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O processo produtivo de etanol, a partir da cana-de-açúcar, incluindo as etapas de tratamento do caldo, resfriamento, preparo do mosto, preparo do fermento, fermentação, centrifugação do vinho, destilação, retificação, desidratação e armazenamento.
O que você vai aprender
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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A partir da cana-de-açúcar pode-se também produzir álcool. O álcool é obtido através de um processo bioquímico chamado fermentação. De maneira semelhante à produção de açúcar, para a obtenção do álcool é necessário que o caldo receba um tratamento de purificação.
O tratamento do caldo destinado à produção de álcool é o mesmo tratamento realizado com o caldo destinado à produção de açúcar, excetuando-se a etapa de sulfitação.
Ao contrário do que ocorre na fabricação do açúcar, o caldo que servirá como matéria-prima na produção de álcool deve ser resfriado. É comum fazer com que o caldo quente troque calor com o caldo frio, sendo este aquecido e aquele resfriado. Não sendo suficiente, o caldo que vai para a destilaria deve passar em um trocador de calor no qual trocará calor com água fria até atingir a temperatura de aproximadamente 30ºC.
O mosto é uma solução de açúcar cuja concentração foi ajustada de maneira a tornar a fermentação mais eficiente. O mosto é preparado a partir de méis, caldo e água de modo que a mistura apresente uma concentração final por volta de 16 a 23ºBrix.
Normalmente, utiliza-se o processo de fermentação Melle-Boinot em destilarias. Esse processo tem como principal característica a recuperação de leveduras através da centrifugação do vinho. De modo a propiciar condições ótimas de fermentação e evitar a infecção bacteriana, a levedura recuperada sofre um tratamento antes de retornar ao processo. Este tratamento consiste da adição de água, reduzindo o teor alcoólico, e de ácido sulfúrico até pH = 2,0, gerando uma mistura conhecida como pé-de-cuba ou fermento tratado.
A fermentação ocorre em tanques denominados dornas de fermentação onde o mosto é misturado com o fermento tratado / pé-de-cuba na proporção de 2:1, respectivamente. Os açúcares (sacarose, glicose e frutose) são transformados em álcool segundo a reação de Gay-Lussac: Como mostram as reações acima, a fermentação libera gás carbônico e calor. O gás é lavado de modo a recuperar o álcool evaporado arrastado pelo CO2. Devido ao calor liberado e a necessidade de se manter a temperatura da fermentação por volta de 32ºC um sistema de resfriamento é utilizado. Após um tempo de 4 a 12 horas, a fermentação termina gerando um produto final de teor alcoólico entre 7 e 10%, denominado vinho fermentado.
Das dornas de fermentação, o vinho é centrifugado de modo a separar o fermento. Este fermento recuperado é denominado leite de levedura e retorna às cubas de tratamento. O vinho delevedurado é enviado à dorna volante e posteriormente às colunas de destilação.
O vinho que vem da fermentação é composto basicamente por componentes em fase líquida, dentre os quais destacam-se o álcool (7 a 10 ºGL) e a água (89 a 93%). Os demais componentes como glicerina, álcoois homólogos superiores, furfural, aldeído acético, ácidos succínico e acético, bagacilho, leveduras e bactérias, açúcares infermentescíveis, sais minerais, matérias albuminóides, CO2 e SO2 são encontrados em quantidades bem menores. Para a separação do álcool, utiliza-se o processo de destilação no qual os diferentes pontos de ebulição dos componentes da mistura são responsáveis pela separação. A operação é realizada em três etapas: destilação propriamente dita, retificação e desidratação. Em todas elas o aquecimento é feito a partir do vapor, de forma direta ou indireta. Nessa etapa o etanol é separado do vinho. O vinho, inicialmente com 7 a 10 ºGL, é decomposto em duas correntes: flegma (vapores com 40 a 50 ºGL) e vinhaça (que segue para a lavoura como fertilizante com menos de 0,03 ºGL). Essa etapa de destilação elimina ainda impurezas como aldeídos e ésteres.
A etapa de retificação visa concentrar o flegma proveniente da destilação de forma a obter um grau alcoólico de 96 ºGL à saída e retirar impurezas como álcoois homólogos superiores, aldeídos, ésteres, aminas, ácidos e bases.
O álcool a 96 ºGL é chamado álcool hidratado. Para a produção de álcool anidro, a 99,7 ºGL, é preciso utilizar ciclo-hexano como desidratante. Essa necessidade surge do fato de que o álcool hidratado constitui uma mistura azeotrópica. Uma mistura azeotrópica é uma mistura em que os componentes não são separados por um processo de destilação simples. A adição do ciclo- hexano forma uma mistura ternária com a água e o álcool cujo ponto de ebulição é menor do que o da mistura binária inicial. Após a separação, o desidratante é recuperado e reaproveitado. Algumas usinas utilizam um sistema conhecido como peneira molecular para fazer a desidratação.
Os álcoois produzidos, hidratado e anidro, são quantificados e enviados a tanques de grande volume onde são estocados para posterior comercialização.