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O processamento de sinais é uma disciplina crucial dentro da engenharia elétrica e da ciência da computação, dedicada à análise, modificação e síntese de sinais. Um sinal, nesse contexto, é qualquer quantidade que varia com o tempo ou espaço e pode ser representado em forma de ondas ou sequências de números. Exemplos comuns de sinais incluem áudio, vídeo, imagens, dados biomédicos (como eletrocardiogramas), e sinais de radar. O objetivo do processamento de sinais é extrair informações úteis dos sinais, melhorar sua qualidade, ou transformá-los de maneira que possam ser mais facilmente analisados ou transmitidos. Por exemplo, em telecomunicações, técnicas de processamento de sinais são usadas para compressão de dados, remoção de ruídos, e melhora da qualidade da transmissão. Na área médica, essas técnicas são aplicadas na análise de sinais biológicos para diagnóstico de doenças.
Tipologia: Resumos
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O processamento de sinais é uma disciplina crucial dentro da engenharia elétrica e da
ciência da computação, dedicada à análise, modificação e síntese de sinais. Um sinal, nesse
contexto, é qualquer quantidade que varia com o tempo ou espaço e pode ser representado em
forma de ondas ou sequências de números. Exemplos comuns de sinais incluem áudio, vídeo,
imagens, dados biomédicos (como eletrocardiogramas), e sinais de radar.
O objetivo do processamento de sinais é extrair informações úteis dos sinais, melhorar
sua qualidade, ou transformá-los de maneira que possam ser mais facilmente analisados ou
transmitidos. Por exemplo, em telecomunicações, técnicas de processamento de sinais são usadas
para compressão de dados, remoção de ruídos, e melhora da qualidade da transmissão. Na área
médica, essas técnicas são aplicadas na análise de sinais biológicos para diagnóstico de doenças.
Existem duas categorias principais de processamento de sinais: o processamento de sinais
analógicos, que lida com sinais contínuos, e o processamento de sinais digitais, que trabalha com
sinais discretos representados por uma sequência de números. Com o avanço da tecnologia digital,
o processamento de sinais digitais (DSP - Digital Signal Processing) tornou-se
predominantemente mais utilizado, devido à sua flexibilidade e precisão.
A evolução das técnicas de processamento de sinais tem permitido inovações
significativas em diversas áreas, como o desenvolvimento de sistemas de reconhecimento de fala,
melhoramento de imagens médicas, e criação de algoritmos de compressão de dados mais
eficientes. A capacidade de manipular sinais de forma eficaz e precisa é fundamental para o
avanço da tecnologia e para a melhoria da qualidade de vida em muitos aspetos.
3 - Sinais e Sistemas
Sinal é uma função de uma variável independente, como tempo, distância, temperatura,
etc.
Exemplos: Música, que representa a variação da pressão do ar ao longo do tempo em um
ponto do espaço. Foto P&B, que representa a variação da intensidade da luz ao longo de duas
coordenadas espaciais. Vídeo, que representa a variação de intensidade de luz ao longo das
coordenadas X e Y e também ao longo do tempo.
Figura 1: Diagrama de blocos de um sistema
Todo sinal carrega algum tipo de informação e o objetivo do processamento do sinal é
extrair ou modificar a informação contida no sinal.
O processamento de sinais discretos envolve operações realizadas em sinais que foram
amostrados e quantizados, ou seja, convertidos de sua forma analógica contínua para uma forma
digital. Essa transformação é feita por meio de dispositivos como conversores analógico-digitais
Um sinal é uma função que carrega informação. No caso dos sinais discretos, essa função
é definida apenas em instantes discretos no tempo, geralmente uniformemente espaçados. Um
sistema, por sua vez, é qualquer dispositivo ou algoritmo que processo sinais, gerando uma saída
a partir de uma entrada.
da variável independente.
Exemplo: a voz humana.
específicos da variável independente. Quando as amostras do sinal discreto
podem assumir um número finito de valores, então o sinal é classificado
como digital.
Exemplo: temperatura do ensopado tomada de tempos em tempos pela
cozinheira.
Exemplo: sinal de áudio mono.
sinal de áudio estéreo.
independente.
Exemplo: sinal de áudio.
independentes.
Exemplo: sinal de vídeo P&B.
previstos. São funções matemáticas ou tabelas conhecidas a priori.
previamente
Sinais fisiológicos, como eletrocardiogramas (ECG), são capturados, quantizados e
analisados digitalmente para diagnóstico médico.
O sinal discreto, por ser definido em instantes específicos no tempo, pode ser
representado de várias maneiras, dependendo do objetivo da análise e da aplicação. As
principais formas de representação incluem:
Consiste na descrição do sinal por meio de uma expressão matemática do tipo x[n]x[n],
onde nn representa o tempo discreto e xx é o valor do sinal nesse instante. Por exemplo, um sinal
pode ser representado como 𝐱[𝐧] = sin(𝛑𝐧/𝟒), expressando a variação do sinal ao longo dos
instantes discretos.
-. Representação por Tabela
Nesse formato, o sinal é descrito por uma lista de pares ordenados ou uma tabela com os
valores de nn e seus respectivos x[n]x[n]. É útil para sinais com poucos elementos ou para dados
obtidos experimentalmente.
Figura 4 : Sinal discreto
Por meio de ferramentas como a Transformada Discreta de Fourier (DFT) ou
Transformada Z , é possível representar o sinal no domínio da frequência. Essa forma destaca os
componentes espectrais do sinal, sendo especialmente útil em aplicações como filtragem e
compressão de dados.
7 - Transformada de Fourier do sinal discreto
A Transformada de Fourier é uma técnica matemática que se tornou essencial no estudo
e na manipulação de sinais em diversas áreas da ciência e engenharia. A técnica foi originalmente
proposta por Jean-Baptiste Joseph Fourier no início do século XIX, com o objetivo de resolver
problemas relacionados ao calor.
Desde então, a Transformada de Fourier evoluiu e passou a ser amplamente aplicada em
diferentes contextos, como processamento de sinais, análise de imagens, compressão de dados e
até mesmo na engenharia de telecomunicações.
Em termos simples, a Transformada de Fourier permite representar um sinal,
originalmente descrito no domínio do tempo ou espaço, em termos de suas componentes de
frequência. Essa representação facilita a análise e a manipulação de sinais complexos.
A Transformada de Fourier de um sinal contínuo x(t)x(t) é dada pela expressão:
f
= ∫ − ∞x
t
e − i2πftdtX(f) = \int_{−\infty}^{\infty} x(t) e^{−i2\pi ft} dt
onde:
Entre as propriedades mais importantes da Transformada de Fourier, destacam-se:
sinal.
de fase na sua transformada.
Onde:
ff é a frequência do sinal e fsf_s é a frequência de amostragem. A frequência normalizada varia
entre 0 e 0,5, onde 0,5 corresponde à metade da taxa de amostragem, ou seja, à frequência de
Nyquist.
A Transformada Discreta de Fourier (DFT) é a ferramenta matemática fundamental
utilizada para analisar a frequência de sinais discretos. A DFT de um sinal discreto x[n]x[n] é
dada pela equação:
X[k]=∑n=0N−1x[n]⋅e−j2πkn/NX[k] = \sum_{n=0}^{N-1} x[n] \cdot e^{-j2\pi k n / N}
Onde:
A análise de frequência é amplamente utilizada na filtragem digital. Filtros digitais, como
filtros passa-baixa, passa-alta e passa-banda, são projetados para permitir ou atenuar certas faixas
de frequência de um sinal. Esses filtros são essenciais em diversas aplicações, como no
processamento de áudio e na remoção de ruídos em sinais biomédicos.
Em sistemas de compressão de dados, como MP3 para áudio e JPEG para imagens, a
análise de frequência permite representar os sinais de forma mais compacta, eliminando
componentes de baixa relevância para a percepção humana, como frequências fora da faixa
audível.
12 - Convulsões Discretas e Sinais Discretos
Convulsões discretas são eventos epilépticos de difícil detecção clínica, geralmente
caracterizados por baixa intensidade e ausência de manifestações motoras. Com o advento do
processamento digital de sinais, é possível aplicar técnicas computacionais para detectar esses
eventos em sinais discretos de eletroencefalograma (EEG).
As convulsões discretas ocorrem, por exemplo, em pacientes sedados, neonatos ou
indivíduos em estado crítico. São caracterizadas por alterações elétricas cerebrais sem expressão
clínica evidente, sendo muitas vezes subdiagnosticadas (Gaspard et al., 2014). A análise contínua
de EEG é fundamental para seu reconhecimento.
Um sinal discreto é definido em instantes distintos no tempo, frequentemente por meio
de amostragem de um sinal contínuo. No contexto do EEG, os sinais são capturados por eletrodos
e convertidos em forma digital, permitindo análises baseadas em algoritmos de processamento de
sinais (Oppenheim & Schafer, 2010).
Técnicas como a Transformada de Fourier Discreta (DFT), Transformada de Wavelet
Discreta (DWT) e filtragem digital são amplamente utilizadas na análise de sinais de EEG. A
extração de características temporais e espectrais é essencial para detectar padrões convulsivos
(Acharya et al., 2018).
O aprendizado de máquina tem se mostrado eficaz na classificação de padrões de EEG.
Modelos como Máquinas de Vetores de Suporte (SVM), redes neurais convolucionais (CNNs) e
florestas aleatórias são frequentemente utilizados em diagnósticos computacionais de epilepsia
(Shoeb & Guttag, 2010).
Com a expansão das tecnologias digitais, o uso de sinais discretos tornou-se comum em
aplicações como áudio, vídeo, telecomunicações e controle de sistemas. Diferente dos sinais
contínuos, que existem em todos os instantes de tempo, os sinais discretos são definidos apenas
em instantes específicos, geralmente igualmente espaçados. Eles são a base para o
Processamento Digital de Sinais (PDS) , permitindo a manipulação de dados com maior
precisão, confiabilidade e flexibilidade
O processamento de sinais discretos é uma área fundamental para o desenvolvimento
tecnológico contemporâneo. Suas técnicas permitem o tratamento eficiente de informações
digitais, viabilizando inovações em comunicação, entretenimento e saúde. A contínua evolução
Oppenheim, A. V., & Schafer, R. W. (2010). Discrete-time signal processing (3rd ed.). Pearson.
Proakis, J. G., & Manolakis, D. G. (2007). Digital signal processing: Principles, algorithms,
and applications (4th ed.). Pearson Prentice Hall.
Smith, S. W. (1997). The scientist and engineer's guide to digital signal processing. California
Technical Publishing.
Oppenheim, A. V., & Schafer, R. W. (2009). Discrete-Time Signal Processing (3rd ed.).
Prentice Hall.
Bracewell, R. (2000). The Fourier Transform and its Applications (3rd ed.). McGraw-Hill.
Gonzalez, R. C., & Woods, R. E. (2008). Digital Image Processing (3rd ed.). Pearson Prentice
Hall.
Acharya, U. R., Oh, S. L., Hagiwara, Y., Tan, J. H., & Adeli, H. (2018). Deep convolutional
neural network for the automated detection and diagnosis of seizure using EEG signals.
Computers in Biology and Medicine, 100 , 270–278.
https://doi.org/10.1016/j.compbiomed.2017.09.
Sistemas de Comunicações Analógicos e Digitais Modernos 4ª edição by B.P Lathi e Zhi Ding