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Em decorrência da natureza dos objetivos de pesquisa propostos para este projeto de pesquisa, optou-se pelas considerações metodológicas referenciadas a seguir.
Tipologia: Provas
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A seguir serão explanados os procedimentos metodológicos, que compreendem a proposição da pesquisa, as considerações metodológicas e o processo de pesquisa utilizado para a execução deste trabalho.
Esta seção discute brevemente o escopo desta, apresentando seus objetivos, seu questionamento, a operacionalização das variáveis e, por último, suas contribuições.
O estudo tem como objetivos principais:
Como objetivo intermediário, o estudo pretende:
Pesquisas recentes sugerem que a violação do contrato psicológico leva pessoas a perderem a confiança nas organizações, sentirem insatisfação no ambiente de trabalho e terem menor comprometimento com a organização (ROUSSEAU^8 , 1995 apud TURNLEY e FELDMAN, 1999, p.899), reduzindo a crença dos empregados de que manter a relação de trabalho será mutuamente benéfica. Neste sentido, é esperado que a “violação do contrato psicológico esteja positivamente relacionada com altos índices de rotatividade voluntária” (TURNLEY e FELDMAN, 1999, p.899). Desta afirmação, decorre a seguinte questão:
Se e como a violação do contrato psicológico exerce influência sobre os níveis de rotatividade voluntária em empresas de consultoria em atividade no Brasil?
Estabeleceu-se que, para este estudo, o foco de análise será apenas a reação do empregado à violação do contrato psicológico.
As variáveis independentes são aquelas que afetam outras variáveis, mas não precisam estar relacionadas entre si. As variáveis dependentes são aquelas afetadas ou explicadas pelas variáveis independentes, isto é, variam de acordo com as mudanças nas variáveis independentes. As variáveis intervenientes são as que, no tempo, estão entre as variáveis independentes e dependentes (RICHARDSON, 1999, p. 129-131).
Para este trabalho, considera-se como variável independente a violação do contrato psicológico, variável dependente a rotatividade voluntária, e variáveis
(^8) ROUSSEAU, D.M.. Psychological contracts in organizations: Undestanding written and unwritten Agreements. Thousand Oaks, CA: Sage Publications, 1995.
Contrato Psicológico (^) Ocorre a violação do contrato psicológico?
Sim
Não
O indivíduo percebe a ruptura
Processamento Cognitivo Reação
FIGURA 4: Fases do processo violação do contrato psicológico – rotatividade voluntária
A figura 4 explica como as variáveis independente, dependente e intervenientes interagem. Uma vez estabelecido o contrato psicológico, que pode ser passível de mudanças e administração, este pode ser violado ou não. Caso seja violado, pressupõe-se que o indivíduo o perceba. Assim sendo, ele passará por um processamento cognitivo, que o ajudará a estabelecer os critérios de avaliação de eficácia ou adequação de reação à violação. As reações do indivíduo podem ser diversas. Pelo fato da reação rotatividade voluntária ser objeto principal deste estudo, atentar-se-á para a mesma. Entretanto, é importante lembrar que as outras possíveis reações serão identificadas, caso sejam notadas durante o trabalho.
Isto posto, é possível fazer uma representação da interação das variáveis ao longo do tempo, com mostra a figura 5, a seguir:
Variável Independente : Violação do Contrato Psicológico
Variável Dependente : Rotatividade Voluntária
Variável Interveniente : Percepção
Variável Interveniente : Processamento Cognitivo
FIGURA 5: Interação das variáveis
Esta pesquisa busca trazer contribuições para a área de Recursos Humanos, produzindo conhecimento acerca de uma realidade vivida por empresas de consultoria – os altos índices de rotatividade voluntária disfuncional (a serem apresentados na seção 4.2.5) – e de possíveis ferramentas para o gerenciamento desses índices, como a administração dos contratos psicológicos. Com isso, não somente este tipo de organização, mas também outros, poderão encontrar caminhos alternativos e inovadores para tratar de problemas como a rotatividade e suas conseqüências.
Em decorrência da natureza dos objetivos de pesquisa propostos para este projeto de pesquisa, optou-se pelas considerações metodológicas referenciadas a seguir.
SELLTIZ et al. (1974) classificam as pesquisas em três tipos: estudos exploratórios, descritivos e aqueles que verificam hipóteses causais, sendo que este último é denominado por GIL (1999, p. 43) de “pesquisa explicativa”.
Resumidamente, “os estudos exploratórios têm como principal objetivo a formulação de um problema de investigação mais exato ou para a criação de hipóteses (...) esclarecimento de conceitos; o estabelecimento de prioridades para futuras pesquisas; a obtenção de informação sobre possibilidades práticas de realização de pesquisas em situações de vida real (...)” (SELLTIZ et al., 1974, p. 60). São pesquisas “desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral (...) acerca de determinado fato. Este tipo de pesquisa é realizado especialmente quando o tema é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses causais precisas e operacionalizáveis” (GIL, 1999, p. 43); os
então os números e conclusões neles baseadas representam um papel menor na análise. Dentro de um tal conceito amplo, os dados qualitativos incluem, além de informações expressas nas palavras oral e escrita, também informações expressas como pinturas, fotografias, desenhos, filmes, videoteipes e até mesmo trilha sonora”. “Em termos genéricos, a pesquisa qualitativa pode ser associada à coleta e análise de texto (falado e escrito) e à observação direta de comportamento.” (MOREIRA, 2002, p. 17).
RICHARDSON et al. (1999, p. 80) afirma que a “análise qualitativa tem como objeto situações complexas ou estritamente particulares. Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de um determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos”. Para este autor, os estudos qualitativos devem compreender dados de difícil coleta por outros métodos, ou ainda estudos sobre os quais se dispõe de pouca informação.
Calcado nas definições acima, estabelece-se um primeiro e mais relevante método de pesquisa a ser utilizado neste trabalho, o método qualitativo, tendo em vista a necessidade:
Como é possível perceber, trata-se da identificação de dados complexos e intrínsecos ao indivíduo.
Entretanto, algumas pesquisas qualitativas permitem, dependendo do método de análise de dados, a utilização do método quantitativo que, segundo OLIVEIRA (1994, p.15), “significa quantificar nas formas de coleta de informações, assim como também, com o emprego de recursos e técnicas estatísticas tais como: porcentagem, média, mediana, desvio padrão, e são as formulações mais simples até as de uso mais complexo tais como: coeficiente de correlação, análise de regressão etc.”. Devido à utilização da Análise de Conteúdo – a ser apresentada na seção 4.2.9 - para realizar a análise dos resultados obtidos nesta pesquisa, seria possível em um segundo momento, após a análise categorial, fazer um levantamento das freqüências das categorias identificadas na entrevista, as quais poderiam ser testadas por meio do teste Qui-quadrado, objetivando a verificação de associação entre as variáveis violação do contrato psicológico e a rotatividade voluntária. NO entanto, ao se analisar os resultados frequenciais obtidos no pré-teste realizado para a construção da entrevista final (ver seção 4.2.7 – A construção da entrevista), percebeu-se uma polarização das freqüências, o que poderia impedir a utilização do cálculo proposto Qui-quadrado.
Ao se realizar as primeiras entrevistas já na forma final, a tendência de polarização das freqüências obtidas no pré-teste se manteve, o que sinalizou um possível impedimento da utilização do teste Qui-quadrado. Isto posto, decidiu-se por abandonar a contagem de freqüências da análise dos resultados e recorrer a outra fonte de respostas objetivas para refinar algumas conclusões obtidas junto ao método qualitativo. Esta decisão foi tomada também ao se considerar a pequena amostra obtida. Desta forma, decidiu-se trabalhar, juntamente com a técnica de investigação de entrevista semi-estruturada que tem um caráter qualitativo, com um questionário fechado, permitindo compor uma análise quantitativa em relação ao estudo proposto, tendo esta, um papel secundário. Este questionário foi elaborado, buscando-se respostas sobre a intensidade em que o indivíduo encara alguns assuntos relativos ao contrato psicológico. Com isto, buscou-se uma maior objetividade e um refinamento da análise qualitativa.
Como apresenta a literatura (RICHARDSON (1999); PHILLIPS (1974); DENZIN e LINCOLN (2000), GIL (1999)), existem três tipos de classificação de entrevista (estes autores utilizam nomes diferentes para classificar, mas os significados são os mesmos) :
Entrevista estruturada: neste tipo de entrevista, o entrevistador pergunta para os diversos entrevistados uma mesma série de perguntas pré- estabelecidas, ficando o entrevistador “preso ao enunciado específico no roteiro da entrevista: ele não é livre de adaptar suas perguntas à situação específica, de modificar a ordem dos tópicos ou de fazer perguntas” (PHILLIPS, 1974, p. 165);
Entrevista semi-estruturada: neste tipo de entrevista, o entrevistador faz perguntas pré-estabelecidas que considera principais, mas está livre para ir além, podendo elaborar novas perguntas que tornem as respostas mais completas;
Entrevista desestruturada: neste tipo de entrevista, o pesquisado é livre para elaborar sua entrevista, segundo aquilo que considerar mais adequado. “ Este tipo é o menos estruturado possível e só se distingue da simples conversação porque tem como objetivo básico a coleta de dados” (GIL, 1999, p. 119).
Diante destas classificações, define-se para esta pesquisa a técnica de entrevista semi-estruturada para uma primeira técnica de coleta de dados, pois apresenta como vantagens a uniformidade das questões preestabelecidas, o que possibilita comparar dados de respostas, e também a possibilidade do entrevistador, ao perceber a necessidade de aprofundamento de uma questão, buscar outras questões que permitam tal aprofundamento.
Entretanto, pelo fato desta pesquisa também propor uma análise qualitativa, objetivando complementar as respostas obtidas na parte qualitativa, escolheu- se para este estudo o questionário como uma segunda técnica de coleta de dados, tendo em vista que este é “composto por um número (...) de questões apresentadas por escrito à pessoas tendo por objetivo o conhecimento de
opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.” (GIL, 1999, p. 128). Com relação ao tipo de questão que compõem o questionário, optou-se pelas questões fechadas, pois nestas, “apresenta-se ao respondente um conjunto de alternativas de resposta para que seja escolhida a que melhor apresenta sua situação ou ponto de vista.” (GIL, 1999, p. 129).
Sendo assim, serão utilizadas como técnicas de investigação a entrevista semi- estruturada e o questionário fechado.
Segundo RICHARDSON (1999, p.157), é “impossível obter informação de todos os indivíduos ou elementos que formam parte do grupo que se deseja estudar; seja porque o número de elementos é demasiadamente grande, os custos são muito elevados ou ainda porque o tempo pode atuar como agente de distorção”. Por essas e outras razões é que não se recomenda, em uma pesquisa, trabalhar com todos elementos que compõem uma população, mas sim com parte dela. Pelo fato dos elementos componentes de uma população não serem idênticos, faz-se necessário escolher quais elementos devem compor a amostra de uma população, de forma a garantir a existência de um procedimento de controle, que estabeleça uma amostra adequada aos objetivos da investigação.
Para compor a amostra que representou, depois de estudada, dados semelhantes aos que se obteriam, caso fosse feito um estudo na população toda (LAKATOS E MARCONI, 1991), decidiu-se por trabalhar com as “três maiores consultorias do mundo neste setor, e que possuem atividades no Brasil: A, B e C” (Disponível em: http://www.businessstandart.com.br/bs/noticias/2002/09/0028 Acesso em: 17 de setembro 2003), segundo o critérios de número de funcionários.
A amostra estudada, neste trabalho, foi definida por meio de um levantamento, junto ao departamento de Recursos Humanos das três consultorias, dos
O contato inicial com as empresas definidas neste plano amostral foi realizado por meio de uma carta de apresentação do projeto de pesquisa (apêndice I), convidando-as a participarem da pesquisa de campo. À medida que se conseguiu um aceite de algumas delas, foi enviada uma segunda carta (apêndice II), solicitando uma lista que contivesse os dados (nome e contato) daqueles consultores seniores que pediram demissão voluntária no último ano, e que a organização gostaria de ter retido.
Durante o processo de contato com as empresas escolhidas para compor a amostra desta pesquisa, foram encontradas algumas dificuldades. O contato com a empresa A foi o que menos apresentou dificuldades. Esta empresa se mostrou bastante solícita desde o primeiro contato, quando o seu RH se propôs a conseguir autorização do presidente da mesma para a realização da pesquisa de campo. Após a liberação por parte deste, o RH se dispôs a ajudar naquilo que fosse necessário para a realização da mesma.
A empresa B, em um primeiro contato, negou-se a participar da pesquisa, alegando falta de tempo. Diante desta primeira negativa, optou-se por entrar em contato com pessoas conhecidas da orientadora desta pesquisa, e que ocupavam cargo de destaque dentro da organização. Foi então que se iniciou um longo processo de conversas com o diretor de RH, o qual se mostrou desinteressado em passar as informações necessárias para o início da realização da pesquisa de campo. Foram 3 meses de contatos semanais para a obtenção da lista dos consultores seniores que pediram demissão voluntária. Ao recebê-la, percebeu-se que somente dois integrantes estavam dentro do perfil requisitado, pois o restante dos nomes correspondiam a ex-consultores juniores e ex-sócios da empresa. Na tentativa de aumentar a amostra desta empresa, estabeleceu-se um novo contato com a vice-presidente desta, conhecida da orientadora desta pesquisa, solicitando ajuda na coleta de dados. Inicialmente esta respondeu positivamente à solicitação. No entanto, a partir do momento em que se iniciou o processo de cobrança dos dados, foram
necessários contatos diários durante 3 semanas com a secretária da vice- presidente, até que, por questões de cronograma, desistiu-se da coleta.
O contato com a empresa C foi o mais difícil e não apresentou resultados. Em um primeiro contato com a mesma, a gerente de RH se negou a participar da pesquisa, alegando falta de tempo. Diante desta primeira negativa, entrou-se em contato com o Diretor de RH da empresa, o qual é conhecido da orientadora desta pesquisa. Ele solicitou que a pesquisadora entrasse em contato com a gerente de RH falando em seu nome. Assim foi feito, e mesmo assim esta se negou novamente a colaborar com a realização da pesquisa. Frente a este fato, a orientadora desta pesquisa entrou em contato pessoalmente com o Diretor de RH pedindo a colaboração do mesmo para a realização da pesquisa de campo. Foi então que este se ofereceu a enviar um e-mail para a gerente de RH com a carta referente ao apêndice II. Mesmo após esta tentativa, nenhuma resposta foi obtida e, por este motivo, decidiu-se por não entrar mais em contato com a referida empresa.
Isto posto, obteve-se como resposta dos departamentos de Recursos Humanos, os seguintes dados:
Empresa A: 13 nomes que se encaixavam no perfil estabelecido para esta pesquisa, dos quais se conseguiu contato e permissão para entrevista de 5 indivíduos;
Empresa B: 8 nomes dos quais 2 se encaixavam no perfil da amostra deste trabalho, conseguindo-se permissão dos dois indivíduos para entrevista;
Empresa C: não foram passados quaisquer dados pela empresa.
Durante o contato com os departamentos de Recursos Humanos de cada empresa, requisitou-se não apenas o nome e contato dos consultores seniores que pediram demissão voluntária, mas também os índices gerais de rotatividade da organização, e os índices de rotatividade disfuncional. Todas as empresas se negaram a disponibilizar esses dados, por considerá-los sigilosos. Entretanto, a empresa A cedeu a média desses dois índices nos últimos anos, sendo que a rotatividade voluntária geral média da empresa gira em torno de
Gerou receitas líquidas globais de 11,82 bilhões de dólares no ano fiscal encerrado em de agosto de 2003.
Atualmente, esta empresa atende mais de dois terços das maiores empresas globais relacionadas na Fortune Global 500 , e tem sua marca incluída entre as 100 mais valiosas marcas mundiais pelo ranking da Business Week do ano de
Empresa B
A empresa B é uma firma que presta serviços profissionais especializados, tais como: auditoria, assessoria tributária, gestão empresarial, assessoria em finanças corporativas, gestão de riscos, assessoria em processos de negociação entre outros.
Em nível global, possui mais de 120.000 colaboradores que atuam em mais de 139 países. No Brasil, conta com 13 escritórios situados nas regiões Nordeste, Centro - Oeste, Sudeste e Sul, onde estão distribuídos seus mais de 2. funcionários.
Gerou receitas líquidas globais de 14,7 bilhões de dólares no ano fiscal de
Atualmente, esta empresa atende 82% das maiores empresas globais relacionadas na Fortune Global 500.
Empresa C
A empresa C é uma firma que presta serviços de aconselhamento de negócios nas áreas de assurance, legal e tributária, financeira e de gestão de recursos humanos, além de ajudar executivos de empresas a gerenciar os riscos de seus negócios. Esta empresa atua segundo uma lógica de segmentação de
mercado, focando seus serviços em setores industriais como: automotivo, financeiro, químico, farmacêutico e assim por diante.
Em nível global, possui cerca de 100.000 colaboradores que atuam em 150 países. No Brasil, conta com 9 escritórios situados em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Jaraguá do Sul, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Carlos, onde estão distribuídos seus cerca de 1114 funcionários.
Gerou receitas líquidas globais de 12,16 bilhões de dólares no ano fiscal encerrado em de agosto de 2003.
Para construir a entrevista, foram utilizadas as seguintes etapas. A primeira se referiu à elaboração das perguntas a serem aplicadas para um pré - teste. As perguntas elaboradas para o pré - teste foram:
A segunda etapa se referiu à realização do pré - teste com uma pessoa que já trabalhou em consultoria por dois anos e meio, e não se encontrava mais em atividade neste ramo, e que não fazia parte do universo a ser pesquisado. O objetivo do pré - teste era de verificar se as perguntas elaboradas remetiam às respostas desejadas e se era possível pensar em outras perguntas.
Após a realização da análise de conteúdo do pré - teste, técnica discutida na seção 4.2.9, verificou-se que as questões aplicadas, em sua maioria, não
problema de pesquisa” (GIL, 1999, p. 129). Isto posto, a construção do questionário se baseou no conjunto de objetivos propostos para esta pesquisa. Da mesma forma que a entrevista, o questionário inicial passou por uma fase de pré-teste, pela qual 5 voluntários, cientes dos objetivos da pesquisa, dispuseram-se a ler e avaliar tal questionário quanto ao atendimento dos objetivos desta e à clareza das questões elaboradas. Algumas sugestões mostraram-se bastante pertinentes, o que culminou na modificação da versão inicial. Elaborada a segunda versão, esta passou novamente pela revisão dos voluntários que participaram da primeira. Foram sugeridos alguns acertos, os quais foram acatados, e, em seguida, elaborou-se a versão final deste, que encontra-se disponível no apêndice III.
A seguir, será apresentado o método de análise dos dados da pesquisa de campo.
A análise dos dados coletados foi dividida em dois momentos. No primeiro, foram analisados os dados provenientes das entrevistas realizadas com a amostra previamente definida. No segundo, foram analisados os dados provenientes da aplicação do questionário fechado.
A análise de Conteúdo
Para as entrevistas, o método de análise de dados utilizado foi a Análise de Conteúdo, que segundo BARDIN (2002, p. 42), aparece como:
“um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos, sistemáticos e objectivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.”
De acordo com esta definição, a tentativa do pesquisador, no caso também analista, é de “compreender o sentido da comunicação (como se fosse o receptor normal), mas também e principalmente desviar o olhar para uma outra
significação, uma outra mensagem entrevista através ou ao lado da mensagem primeira. A leitura efectuada pelo analista, (...) não é, ou não é unicamente, uma leitura à letra, mas antes o realçar de um sentido que se encontra em um segundo plano (...) [cujos significados podem ser de] natureza psicológica, sociológica, política, histórica, etc.” BARDIN (2002, p.41).
Segundo este autor, a análise de conteúdo tem como objetivos:
O método de análise de conteúdo, a que se referiu este trabalho, é composto de duas fases. São elas: a pré-análise e a exploração do material, sendo que esta última já inclui o tratamento dos resultados obtidos e interpretação.
De acordo com BARDIN (2002, p. 95), a pré-análise “é a fase de organização, [cujo objetivo é] tornar operacionais e sistematizar as idéias iniciais, de maneira a conduzir a um esquema preciso do desenvolvimento das operações sucessivas, num plano de análise.”
A fase é composta pela “ leitura flutuante – que consiste em estabelecer contato direto com os documentos a serem analisados e em conhecer o texto deixando-se invadir por impressões e orientações -; a escolha dos documentos