
neste artigo, a aplicação do custeio direto é, na maioria
dos casos, muito mais simples, exigindo menor esforço
de coleta e classificação de dados, e proporcionando
meios muito mais objetivos de controle.
Além disso, discutimos rapidamente como os sistemas
projetados de controle de custos do Conselho Inter-
ministerial de Preços (CIP), de maior liberdade de
atuação das empresas no mercado, controlando muito
mais seus resultados globais do que os resultados por
produto, podem fazer com que empresas que não es-
tejam preparadas para aplicação do custeio direto e
análises globais de aplicação de recursos deixem de
aproveitar adequadamente seus mercados, numa si-
tuação em que a concorrência será muito mais signi-
ficativa do que é atualmente, em especial naqueles
setores em que o controle de preços tem sido mais rígido,
2. CLASSIFICAÇÃO GERAL E COMPOSIÇÃO
DE CUSTOS DE UMA EMPRESA
Basicamente, os custos de uma empresa podem ser clas-
sificados segundo dois critérios:
1. Participação direta ou não dos custos na formação
do produto (ou bem).
Segundo este critério, temos a seguinte classificação:
Custos diretos
São aqueles que podem ser associados diretamente a
cada produto. Exemplos:
a) custo unitário de matéria-prima
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produto;
b) custo unitário de mão-de-obra direta;
c) comissões pagas por unidade vendida;
d) custos promocionais por produto;
e) custos de materiais de embalagem;
t)
custos financeiros, quando associáveis diretamente a
cada produto;
g) energia elétrica aplicada diretamente a cada produto;
h) etc.
15(6): 7-19, nov.ldez. 1975
O método do custeio direto e o aumento do lucro empresarial
Noberto Antonio Torres
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li Introdução:

2. Classificaçilo geral e composição _de custos de uma empresa;

  1. Filosofias de apropriaçilo de custos;
  2. Fluxogramas de apropriação e controle para os sistemas de custeio por absorção e direto;
  3. Vantagens e desvantagens de cada sistema de apropriação de custos;
  4. Exemplo comparativo entre a aplicaçilo dos sistemas de apropriação:_
  5. O sistema de custeio direto e o _controle governamental de preços;
  6. Conclusões._

Norberto Antonio Torres."

#- Professor do Departamento de Métodos Quantitativos e Informática da Escola de Administraçlo de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas. Consultor empresarial,. Diretor da Unicon Engenharia e Consultoria S/C Ltda.

R. Adm. Emp., Rio de Janeiro,

1. INTRODUÇÃO

Este artigo visa apresentar, sinteticamente, conceitos básicos de filosofias de controle de custos, conceitos es- tes discutidos amplamente em livros especializados ou mesmo em artigos de revistas especializadas em ad- ministração, mas dentro de um enfoque puramente prático, mostrando as vantagens do custeio direto sobre os sistemas de custeio que distribuem todas as despesas pelos diversos produtos. Mais ainda, visa mostrar, através de exemplos, como uma filosofia de controle mais objetiva permite decisões mais corretas e melhores resultados rentáveis para a em- presa. Apesar de já bastante divulgado, o sistema de custeio direto não apresenta ainda, no Brasil, o nível de utili- zação que deveria ser esperado, ou por exigir análises de caráter mais amplo ou pelo fato de o custeio por absor- ção apresentar valores individuais para cada produto, parecendo ser, erroneamente, um critério mais amplo de controle. Como veremos nas descrições apresentadas neste artigo, a aplicação do custeio direto é, na maioria dos casos, muito mais simples, exigindo menor esforço de coleta e classificação de dados, e proporcionando meios muito mais objetivos de controle. Além disso, discutimos rapidamente como os sistemas projetados de controle de custos do Conselho Inter- ministerial de Preços (CIP), de maior liberdade de atuação das empresas no mercado, controlando muito mais seus resultados globais do que os resultados por produto, podem fazer com que empresas que não es- tejam preparadas para aplicação do custeio direto e análises globais de aplicação de recursos deixem de aproveitar adequadamente seus mercados, numa si- tuação em que a concorrência será muito mais signi- ficativa do que é atualmente, em especial naqueles setores em que o controle de preços tem sido mais rígido,

2. CLASSIFICAÇÃO GERAL E COMPOSIÇÃO

DE CUSTOS DE UMA EMPRESA

Basicamente, os custos de uma empresa podem ser clas- sificados segundo dois critérios:

  1. Participação direta ou não dos custos na formação do produto (ou bem). Segundo este critério, temos a seguinte classificação:

Custos diretos São aqueles que podem ser associados diretamente a cada produto. Exemplos: a) custo unitário de matéria-prima Jl0 produto; b) custo unitário de mão-de-obra direta; c) comissões pagas por unidade vendida; d) custos promocionais por produto; e) custos de materiais de embalagem; t) custos financeiros, quando associáveis diretamente a cada produto; g) energia elétrica aplicada diretamente a cada produto; h) etc.

15(6): 7-19, (^) nov.ldez. 1975

O método do custeio direto e o aumento do lucro empresarial Noberto Antonio Torres

Custos indiretos São aqueles que não podem ser associados diretamente a cada produto. Exemplos: a) despesas administrativas: ordenados, salários e en- cargos sociais de pessoal administrativo, materiais diversos, impressos, depreciações na área administrativa geral, serviços gerais, etc.; b) despesas indiretas de produção: ordenados, salários e encargos sociais do pessoal indireto da produção (ad- ministração da produção, ôrgãos auxiliares da pro- dução, manutenção, etc.), depreciações, etc.

Quadro I

Produtos

r

r<reo K 1

Despesas nclOindirelos olocdve~ par dreo ou deparlomenlo

Receito total

Custos diretos

Produ/oi Produ/o 2

ProdutoN DeDor omen o. r II uepor omen o z. Deoortomen o. I I

.-

Departamento K. I ueportomento K. I I

Total de custos

Custos indiretos

,8 2. Variação do custo com o número de unidades

produzidas ou vendidas. Segundo este critério, temos a seguinte classificação:

Custos fixos São aqueles que independem (até certo ponto) da va- riação do volume de produção ou de vendas. Isto é, sua existência decorre da necessidade de tarefas ou controles cujo volume de trabalho não está associado diretamente ao volume de produção ou de vendas. Exemplos: a) ordenados, salários e encargos sociais do pessoal de administração geral, indireto de produção e adminis- tração de marketing; b) materiais diversos de escrit6rio; c) depreciação de equipamentos de escrit6rio; d) impostos fixos;

Revista de Administração de Empre&tJ

e) seguros diversos; f) etc. O gráfico 1 ilustra o conceito de custos fixos.

Gráfico

~---------------------------'~wme~pro~wo (ouvendlls)

Custo filo

Custos variáveis São aqueles que variam diretamente c~m o volume de produção ou de vendas. Isto é, sua existencia decorre da operação direta de produção ou de vendas; se não ocorrer a produção ou a venda do produto, esses custos não existem. Exemplos: a) matéria-prima aplicada ao produto; b) mão-de-obra direta aplicada ao produto; c) materiais de embalagem aplicados ao produto; d) comissões diretas sobre vendas (quando incidirem diretamente sobre o preço de venda do produto); e) energia elétrica aplicada diretamente sobre o produto; f) outros materiais aplicados diretamente na fabricação de produtos; g) etc. O gráfico 2 ilustra o conceito de custos variáveis.

Gráfico 2

Cus/o voridve!

Custos semifixos (OU semivariáveis São todos aqueles custos que não podem ser classifi- cados como fixos ou variáveis, isto é, são custos que variam com o volume de vendas ou de produção,mas de modo indireto ou não proporcional.

O método do custeio direto e o aumento do lucro empresarial

Ponto de equilíbrio

t;: o volume de vendas (em valor) que cobre as despesas

fixas e variáveis (para esse volume). Abaixo do ponto de equilibrio, considerando-se a classificação em custos fixos e variáveis, a empresa terá prejuizos; se o volume de vendas estiver acima do ponto de equilibrio, a em- presa terá lucro. O gráfico 7 descreve o ponto de equilibrio.

Grófico 7

Cr$

r ~l~~ Cuslos fi.os

~~ ~+-__~ L- --+~~~~ tos) PE - volumede vendas correspondenle ao ponto de equ;lbrio. Se °empresa operar com °volume de vendas VI lera um prej!ízo P. Se operar com volume de vendas v2.lerá um lucro L.

o bservação O ponto de equilibrio somente tem sentido quando puderem ser identificados os custos fixos. Quando é analisado cada produto em particular, pelo sistema de custeio indireto (rateio dos custos fixos), os custos fixos por produto deixam de ser fixos, variando com o parâmetro de rateio considerado, e, portanto, deixa de ter sentido a definição de ponto de equilibrio. Os custos fixos por unidade do produto, em percen- tagem sobre os custos totais, seriam representados pela curva do gráfico 8.

Gráfico 8

r

L...- 'vfJlume~vendo '1'. - dos custos fillOSunitórios sobre custo 10101unilório.

100'1'.

];: muito comum a utilização indevida de pontos de equilibrio por produto, em situação parecida com a ex- posta. Em sintese, o conceito de ponto de equilíbrio somente tem sentido quando for possivel a definição de custos

Revista de Administração de Empre:ra:r

fixos, e esta sô ocorre, em geral, ou para a empresa como um todo, ou para linhas de produtos, quando existirem apropriações e análises independentes para cada linha de produto. No caso de produção de produto único, podem então ser definidos os custos fixos para o produto e, conseqüentemente, o ponto de equilibrio para o produto.

Observações Em geral os custos diretos são variáveis e os indiretos são fixos. Poderemos, porém, ter custos diretos fixos como, por exemplo, royalties pagos por produto, propagandas fixas mensais, etc.: por outro lado, mais freqüentemente temos custos diretos semivariáveis, como os planos promocionais por produto que, em geral, alteram a quantidade de vendas (aqui o conceito é o inverso pois o custo ocorre antes da variação da quantidade). Temos também custos indiretos variáveis, como é o caso dos impostos pagos com base na receita ou lucro total (imposto de renda), etc. Nos itens a seguir, serão classificados os custos como variáveis ou fixos, para facilidade de exposição dos sis- temas de custeio.

3. FILOSOFIAS DE APROPRIAÇÃO DE CUSTOS

Consideraremos, para efeito de descrição dos sistemas de custeio, a divisão dos custos em fixos e variáveis (ou proporcionais). De acordo com a distribuição ou não dos custos fixos pela linha de produtos de empresa, ou seja, absorção ou não dos custos fixos na formação do custo de um produto, tem-se duas filosofias básicas de apropriação de custos:

  1. Custeio por absorção Dentro desta filosofia, cada produto, de acordo com al- guns critérios de distribuição dos custos fixos, absorve uma parcela destes custos, além dos custos incidentes diretamente sobre o mesmo (variáveis ou proporcionais). Por este critério, cada produto é tratado como uma unidade independente para análise, tendo sua própria carga de custos variáveis e fixos; a diferença entre o preço liquido de venda e o custo unitário total é o lucro unitário do produto (excluídos os impostos). Supondo que tivéssemos quatro itens de custos fixos e três produtos, com três itens de custo variável (materiais diretos, mão-de-obra direta e comissões diretas sobre vendas), esquematicamente teclamos o quadro 2, a seguir. Assim, cada produto tem, vinculado a si, custos .. variáveis de matéria-prima, mão-de-obra e comissões diretas, custos estes que somente existem quando a unidade do produto for fabricada ou vendida. Por outro lado, os custos fixos são também distri- buidos pelos diversos produtos, na forma de custos unitários fixos. Essa distribuição dos custos fixos obedece a algum critério estabelecido; por exemplo, os custos totais de administração geral poderiam ser distribuídos (ra- teados) pelos três produtos segundo o seguinte critério:

Quadro 2

Custos fixos tolais

FixOS 1234 I^2 3 4 I^234

  • '" .., 1--1...•..•..•....•....-1 ~ I--I....,....L.,....L-~ 1 1--1...•..•..•....•....-1 1 cf ca.: c:c

Custos unitários dos produlos (^) Varióveis

Matéria-primo "'O~e-obro direlo^ ComissOes 51 vendasdiretos

a) capacidade de produção absorvida para a produção da quantidade vendida - ou por outro critério; b) capacidade de produção absorvida para a quantidade fabricada no mês - ou ainda, por outros critérios; c) receita total proveniente da quantidade vendida no período; d) percentagem-padrão de distribuição; e) outros. Como se vê, o critério de rateio das despesas fixas é bastante subjetivo, portanto, produzindo custos totais também subjetivos. Pelo sistema de custeio por absorção, o custo unitário total de um produto seria obtido por: I CUT = CUF + CUV 10uIr.C==U7.:T=--=-=f=-C-=-U=r.-.i-+-r-C-U-V-'i I

onde: CUT = custo unitário total do produto CUF = custo unitário fixo do produto; é a soma de todos os custos unitários fixos obtidos pelo rateio dos custos fixos totais pelos diversos produtos = 1: CUF .i .r CUV = custo unitário variável; é a soma de todos os cus- ros variáveis incidentes sobre o produto = ~ CU"i sendo: I PVL = preço de venda líquido, já excluídos descontos, ICM e IPI, temos: LU = lucro unitário do prodqto ILU=PVL -cui]

e o lucro total produzido pelo produto será:

ILT = Q XLul onde: Q = quantidade vendida do produto

o bservação Quando consideramos custos unitários, os custos unitários variáveis são, na realidade, constantes (isto é, cada unidade do produto absorve a mesma quantidade de custo variável, independente da quantidade fabri- cada ou vendida); já os custos unitários fixos são va- riáveis, com relação à quantidade fabricada ou vendida; assim, se uma empresa tem Cr$ 1 000,00 de custos fixos, ao produzir 1 000 unidades mensais do produto (supon- do produto único), cada unidade terá como custo unitário fixo Cr$ 1,00; se produzir 2000 unidades, o custo unitário fixo será Cr$ 0,50, variando, portanto, com a quantidade fabricada. Posteriormente será apresentado um exemplo de apropriação de custos, tanto pelo sistema de absorção como pelo custeio direto, ilustrando melhor os conceitos apresentados.

2. Custeio direto Pelo sistema de custeio direto, cada produto absorve somente os custos que incidem direta e proporcional- mente sobre si mesmo (custos variáveis), sendo que a diferença entre o preço líquido de venda e o custo unitário variável, chamada margem de contribuição (MO, deve contribuir tanto para a absorção dos custos fixos como para a geração do lucro total da empresa. Sendo: CUV = custo unitário variável = somas dos custos unitários variáveis dos diversos itens de custo variáveis ou proporcionais (materiais diretos, mão-de-obra direta, comissões diretas, etc.) PVL = preço de venda líquido então: IMcU=PVL-cuvl MCU = margem de contribuição unitária do produto Se Q for a quantidade vendida do produto, então a mar- gem de contribuição total do produto será: IMCT = Q (PVL - CUV) = Q' Mcul A margem de contribuição total para a empresa será a soma das margens de contribuições totais por produto: MC = ~ MC1i (onde i = índice representando os pro- dutos) I Logo, o lucro da empresa, L, será: L = R - CD - CF

onde: F = receita líquida total CD = custos variáveis totais - soma dos totais de custos variáveis dos produtos CF = custos fixos totais ou

ou

ou

Custeio direto

5. VANTAGENS E DESVANTAGENS

DE CADA SISTEMA DE APROPRIAÇÃO

DE CUSTOS

Citaremos, aqui, apenas as principais vantagens e des- .vantagens de cada sistema de apropriação, em relação ao outro. Vantagens do sistema de custeio por absorção sobre o sistema de custeio direto.

  1. Apropria todos os custos do período, diretos e in- diretos, obtendo-se um lucro unitário por produto, valor este que pode ser utilizado como parâmetro de decisão para análises por produto. O custeio direto fornece-nos, de modo direto, pa- râmetros que permitam a análise de um determinado produto; por exemplo, para verificar-se a viabilidade de aplicação de um plano promocional sobre um produto, pelo custeio direto, deveremos considerar as projeções de vendas de todos os produtos, incluindo o produto em análise e verificar os efeitos sobre a margem de con- tribuição total da empresa com e sem a aplicação do plano promocional; ou, então, avaliar a percentagem média dos custos fixos sobre o total de custos variáveis da empresa e aplicá-la sobre o custo variável do produto, obtendo-se um custo total, e, portanto, recaindo-se no método do custeio por absorção. Por outro lado, esta não é uma desvantagem, já que obriga a verificação de vendas para todos os produtos, proporcionando resultados mais reais.
  2. Sua utilização é de mais fácil compreensão, em geral, quando o pessoal de nível decisorial na empresa não está familiarizado com técnicas de análise global de resul- tados. São poucas as vantagens do sistema de custeio por ab- sorção sobre o sistema de custeio direto, além das ci- tadas. Vantagens do sistema de custeio direto sobre o sis- tema de custeio por absorção.
  3. Como os custos variáveis não estão sujeitos a critérios- subjetivo de rateio,. como os custos fixos no sistema de custeio por absorção, a margem de contribuição cons- titui-se num parâmetro muito mais confiável para a tomada de decisões que o lucro unitário do produto, o qual pode ser freqüentemente muito irreal. Com a aplicação do conceito de margens de contribuição, os resultados obtidos das análises são muito mais con- fiáveis e as variações facilmente detectáveis.
  4. O sistema de custeio por absorção dilui os custos fixos pelos diversos produtos; apesar de os totais destes custos fixos se apresentarem nas contas originárias dos mesmos, como a análise de custos se concentra na for- mação de custos do produto, variações significativas dos custos fixos muitas vezes não são percebidas. O custeio direto, por não distribuir os custos fixos pelos produtos, obriga uma análise destes na sua forma original, sendo portanto, mais fácil detectar variações nos mesmos. Isto é, as despesas são controladas para o fim a que se destinam e não como uma simples parcela de um total de custos.

Vol. 27 - nl? 4 Out./Dez. 1975

ARQUIVOS

BRASILEIROS

DE PSICOlOGIA APlICADA

  • Efeitos de um programa de criatividade em alunos de 4~ e ~ séries - Eunice M. L. Soriano de Alencar
  • Análise das dimensões de percepçio de controle pessoal: desenvolvimento de uma escala - Carmen Lúcia de Melo Barroso
  • Efeitos da ansiedade e da instrução oral ou escrita no condicionamento verbal de crianças de um hospital e de urna escola - Maria Cec/7ia Manzollí
  • Um exame datipologia do caráter social de Riesman - Edith Ramos
  • A personalidade autoritária. Componentes e gênese psicológica - João Bosco de Castro Teixeira e Antonio Polo
  • O campo de atuação do psicólogo escolar configurado através de uma experiência - Suely Teitelbaum e ltala M. Suarez de Puga
  • Terapia familiar: teoria 11 técnica através do estudo de um caso - Terezinha Féres Carneiro e Ana Maria Fausto Saba
  • Or. Frederick Davis - Francisco Campos
  • Monografias sintéticas de profissões de nrvej superior
  • Resumos (abstractsJ dos artigos publicados nos Arquivos Brasileiros de Psicologia Aplicada, de 1949 a 1974.

À venda nas livrarias da Fundaçlo Getúlio Vargas. Praia de Botafogo, 188 Av. Graça Aranha, 26, lojas C e H - Rio de Janeiro Av. Nove de julho, 2029 - 510 Paulo Super Quadra Sul, 104, Bico A, loja 37 - Brasnia

Pedidos pelo reembolso postal: FGV Praia de Botafogo, 188 - CP 9052 - ZC- (Cheque pagável no Rio de Janeiro - RJ)

Custeio direto

Exemplo: Suponhamos que as despesas fixas de produção de uma indústria representem, em média, 10% dos custos totais:

Custos variáveis Despesas fixas de produção Outras despesas fixas Total de despesas

os 60 000, os 10 000, Cr$ 30 000, os 100 000,

Suponhamos, também, que a empresa adota o per- centual de 10070 como razoável. Se as vendas da empresa aumentarem em 50%, aproveitando a capacidade ociosa de produção, e as des- pesas fixas aumentarem 'Segundo o quadro a seguir, teremos:

Custos variáveis Despesas fixas de produção Outras despesas fixas Total de despesas

os 90 000, os 14,000, Cr$ 30 000, os 134 000,

As despesas fixas de produção aumentaram 40070, tal- vez sem justificativas, mas o critério de análise não detecta ou sugere qualquer controle adicional sobre es- sas despesas, já que sua participação sobre o total de custos é de 10,4%, próximo do valor estipulado (100/0). Assim, aumentos injustificados passam despercebidos. Pelo custeio direto, o controle seria feito forçosamente sobre os totais Cr$ 10000,00 e Cr$ 14000,00, exercen- do-se, assim, melhor controle sobre as despesas.

  1. Como toda e qualquer decisão é tomada em termos de resultados globais para a empresa, consegue-se, em geral, uma melhor distribuição dos recursos da empresa, principalmente no que se refere aos recursos reservados para a aplicação de planos promocionais sobre os produtos. Os resultados são medidos em termos de valores ab- solutos, além de índices relativos; permitindo um en- foque mais amplo e objetivo.
  2. Podem ser projetados resultados com mais precisão. Como, pelo sistema do custeio por absorção, os custos fixos são distribuídos pelos produtos segundo critérios subjetivos de rateio, ao projetarmos os custos e lucros unitários, estaremos supondo que as quantidades ven- didas serão as mesmas que deram origem aos custos .apropriados, e que os critérios de distribuição dos custos fixos serão os mesmos. Sem a necessidade de distribuição dos custos fixos, estes serão projetados por seus totais, e os resultados previstos serão, portanto, mais realistas. -.=: claro que, mesmo pelo custeio por absorção, os cus- tos fixos unitários podem ser projetados com base nas projeções dos totais desses custos fixos e das quanti- dades vendidas, implicando isto, porém, para cada al- teração nas vendas previstas, uma completa reestru- turação dos custos unitários. Pelo custeio direto, observada alguma alteração nas previsões dos custos fixos, uma simples modificação de seu valor e do resultado total é suficiente para descrever a nova situação.
  3. A aplicação do custeio direto é mais simples e rápida, além de outras vantagens, do que no sistema de custeio por absorção.

Revista de Administração de Empresas

  1. O sistema do custeio por absorção pode provocar erros na tomada de decisões, devido à utilização ina- dequada de critérios de rateio dos custos fixos.
    1. O acompanhamento de custos é mais fácil, rápido e objetivo no controle por custeio direto do que no sistema de custeio por absorção; isto é, se tivermos cinco pro- dutos e 10 itens de custos fixos, teremos de controlar, pelo custeio por absorção, 50 itens de custos fixos unitários, enquanto no custeio direto o controle será feito diretamente sobre os cinco totais de custos fixos.
      1. O sistema de custeio direto permite uma maior flexibilidade da atribuição de preços dos produtos, pois são possíveis mais combinações preço x quantidade (e, portanto, resultado operacional) ao analisarmos os produtos tendo como orientação suas margens de con- tribuição.
        1. Permite um melhor equacionamento do problema promoção x quantidade vendida x quantidade fabricada x lucro total.

6. EXEMPLO COMPARATIVO ENTRE A

APLICAÇÃO DOS SISTEMAS

DE APROPRIAÇÃO

Com o intuito de reforçar as vantagens da aplicação do sistema de custeio direto sobre o custeio por absorção, apresentaremos um exemplo comparativo com a aplicação dos dois sistemas, critérios de decisão, resul- tados esperados e efetivos, indicando quando o sis- tema adotado foi responsável pelo resultado obtido.

1. Situação problema Uma empresa trabalha com dois produtos, A e B, cuja composição de custos unitários variáveis é a seguinte:

Quadro 6

Produto A^ B Custos unitários 1. Matéria-prima Cr$ 4,00 Cr$ 3, variáveis 2. Material de embalagem " Cr$ 2,00 Cr$ 2,

  1. Comissões diretas s/vendas 10"1. s/preço venda-líq. os 4,00 os 3, Preço de venda Itquido* Cr$ 40,00 Cr$ 30,

" Excluldos ICM e IPI

A mão-de-obra direta será considerada como um cus- to fixo mensal, supondo-se que todos os funcionários sejam mensalistas e que, dentro de determinadas faixas de variação das quantidades produzidas, nenhum em- pregado seja dispensado ou admitido, e não haja neces- sidade de horas extras. Caso isto não ocorra, a mão-de- obra direta seria considerada como um custo variável, tendo tratamento idêntico aos outros.

2. Formação de custos Custeio por absorção Critérios adotados Distribuir: mão-de-obra direta de produção e custos

Supondo que tenha as seguintes alternativas:

Quadro 12 Aplicação Alternativa A B

I 2 3

o 1000000

2000000 lOOOOOÓ O

Como deverá fazer a escolha? Para isto deverá consultar o Departamento de Custos e verificar a rentabilidade de cada produto. Pelo custeio por absorção, mesmo sem efetuar cálculo algum, es- colheria o produto B para receber a carga promocional, já que apresenta lucro muito maior que A (este apresen- tando quase prejuízo). Estará a escolha certa? Se o critério foi lucro unitário, sem dúvida que sim. Mas, estará o lucro unitário cor- reto, já que sujeito a vários aspectos subjetivos de dis- tribuição dos custos indiretos? Os quadros 13, 14 e 1S, a seguir ilustram o fluxo de caixa previsto para as três alternativas de aplicação de recursos, utilizando-se o custeio direto, e supondo-se que: a) as estimativas de vendas sejam confiáveis; b) os custos fixos mensais não se alterem; c) as despesas de aplicação em promoção sejam dis- tribuídas de modo homogêneo por um ano; d) cada H.H. adicional necessário tenha um custo de Cr$ S,OO; e) as quantidades a serem produzidas sejam supostas iguais às vendas previstas, já que as pequenas diferen- ças, que na realidade existiriam, não alterariam sig- nificativamente os resultados globais; f) os preços dos produtos não se alterem. O processo de cálculo dos quadros, segundo a nu- meração das linhas, é o seguinte: (1.A) Carga promocional mensal aplicada sobre o produto A em Cr$ distribuída pelo período de um ano.

(1.B) Idem, para o produto B.

(2.A) Vendas previstas, em médias mensais por trimes- tre, para o produto A, se aplicada a carga promocional especializada em. (1.A).

(2.B) Idem, para o produto B.

(3.A) Receita prevista para o produto A = (2.A) x preço de A.

(3.B) Receita prevista para o produto B = (2.B) x preço de B.

(4.A) Custos totais de matéria-prima para a quantidade de vendas previstas para o produto A = (2.A) x custo unitário de matéria-prima para o produto A.

Revista .de Administração de Empresas

(4.B) Idem, para o produto B.

(S.A) Custos totais de materiais de embalagem para a quantidade de vendas previstas para o produto A = (2.A) x custo unitário de materiais de embalagem.

(S.B) Idem, para o produto B.

(6.A) Comissões diretas pagas para as vendas previstas em (2.A) = (2.A) x comissão unitária.

. (6.B) Idem, para o produto B.

(7.A) Total de custos variáveis para o produto A = (4.A)

  • (S.A) + (6.A).

(7.B) Idem, para o produto B.

(8.A) Margem total de contribuição devida ao produto A = (3.A) - (7.A).

(8.B) Idem, para o produto B.

(9.A) Mão-de-obra direta necessária para produção da quantidade prevista de vendas do produto A (em ho- mens/horas) = (2.A) x 2,0, sendo 2,0 o número de H.H. necessários para a produção de uma unidade de A.

(9.B) Idem, para o produto B.

(10) Mão-de-obra direta disponível (em H.H.), por mês. No caso, 120 000 H.H. constante para todo o período analisado.

(11) Mão-de-obra adicional, necessária para as pro- duções previstas de A e B, em H.H. = (9.A) + (9.B) - (10). Se o valor for negativo, há horas normais ociosas, com o total dado pela expressão.

(12) Custo mensal de mão-de-obra direta. ~ igual à

Cr$ 500 000,00 quando não forem necessárias adi- cionais, e igual a Cr$ SOO000,00 + (11) x Cr$ S,OO,quan- do estas forem necessárias.

(13) Custos indiretos de produção, supostos, fIXOS e iguais a Cr$ 200 000,00.

(14) Custos fixos de administração geral, supostos iguais a Cr$ 300 000,00.

(1S) Custos fixos de administração de marketing, supos- tos iguais a Cr$ 200 000,00.

(16) Outros custos fixos, supostos iguais a os 100 000,00.

(17) Total de custos fixos = (12) + (13) + (14) + (1S). Observação: a mão-de-obra direta adicional foi incluída nos custos fixos para facilidade de tratamento.

(18) Lucro total = (S.A) + (S.B) - (17).

(19)-

(20) Lucro total trimestral; para cada trimestre é igual a

(18) x 3.

(21) Lucro total acumulado, em cada trimestre = (21) do trimestre anterior + (21) do trimestre considerado. Para o primeiro trimestre considerado, (21) = (20)

Análise Como vemos, pela análise de custos e resultados através do sistema de custeio direto, das três alternativas mos- tra-se mais lucrativa aquela em que a carga promocional é dividida entre os produtos A e B, com um lucro total, no período de 18 meses, previsto em Cr$ 14439996, contra Cr$ 9 993 995,00 (SOOlo a mais); referente à alter- nativa de aplicação de todo o orçamento disponível para promoção no produto B, que é o que sugere a apropria- ção pelo custeio por absorção. ~ claro que o exemplo foi forçado a uma situação par-

. ticular, em que as diferenças de resultados são eviden- tes. Porém, nos casos reais, podemos ter diferenças de resultados bastante significativas, e, até mesmo, maiores. De que decorre o erro na utilização do custeio por ab- sorção? Decorre, basicamente, de dois fatores:

  1. Critérios subjetivos são utilizados para distribuir os custos fixos pelos produtos.
  2. Além disto, supõe-se que a composição percentual de custos se mantenha, no futuro, igual ao passado. Ou seja, supõe-se que a participação de cada item de des- pesa se mantenha constante, o que não ocorre quando as quantidades vendidas e produzidas variam. ~ claro que este problema pode ser contornado, utilizando-se não os custos observados, mas sim os cus- tos projetados; deste modo, verificam-se os valores dos custos parciais e totais para os níveis previstos de produção e vendas, e, então, o erro devido à utilização de valores históricos deixa de existir. Porém, quando utilizamos composições diferentes de custos fixos e variáveis, de acordo com os volumes de vendas e produção, estamos aplicando, de modo in- direto, o custeio direto. Na realidade, como o que interessa são os valores em si, na análise de lucratividade projetada deixa de ter sentido a distribuição das despesas fixas pelos produtos. Ou seja, a distribuição dos custos fixos pelos produtos é válida para o passado, e não para o futuro, que é o que mais nos interessa. Além disso, para cada correção nas projeções de cus- tos e despesas, pelo custeio por absorção, temos de recalcular, enquanto pelo custeio direto somente são al- teradosos custos corrigidos e os totais, simplificando consideravelmente o trabalho. O custeio direto força uma pesquisa mais efetiva de alternativas, pois envolve a análise de toda a linha de produtos. Qualquer análise para um só produto implica atribuição de custos fixos ao mesmo, caindo-se no cus- teio por absorção. Desse modo, tendo-se que efetuar uma pesquisa geral de resultados, surgem alternativas mais convenientes, em geral, além daquelas previamente definidas. Por exemplo, no caso estudado anteriormen- te, pelos resultados observados, verifica-se que talvez haja alguma outra alternativa intermediária de apli- cação de recursos em promoção, de modo que o lucro total no periodo se maximize.

Em geral, a consideração de toda a linha de produtos e, em diversas alternativas possíveis, é bastante tra- balhosa e demorada. Porém, com a utilização do proces- samento eletrônico de dados, este problema deixa praticamente de existir.

7. O SISTEMA DE CUSTEIO DIRETO E O

CONTROLE GOVERNAMENTAL DE PREÇOS

O Conselho Interministerial de Preços (CIP), órgão de controle de preços do governo, vem, gradativamente, orientando sua política de controle para os resultados das empresas, tomando, desse modo, mais flexível a atuação delas nos respectivos mercados. Assim, prevê-se que, para 1976, o CIP esteja con- trolando, para diversos setores, não mais os preços de cada produto (é claro que dentro de determinados li- mites), mas sim o resultado geral das empresas, através da aplicação imediata do sistema de custeio direto. Tornando mais flexível a atuação das empresas nos seus mercados, e, portanto, liberando as forças de oferta e procura, estas tenderão a se equilibrar (quase sempre em equilibrio instável (miniequilíbrio), Como a utili- zação deste conceito de controle, em que a ação com- petitiva volta a ser um fator extremamente significativo, perderão as empresas que continuarem a exercer o con- trole sobre cada produto, de forma individual, não atribuindo a devida importância para uma política geral de resultados e aplicação de recursos. Ou seja, o CIP, permitindo a atuação mais direta das empresas sobre o mercado, favorecerá aquelas que souberem como aproveitar melhor esses mercados. E o sistema de cus- teio direto é a principal ferramenta para esse tipo de análise.

8. CONCLUSOES

Do exposto, conclui-se claramente que o custeio direto apresenta inúmeras vantagens sobre o custeio por ab- sorção além da facilidade de tratamento e objetividade nas análises (as despesas indiretas são controladas para o fim a que se destinam e não distribuídas pelos pro- dutos). Apesar de estar em utilização há muito tempo, e de comprovação das evidentes vantagens sobre o sistema de custeio por absorção, somente na década de 60 é que o custeio direto teve uma aplicação mais ampla no Brasil, e, mesmo hoje, muitas empresas, sem dúvida alguma, estão aproveitando inadequadamente seus recursos na exploração de mercados, simplesmente por contarem com estruturas desatualizadas de custos (ou mesmo por não contarem com estrutura alguma). E, prevendo-se a utilização do custeio direto pelo próprio órgão de controle de preços do governo (CIP), mais ênfase deve ser dada à necessidade de utilização de métodos mais adequados de controle para a empresa, sendo o custeio direto, aliado ao estudo de alternativas para aplicações de recursos, principalmente em pro- moção e propaganda sobre os produtos, um dos mais úteis instrumentos de análise e controle de que o ad- ministrador pode dispor.

Cu&teio direto


Quadro 15 Tabela: Resultados globais Aplicação de os 2 000 000,00 em A e os 0,00 em B

Item

M~ias mensais 1.°trim. 2.°trim. 3.° trim. 4.°trim. 5.°trim. (^) 6.^0 trim.

  1. Aplicações em promoção A^166667 166667 166667 B
  2. Vendas previstas (em unidades) A^43000 45000 48000 50000 52000 B (^30000 28000 27000 26000 25000 )
  3. Receita prevista (em Cr$) A^1720000 1800000 1920000 2000000 2080000 B (^900000 840000 810000 780000 750000 )
  4. Custos totais de matma-prima A^172000 180000 192000 200000 208000 B 90000 84000 81000 78000 75000 72000 OS. Custos totais de mato embalagem A^86000 90000 96000 100000 104000 B (^60000 56000 54000 52000 50000 )
  5. Custos totais de comissões dir. pagas A^172000 180000 192000 200000 203000 B (^90000 84000 81000 78000 75000 )
  6. Custos varibeis totais A^430000 450000 480000 500000 520000 B (^240000 224000 216000 208000 200000 )
  7. Margens totais de contribuição A^1290000 1350000 1440000 1500000 1560000 B (^660000 616000 594000 572000 550000 )
  8. Mão-de-obra direta nocessiria (H.H.) A^86000 90000 96000 100000 104000 B (^30000 26000 27000 26000 25000 )
  9. Mão-de-obra disponlvel (H.H.) (^120000 120000 120000 120000 120000 )
  10. Mão-de-obra adicional (H.H.) (^3000 6000 9000 )
  11. Custo mensal mão-de-obra direta (H.H.) (^500000 500000 515000) 5-30000 (^) S45000 S
  12. Custos indiretos de produção (^200000 200000 200000 200000 200000 )
  13. Custos fixos de administração geral (^300000 300000 300000 300000 300000 )
  14. Custos fixos de adm. miJrlcetillg (^) (^200000 200000 200000 200000 200000 )
  15. Outros custos fixos (^100000 100000 100000 100000 100000 )
  16. Total de custos fixos (^1300000 1300000 1300000 1300000 1300000 )
  17. Lucro total (incluindo gastos promoç.) (^488333 499333 552333 575333 765000 )
  18. Lucro total trimestral (^1464999 1497999) 1656 999 (^1725999 2295000 )
  19. Lucro total acumulado (^1464999 2962998 4619997 6345996 8640996 )

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Custeio direto