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Trabalho de Conclusão de Curso sobre preparação de trompetistas para audições orquestrais
Tipologia: Teses (TCC)
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Não perca as partes importantes!
São Paulo fev/ 2018
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Música da Faculdade Cantareira, em cumprimento parcial às exigências para obtenção do título de Bacharel em Música (trompete). Orientador: Prof. Dr. Celso Mojola São Paulo fev/
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Lista de imagens .......................................................................................................... v Lista de figuras ............................................................................................................ vi Resumo .................................................................................................................. vii Abstract ................................................................................................................ viii Agradecimentos .......................................................................................................... ix Introdução ................................................................................................................... 1 Capítulo 1 – Audições ................................................................................................ 2 1.1 Audições Orquestrais .............................................................................. 2 1.2 Audições Selecionadas .......................................................................... 5 Capítulo 2 – Trompetistas Consultados ......................................................................... 7 2.1 Marlon Humphreys ................................................................................ 8 2.2 Fernando Dissenha ................................................................................. 10 2.3 Érico Fonseca ......................................................................................... 12 Capítulo 3 – Excertos Selecionados ............................................................................ 14 3.1 Promenade- Quadros de Uma Exposição ............................................... 15 3.2 Solo da Bailarina – Petrouchka ............................................................... 19 3.3 Solo de Abertura – Quinta Sinfonia de Mahler ....................................... 25 Considerações Finais .................................................................................................. 30
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No trabalho a seguir, será feita uma análise interpretativa de três excertos orquestrais que se mostraram mais relevantes ao ser feita uma comparação entre os editais das ultimas audições para orquestras que ocorreram no Brasil. O trabalho tem como base para suas informações um questionário que foi enviado para trompetistas de diversas grandes orquestras do Brasil. Palavras-chave: Audições; Trompete; Excertos; Orquestra
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Agradeço à todos os professores da Faculdade Cantareira, em especial aos professores Celso Mojola, por ter me orientado nesta pesquisa, Amarildo Nascimento, pelos anos de aula e de todo cuidado envolvido e ao professor Fernando Dissenha por ter acreditado no meu potencial. Agradeço também à meus pais por toda força e ajuda em todos os momentos, e à minha tia Patricia por todo investimento em mim colocado. À todos os amigos de classe pelas risadas e conselhos musicais ou não.
A preparação para uma audição pode ser uma tarefa árdua e um tanto quanto assustadora para um trompetista. Existem numerosas compilações de excertos orquestrais importantes, mas pouco material escrito por trompetistas de orquestra é encontrado. Esse trabalho falará sobre a preparação para uma audição, citando os aspectos mais importantes de cada excerto selecionado. Para esse trabalho, trompetistas de orquestra serão entrevistados e será feita uma compilação das dicas e comentários de todos sobre os excertos. Embora o trabalho tenha como objetivo falar sobre os excertos escolhidos para audições, é importante deixar claro que a preparação para uma audição não se dá somente por preparar os excertos selecionados, e sim a preparação como trompetista, afinal, na orquestra não serão tocados somente as peças que são pedidas no teste. Os excertos foram escolhidos tendo como base o edital do último teste para primeiro trompete promovido pela OSESP (Orquestra Sinfonica do Estado de São Paulo) e uma conversa em aula com o professor Fernando Dissenha. Serão selecionados como material para o trabalho três dos excertos mais recorrentes nos testes. Vale ressaltar que os excertos selecionados por vezes não aparecem em alguns dos testes, porém fazem parte dos excertos mais pedidos nas audições e se mostraram mais importantes para a audição do que alguns excertos que por vezes aparecem em todos os testes.
O processo de mudança de audições individuais para audições frente a uma banca não excluiram problemas como discriminação por genero ou raça. Durante os anos 1950 e 1960, a maioria das orquestras era formada por homens (MARSHALL, 1997). Então, em uma tentativa de fazer as audições mais justas, as orquestras começaram a fazer audições “às cegas”, usando um biombo para esconder a identidade dos músicos. É interessante notar que nos anos 70, 10% dos contratados para orquestras eram mulheres. Já no começo dos anos 80, 50% dos contratados na New York Philarmonic eram mulheres (MARSHALL, 1997). A partir doas anos 90 os processos de audição começaram a variar menos de orquestra para orquestra. O processo se tornou mais organizado e eficiente: as pessoas recebiam o horário exato de sua audição para evitar que ocorresse uma aglomeração de candidatos. Os resultados das fases das audições são anunciados na hora, dando aos músicos mais tempo para se prepararem para uma próxima fase. Em diversas orquestras o voto da banca se tornou secreto e na maioria delas o maestro perdeu a total autoridade para contratar ou não um candidato. As audições passaram a conter uma fase preliminar e uma fase final, tendo algumas orquestras adicionado uma fase semi-final. Com a padronização do processo de audições, ficou muito mais fácil se preparar para uma audição, fazendo assim com que o número de candidatos aumentasse. O número de vagas em orquestras varia conforme o tempo e não se tem garantia de que haverá uma vaga, já que quando um músico é contratado para a vaga ele tem garantida uma estabilidade no emprego. Adicione a isso o fato de que no século XXI as orquestras estão sofrendo por falta de verba e pode-se ver o número de vagas diminuindo cada vez mais. Esse fato faz a concorrência por uma vaga aumentar ainda mais, e a cada ano são formados cada vez mais trompetistas, fazendo a concorrência aumentar ainda mais.
Muitos desses trompetistas procuram respostas para como ganhar audições, resposta essa que pode ser difícil de se encontrar. A intenção desse trabalho é encontrar as respostas para se ganhar audições tirando informações diretamente de músicos que fazem parte das bancas examinadoras.
ressaltar que não há um padrão de quantos e quais excertos serão tocados em cada fase, cabendo à cada orquestra tal decisão. Também é importante lembrar que caso a banca decida que nenhum músico cumpriu com o desejado na fase, a audição se encerra sem que as outras fases sejam executadas e a vaga permanece em aberto para audições futuras.
Para este trabalho foram consultados trompetistas de grandes orquestras do Brasil, tendo em vista a atividade profissional dos mesmos e a experiência com repertório orquestral e audições. Os questionários foram enviados para oito trompetistas, porém, no trabalho somente três questionários respondidos serão utilizados, pois alguns questionários não foram respondidos, ou então tiveram respostas repetidas ou insuficientes para serem utilizados.
Atualmente, além de atuar como Trompete Principal da Filarmônica, integra o grupo de artistas internacionais que formam a World Orchestra for Peace, a Orquestra Mundial pela Paz, a convite de Valery Gergiev
IMG. 2 – Fernando Dissenha Paranaense de São José dos Pinhais, Fernando Dissenha é trompete-solo da Osesp e atua como solista, camerista, professor, autor e consultor pedagógico. Desde 1997 como trompete solo da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Dissenha foi o primeiro trompetista a executar na Sala São Paulo o Concerto de Haydn e o Concerto de Brandenburgo No.2, além de realizar turnês pelo Brasil, América Latina, Estados Unidos e Europa. Como vencedor do Juilliard’s Trumpet Concerto Competition (1993), Dissenha executou o Concerto de Hummel. Atuou também em Nova York como instrumentista convidado do American Brass Quintet e com maestros como Leonard Slatkin, Gerard Schwarz, Stanislaw Skrowaczewsky, Denis Russel-Davis, Kurt Masur, Sidney Harth e Otto-Werner Mueller. Apresentou-se como solista da Orquestra Sinfônica da Venezuela e de diversas orquestras brasileiras. Por dez anos foi trompetista da Orquestra Sinfônica do Paraná.