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Guias e Dicas
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Pré-projeto TCC pedagogia EJA, Trabalhos de Pedagogia

Projeto sobre evasão escolar no EJA

Tipologia: Trabalhos

2020

Compartilhado em 04/06/2020

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ermerson-sales 🇧🇷

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CENTRO UNIVERSITÁRIO JOAQUIM NABUCO
CURSO DE GRADUAÇÃO DE PEDAGOGIA
ERMERSON SALES DA SILVA
FRANCIELE COSMA DA ROCHA
REGIANE FERREIRA MELO
Evasão escolar na EJA ensino fundamental: contribuição dos
professores para refrear tal cenário em Jaboatão dos Guararapes.
RECIFE
2020
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CENTRO UNIVERSITÁRIO JOAQUIM NABUCO

CURSO DE GRADUAÇÃO DE PEDAGOGIA

ERMERSON SALES DA SILVA

FRANCIELE COSMA DA ROCHA

REGIANE FERREIRA MELO

Evasão escolar na EJA ensino fundamental: contribuição dos

professores para refrear tal cenário em Jaboatão dos Guararapes.

RECIFE

ERMERSON SALES DA SILVA

FRANCIELE COSMA DA ROCHA

REGIANE FERREIRA MELO

Evasão escolar na EJA ensino fundamental: contribuição dos

professores para refrear tal cenário em Jaboatão dos Guararapes.

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Graduação de Pedagogia Centro Universitário Joaquim Nabuco do estado de Pernambuco, como pré-requisito para obtenção de nota da disciplina do pré-projeto de conclusão de curso sob orientação da Professora Ana Claudia Oliveira da Silva

RECIFE

1. INTRODUÇÃO

O projeto de pesquisa ora apresentado aborda a evasão escolar na EJA ensino fundamental e as possíveis contribuições dos professores para tal problema, tendo como campo de estudo escolas da rede municipal de Jaboatão dos Guararapes. A educação de jovens e adultos (EJA) é um desafio constante para os educadores e configura-se numa modalidade de ensino da educação básica que sofreu muitos avanços e retrocessos ao longo de sua trajetória, continuando assim até hoje. Portanto, para desenvolvimento deste projeto, será necessário entender o contexto histórico escolar brasileiro em parte responsável por causar a evasão escolar em tal modalidade. O interesse no desenvolvimento desse projeto de pesquisa se formou da necessidade de entender os motivos aos quais levam alunos a ingressar no ensino do EJA e depois evadirem, também qual o grau de responsabilidade dos professores nesse cenário. Com está pesquisa almejamos vivenciar as causas dentro do âmbito escolar desses alunos e professores e assim participar de forma construtiva que venha ajudar a diminuir os impactos da evasão. Desse modo, nossa pesquisa poderá contribuir para o aprimoramento do trabalho docente, apresentando assim novas vertentes resolutivas tais como o aprimoramento dos métodos didáticos, que busquem contribuir de forma significativa no desenvolvimento e no ensino-aprendizagem dos seus alunos, para que estes tornem-se capazes de atuar no mercado de trabalho de forma competitiva e sejam conhecedores do exercício de cidadania. Desta maneira, esperamos contribuir com as práticas pedagógicas dos professores dessa modalidade, que talvez por imperícia de maneira inconsciente acabam corroborando com a desmotivação e ou desinteresse de seus alunos, o que pode acabar resultando na evasão escolar. Portanto como objetivo geral para essa pesquisa temos, identificar caminhos que possibilitem a permanência dos educandos da Educação de Jovens e Adultos nas salas de aula da rede municipal de ensino de Jaboatão dos Guararapes, e de

forma específica buscaremos identificar quais são as principais causas da evasão escolar na rede de ensino municipal de Jaboatão dos Guararapes modalidade EJA e analisar a metodologia utilizada pelo educador na sala de aula do ensino da EJA. Como questão norteadora da pesquisa questionamo-nos: Como a metodologia do professor pode influenciar na permanência dos alunos nas turmas da EJA? Para responder à questão que mencionamos chegamos a hipótese de que os professores podem contribuir para a permanência dos estudantes nas turmas da EJA através de aulas mais dinâmicas, realização de projetos com os alunos e a comunidade, valorizando os seus conhecimentos, aulas mais próximas da sua realidade respeitando as dificuldades de aprendizagem de cada um buscando mostrar aos educandos a importância da educação e permanência da sala de aula para que possam concluir os estudos na educação básica, possibilitando a ingressão ao mercado de trabalho com uma melhor qualificação.

sobre a evasão escolar, e um dos fatores principais seria a família, responsável pelo fracasso escolar, segundo Fukui (in BRANDÃO et al, 1983): "o fenômeno da evasão e repetência longe está de ser fruto de características individuais dos alunos e suas famílias. Ao contrário, refletem a forma como a escola recebe e exerce ação sobre os membros destes diferentes segmentos da sociedade" FUKUI (in BRANDÃO et al, 1983). Apontar os erros é tipicamente mais fácil do que tentar achar uma solução para refrear os danos, mas todos têm um papel importante na educação, e uma delas é ter consciência de que as políticas educacionais das escolas podem ajudar na permanência dos mesmos alunos na sala de aula, assim como a família tem que ser consciente e incentivar os alunos a estudarem e a permanecerem até concluir os ciclos. Com o intuito de orientar os cidadãos foi criada a EJA, que é uma modalidade de ensino que o Governo Federal criou para que todas as pessoas que não tiveram acesso ou oportunidade de estudar ou de concluir seus estudos do ensino fundamental e médio no devido tempo possam então continuar, de acordo com a lei de diretrizes e base LDB 9.394/96, segundo citada por Ribeiro: A constituição Federal de 1988 estabeleceu o direito ao ensino fundamental aos cidadãos de todas as faixas etárias, o que nos estabelece o imperativo de ampliar as oportunidades educacionais para aqueles que já ultrapassam a idade de escolarização regular. Além da extensão, a qualificação pedagógica de programas de educação de jovens e adultos é uma exigência de justiça social, para que a ampliação das oportunidades educacionais não se reduza a uma ilusão e a escolarização tardia de milhares de cidadãos não se configure como mais uma experiência de fracasso e exclusão (RIBEIRO, 2001 p. 14). Neste sentido a EJA como modalidade da educação básica, tem o papel de entender o perfil dos educandos e o seu ritmo de aprendizagem, buscando cumprir várias funções que contribuem para o bom desenvolvimento dos alunos, Silva (2011) Afirma que são: “função reparadora, função qualificadora e função equalizadora”. Para que a educação de jovens e adultos que seja priorizada de forma integral o

desenvolvimento e aprendizagem dos educandos, contribuindo para formação desses cidadãos e buscando aprofundar os interesses dos alunos para permanecer na sala de aula, pois não adianta tentar apenas aprofundar o nível de conteúdo nas aulas, se os alunos não conseguem acompanhar. Sendo assim, a educação básica tem sido de alcance de todos as pessoas que desejam ingressar na sala de aula em busca de uma perspectiva de ter uma base educacional de qualidade e libertadora. E um dos principais educadores que mudou a história da educação em muitos país assim como no Brasil, foi o renomado Paulo Freire, que deu início a educação popular, através de uma educação libertadora e emancipadora, que poderia ser aplicada em todos os graus da educação formal e não-informal, com o método de Paulo Freire de conscientização, coordenando projetos para classe trabalhadora que era de analfabetos, segundo Freire ( apud Gadotti, 1979, p 4) afirma que: Paulo Freire combate a concepção ingênua da pedagogia que se crê motor ou alavanca da transformação social e política. Combate igualmente a concepção oposta, o pessimismo sociológico que consiste em dizer que a educação reproduz mecanicamente a sociedade. Nesse terreno em que ele analisa as possibilidades e as limitações da educação, nasce um pensamento pedagógico que leva o educador e todo profissional a se engajar social e politicamente, a perceber as possibilidades da ação social e cultural na luta pela transformação das estruturas opressivas da sociedade classista. Quanto à metodologia a ser utilizada é importante ter em mente que a EJA não deve ser o resgate da época escolar perdida por os adultos, é preciso ter consciência que agora estes necessitam de formas adequadas e particulares de aprender, como diz a LDB 9394/96 em seu artigo 37 parágrafos primeiro: “§ 1 º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho , mediante cursos e exames. ” “Grifo nosso”

uma preferência pela aprendizagem centrada em problemas em detrimento de uma aprendizagem centrada em áreas de conhecimento. Motivação para aprender: os adultos são mais afetados pelas motivações internas que pelas motivações externas. Vale lembrar que as motivações externas estão ligadas seja ao desejo seja de obter prêmios ou compensações seja ao desejo de evitar punições; motivações internas estão ligadas aos valores e objetivos pessoais de cada um. Como podemos observar para Knowles é importante que a educação dos adultos seja pautada na autonomia, experiência e diálogo de igual para igual entre professor e aluno, como ele outro autor historicamente tão relevante na construção desse caminho é Paulo Freire que tem como principal eixo de sua metodologia a dialogicidade que em poucas palavras é reconhecer a liberdade do outro, pois como Freire expõe no seu livro Pedagogia do Oprimido referenciando a educação bancária método até então mais utilizado, neste o que acontece não é efetivamente um diálogo já que um dos lados é obrigado a aceitar as informações vindas na vertical como que o mesmo estivesse abaixo do professor. Falando sobre Freire e como se dava seu modo de educar as autoras do livro Metodologia do ensino de EJA afirmam: “Sua concepção tem como característica a emancipação do sujeito perante sua condição de opressão e, suas ideias contemplam o processo educativo como um caminho que prepara esse sujeito para transformar sua realidade. A proposta educacional de Freire tem como concepções metodológicas o respeito ao educando, o diálogo e o desenvolvimento da criticidade. ” (SILVA; MOURA; MARTINS, 2017, p.25). Apesar de toda contribuição de Freire, Knowles e tantos outros educadores o tema continua atual e de extrema importância ser novamente revisado em busca de formas de pôr em prática a tão sonhada erradicação do analfabetismo no Brasil e claro para isso é preciso parar a evasão escola antes e durante o EJA, dados de 2018 do IBGE apontam que três a cada dez brasileiros ainda são analfabetos

funcionais e que aproximadamente 8% são analfabetos absolutos, portanto mais uma vez percebe-se que é indiscutível a urgência de tratar o assunto. Voltando a Freire, ele assim como Knowles aponta cinco fases para empregar suas metodologias, agora no livro Conscientização: Teoria e Prática da Libertação nas páginas 23 e 24, vejamos: Primeira fase: A descoberta do universo vocabular. Essa fase é importante para pesquisa e reconhecimento dos educandos com as palavras as quais irão trabalhar. Segunda fase: A seleção de palavras dentro do universo vocabular pesquisado. Nessa fase a ordem das palavras são dispostas na ordem de dificuldade crescente e também do conteúdo prático com a realidade do educando. Terceira fase: A criação de situações existenciais. Através de problematização e intervenção do educador são situações problemas para criar uma visão crítica e analítica de cunho nacional e regional. Quarta fase: Elaboração de fichas. Fichas de apoio para os educadores quanto ao trabalho realizado junto aos educandos, não tem uma regra de como elaborar é livre conforme a necessidade pessoal. Quinta fase: Elaboração de fichas com a decomposição das famílias fonéticas. Nessa fase é que surge as tão marcantes palavras geradoras que são o diferencial do trabalho de Freire junto a educandos adultos, podem ser feitas na forma de cartazes ou mesmo em slides. É importante fazer um alerta ao chamado Método Paulo Freire, o mesmo afirmava que o seu modo não era uma receita pronta e, portanto, deveria ser estudado e remodelado conforme as necessidades particulares do grupo trabalhado, outro ponto é que ele não era estudioso da linguística e sim da antropologia e sociologia, portanto é dever do estudioso da educação fazer considerações, para tanto faz-se necessário a construção do diálogo como instrumento da alfabetização libertadora (ibidem, 2017, p. 30). De acordo com (ibidem, 2017, p. 32), na sociedade contemporânea raramente encontraremos pessoas completamente analfabetas se observamos que vivemos

significado de suas palavras, pois assim o conhecimento era obtido através da razão ativa dos que lhe ouviam.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:

BARROS, Rosanna. Revisitando Knowles e Freire: Andragogia versus pedagogia, ou O dialógico como essência da mediação sociopedagógica. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ep/v44/1517-9702-ep-44-e173244.pdf. Acesso em: 23 de maio de 2020. BECK, Caio. Molcolm Knowles: o pai da andragogia. Andragogia Brasil. Disponível em: < https://andragogiabrasil.com.br/malcolm-knowles/ >. Acesso em: 23 de maio de 2020. BRANDÃO, Zaia et alii. O estado da arte da pesquisa sobre evasão e repetência no ensino de 1º grau no Brasil. In Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 64, nº 147, maio/agosto 1983, p. 38-69. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire / Paulo Freire; [tradução de Kátia de Mello e silva; revisão técnica de Benedito Eliseu Leite Cintra]. – São Paulo: Cortez & Moraes, 1979. DANTAS, J. S. Paulo Meksenas e a herança do pensamento moder no. Revista Pedagógica, Chapecó, v. 17, n. 36, p. 140-148, set./dez. 2015. Educação para jovens e adultos: ensino fundamental: proposta curricular -1º segmento / coordenação e texto final (de) Vera Maria Masagão Ribeiro; — São Paulo: Ação Educativa; Brasília: MEC, 2001. 239p. FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Tradução de Moacir Gadotti e Lilian Lopes Martin. Rio de janeiro: paz e terra,1979. FREIRE, Paulo Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa / Paulo Freire. – São Paulo: Paz e Terra, 1996. KNOWLES. Malcolm S. THE MODERN PRACTICE OF ADULT EDUCATION, From Pedagogy to Andragogy. CAMBRIDGE Adult Education. 1981.